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PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Danielli Cristini Pereira Vieira
Nilzete Teixeira
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Pedagogia (PED 0549) – Prática do Módulo IV
14/12/2013
RESUMO
Neste trabalho de pesquisa documental procura mostrar os meios para se obter bons resultados na aprendizagem das crianças. Onde a metodologia da alfabetização precisa estar adequada à realidade e compreensão do conhecimento do aluno, que ele traz da vida familiar e social, podendo ser utilizada atividades e métodos para contribuir para o crescimento do processo de alfabetização, e diminuindo as dificuldades apresentadas no decorrer de sua caminhada de alfabetização. 
Palavras-chave: Alfabetização, Metodologia, Dificuldades.
1 INTRODUÇÃO
Tendo como principal objetivo traçar métodos que possam favorecer as situações de ensino aprendizagem, estabelecendo critérios que tenham envolvimento de ambas as partes.
Definir as fases do processo de alfabetização, caracterizando as dificuldades apresentadas pelas crianças, para que haja um trabalho de resultados positivos.
Apresentar idéias de atividades que possibilitem um ótimo desenvolvimento, pois a criança transforma aquilo que aprende de acordo com sua capacidade interna, em aprendizado.
2 PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E SUAS METODOLOGIAS
A aprendizagem é um processo complexo, pois não só exige um movimento fisiológico como também psicológico do educando e do educador, com base nisso entende-se que a escola é um espaço desafiador, por se tratar de um ambiente de transformações.
No processo de aprendizagem a criança passa por etapas com avanços e recuos, até dominar a escrita. O tempo para o aluno transpor cada uma das etapas é bem variado. No processo inicial da aprendizagem é considerada a função da relação entre método utilizado e o estado de maturidade. A aprendizagem não é provocada pela escola, mas pela própria mente da criança, ela chega a seu primeiro dia de aula com seu próprio conhecimento.
 O desenvolvimento da aprendizagem da criança ou do adulto é relevante no momento em que os métodos utilizados são discutidos os quais permitem conhecer as relações que se processam entre sujeito e objeto. A partir das representações que a escrita assume no conhecimento da realidade onde é possível o indivíduo conhecer o mundo através dos objetos. 
Segundo Ferreiro (1995) a necessidade de representação mediante símbolos e expressa pela escrita em que o código auxilia os seres humanos no processo de comunicação, instalado na sociedade letrada. Através da escrita, é possível o individuo expressar o pensamento e historicamente esta invenção assume relevante papel no processo de escolarização do ser humano. 
As dificuldades no processo de alfabetização devem ser consideradas especialmente quando as crianças passam a reinventar os sistemas de construção de símbolos, nesse caso as relações entre o real e a sua representação são importantes na aquisição do seu conhecimento. A escrita, tipo alfabético assume destaque no contexto do processo de socialização do ser humano. De acordo com a natureza que se revela quanto ao uso das palavras na representação dos objetos, os significados assumidos, no processo de alfabetização permitindo ao indivíduo representar a realidade e as conseqüências do modo de apropriação dos valores sócio – culturais assumindo destaque especial na elaboração do quadro real em que se estabelece a relação homem e mundo na compreensão da realidade. 
Segundo Ferreiro (1995), a alfabetização de criança é realizada sistematicamente levando-se em consideração os métodos de ensino aos quais ela se submete na pré-escola ou no contexto social em que vive. O saber que a criança adquire é proveniente dos condicionantes que se revelam no sistema da escrita, e nessa perspectiva sua compreensão se efetiva de acordo com as informações.
Emilia Ferreiro define, que toda criança passa por níveis estruturais da língua escrita, até que tenha domínio do sistema alfabético. São eles: 
• Pré-silábica: a criança compreende a escrita como representação de fala, mas pensa que cada letra deve representar uma sílaba ou um grupo de sílabas. 
• Silábica: a criança compreende a escrita como representação da fala, mas ora utiliza letras como representação de sílabas, ora como representação de formas. 
• Silábico-alfabética: a criança preocupa-se em escolher a letra cujo valor sonoro convencional corresponda ao segmento representado. 
• Alfabética: a criança compreende a representação da fala e das letras como representação de fonemas. 
É importante que os professores possam traçar algumas metodologias que venham propiciar diferentes situações de ensino aprendizagem, onde se devem estabelecer critérios pré-definidos:
1º. As atividades devem contemplar os interesses das crianças e respeitar as condições de realização de cada uma; permitindo-lhe a possibilidade de realizar a tarefa que lhes interessam, de forma que envolvido emocionalmente, venham fazê-la sem fracasso, levando-a a sentir-se estimulada a vencer mais uma etapa no seu desenvolvimento, despertando nela sempre o interesse real pela atividade.
2º. Buscar atividades interdisciplinares nos diversos conteúdos didáticos sempre que possível.
3º. Os jogos e brincadeiras devem fazer parte das atividades diárias.
4º. As atividades em grupo devem ser priorizadas. A interação com o outro é um dos maiores suportes para a aprendizagem. Isso se dá gradativamente sem que as crianças sejam forçadas a isso.
5º. Atividades de auto-expressão estarão presentes durante o processo de alfabetização (expressão oral, plástica e corporal), que terá maior suporte quando há um clima afetivo estabelecido pelo educador.
6º. A solução de problemas? O aprendizado nas classes de alfabetização deve ser um constante desafio a criatividade, a imaginação e ao raciocínio das crianças.
7º. O alcance da autonomia.
A criança precisa ter oportunidades de fazer suas escolhas, responsabilizarem pelas suas tarefas, exercerem sua independência, assumindo conscientemente seus direitos e deveres. A avaliação deverá ser diagnosticada, verificando sua evolução nos aspectos: cognitivo, psicomotor, afetivo, social em sua aprendizagem da leitura e da escrita. É necessário enfatizar um pouco de competição para favorecer a aprendizagem e a construção do conhecimento por eles mesmos.
É necessário que os professores desenvolvam e criem atividades para que as crianças avancem nos níveis conceituais da escrita e da leitura. Observando, acompanhando, avaliando e registrando o desenvolvimento do aprendizado da criança.
Pode-se destacar algumas atividades a serem trabalhadas tornando a aprendizagem mais prazerosa. Como: 
- jogos com alfabeto móvel e sílabas móveis;
- caça-palavras;
- cruzadinhas;
- jogos de memória;
- bingo;
- dominós diversos;
- produção de textos coletivos;
- adivinhações, trava-línguas, anedotas;
- hora da surpresa;
- planejamento e avaliação do dia;
- relatório oral e escrito de experiências vivenciadas;
- histórias mudas;
- escrita de cartas, bilhetes, listas, etc.
- análise e síntese de palavras significativas;
- escritas espontâneas, auto ditado;
- classificação e seriação de palavras;
- jogos e atividades orais que permitam rimas, acrósticos, etc.
- trabalhos manuais: recortes, dobraduras, pinturas, encaixes, etc.
- novas formas de expressão e uso em sua linguagem de novas palavras;
- oficinas de histórias, recontos, reescritas;
- diálogos, entrevistas surgidas no cotidiano;
- transcrição de receitas, piadas, etc.
- recorte de figuras para montar álbuns, quebra cabeça, etc.
- recontar vídeos, excursões, experiências; 
- reestruturar frases de poesias, parlendas ou músicas que os alunos já sabem de cor;
A partir dessas inúmeras atividades que as crianças vão identificando os materiais escritos, descobrindo o prazer da leitura e da escrita. Daí o cuidado de elaborar e confeccionar um material bonito, agradável, atraente e instigante, sendo eficiente e lúdico, visando proporcionarum estudo prazeroso.
Com certeza as atividades abrirão novos caminhos para que eles se apropriem gradativamente dos instrumentos necessários para aprender a ler, escrever, contar, conhecer e compreender o mundo a sua volta. E com isso, avançar nos conceitos e passar para uma nova fase de desenvolvimento. 
Portanto, é importante salientar que o professor deve ter consciência de que, a alfabetização é um processo transformador, que não se limita à decodificação e a codificação dos códigos da escrita. Sendo um processo ativo, onde a criança aprende a formular e reformular hipóteses sobre mundo que a cerca. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho possibilitou uma maior compreensão sobre o processo de alfabetização, destacando suas metodologias, pois ela mesma interage com a aprendizagem.
Portanto podemos dizer que o processo de alfabetização é importante para o desenvolvimento do conhecimento, pois a muitos meios de avançar o conhecimento com atividades e métodos específicos para que haja o resultado esperado, e a inserção da criança no mundo letrado.
REFERÊNCIAS
www.google.com.br acesso dia 11/12/2013
FERREIRO, E. & TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1986.
________Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1995
_________Os processos de leitura e escrita: novas perspectivas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
FERREIRO, Emilia. Os filhos do analfabetismo. Porto Alegre; Artes médicas, 1992

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