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SEMINÁRIO 3 - Módulo III - IBET

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Rafael Andrighetti Rossi – IBET Fortaleza 
 
SEMINÁRIO III - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM MATÉRIA 
TRIBUTÁRIA 
 
1. Defina o conceito “decadência” no âmbito do direito tributário. 
Decadência, nos termos do descrito por Paulo de Barros Carvalho, é um fato jurídico 
que faz perecer um direito, devido a inércia do possuidor do direito durante um lapso 
temporal. Entretanto, tal significação é controversa, uma vez que faria referência a um 
“direito de lançar”, sendo que o lançamento é um ato vinculado e obrigatório que deve 
ser realizado pela Administração Pública. Chega um ponto controverso, entretanto, 
pacificado momentaneamente, onde é tão somente a extinção da possibilidade de lançar 
do Fisco. Consequentemente, não há de se falar em auto de infração, obrigação 
tributária e crédito tributário. 
 
(a) Com base na bibliografia indicada para desenvolvimento deste seminário 
apresente as diferentes acepções do conceito “decadência”. 
Conforme estabelecido por Eurico de Santi e reiterado por Aurora Tomazini, em seu 
livro de direito acerca de prescrição e decadência no direito tributário, a decadência 
poderia ser conceituada em duas, Decadência do direito do Fisco e Decadência do 
direito do Contribuinte, sendo o primeiro a perda da competência de constituir o crédito 
tributário, em decorrência de um lapso temporal sem que o tenha feito, e o segundo, 
como perda da possibilidade de repetição de indébito, também devido ao transcurso de 
um lapso temporal inerte. 
Ademais, fixou ainda características para cada uma dessas conceituações, estabelecendo 
no relativo à decadência do direito do Fisco, 5 (cinco) postulações. São estas: (I) não 
previsão e ocorrência de pagamento antecipado, nem de dolo, fraude ou simulação, 
 
muito menos notificação, bem como não ocorrência de anulação; (II) Não ocorrência de 
pagamento antecipado, bem como as mesmas previsões acima, independentemente de 
previsão; (III) ocorrência de pagamento antecipado, tendo em vista uma previsão deste, 
sem que haja as previsões anulatórias acima; (IV) ocorrência de dolo, fraude ou 
simulação, sem que tenha havido anulação; (V) Existência de decisão judicial que 
anulou o lançamento anterior. 
Em contraponto, no tocante ao contribuinte, seriam 2 (duas) postulações. São estas: (I) 
ausência de anulação de decisão anterior que motivasse o pagamento; (II) anulação da 
decisão que motivou o pagamento, mas dentro do prazo decadência de 5 (cinco) anos. 
 
(b) Construa a respectiva estrutura normativa para cada acepção (ex. NGA, NIC, 
antecedente, consequente...), indicando quai(is) dessa(s) estrutura(s) normativa(s)) 
são norma em sentido estrito. 
Nas acepções de decadência do direito do Fisco, com base no posto acima, estimo que: 
(I) 
Norma Geral Abstrata: não previsão e ocorrência de pagamento antecipado, nem de 
dolo, fraude ou simulação, muito menos notificação, bem como não ocorrência de 
anulação. - Antecedente 
Norma Individual Concreta: (Norma em sentido estrito) Perda do direito do Fisco de 
lançar, e consequentemente, constituir o crédito tributário. Necessidade de lapso 
temporal de 5 anos passados do primeiro dia do exercício seguinte ao do evento 
tributário (173, I, CTN). - Consequente 
(II) 
Norma Geral Abstrata: Não ocorrência de pagamento antecipado, nem de dolo, fraude 
ou simulação, muito menos notificação, bem como não ocorrência de anulação. - 
Antecedente 
 
Norma Individual Concreta: (Norma em sentido estrito) Perda do direito do Fisco de 
lançar, e consequentemente, constituir o crédito tributário. Necessidade de lapso 
temporal de 5 anos passados da data da notificação (173, I, § único, CTN). - 
Consequente 
(III) 
Norma Geral Abstrata: ocorrência de pagamento antecipado, tendo em vista uma 
previsão deste, sem que haja as previsões anulatórias já citadas nos outros postulados. - 
Antecedente 
Norma Individual Concreta: (Norma em sentido estrito) Perda do direito do Fisco de 
lançar, e consequentemente, constituir o crédito tributário. Necessidade de lapso 
temporal de 5 anos passados da data do evento tributário (150, § 4º, CTN). - 
Consequente 
(IV) 
Norma Geral Abstrata: ocorrência de dolo, fraude ou simulação, sem que tenha havido 
anulação. - Antecedente 
Norma Individual Concreta: (Norma em sentido estrito) Perda do direito do Fisco de 
lançar, e consequentemente, constituir o crédito tributário. Necessidade de lapso 
temporal de 5 anos passados da data da notificação do ilícito que constituiu e 
formalizou o ato (150, § 4º e 173, § único, CTN). - Consequente 
(V) 
Norma Geral Abstrata: Existência de decisão judicial que anulou o lançamento anterior. 
- Antecedente 
Norma Individual Concreta: (Norma em sentido estrito) Perda do direito do Fisco de 
lançar, e consequentemente, constituir o crédito tributário. Necessidade de lapso 
temporal de 5 anos passados da data da decisão que anulou o lançamento (173, II, 
CTN). - Consequente 
 
 
Nas acepções de decadência do direito do Contribuinte, com base no posto acima, 
estimo que: 
(I) 
Norma Geral Abstrata: ausência de anulação de decisão anterior que motivasse o 
pagamento. - Antecedente 
Norma Individual Concreta: (Norma em sentido estrito) Perda do direito do contribuinte 
de realizar a repetição do indébito. Necessidade de lapso temporal de 5 anos passados 
da data em que foi realizado o pagamento do tributo. (168, I, CTN) - Consequente 
(II) 
Norma Geral Abstrata: anulação da decisão que motivou o pagamento, mas dentro do 
prazo decadência de 5 (cinco) anos. - Antecedente 
Norma Individual Concreta: (Norma em sentido estrito) Perda do direito do contribuinte 
de realizar a repetição do indébito. Necessidade de lapso temporal de 5 anos passados 
da data da decisão que anulou a decisão. (165, III e 168, II, CTN). - Consequente 
 
(c) É correta a afirmação de que a decadência se opera automática e 
infalivelmente? Justifique sua resposta. 
Concordando com o entendimento de Paulo de Barros Carvalho, entendo que não, uma 
vez que essa só se opera quando há de fato a movimentação do Fisco e posterior 
formalização da perda dessa possibilidade por razão de decadência, que deve ser 
definida por norma individual e concreta que observará o atendimento dos requisitos 
necessárias para tal. 
 
(d) Quanto aos efeitos da decadência em relação ao crédito tributário (arts. 150 e 
173, do CTN), pode-se afirmar que sejam: (i) extintivos ou (ii) impeditivos? 
Justifique sua resposta. 
 
Nos termos do CTN, existe a definição de que a decadência extingue o crédito 
tributário, o que daria o caráter extintivo. Existe divergência doutrinária pois alguns 
entendem que a decadência impede o Fisco de realizar o lançamento. Entretanto, tendo 
em vista minha premissa de que a decadência não se opera automaticamente, não há de 
se falar em impedimento, mas sim extinção do crédito no momento do lançamento, não 
o havendo. 
 
(e) Diferençar, se possível: (i) decadência do direito de lançar, (ii) prescrição do 
direito do Fisco cobrar o crédito tributário, (iii) decadência do direito do 
contribuinte pleitear a restituição do indébito tributário e (iv) prescrição do direito 
de ação do contribuinte repetir o indébito tributário. 
No caso da proposta I, se fala na perca do poder, ou como estabelece Paulo de Barros e 
Aurora, competência de realizar o ato de lançamento, ou seja, de constituição do crédito 
tributário. Na II, neste caso, não há a perca do direito de lançar, mas sim do direito de 
executar o crédito, uma vez transpassado o lapso temporal definido. No III, a referência 
é a perca da possibilidade do contribuinte de requerer a repetição do indébito antes de 
instaurado o momento judicial. Já no IV, seria o mesmo, a perca do direito de repetir 
indébito, porém, na esfera judicial. 
 
2. Conjugando o art. 146, III, “b”, da CF e o princípio da autonomia dos entes 
federativos, responda: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,por 
meio de lei ordinária, podem estabelecer prazo diverso do constante no CTN para 
a decadência e prescrição de seus créditos? E mediante lei complementar estadual 
ou municipal? (Vide anexo I e Súmula Vinculante n. 8 do STF). 
 
Primeiramente, tendo em vista o art. 146, III, “b”, nos deparamos que a competência 
para legislar sobre prescrição e decadência é de Lei Complementar, já demonstrando 
 
claramente a impossibilidade de estabelecimento de prazo diverso por Lei Ordinária, 
pois esta não seria o instrumento competente para tal. 
Além disso, é incoerente mudar o referido nestes artigos, uma vez que a competência 
dos Estados e Municípios seria meramente complementar/suplementar, nos termos do 
art. 24, §3º e 4º da Constituição Federal, de maneira que estes não poderiam versar 
sobre matéria já proposta e fixada em termos de legislação federal. Além disso, o anexo 
I e a súmula vinculante nº 8 do STF reiteram essa lógica, reconhecendo 
inconstitucionalidades acerca do lapso temporal de prescrição e decadência. 
 
3. Quando começa a contar o prazo de decadência para o Fisco lançar nos tributos 
sujeitos ao lançamento de ofício? E nos tributos sujeitos ao “lançamento por 
homologação”? Se não houver o que homologar, o prazo passa a ser o dos tributos 
sujeitos ao lançamento de ofício (vide anexos II e III)? E no caso de fraude (vide 
anexo IV)? 
 
Neste caso, tendo em vista que o lançamento de ofício de encaixa na regra que 
prevemos acima como 1ª, que fala em “não previsão e ocorrência de pagamento 
antecipado, nem de dolo, fraude ou simulação, muito menos notificação, bem como não 
ocorrência de anulação.”, temos que Norma individual e concreta para estes é 
justamente a de ocorrência do lapso temporal a partir da data do 1º dia do exercício 
financeiro seguinte ao da ocorrência do evento tributário, conforme o art. 173, I, CTN. 
No caso lançamento por homologação, este se encaixaria na terceira regra, que diz 
“ocorrência de pagamento antecipado, tendo em vista uma previsão deste, sem que haja 
as previsões anulatórias já citadas nos outros postulados.”, uma vez que houve o 
pagamento antecipado, que será homologado pelo Fisco. Portanto, segue a norma para 
este, que é a do lapso temporal a contar da data do evento tributário, conforme o art. 
150, § 4º, CTN. 
Embora exista divergência doutrinária, o meu entendimento é que não, uma vez que se 
trata do encaixe na terceira regra citada acima, ou seja, houve um pagamento 
 
antecipado, sem haver qualquer previsão anulatório ou fraude, dolo e simulação. 
Portanto, permanece a data a contar do evento tributário. 
No caso de fraude, conforme previsto na minha premissa, atende a 4ª regra, que define 
“ocorrência de dolo, fraude ou simulação, sem que tenha havido anulação.” aplicando a 
tal o lapso temporal a contar da data da notificação do ilícito que constituiu e formalizou 
o ato, conforme art. 150, § 4º e 173, § único, CTN. 
 
4. Como deve ser interpretado o parágrafo único do art. 173 do CTN? Que se 
entende por “medida preparatória indispensável ao lançamento”? Tal medida tem 
apenas o condão de antecipar o termo inicial da contagem do prazo prescrito no 
inciso I ou pode também postergá-lo? Trata-se de causa de interrupção do prazo 
decadencial? (Vide anexo V e VI). 
O parágrafo único do art. 173 possui duas partes, a primeira que faz menção a perda do 
direito com o decurso do prazo, e posteriormente ao que nos interessa, que é o lapso 
inicial a contar da notificação de QUALQUER MEDIDA PREPARATÓRIA 
INDISPENSÁVEL AO LANÇAMENTO. O que significa que uma notificação de 
algum ato prévio do ato final do lançamento, mas que a este fosse imprescindível, já 
iniciaria o prazo decadencial previsto. Portanto, reiterado o dito acima, entende-se por 
“medida preparatória indispensável ao lançamento”, qualquer ato que esteja inserido no 
procedimento de lançamento e que a este seja necessário para sua existência. 
Embora haja divergência doutrinária, entendo que existe a possibilidade de antecipar o 
prazo decadencial, uma vez que seria uma notificação ocorrida anteriormente ao 
lançamento, pois o procedimento deste ainda não estaria finalizado. Não vejo 
possibilidade de postergá-lo, pois uma vez realizado o lançamento, já se aplicaria a 
norma geral, não cabendo postergar este prazo. Não há de se falar em causa de 
interrupção do prazo, pois nada com este tem a ver, mas sim uma mudança na data de 
início do lapso temporal que deverá ser obedecido para configurar a decadência. 
 
 
5. A Lei n. 11.051/04 trouxe previsão de prescrição intercorrente no processo 
judicial. Quanto ao processo administrativo fiscal, existe prescrição intercorrente 
no seu curso? E no decorrer do processo executivo fiscal? Qual é o tratamento 
mais adequado em caso de falta de intimação da Fazenda Pública sobre o despacho 
que determina sua manifestação antes da decisão que decreta a prescrição 
intercorrente? É possível que a decretação da prescrição intercorrente seja ilidida? 
Justificar (vide anexos VII, VIII e IX e X). 
 
Embora o CARF já tenha decidido na sumular nº 14 sobre a não aplicação de prescrição 
intercorrente sobre os processos administrativos fiscais, ressalto meu ponto de 
desacordo, pois acredito que nenhum processo poderia se tornar longo demais a ponto 
de prejudicar e se tornar demasiado lesivo para o contribuinte devido a inércia do Fisco. 
Em relação ao processo executivo fiscal, por entendimento já consolidado em tribunais, 
inclusive com a aplicação do REsp 13.445 que tratou acerca do tema e delimitou teses, 
que foram recebidas pelos tribunais e doutrinadores, criando uma jurisprudência sólida 
nestes termos. Baseada no art. 40, §2º da Lei de Execução Fiscal, que suspende por 1 
ano o prazo prescricional, desde que não encontrados bens penhoráveis ou que o 
devedor não seja localizado. Findado este prazo suspensivo de 1 ano, dá-se início ao 
prazo da prescrição intercorrente. Além disso, fixou que mera busca de bens não daria 
ensejo a prescrição, contanto que não houvesse resultado. 
Ademais, fixou que a ausência de intimação da Fazenda Pública ensejaria na suspensão 
ou arquivamento da execução fiscal com base no mesmo dispositivo supracitado. Esta 
última ilidiria a prescrição intercorrente. 
 
6. Qual o marco inicial da contagem do prazo para redirecionamento da execução 
fiscal contra os sócios? Trata-se de prazo decadencial ou prescricional? É possível 
compreender que o mesmo fato jurídico “dissolução irregular” seja considerado 
ilícito suficiente ao redirecionamento da execução fiscal de débito tributário e não 
o seja para a execução fiscal de débito não-tributário. (Vide anexos XI, XII e XIII) 
 
 
Via de regra, entende-se que o início da contagem do prazo se inicia com a citação da 
empresa devedora, uma vez que se situam no mesmo processo executório, prescindindo 
uma da outra. É um prazo prescricional justamente por tal razão. 
Entendo que não, com base no REsp 1.371.128/RS, onde se baseia que uma vez que a 
dissolução irregular se dá por motivação de atos comprovadamente ilícitos realizados 
pelos sócios da pessoa jurídica em questão, vê-se que se trata tão somente de uma 
possibilidade de redirecionamento, e não haveria como compreender o porquê de um 
fato jurídico específico ter um efeito para execução fiscal de débito tributário e outro 
para execução fiscal de débito não tributário, uma vez que ambos estão no mesmo ramo 
do direito e seguem as mesmas diretrizes legais. 
 
7. Sobre a decadência/prescrição do direito de repetir o indébito tributário 
pergunta-se: 
a) Quais indébitos estão sujeitos ao art. 3º da LC n. 118/05: todos, independente da 
data do pagamento indevido; aqueles cuja restituição seja requerida depois do 
termo inicial de sua vigência; ou somente os pagamentos efetuados após iniciada 
sua vigência? Justificar (vide anexos XIV e XV). 
Tendo em vista o disposto no art. 3º da LC 118/05,que modificou o entendimento 
acerca da restituição de indébito no caso de lançamento por homologação, uma vez que 
deu um novo entendimento no sentido de que o pagamento antecipado do tributo 
extinguiria o crédito tributário, há de se falar que neste momento ocorre o prazo inicial 
para decadência deste. Logo, cria-se uma regra que afetaria a todos os indébitos. 
Entretanto, a Lei não retroage, de maneira que indébitos anteriores a esta Lei não se 
aplica tal entendimento, utilizando-se o antigo, que dava início ao prazo somente após a 
homolação. 
 
 
b) No caso de lei tributária julgada inconstitucional em ADIN (sem modulação de 
efeitos), como fica o prazo para repetir o indébito tributário? Conta-se do 
pagamento indevido ou o termo inicial seria a “data da declaração de 
inconstitucionalidade da lei que fundamentou o gravame”? (Vide anexos XVI e 
XVII). 
Seguindo minha premissa inicial, baseada na 2ª regra para contribuintes, que tem como 
norma geral abstrata “anulação da decisão que motivou o pagamento, mas dentro do 
prazo decadência de 5 (cinco) anos.” e efeito concreto “Perda do direito do contribuinte 
de realizar a repetição do indébito. Necessidade de lapso temporal de 5 anos passados 
da data da decisão que anulou a decisão. (165, III e 168, II, CTN).”, sigo o 
entendimento de que o prazo se mantém de 5 anos, contando como termo inicial a data 
da declaração de inconstitucionalidade da Lei que fundamentou o gravame.

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