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UCB Lutas 12 - 2020 2 - Projeções

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Prática de Lutas
Prof. Felipe Guimarães Teixeira/Flavio Jr.
LUTAS NO SENTIDO 
ASSISTEMÁTICO
As lutas, por assim dizer, são 
“manifestações corporais” que 
apresentam em seu bojo a 
necessidade de defesa do Ser 
(pessoa/grupo), de seus 
objetos/alimentos ou território.
Tais “manifestações corporais” se 
fazem presente desde o Homo 
Erectus, passando pelos 
Neandertais até chegar ao 
Homo Sapiens. Cada período 
contemplava as transformações 
que se davam frente às 
necessidades da época 
contemplando a geografia local e 
seus habitantes.
O uso de ferramentas, 
segundo Yuval Noah Harari, 
acorreu por necessidade de 
alimentar-se, acessar os 
alimentos (400 mil anos) e, 
posteriormente, utilizada 
como material de defesa 
(arma).
LUTAS NO SENTIDO 
SISTEMÁTICO
As lutas assumem um papel 
fundamental na cultura dos 
povos, sobretudo, no que se 
refere aos países do oriente, 
sendo esses, percussores 
desse processo.
Haja vista que temos poucos 
escritos sobre a cultura oriental 
voltada para as lutas por 
questões relativas à geografia e 
a língua.
No que se refere à educação física, após 
a regulamentação da profissão e, 
posteriormente, impulsionada pelo 
BNCC, as pesquisas vêm se 
intensificando entorno do tema em 
questão.
.
AS ARTES MARCIAIS E O 
PROCESSO DE ESPORTIVIZAÇÃO
Segundo Rios, as Artes Marciais 
tinham a capacidade de derrubar o 
oponente em poucos segundos (2005, 
p.50).
Artes Marciais: Conhecida como 
técnica de luta Rios, se apropria da 
frase máquina de guerra com base 
na filosofia de Gilles.
A falta de compromisso com a 
cultura das artes marciais leva ao 
abandono de suas raízes que 
enfatizavam o caráter 
“disciplinador”, ritualístico e 
tradicional da cultura oriental. 
Assume o papel de substituí-los 
pelo caráter pedagógico, esportivo 
e da qualidade de vida.
A transformação das lutas e as suas 
consequências com o advindo do 
esporte:
Mídia,
Capital;
Status (narcisismo) – Uma relação de 
poder e status com base nas técnicas 
utilizadas nas artes marciais, sem que 
a sua filosofia seja colocada em 
prática.
“Leis Não transformam a 
sociedade, a educação 
transforma”.
“Os instintos podem provocar a 
chamada Pobreza Psicológica dos 
Grupos, pela pobreza dos líderes 
sob os quais, não apresentam 
qualidades para formar esses 
grupos que lideram”.
Norbert Elias refere-
se a simulações de 
luta, a qual chama de 
jogos como forma de 
controle da 
agressividade.
CULTURA IBÉRICA
No que se refere a cultura 
ibérica, a origem das lutas 
apontam para os gregos 
(helênicos) que utilizavam o 
PANCRÁCIO, o qual se 
manteve até os jogos olímpicos 
da era antiga.
O PANCRÁCIO era a fusão de 
técnicas que remetem ao boxe, 
estrangulamentos, chutes e 
travamentos articulares.
SPARTACUS: Um escravo 
Romano que liderou uma revolta 
contra a Republica Romana 
(109 a 71 a.C.).
SPARTACUS era grego indo para 
Roma fazer parte do exercito desse 
país. Com o passar do tempo, se 
apropriou do fato de ser um soldado 
para cometer delitos, como o roubo. 
Preso, posteriormente foi vendido 
como escravo, e na prisão, organizou 
um grupo de rebeldes ensinando a 
eles as técnicas de lutas que havia 
aprendido. 
Mais tarde esse grupo 
conseguiu se libertar da 
prisão com o uso da força e, 
juntos, passaram a invadir 
territórios e acumular bens. 
O grupo ficou conhecido 
como os SPARTANOS.
Capoeiras e 
intelectuais: a 
construção coletiva 
da capoeira 
“autêntica” 
Simone Pondé Vassallo
Capoeira primitiva e capoeira 
folclórica
Contrariando certas 
representações da atualidade, 
a capoeira não era utilizada 
somente contra a polícia ou 
os senhores violentos. 
Ela era veiculada sobretudo 
pelos negros entre si, que 
se organizavam em grupos 
rivais, as famosas maltas, 
que tanto aterrorizavam a 
cidade nesse momento 
(Soares, 1994).
A apropriação do território era 
um componente fundamental 
dessa forma de organização, 
com cada malta dominando 
uma freguesia específica e 
evitando a invasão dos grupos 
concorrentes, considerada 
provocadora.
Sozinhos ou em bando, eles 
percorriam as ruas do Rio 
de Janeiro munidos de 
facas ou outros 
instrumentos perfurantes, 
semeando o pânico. 
O olhar que a sociedade carioca 
de então dirigia a esses 
combatentes era extremamente 
negativo, bem como o que se 
voltava para o conjunto das 
atividades afro-brasileiras. Um 
jornal local de 1874 descreve a 
atuação dos “desordeiros” da 
seguinte maneira: 
Mais uma sanguinolenta proeza contam estes
assassinos que infestam nossa cidade. Às oito horas da
noite de anteontem, uma numerosa malta de
capoeiras estava reunida na rua dos Ourives, esquina
de são José, ponto de predileção dos capoeiras (...). De
repente, levantou-se o tumulto, sacaram-se facas e
aquele pedaço transformou-se em campo de batalha
(...). É indispensável que se ponha termo a estes atos
de canibalismo que nos cobrem de vergonha. Nos
domingos e dias santificados percorre as ruas da
cidade uma horda de assassinos, uns de instintos
ferozes, outros inconscientes do mal que praticam,
mas arrastados pelo exemplo, perpetram-se dois ou
três assassinatos, e no próximo dia santo repete -se a
cena de sangue. (Diário do Rio de Janeiro, 9 de março
de 1874)
Os negros eram considerados 
primitivos, e suas atividades eram 
classificadas como patológicas. A 
capoeira era um “cancro moral” 
que deveria ser extirpado, pois 
impedia a modernização do país. 
Neste sentido, Mello Moraes 
Filho (1893 : 431) a comparava à 
febre amarela, à difteria e ao 
cólera. 
Apesar de as representações do 
período insistirem em seu aspecto 
violento, a capoeira também consistia 
numa forma de lazer, sendo 
acompanhada de instrumentos 
musicais. Um quadro de 1830 do 
pintor Johan Moritz Rugendas, 
intitulado O jogo da capoeira ou a 
dança da guerra.
A modernização, que atinge mais 
intensamente o país a partir desse 
momento, conduz vários intelectuais 
à procura das “sobrevivências” 
culturais que estariam ameaçadas 
pelo progresso. Mas esses 
antropólogos e folcloristas 
consideram que as expressões 
populares mais autênticas estariam 
situadas no Nordeste.
A partir de então, temos 
uma visão dicotômica, em 
que o Nordeste se torna 
símbolo de tradição, e o 
Sudeste de modernidade 
(Dantas, 1988). 
A luta praticada no Rio de Janeiro, 
tão ativa ao longo do século XIX, se 
apaga progressivamente da memória 
nacional. Apesar das diferentes 
perspectivas adotadas pelos 
folcloristas do período em questão, 
todos parecem concordar com a 
autenticidade da capoeira baiana, 
por oposição à do Rio de Janeiro, 
vista como descaracterizada. 
Assim, a capoeira baiana é considerada 
lúdica e pacífica, afastando-se aí todo o 
aspecto violento que também podia 
assumir. Opondo-a à luta carioca, esse 
mesmo autor afirma ainda que o caráter 
de afirmação pessoal, de arma de 
sobrevivência, que a capoeira assumiu 
no Rio de Janeiro, e mais tarde no 
Recife, não chegou a se pronunciar na 
Bahia
Há várias espécies de capoeira: 
a) de Angola; b) Angolinha 
(variação da primeira); c) São 
Bento Grande; d) São Bento 
Pequeno; e) Jogo de dentro; f)
Jogo de fora; g) Santa Maria; h)
Conceição da Praia; i) Assalva
(salva, saudação); j) Senhor do 
Bonfim (Carneiro, 1937: 149). 
Em seguida, acrescenta: 
“a capoeira de Angola 
me parece a mais pura 
das formas de capoeira, 
podendo servir de 
paradigma à análise” 
(Carneiro, 1937: 149).
O Segundo Congresso Afro-Brasileiro, 
organizado em Salvador, em 1937, revela 
algumas articulações tecidas entre os 
folcloristas e a modalidade de capoeira 
que eles consideram mais pura. Assim, 
seus organizadores – entre eles Édison 
Carneiro e Jorge Amado – só estabelecem 
laços com os praticantes de Capoeira 
Angola, convidando-os a se apresentar 
durante o evento, em detrimento dos 
jogadores de Regional (Pires, 2001).
Segundo ele, a Capoeirade Angola é 
originária do folclore africano e, 
portanto, mais fiel às tradições do 
Continente Negro. Neste sentido, 
declara que “dentre os jogos, a 
capoeira de Angola, que é uma luta 
corporal maravilhosa, utilizada 
outrora pelos malandros do Rio e 
das outras cidades
(Bastide, 1996: 181). 
Eles se esqueceram, mas 
eles precisam se lembrar 
que a primeira capoeira do 
Brasil foi a Angola, criada 
para uma defesa na 
escravidão” 
(apud Vieira, 1990: 178).
Não tem o menor fundamento a afirmativa de 
Édison Carneiro, em Negros Bantos, repetida 
vinte anos mais tarde, em A sabedoria popular, 
de que há nove modalidades de capoeira, 
passando em seguida a enumerá-las. O que 
houve foi uma bruta confusão feita por Édison 
Carneiro, misturando golpes de capoeira com 
toques de berimbau, chamando a isso 
modalidades de capoeira. Lastimável é que 
esse erro vem sendo repetido por quantos o 
copiam e o mais recente foi Dias Gomes. (Rego, 
1968: 32) 
Taekwendo
• O Taekwondo (ou Tae Kwon Do, ou Taekwon-do), cujo
significado é “o caminho dos pés, das mãos e do espírito”
• surgiu na Coréia há aproximadamente 1300 anos. Algumas
referências datam do ano de 670 d C e outras, do início do
Cristianismo.
• Coréia era dividida em três Reinos: Koguryo, Silla e Baek Je.
Silla, o menor dos reinos, era constantemente invadida e
saqueada pelos seus vizinhos. Devido a isso, durante o
reinado de Chin Heung, um grupo de jovens aristocratas e
militares se reuniu e formou uma tropa de elite denominada
Hwa Rang-Do.
Taewkendo
• Cabe ressaltar que alguns
Historiadores Coreanos, os quais, não
tiveram suas obras publicadas em
Português e com base nas narrativas
dos primeiros Mestres que vieram
para o Brasil divulgar essa Arte,
afirmam que, ela foi criada antes do
início do Cristianismo.
• Essa tropa guerreira, além de realizar treinos
utilizando lanças, arco e flecha e espadas,
também realizou treinos de lutas com uso das
próprias mãos e pés conhecidos como Soo Bak e
Soo Bak He. Segundo Kim (2006) esses jovens,
para “endurecerem” seus corpos, treinaram
ferozmente, escalando montanhas rudimentares,
nadando em rios turbulentos nos meses frios,
com o objetivo de se concentrarem
impiedosamente na tarefa de defender a sua
terra.
• O Hwa Rang-Do possuía um código de honra
com cinco itens. São eles:
• 1) Obediência ao Rei;
• 2) Respeito aos pais;
• 3) Lealdade para com os amigos;
• 4) Nunca recuar ante o inimigo;
• 5) Somente matar quando não houver
alternativa.
• Naquele ano, na cidade de Surabul, surgiu uma 
prática de luta chamada Tae Kyon. Mais tarde 
esta viria a ser o Taekwondo. 
• Porém, no ano de 1909, a Coréia foi invadida e 
ocupada pelo Japão. Essa dominação perdurou 
até 1945 e durante esses 36 anos de ocupação 
japonesa, a cultura coreana, como a fala, o 
canto, o estudo da língua, a vestimenta e as 
artes marciais, foram banidas. 
• Foi neste período que o Caratê ganhou 
popularidade e começou a ser difundido pelo 
mundo e foi introduzido na Coréia em 1913 
(Kim, 2006). 
• Nesse período de dominação japonesa, alguns 
mestres treinavam clandestinamente a luta 
coreana, passando as técnicas e ensinamentos 
aos jovens, como forma de manter a cultura 
coreana entre seu povo. 
• Em 1945, o Japão se encontrava enfraquecido após ter 
sido derrotado na II Guerra Mundial. Com isso, perdeu o 
domínio dos territórios invadidos e os coreanos voltaram 
a treinar as suas artes ostensivamente, entre elas, o Tae
Kyon. 
• Por terem treinado clandestinamente, muitos mestres 
criaram diversas escolas, afirmando cada um, a sua luta 
como sendo a verdadeira. Dez anos depois (1955) o 
General Choi Hong Hi supervisionou uma grande reunião 
de mestres destas diversas escolas, com a finalidade de 
unificar as artes marciais coreanas. 
• Foi criada a expressão Tae Soo Do inicialmente 
para essa união. Logo em seguida, o nome 
transformou-se em Tae Kwon Do. Levaram-se 
alguns anos para solidificar a nova arte marcial, 
onde se procurou extirpar as influências 
estrangeiras (em particular as japonesas), e 
desenvolver uma arte marcial genuinamente 
coreana. Com essa divisão e por conta do dialeto 
em que algumas províncias mantinham, muitos 
mantiveram a associação do nome Tae Ken Do 
como : harmonia, energia e caminho.
• Em 1961 fundou-se a Korea Taekwondo 
Association (KTA), objetivando a regulação da 
prática da arte do Taekwondo em território 
coreano. Em 1966, o General Choi Hong Hi
fundou a International Taekwondo Federation
(ITF) com a finalidade de divulgar o Taekwondo 
pelo mundo. Entretanto, em 1972, problemas 
políticos levaram o General Choi a transferir a 
sede da ITF para o Canadá e posteriormente, 
para a Coréia do Norte1. 
• Segundo Kim (2006) o Taekwondo foi 
introduzido no Brasil pelo Grão-Mestre 
Sang Min Cho, por ordem do general Choi. 
A primeira academia inaugurada por Cho 
em território nacional está localizada no 
bairro da liberdade em São Paulo.
O Taekwondo nos jogos Olímpicos. 
• O Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou, em
1980, a inclusão do Taekwondo nos Jogos Olímpicos de
Seoul no ano de 1988, como esporte de demonstração.
Finalmente, no ano de 2000, o Taekwondo foi
oficialmente adotado como modalidade nos Jogos
Olímpicos de Sidney. Assim, continuou em Athenas
(2004) e em Pequim (2008).
• Em 2012, nos próximos Jogos Olímpicos em Londres, o
Taekwondo possui a garantia de esporte oficial. Porém, a
modalidade sofre com algumas situações que levam a
dúvida da sua participação nesses Jogos (Exigências da
Mídia).
O Espírito
• Juramento e espírito do Taekwondo 
• EU PROMETO :
• 1. Observar as regras do Taekwondo. 
• 2. Respeitar o Instrutor e meus 
superiores. 
• 3. Nunca fazer mau uso do Taekwondo. 
• 4. Ser campeão da liberdade e da justiça. 
• 5. Construir um mundo mais pacífico. 
Espírito do Taekwondo: 
• 1. Cortesia 
• 2. Integridade 
• 3. Perseverança 
• 4. Autocontrole 
• 5. Espírito indomável 
Prática de Lutas
• Descrição da Disciplina
• Justificativa da Disciplina
• Objetivo
• Conteúdo programático
• Metodologia
• Avaliação
• Bibliografia
• Material Digital
Descrição da Disciplina
• As lutas na história da humanidade, sua evolução e difusão: de 
arte guerreira e ritual tribal até atividade lúdica, esporte e 
meio de educação. 
• As lutas na educação física escolar contribuindo na formação 
integral do indivíduo. 
• As lutas na cultura brasileira, estudadas à luz da história e da 
contemporaneidade deste fenômeno social e da sua relação 
com questões de gênero, hierarquia, geração, violência. 
• Lazer e o jogo cooperativo das lutas na educação física escolar.
Justificativa da Disciplina
A dimensão da prática de atividades físicas, recreativas e 
esportivas refere-se ao direito dos indivíduos 
conhecerem e terem acesso às manifestações e 
expressões culturais que constituem a tradição da 
Educação Física, tematizadas nas diferentes formas e 
modalidades de exercícios físicos, da ginástica, do jogo, 
do esporte, da luta/arte marcial, da dança.
Objetivo Gerais
• Contribuir na formação de um profissional de 
Educação Física que saiba utilizar criteriosamente os 
fundamentos pedagógicos aprendidos na sua formação, 
integrando-os aos diversos componentes curriculares que 
foram postos a sua disposição;
• Contribuir na formação de um homem total capaz 
de atuar na realidade concreta da Educação Física, tanto no 
âmbito escolar como o do não-escolar;
• Dar instrumentos aos alunos para usarem, com 
segurança na sua prática pedagógica na escola, os princípios 
básicos das atividades de luta;
Objetivo Gerais
•Fazer os alunos perceberem a importância do aspecto lúdico 
da luta superando o estigma que estimula a violência;
•Compreender os princípios básicos dos pontos de equilíbrio e 
desequilíbrio nas diversas lutas sabendo como usar o menor 
esforço para neutralizar um ataque vindo a entender os 
mecanismos utilizados nas lutas como: golpes através de 
alavancas corporais, toques em determinadospontos com os 
membros; imobilizações e torções, sempre através da 
plasticidade do gesto.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. A Origem das Lutas na História da Humanidade
2. As Lutas Enquanto Educação Física e a sua 
Transformação em Atividade Física Esportiva
3. As Lutas Frente aos Paradigmas da Educação Física
4. As Técnicas de Luta Ensinadas Através das 
Atividades Lúdicas e como ela pode fazer parte de 
um projeto político pedagógico
1. A Origem das Lutas na 
História da Humanidade
• 1.1. Egípcios, sumerianos e gregos; os 
primeiros vestígios de atividades de luta
• 1.2. A Luta na Pré Historia 
• 1.3. De Roma à Índia, a origem das artes 
marciais
• 1.4. A luta no Oriente e seu desenvolvimento 
no Ocidente
2. As Lutas Enquanto Educação Física e a sua 
Transformação em Atividade Física Esportiva
• 2.1. Aprendendo a ensinar como cair a partir de uma ação 
voluntária ou involuntária
• 2.2. Projetando e sendo projetado
• 2.3. O sistema de alavancas a serviços das lutas
• 2.4. Agressividade e Violência: através das atividades de luta 
praticadas na atualidade
• 2.5. Vivência, análise e estruturação do processo de ensino-
aprendizagem de elementos técnicos-táticos básicos
3. As Lutas Frente aos 
Paradigmas da Educação Física
ROGRA• 3.1 – A educação física percebida 
enquanto cultura corporal
• 3.3 – A prática da luta como lazer e 
promoção da saúde
• 3.4 – Ensinando as lutas e respeitando o 
desenvolvimento da criança
• 3.5 – A importância do jogo cooperativo e
da co-educação através da lutas
4. As Técnicas de Luta Ensinadas Através das 
Atividades Lúdicas e como ela pode fazer 
parte de um projeto político pedagógico
• 4.1 – Usando os Membros superiores e/ou 
inferiores para neutralizar um 
companheiro
• 4.2 – Afastamentos e aproximações 
corporais a serviço das lutas
• 4.3 – Luta e ritmo, uma aproximação aos 
elementos da dança: os katas e a capoeira
4. As Técnicas de Luta Ensinadas Através das 
Atividades Lúdicas e como ela pode fazer 
parte de um projeto político pedagógico
• 4.4 – Resgate histórico dos movimentos de 
resistência na constituição do povo 
brasileiro
• 4.5 – Lutas enquanto práticas sociais de 
referencia a serem utilizadas na educação 
física
• 4.6 – Ensinando uma luta e integrando-a 
no projeto pedagógico
5. Diversidades em lutas
• Judô
• Jiu-Jítsu
• Tae-kwon-do
• Greco-Romana
• Karatê
• Capoeira
Metodologia
• As aulas serão desenvolvidas utilizando os seguintes 
procedimentos: 
• Aulas expositivas
• Leituras, comentários e debates baseados em textos 
específicos
• Utilização de recursos audiovisuais
• Técnicas de trabalhos em grupo
• Trabalhos de pesquisa
• Seminários
• Aulas práticas
Avaliação
• A1 – XX/XX/2018
• A2 – XX/XX/2018
• Trabalho
Bibliografía
• Paulo Fernando de Menezes, Wagner Souza Ferreira. Rio de 
Janeiro, 2009. Ferreira, Wagner Souza. Lutas, potencial 
Educativo e Formativo das Lutas. 
• Rangel I.C.A., Darido S.C., Educação Física na Escola: 
Implicações para a Prática Pedagógica. Rio de Janeiro, 2005.
• Onacir Carneiro, Judô: Evolução Técnica e Competição, João 
Pessoa: Ideia, 2001.
• Das Brigas aos Jogos com Regras: Enfrentando a Indisciplina na 
Escola: Porto Alegre: ArtMed, 2000
• Darido, S.C.; Rangel, I.C.A. Educação Física escolar: 
implementação para a prática pedagógica. 1 ª ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 205.
Material Digital
• Apresentações das aulas
• Artigos e apostilas
Com mais de 500 inscritos, FJERJ 
realiza 1º Festival de Iniciantes em 
Niterói
Maio 16, 2018 Valter 
França Campeonatos, Notícias, Slider
Evento que será realizado no próximo 
dia 19 de maio no ginásio do Canto do 
Rio conta com apoio da Prefeitura 
através da Secretaria de Esporte e Lazer 
de Niterói
http://judorio.org/com-mais-de-500-inscritos-fjerj-realiza-1o-festival-de-iniciantes-em-niteroi/
http://judorio.org/author/valter/
http://judorio.org/category/campeonatos/
http://judorio.org/category/noticias/
http://judorio.org/category/slider/
Lutas na Contemporaneidade
MMA
Artes
Marciais
Mistas
http://www.uff.br/esportesociedade/pdf/es2203.pdf
http://www.uff.br/esportesociedade/pdf/es2203.pdf
Autor
• As artes marciais mistas (MMA) como 
esporte moderno: entre a busca da 
excitação e a tolerância à violência Daniel 
Giordani Vasques* Universidade Federal 
do Recôncavo da Bahia
• Professor da Universidade Federal do 
Recôncavo da Bahia
• ano 8, n 22, set.2013 
As Artes marciais mistas
(MMA) – transmitida ao vivo
na TV aberta brasileira em
novembro de 2011 – cuja
audiência alcançou 22
milhões de telespectadores
no país.
Muito antes da massificação
dessa forma de luta, em 1993
o carateca Gerard Gordeau
entrou em uma gaiola
octogonal para lutar em um
combate sem regras,
denominado ultimate fight,
contra o atleta de sumô Teila
Tuli, 80 quilos mais pesado
que ele.
O ginásio estava eufórico:
vozes gritavam,
comentaristas de TV
começavam suas análises,
a câmera se aproximava do
rosto de Tuli ou tentava
imagens do vencedor.
Nos Estados Unidos, 80 mil lares 
tinham assistido à luta por meio de 
seus canais pagos de TV. Na mesma 
noite, o público viu Gordeau
ganhar a luta seguinte com uma 
mão quebrada e uma lesão no pé, 
e perder a final para o lutador 
brasileiro de jiu-jitsu Royce Gracie, 
que ganhou 50 mil dólares por sua 
vitória no primeiro Ultimate
Fighting Championship (UFC) (AWI, 
2012).
Quantos as regras, 
(s/regras)..... .
A gaiola em forma de
octógono, que se tornou
símbolo do evento, retrata
os sentimentos de
agressividade e violência,
algo que as empresas de
marketing tomaram como
vantagem (AWI, 2012).
O senador republicano John 
McCain liderou, a partir de 
1996, uma campanha política 
contra o UFC, pedindo aos 
governadores que proibissem 
os eventos nos estados – esse 
movimento, apoiado pela 
American Medical Association, 
surtiu efeito.
No entanto, o maior prejuízo para 
os organizadores ocorreu de 1997 
a 2000, quando a maioria dos 
canais de TV pagos aceitou a 
pressão política e recusou-se a 
transmitir os eventos. Neste 
momento, o mercado lucrativo do 
UFC estava à beira da falência 
(BOTTENBURG and HEILBRON, 
2006).
As adaptações 
exigidas para que 
o UFC fosse 
aceito nos 
Estados Unidos 
da América... . 
No Brasil, inspirado nas 
competições de vale-
tudo, o MMA surge por 
volta dos anos 80, com a 
popularização do jiu-jitsu, 
principalmente pela 
introdução e recriação 
deste esporte pela família 
Gracie.
O MMA, apesar de possuir 
características de esporte –
comparação de desempenhos, 
universalização das regras, 
instituição própria, entre 
outras –, apresenta na sua 
prática mais violência que o 
jiu-jitsu e que outras 
modalidades de lutas 
esportivizadas.
Lutas com poucas regras:
A partir do Século XIX, 
ocorreram diversos 
enfrentamentos entre 
lutadores de diferentes 
modalidades. Atletas 
estadunidenses de luta livre e 
boxe enfrentaram lutadores 
de artes marciais japonesas 
em diversos momentos, 
principalmente em viagens 
de militares para o outro país 
(GREEN e SVINTH, 2003).
A aproximação e 
hibridização das lutas 
ocidentais com as orientais 
acentuaram-se a partir dos 
anos 60. Os Estados Unidos 
vivenciaram uma “moda” 
de artes marciais orientais 
estimulada por Bruce Lee, 
um defensor de “lutas 
reais”.
Apenas para ilustrar, foram criadas as 
modalidades full contact karate e o full
contact, que combinavam técnicas 
japonesas e estadunidenses; o atleta 
de luta livre Antonio Inoki enfrentou o 
pugilista Muhammed Ali em um 
evento de lutas mistas em Tóquio em 
1976; e, nos anos 70 e 80, diversas 
lutas de full contact kickboxing, que 
combinava caratê tradicional com 
kickboxing, foram feitas nos Estados 
Unidos e no Japão (SÁNCHEZ-GARCÍA 
e MALCOLM, 2010).
No Brasil, a família 
Gracie foi a principal 
responsável por 
promover combates 
entre lutadores de 
diferentes 
modalidades.
Inspirados nosucesso do 
formato midiático do UFC, no 
Japão foi criado em 1997 o 
similar PRIDE, que teve seu 
auge quando o UFC viveu um 
momento de declínio pela 
pressão pública para inclusão 
de um número maior de 
regras (AWI, 2012).
Por fim, a compra do PRIDE 
pelo UFC em 2007 consolidou 
o MMA como um esporte 
global, com o UFC 
padronizando as regras e 
comprando os direitos dos 
eventos de menor porte 
(SÁNCHEZ-GARCÍA e 
MALCOLM, 2010, AWI, 2012).
Espetacularização 
das lutas
Nessa “sociedade da 
imagem” ou “do 
espetáculo”, as ilusões e os 
pseudoeventos acabaram 
por varrer da vida o natural, 
o autêntico e o espontâneo, 
tanto que a própria 
realidade se transformou 
em encenação (DEBORD, 
2003, FREIRE FILHO, 2003).
Na forma de um espetáculo que os 
organizadores do UFC e do PRIDE 
adaptaram essas lutas com poucas regras 
para o formato televisivo. Uma forma de 
espetacularizar o esporte, segundo Pires 
(1998), é adotar a linguagem visual da 
televisão, de modo que a mensagem 
veiculada seja sempre e cada vez mais 
contundente, mantendo e ampliando os 
níveis de lucro representados pela 
mercadoria e garantindo a estabilidade 
do sistema.
As modalidades esportivas 
usualmente realizam mudanças 
estruturais para se adequarem aos 
interesses dos meios de 
comunicação – principalmente a 
televisão – e serem atraentes ao 
mercado consumidor, tais como 
mudar as regras visando aumentar 
a tensão dos consumidores, reduzir 
o tempo “sem ação”, adequar o 
tempo total do enfrentamento; e 
introduzir paradas estratégicas para 
veicular mensagens comerciais.
Na sociedade do 
espetáculo, o mundo real se 
converte em simples 
imagens, estas simples 
imagens tornam-se seres 
reais e motivações 
eficientes típicas para um 
comportamento hipnótico 
(DEBORD, 2003).
Conforme Betti (2001), o 
telespectador não tem a 
vivência real de assistir, já que 
quando consome pela televisão, 
não tem só o seu gosto 
manipulado pela influência do 
mercado, mas também a sua 
própria capacidade perceptiva 
alterada, já que os sentidos ali 
vivenciados são diferentes dos 
do mundo real (mundo hiper-
real).
A imagem do telespectador é 
parcial e dependente de outros, 
e a subdivisão das imagens, 
imposta pela técnica de 
reprodução do espetáculo, é 
um componente fundamental 
que independe da vontade do 
telespectador e foge da sua 
capacidade de alterar a 
situação.
O objetivo era maximizar os 
índices de audiência para 
obter lucro – e sabiam que 
bastava estimular a 
violência para conseguir a 
adesão do público de modo 
muito eficiente 
(BOTTENBURG e HEILBRON, 
2006).
Pode-se dizer que é uma 
manifestação construída de 
forma a garantir a reação do 
público, compreensão que se 
confirma em um estudo 
experimental realizado por 
Wenner (1998): que o 
aumento da agressividade do 
atleta está diretamente 
relacionado ao aumento da 
audiência.
Violência: componente 
do MMA
Essa violência ocorre de um 
lado com os lutadores, 
profissionais e amadores, 
pois machucam uns aos 
outros nos combates; e, de 
outro, com os espectadores 
e telespectadores pois 
assistem aos lutadores 
machucarem-se, o que pode 
ser considerado uma prática 
de violência simbólica.
O conceito de 
violência há muito 
ultrapassou os 
limites do corpo 
físico, incluindo as 
esferas psicológicas, 
políticas, sociais e 
culturais.
A violência aparece onde o 
poder está em risco, mas, 
deixada a seu próprio curso, ela 
conduz à desaparição do poder” 
(p.44). Assim, a violência não é 
legítima enquanto ação, mesmo 
que instrumental do exercício do 
poder. “A violência é justificável, 
mas não é legítima” (Hannah 
Arendt 2009 p.41).
Arendt também considera 
que o processo de 
desmistificação da 
violência deve ser 
compreendido em três 
dimensões: a 
desnaturalização, a 
despersonificação e a 
desdemonização.
- A primeira é uma crítica ao 
pensamento de que a 
violência é algo natural do ser 
humano.
- Arendt contribui para 
despersonificar a violência, 
tratando o indivíduo neste 
momento como um 
instrumento da ação.
- Por fim, indica que a 
violência é detentora de certa 
racionalidade, já que é eficaz 
em alcançar o fim que a 
justifica. Como consequência 
de sua instrumentalidade, ela 
perde seu caráter mágico ou 
demoníaco comumente a ela 
atribuído.
Com base no conceito de 
Arendt, pode-se considerar que 
o poder no MMA está, em um 
primeiro nível, com o 
conglomerado organizador da 
modalidade (organizadores e 
regras, produtores, publicitários 
e empresas de televisão), 
enquanto que os “atos de 
violência” ocorrem entre e com 
os lutadores, instrumentos do 
espetáculo.
Isso pode acontecer nos 
esportes, segundo Dunning 
(1992), quando se participa 
demasiadamente a sério, talvez 
na sequência de pressões sociais 
ou de recompensas financeiras e 
de prestígio envolvido, quando o 
nível de tensão pode elevar-se 
até um ponto em que o 
equilíbrio entre a rivalidade 
amigável e hostil incline-se a 
favor da última. 
Em um segundo nível, 
o poder está com os 
órgãos políticos que 
permitem ou proíbem 
sua realização pode 
surgir a luta a sério.
O aumento da civilidade fez 
com que manifestações 
explícitas de violência física 
em disputas não fossem mais 
toleradas; assim, jogos crueis
e violentos existentes até 
então foram transformados 
em esportes com regras 
específicas com a diminuição 
de atos de violência.
Na realidade, a capacidade 
de tolerância à violência, 
mesmo que simbólica, 
depende de fatores 
históricos, socioculturais e 
individuais; cada grupo ou 
indivíduo pode ser mais ou 
menos tolerante à violência 
(a circunstâncias).
Excitação, tensão e 
violência nos esportes 
da sociedade civilizada
Com o advento da 
industrialização e da 
urbanização na Modernidade, 
surge o tempo livre para as 
classes trabalhadoras. Entre as 
atividades realizadas nesse 
tempo, temos as de lazer, 
compostas de atividades de 
jogo, ou miméticas.
As atividades miméticas 
são aquelas nas quais as 
emoções produzidas – ou 
seja, os sentimentos 
desencadeados pelas 
atividades – estão 
relacionadas com as que se 
experimentam em 
situações da “vida real” 
(Elias e Dunning 1992). 
Neste sentido, assume 
particular relevância a 
constatação de que, nas 
sociedades industriais mais 
avançadas, comportamentos 
de excitação são cada vez 
menos frequentes nos 
indivíduos, principalmente 
por um aumento no controle 
social e pelo autodomínio da 
excitação exagerada.
Elias (1992a) sugere que 
buscamos nas atividades 
miméticas um tipo 
específico de tensão, uma 
forma de excitação 
frequentemente 
relacionada com o medo, a 
tristeza e outras emoções 
que procuraríamos evitar na 
vida cotidiana. 
Ou seja, nos combates em 
que não se sabe quem 
será o vencedor, a tensão 
é mantida por mais tempo 
e são mais prazerosos de 
se assistir (ou participar) 
pela tensão agradável ali 
produzida. 
Como relata Bracht (2009), 
que as instituições que 
nascem com um objetivo 
próprio do grupo que a 
fundou, muitas vezes no 
percurso, objetivam mais a 
manutenção do seu poder e 
status do que os objetivos 
iniciais da sua fundação. 
Apesar dessa tendência 
civilizadora, em diversos 
momentos do século XX, 
de forma paralela às lutas 
esportivizadas surgem 
combates com poucas ou 
mesmo sem regras, 
processo denominado de 
desesportivização.
De acordo com BOTTENBURG e 
HEILBRON (2006), a 
desesportivização das lutas se 
dá em quatro vertentes: a) 
enquanto as organizações de 
lutas reconhecidas aumentavam 
o número de regras, nas lutas 
com poucas regras reduzia-se o 
número de regras e buscava-se 
aproximar as artes marciais das 
“lutas reais”;
b) enquanto as organizações 
de lutas reconhecidas 
padronizavam as regras, nas 
lutas com poucas regras 
esforçava-se para mantê- las
flexíveis, podendo ser 
ajustadaspara cada luta ou 
evento, dadas as 
circunstâncias, demandas dos 
lutadores ou preferências do 
público;
c) enquanto as 
organizações de lutas 
reconhecidas tentavam 
criar um balanço entre um 
alto nível de tensão com 
proteção e contenção dos 
riscos, nas lutas com 
poucas regras aumentava-
se a tensão retirando 
medidas que oferecessem 
maior proteção; 
d) enquanto as organizações de 
lutas reconhecidas 
desenvolviam regras formais e 
códigos de conduta com base 
na ética do fair play, nos 
eventos de lutas com poucas 
regras incentivavam-se atitudes 
de desprezo ao ethos esportivo 
e à falta de respeito pelo 
oponente, ao menos no ringue 
ou na gaiola
De forma análoga e paralela, 
pode-se analisar o UFC e o 
PRIDE no fim do século XX –
consideradas lutas violentas –
em comparação o pancrácio na 
Grécia Antiga, que conforme 
sustentam Elias e Dunning 
(1992) era uma prática pré-
esportiva que existiu em uma 
sociedade menos civilizada.
Cabe então um 
questionamento. Teria a 
sociedade contemporânea 
níveis de civilidade 
semelhantes aos da Grécia 
Antiga? Dessa forma, talvez 
não seja possível conceber 
uma relação de implicação 
entre o aumento da civilidade 
e o aumento de restrições à 
violência. 
Entre estas crenças, podemos 
citar as ideias de que o Karate 
surgiu a partir das práticas de 
imitar animais, de indianos que 
ensinaram os shaolin, que por 
sua vez instruíram algum pirata 
que se escondeu em Okinawa, o 
qual por sua vez deu o nome de 
Karate a essa arte. Também 
devemos recusar a teoria que 
sustenta que o Karate-Dō é 
proveniente do Jiu-Jítsu (em 
japonês Jū- jutsu2 ).
O Karate-Dō tem sua 
origem em um extenso 
processo multicultural. Isto 
é evidenciado pelo conflito 
de identidades ao longo de 
sua própria história e a falta 
de reconhecimento deste 
como arte marcial nacional 
pelos japoneses até hoje 
(ANDRETTA, 2009; TAZAWA, 
1980).
A origem, em geral, das 
artes marciais é apontada 
através da introdução de 
práticas pelo monge 
indiano Ta Mo Lao Tse, o 
Bodhi Dharma , no 
mosteiro Shaolin (na 
China), por volta da década 
de 520 da Era Cristã (REID & 
CROUCHER, 2004).
Porém o caso do Karate é muito 
mais específico. Como diversos 
pequenos reinos do século XIV, 
Ryūkyū5 (o arquipélago ao sul do 
Japão e a leste da China, da qual 
Okinawa era a Ilha principal) era um 
estado vassalo ao Império Chinês, 
desde o século XIII ou XIV (CAMPS & 
CEREZO, 2005; NAKAZATO, OSHIRO, 
MIYAGI, TUHA, KOHAGURA, 
HIGAONNA, TAIRA & SAKUMOTO, 
2003; YAMASHIRO, 1993). 
Nessa época, o reino 
adotava um sistema de 
castas sociais muito 
semelhantes ao dos grandes 
países da região: China, 
Índia e Japão (QUADRO 1), e 
excluía a vida entre os 
nobres, o clero, os militares 
e os camponeses 
(FUNAKOSHI, 1999; RATTI & 
WESTBROOK, 2006).
Os Heimin7 (termo japonês 
para camponeses) do Ryūkyū
viviam numa situação nada 
agradável, pois, a exemplo do 
que acontecia em muitos 
feudos nipônicos, acabavam 
por pagar com quase todo o 
produto da colheita, os 
‘tributos reais’ que eram 
exigidos pela aristocracia.
Os camponeses (Heimim), 
tinham pouco para comer, e 
ainda suportavam as castas 
superiores como os militares 
samurais japoneses que, 
extraiam seus ganhos e de 
muito que colhiam, para eles 
(Heimim), sobrava muito pouco. 
Muitos camponeses ao 
voltarem para casa 
encontravam a família morta 
pelos samurais militares.
O massacre era 
uma retaliação do 
Governo pelo não 
pagamento dos 
“impostos” ou por 
apenas parte 
dele.
Nesse período a 
população inicia um 
trabalho de 
preparação física, 
visando uma, futura, 
necessidade de 
intervenção contra as 
forças invasoras.
Como o porte de armas 
pela população comum era 
proibido pelos reis da 
Dinastia Shō, os Heimim 
passaram a sistematizar 
dois sistemas de defesa 
pessoal que, em verdade, 
eram treinados juntos.
A estes chamaram 
genericamente de Te11 (ou 
Ti na antiga pronúncia do 
dialeto de Okinawa12), cujas 
formas eram rudimentares 
em relação ao que viríamos 
conhecer por Karate-Dō e 
Kobu-Dō de Okinawa 
(SHINZATO & BUENO, 2007).
Os Guerreiros Japoneses 
não detinham técnicas 
apuradas de ataque com as 
próprias mãos. Mas elas, 
mesmos toscas, existiam. 
As armas eram os 
equipamentos que 
detinham a maior 
repressão dos Peichins
(exercito) frente aos Heimin
(agricultores – vassalos).
Como o porte de armas pela 
população comum era proibido 
pelos reis da Dinastia Shō, os 
Heimin passaram a sistematizar 
dois sistemas de defesa pessoal 
que, em verdade, eram treinados 
juntos. A estes chamaram 
genericamente de Te11 (ou Ti na 
antiga pronúncia do dialeto de 
Okinawa), cujas formas eram 
rudimentares em relação ao que 
viríamos conhecer por Karate-Dō 
e Kobu-Dō de Okinawa 
(SHINZATO & BUENO, 2007).
Empregaram contra os 
Peichin, técnicas toscas de 
agarramento, empurrões, 
batidas de ombro, punho e 
pé, além do uso de 
ferramentas rurais como os 
batedores de arroz, varas, 
enxadas, foices, linhas de 
pesca, manivelas de moinho, 
ancinhos e outros, para se 
proteger das espadas, 
correntes e lanças dos 
guerreiros do Rei.
No Século XVII os 
Peichin realizaram vários 
intercâmbios com os 
marinheiros e militares 
chineses e aprimoraram 
suas técnicas de luta ao 
conhecer o To-de no 
dialeto de Okinawa, e 
Karate, em Japonês.
Okinawa era uma região de 
vassalos, por isso o interesse 
na produção, sobretudo, 
alimentícia (produtos). Nesse 
período os Heimin passaram a 
estudar o To-de de forma 
clandestina e, dessa forma, 
foram, portanto, os membros 
da casta guerreira de Okinawa 
aqueles que realmente 
impulsionaram o 
desenvolvimento do Karate-Dō
(SHINZATO & BUENO, 2007). 
No século XIX o To-de foi 
levado as escolas de Okinawa e 
a toda a população interessada 
em aprender o Karaté. Não 
havia mais, no período, a 
passagens das técnicas da luta 
entre familiares ou amigos 
próximos, ou seja, da forma 
particular/restrita Gichin
Funakoshi27 (1999, 2000).
Nesta época, um dos 
mais eminentes mestres 
da arte de Okinawa
(Funakoshi) passou a 
trabalhar em uma forma 
de levar a prática do 
Karate ao público geral, 
tornando-o a disciplina 
de Educação Física nas 
escolas. 
Outros grandes mestres da 
época, como Jigorō Kanō (o 
fundador do Jūdō34), também 
escolheram atuar como 
professores, o que era muito 
vantajoso no período, pois o 
novo regime (Meiji) 
transformara esta profissão
numa das mais respeitadas e 
rentáveis do final do século XIX 
e início do século XX (STEVENS, 
2005). 
Para que houvesse aceitação 
frente ao sistema educacional 
do Japão, dez artigos sobre o To-
de foram inseridos para que os 
discentes fossem educados 
pelos vieses da disciplina e do 
combate, já que, o Japão, se 
preparava para um conflito 
coma Russia (FUNAKOSHI, 
1999). 
Na década de 20 do 
século XX o cenário 
passa a ser da 
transição das “Mãos 
Chinesas” para o 
“Caminho das Mãos 
Vazias”.
Funakoshi passa a dar aula no 
Japão de To-de (Karatê)
Até 1922, a pedido de Jigoro 
Kano, quando escreveu um 
livro sobre essa arte marcial.
De To-do “Mãos chinesas”, 
para Karate sindicando 
“Mãos vazias” (FUNAKOSHI, 
1973).
A Segunda Guerra Mundial 
trouxe consequências 
catastróficas para o Karate. A 
ilha de Okinawa, cenário de 
uma das batalhas mais ferozes 
da guerra, foi arrasada e 
documentos e objetos foram 
destruídos, apagando parte 
dos vestígios da história de 
Okinawa e do próprio Karate 
(NAKAYAMA, 2004)
Após a guerra, como se 
não bastassem as 
inúmeras adversidades, 
um decreto de proibição 
das artes marciais foi 
outorgado pelo exército 
americano (REID & 
CROUCHER, 2004). 
Apenas o Karate foi 
autorizado a manter-se.
Na verdade, algo 
semelhante ao que os 
negros fizeram para ocultar 
a capoeira no Brasil foi feito 
pelos oquinauenses. Eles 
associaram a prática dos 
Katatê (exercícios formais) a 
uma dança com tambores, 
apitos e movimentos 
enérgicos própria de 
Okinawa, o Senbaru Eisa 
(OKINAWA, 2003). 
O Karate na sociedadeda 
informação
Com a fusão da WUKO e da 
ITKF, surge em 1996 a 
Federação Mundial de Karate 
(WKF), favorecendo, então, o 
reconhecimento do Karate 
pelo COI, que aconteceria em 
1999 (WKF, 2007). 
O Karatê sofre diversas rupturas 
no que tange a sua
Base Histórica. Passa a atender 
a demanda do mercado,
sobretudo, as exigências do COI, 
afim de transforma-lo
em um esporte olímpico.
Com a formação da colônia 
japonesa em São Paulo a 
partir de 1955 foi 
estabelecida a primeira 
academia de Karate 
naquela cidade, pelo sensei 
Mitsusuke Harada do estilo 
Shōtōkan (BARTOLO, 2009; 
CBK, 2009)
Em 1959, o sensei Seiichi 
Akamine fundou a 
primeira academia do 
estilo Gōjū-ryū e em 1960 
fundou a Associação 
Brasileira de Karate, e que 
mais tarde daria origem à 
Confederação Brasileira 
responsável pela 
administração do esporte 
(OLIVEIRA, MILLEN NETO & 
JORDÃO, 2005)
JUDÔ: CAMINHO SUAVE
OU CAMINHO DA VITÓRIA?
ARTE MARCIAL QUE SE
ESPORTIVIZOU OU
ESPORTE QUE SE TORNOU
ARTE MARCIAL?
http://www.uel.br/grupo-
estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais12/artigos/pdfs
/comunicacoes/C_Pinto.pdf
Todo esse cenário histórico levou a
mudança do significado do combate
corporal, diminuindo a aplicação e a
eficácia da habilidade física
organizada em modalidade de luta
ou combate, relegando aos
aparatos espada, bastão, arco e
flecha apenas a prática esportiva ou
de simples lazer
Judô, criado e idealizado
mediante uma estrutura social
bem distinta onde o combate
corporal em prol da defesa do
individuo ou da nação já não era
mais necessário, pois nasce com
a intenção de ser segundo seu
fundador uma Educação Física
Integral.
O judô como arte marcial ou 
como esporte de combate:
-Perda do significado dos valores;
- Desqualifica-se frente a sua filosofia 
em prol dos resultados;
-De que maneira se porta frente a 
sociedade e ao processo civilizatório?
Elias e Dunning (1985) vão
designar o processo de
transformação dos jogos em
esporte a partir de um
processo que ele vai
denominar de
“esportivização”.
O problema que se coloca é
saber se o judô é uma arte
marcial que se esportivizou
ou se já nasceu como uma
modalidade esportiva
moderna?
Os princípios do judô idealizado 
por Jigoro Kano são seguidos 
na pratica esportiva do judô? 
(judô moderno) No judô 
moderno não são trabalhados 
os princípios idealizados pelo 
fundador?
O judô foi idealizado no Japão, e sua
criação é atribuída a Jigoro Kano,
que o construiu derivando dos
vários estilos de Ju-Jitsu (DRIGO,
1999). Fazendo parte da categoria
das lutas agarradas, o judô é
constituído de técnicas de projeção,
quedas, estrangulamentos,
imobilizações e chaves de articulação
(SILVA; PELLEGRINI, 2007).
A Kodokan, primeira 
escola oficial de Judô, foi 
fundada em 1882, mas
teve grande 
reconhecimento público 
entre 1886 e 1889 
(SUZUKI, 1986)
O Judo (柔道 Juu Dou - "caminho
suave", em japonês) foi então
fundado por Jigoro Kano em
1882 e em fevereiro deste ano,
Kano inaugura sua primeira
escola denominada Kodokan
(Instituto do Caminho da
Fraternidade).
Desta forma Kano se inspira em 3 
princípios na idealização do judô: 
- Princípio da Máxima Eficácia do 
Corpo e do Espírito;
-Princípio da Prosperidade e 
Benefícios Mútuos;
- Princípio da Suavidade (Ju). 
Diante da assertiva dos autores
citados, observamos que o
processo civilizador levou as artes
marciais/esportes de combate a
uma descaracterização. O Judô
como nosso objeto primário de
estudo não ficou de fora desse
processo.
A arte marcial/esporte de combate
em questão passou e passa por uma
ruptura dos valores filosóficos, éticos,
religiosos e ate mesmo de cunho
físico e técnico em detrimento de
uma espetacularização, na qual se
insere segundo PIMENTA e MARCHI
JUNIOR (2005) a “manifestação
corporal para um esporte de valores
capitalistas de rendimento
Eric Dunning (1979) citado em
PIMENTA e MARCHI JUNIOR
(2005) fala sobre isso: [...] o esporte
adquiriu uma possível seriedade,
transformou-se em uma instituição
repleta de dirigentes, técnicos, relações
públicas, administradores e publicitários,
que em número, muitas vezes,
ultrapassam a quantidade de atletas.
(p.03)
ELIAS e DUNNING (1985) - fala sobre
tal estruturação do esporte
atribuindo tais características a um
processo que segundo nosso
entendimento pode ser de certa
forma involuntário e até mesmo
inconsciente, Elias dá a esse processo
o nome de um “processo evolutivo
social cego, não planejado de longa
duração”
A opção do treinamento corporal
visando à abstração do mundo pela
elevação espiritual foi sendo
abandonada para dar lugar à
valorização do treinamento
metódico, calculado, visando vitórias
no campo esportivo e a utilização da
imagem do atleta vitorioso como
meio de ganhos monetários,
PIMENTA e MARCHI JUNIOR. (2005).
O Judô Moderno
O Judô praticado hoje se mostra 
cada vez mais competitivo;
Ignorando os valores intrínsecos do 
DO – Caminho;
Se distanciando mais da proposta de 
Kano sobre o “caminho suave”.
Desta forma a busca do
desenvolvimento espiritual e
aperfeiçoamento técnico são
desprezados e às vezes até
considerados desnecessários para
os dias de hoje dando espaço
apenas a aspectos superficiais do
treinamento e entretenimento.
Atletas, “professores”, técnicos e
dirigentes gesticulam para os
árbitros em favor de penalidades
que lhes favoreçam, ou então
comemoram acintosamente,
vangloriando se de vitorias
conseguidas através de
penalidades ou por uma simples
decisão dos árbitros.
Em relação à técnica não
existe mais a preocupação em
vencer através da aplicação da
técnica perfeita: o Ippon. Em
seu artigo intitulado – O Judô
Moderno – BORGES (2007).
Confronto de Valores: 
Original x Atual 
[...] a importância e contribuição de 
formarmos judocas e não apenas 
lutadores de Judô, pois o primeiro 
fica para sempre e o último é como 
todo atleta de esportes de 
competição, tem vida útil limitada. 
(SANTOS, 2006, p.118) 
Pesquisa: Participaram da pesquisa 17 
técnicos de judô. Com base nos 
resultados, verificamos que 58,8% dos
técnicos não possuem formação 
universitária e 41,2% possuem formação 
universitária. Dos que possuem
formação universitária, apenas 29,4%
são profissionais de Educação Física e 
mais da metade (70,6%) são
formados em outra área.
A Figura 1, mostra que a maioria dos 
técnicos (82.3%) atua em
todas as categorias, tendo uma 
pequena porcentagem que atua 
somente na categoria adulta (11,8%) 
ou
nas categorias masculinas menores 
(5.9%). Nenhum dos técnicos atua 
somente nas categorias femininas
menores e adultas.
Tabela 1 - Conhecimentos considerados mais 
importantes por técnicos para o trabalho com Judô.
Conhecimentos de História, Filosofia e Ética do Judô. 1º
Conhecimentos Técnicos de Judô (específico). 2º
Arbitragem no Judô 3º
Pedagogias do esporte 4º
Fisiologia do esporte Teoria do treinamento desportivo 5º
Psicologia do esporte 6º
Biomecânica do esporte 7º
Fisiologia do esporte 8º
Gestão de marketing esportivo 9
Fonte: CONEXÕES, 
revista da Faculdade de 
Educação Física da 
UNICAMP, Campinas, v. 
6, ed. especial, p. 665-
677, jul. 2008.
ISSN: 1983 – 9030.
JIU-JITSU
Muitos Historiadores afirmam 
que o jiu-jitsu foi criado na 
Índia, a mais de três mil anos, 
pois, os Monges Budistas, nos 
casos de conflito corporal, 
eram proibidos de utilizar 
armas para se defenderem.
Por norma da religião, afim 
de se defenderem de 
saques, roubos e agressões 
física que, ocorriam 
regularmente, criaram 
técnicas de defesa pessoal.
Os Monges definiram e 
estudaram técnicas que, não 
poderiam ferir o outro, ou seja, 
saqueadores, ladrões e que nelas 
estariam contidas as condições 
que possibilitassem pessoas de 
baixa estatura e de massa 
corporal “reduzida”, a fazerem 
uso dessas técnicas com sucesso.
Por isso, foi escolhida a 
luta de curta distância. 
Objetivando as técnicas 
de estrangulamentos e 
de articulações afim de, 
neutralizar o oponente.
O fato de não utilizarem chutes 
nem socos,possibilitava a 
manutenção no que tange os 
preceitos religiosos, ou seja, a 
imobilização não ia de contra a 
filosofia religiosa dos Monges 
(GRACIE, 2008).
Por conta dos deslocamentos 
(“peregrinações”), essas 
técnicas foram difundidas para 
muitos países. Por sua vez, na 
China, aliada a outras técnicas 
de luta, se transformou em 
material bélico (arma bélica). 
Na China, afim que essas 
técnicas não chegassem ao 
conhecimento dos inimigos, 
foi proibida a sua 
divulgação, seja no contexto 
escrito ou narrado (CBJJE, 
2010).
Historiadores afirmam que a jiu-
jítsu chegou ao que chamamos 
hoje de Japão no século II d.C. No 
século XVI o Monge chinês Chen 
Gen Pin, ensinou a três samurais 
as técnicas da luta, 
separadamente (CBJJE).
O primeiro as projeções;
O segundo as chaves;
O terceiro os estrangulamentos.
Dos três ensinamentos, 
surgiram várias técnicas 
associadas ao jiu-jitsu por 
conta do entendimento e 
da experiência de cada 
samurai.
Tal arte marcial passou a ser
condição obrigatória para a
formação de samurais, que
além do jiu-jítsu, se dedicavam
as artes, literatura, pintura,
cavalaria entre outras (FPJ,
2010).
Ao passar do tempo, o jiu-
jítsu passa a se tornar uma 
arma de guerra, perdendo 
toda a sua filosofia a serviço 
da autodefesa e da 
formação dos samurais.
O jiiu-jítsu ou jiu-jítsu, na busca 
da melhor fonética, que em 
japonês significa arte suava ou 
arte gentil, recebe esse nome 
pela sua origem, como 
dissemos oriunda dos 
Monges,que pregavam a paz.
No final do século XIX, no 
Japão, o jiu-jítsu começa a ser 
contestado por, na sua segunda 
parte da história, assume o 
papel de “arma de guerra”, 
acumulando, além dos 
estrangulamentos, socos e 
chutes.
É nesse período que surge 
Jigoro Kano (1860 – 1938), 
promovendo mudanças, 
significativas, nessa arte 
marcial.
Fontes: FPJ, CBJJE e UFRGS -(Dissertação 
de Mestrado).

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