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Saiba como inovar na nova realidade. Confira lições e oportunidades da educação superior no Brasil pós-pandemia a partir da experiência do Grupo A A GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR PÓS-PANDEMIA para se adaptar ao novo cenário. As IES já tinham um olhar voltado ao futuro (antecipado pela crise provocada pelo coronavírus). Treinamento de professores, implementação de sistemas de ensino remoto, implantação de suporte ao aluno em larga escala: tudo isso já fazia parte da rotina das IES parceiras. Sabemos que outras instituições tiveram dificuldade para se reorganizar. Ainda em março, portanto, começamos uma força-tarefa de apoio às instituições de ensino. O Grupo A disponibilizou uma página na internet com webinars exclusivos, recomendações de especialistas em educação e tecnologia, pesquisas sobre a percepção dos alunos sobre a pandemia, entre outros conteúdos relevantes. ACESSE A CENTRAL CLICANDO AQUI Certamente as instituições de ensino nunca mais serão as mesmas. O modelo de operação que vigorava até então será revisado. Essa revisão acontecerá prioritariamente na relevância da EAD, nos cursos híbridos e em novas formas de captação e retenção de alunos. Nada disso é novidade para o Grupo A. Há quase 50 anos nos mantemos alinhados e atentos às tendências mais inovadoras do setor educacional. Nosso portfólio de serviços e produtos sempre esteve alicerçado no desenvolvimento tecnológico, na produção de conteúdo de qualidade e na criação de novas soluções. Nosso objetivo é buscar a excelência em indicadores pedagógicos e gerenciais. Essa ambição foi fundamental durante a pandemia. Afinal, instituições parceiras do Grupo A estavam mais preparadas O que vai mudar nas nossas faculdades, centros universitários e universidades após a pandemia? https://conteudo.grupoa.com.br/central-covid19/ http://grupoa.com.br A proposta deste e-book é explorar quatro aspectos que podem diferenciar as IES neste novo momento. Falaremos sobre (1) questões de mercado, captação e retenção, (2) tecnologia, (3) ensino, aprendizagem e desenvolvimento de competências e, por fim, (4) formação docente. Tudo a partir da perspectiva do “novo normal”. Boa leitura! Vinicius Dias. CEO da Algetec, empresa especializada no desenvolvimento de laboratórios para cursos de engenharia e saúde nas modalidades presencial e EAD. Professor na Universidade Católica de Salvador, é especialista no desenvolvimento de produtos inovadores na área de educação. Gustavo Hoffmann, diretor do Grupo A, e fellow da Universidade de Harvard. Especialista em aprendizado ativo, sala de aula invertida, modelagem acadêmica, ensino a distância, planejamento de negócios e consultoria educacional. Daniel Infante, fundador e diretor da Educa Insights, consultoria especializada em soluções e pesquisas de marketing para o mercado da educação. Possui mais de dez anos de experiência em planejamento estratégico e inteligência competitiva no setor educacional. Igor Sales, co-fundador e CEO da Imersys, empresa voltada ao desenvolvimento de soluções completas para divulgação, treinamento e educação em plataformas interativas de realidade virtual e aumentada. Malu Gouveia, diretora na Mais Campus. É especialista em marketing e gestão da captação de alunos. Malu atuou como CMO na Laureate Internacional por 7 anos onde liderou o processo de inscrição de mais de 200 mil alunos por ano. Antes disto, foi diretora de marketing e vendas na Santher e Mondelez Internacional. Daqui para frente, à medida que a reabertura ocorre em estados e municípios, o desafio será preservar a inovação obtida até aqui. E aperfeiçoá-la. Você vai ler sobre isso nas próximas páginas a partir da experiência e insights de especialistas do Grupo A. São eles: 1. MERCADO, CAPTAÇÃO E RETENÇÃO A crise e o setor da educação A pandemia da covid-19, síndrome respiratória causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), é sem dúvida uma das piores crises de saúde deste século. Centenas de milhares tiveram as vidas ceifadas por esse ser invisível. Sua transmissão ocorre através do contato, por isso os países fecharam fronteiras, o comércio, as escolas e universidades. Segundo a Unesco, quase 1,6 bilhão de crianças e jovens tiveram as aulas afetadas em todo mundo. Isso significa mais de 90% do público estudantil. Um dos efeitos da paralisação generalizada é a recessão econômica. Em maio, a Organização das Nações Unidas (ONU) projetava uma queda de 3,2% na economia global em 2020. Mas em muitos países o prejuízo será muito maior. No Brasil, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimam quedas de pelo menos 5% no PIB. Não à toa: desde março, houve uma onda de demissões, reduções de jornadas de trabalho e salários. É possível sentir os efeitos disso em quase todos os setores. As perspectivas apontam para uma recuperação lenta. Não vai ser diferente no ensino superior. Como lembra Malu Gouveia, da Mais Campus, a educação é afetada proporcionalmente quando há crescimento nas taxas de desemprego. Com a renda do trabalhador ameaçada, a evasão e inadimplência tendem a crescer. Um levantamento recente do Semesp mostrou que a inadimplência em abril de 2020 chegou a 26%, alta de 72% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a taxa era de 15%. Ou seja, um a cada quatro alunos não está em dia com as mensalidades. Já a evasão aumentou 32,5% no mesmo período. A captação também deve ser afetada: as IES já se preparam para receber menos entrantes tanto no segundo semestre de 2020 e quanto no primeiro semestre de 2021. Ainda não sabemos exatamente o tamanho da crise que está por vir. Mas ela virá e modificará o mercado da educação no Brasil. O ensino superior presencial será afetado pelas taxas de desemprego, pois geralmente a educação ocupa uma fatia significativa da renda familiar. A educação a distância (EAD), por sua vez, sofrerá menos. Por ter um custo mais baixo – quando comparada à graduação presencial –, a modalidade tende a ser mais sustentável como negócio. De fato, a EAD é um caminho sem volta. “O ensino a distância vai ganhar relevância para os players da educação que quiserem salvar seu negócio. Inevitavelmente, o resultado será uma explosão brutal da seara competitiva. Então será a hora daqueles que estiverem preparados”, diz Malu Gouveia, da Mais Campus. As instituições de ensino superior, portanto, não devem ficar paradas. As que tinham um EAD robusto em operação saíram na frente. Mas isso não as exime de muito trabalho. O que significa, em um primeiro momento, olhar para o comportamento dos alunos e assim criar estratégias efetivas de captação e retenção. 1. MERCADO, CAPTAÇÃO E RETENÇÃO Retenção e captação: o comportamento do aluno durante a pandemia Antes de falarmos sobre as melhores estratégias de captação e retenção do futuro, precisamos olhar para o comportamento do aluno durante a pandemia. Uma série de estudos realizados pela Educa Insights no período de isolamento ajuda a compreender melhor a situação. Os dados também apontam tendências. IMPACTO FINANCEIRO O estudo mostra que o efeito negativo nos empregos e nos negócios foi real. O impacto foi dividido em alto (perderam o emprego, tiveram contrato suspenso ou jornada reduzida em 75%), médio (jornada reduzida em 50%) e baixo (jornada reduzida em 25%, sem impacto ou já não trabalhavam). Sendo assim: 61% 29% 11% SOFRERAM BAIXO IMPACTO SOFRERAM ALTO IMPACTO SOFRERAM MÉDIO IMPACTO 25% NÃO SOFRERAM PERDAS 22% TEVE A JORNADA REDUZIDA EM 25% 14% NÃO TRABALHAVA 22% PERDERAM O EMPREGO 7% TIVERAM O CONTRATO SUSPENSO OU A JORNADA REDUZIDA EM 75% https://educa-insights.com.br/ COMO PRETENDEM REAGIR A pesquisa também perguntou sobre a reação dos alunos frente à crise. A questão era saber se eles pretendiam continuar estudando. O QUE PODE LEVAR À EVASÃO Outro ponto diz respeito aos motivos que poderiam levar os estudantes a abandonaremos cursos. 52% 42% 6% QUER SEGUIR ESTUDANDO, INDEPENDENTEMENTE DO CENÁRIO QUER CONTINUAR, MAS DEPENDE DO CENÁRIO DESISTIU OU VAI DESISTIR DE ESTUDAR 60% 22% 7% COGITA SAIR DO CURSO, CASO SEU EMPREGO SEJA DIRETAMENTE AFETADO. CASO OS RESPONSÁVEIS NÃO CONSIGAM PAGAR PORQUE VÃO PRECISAR ECONOMIZAR, E A EDUCAÇÃO NÃO É PRIORIDADE 3% PORQUE A FACULDADE NÃO SUSPENDEU AS AULAS E NÃO QUEREM SE EXPOR AO RISCO 8% PORQUE AS AULAS NÃO MIGRARAM PARA O MODELO ONLINE 1. MERCADO, CAPTAÇÃO E RETENÇÃO Como trabalhar retenção e captação no futuro do ensino superior Em termos de captação, quais lições as IES podem tirar do cenário descrito até aqui? O que o comportamento dos alunos durante o período de isolamento social nos ensina em termos de retenção? As respostas contemplam dois pontos principais: A política de descontos e benefícios deve ser segmentada conforme o perfil e as necessidades do aluno, evitando estratégias horizontais; Associado ao primeiro ponto, as instituições devem investir em estratégias de engajamento e comunicação no âmbito digital, até a efetivação da matrícula. 1 2 “ Vamos começar pelo primeiro ponto. Pela perspectiva da demanda, é possível que o alunado perca a capacidade de investimento. Então é natural que o valor das mensalidades, que já era um fator preponderante no acesso ao ensino superior, ganhe ainda mais peso na escolha. Entretanto, como mostra a pesquisa da Educa Insights, os efeitos foram pulverizados entre os alunos, atingindo-os de maneira diferente. Por exemplo, apenas um em cada quarto alunos teve alto impacto na renda. Não faz sentido, portanto, apostar em uma política de auxílio horizontal – ou seja, uniforme para todos os estudantes. Mais interessante, nesse caso, é identificar quem são os alunos altamente impactados dentro da instituição e ajudá-los de maneira prioritária e específica. A dica é personalizar descontos nas mensalidades, com viés de retenção, e concessão de benefícios, com viés de captação. “Nas duas perspectivas, a personalização do desconto – para facilitar a matrícula – ou do plano de retenção para facilitar o pagamento de quem já tá cursando é uma ação crítica para a instituição enfrentar os problemas financeiros”, afirma Daniel Infante, da Educa Insights. Para se ter ideia da importância dessas medidas, a pesquisa sobre comportamento dos alunos na pandemia, realizada pela Educa Insights, mostrou que a satisfação com os planos exclusivos de pagamento foi de 58%, contra apenas 32% de avaliação positiva para os planos gerais de auxílio. A depender do perfil e da tipologia das instituições, a personalização em massa pode não ser viável. Ainda assim, é possível segmentar alunos conforme o perfil, seja de captação ou retenção. Isso já era verdade no passado em um cenário menos conturbado. Com a crise, essa eficiência ganha ainda mais relevância. Agora ao segundo ponto: há uma necessidade de acertar o preço na captação. Mas trabalhar apenas em cima da questão financeira não resolve o problema. Ao mesmo tempo, será necessário inovar no processo seletivo e engajar os alunos em cada etapa – da inscrição À matrícula. Isso vai acontecer, essencialmente, nos meios digitais. Haverá uma guerra de preços, mas vai ganhar o jogo quem se munir de conhecimento de captação e trabalho de marketing digital. Isso significa produzir conteúdo, monitorar o comportamento e a árvore de decisão do prospect, para trabalhar o convencimento profissionalmente”, afirma Malu Gouveia, da Mais Campus. Gouveia destaca a importância do uso do site e redes sociais da instituição, se valendo de ferramentas de otimização de conversão (CRO) e otimização para mecanismos de busca (SEO). Infante acrescenta a importância de outras ações, como webinar com coordenadores e professores sobre temas que ajudem diretamente o candidato – aulas preparatórias para o Enem, por exemplo. 2. TECNOLOGIA Caminho aberto para a nova sala de aula A tecnologia por si só não é eficaz. Ela é apenas uma ferramenta – de altíssimo potencial. Para atingir a completa função, precisa estar amparada por uma metodologia de ensino eficaz – tornando-se, assim, um extraordinário catalisador da aprendizagem. Agora, mais do que nunca, o caminho está aberto para a inovação na sala de aula. Parece incrível, mas o setor educacional sempre foi mais avesso à inovação – mesmo quando uma geração nativa do universo digital começou a ocupar espaço nas universidades. Acostumados ao ambiente online, a maioria dos alunos ainda era obrigada a assistir aulas expositivas, à semelhança do que acontecia no ensino médio. Não fazia sentido. A nova realidade acelerou a transformação da educação. Mais por necessidade do que por opção. Quando o coronavírus desembarcou de vez no Brasil, em meados de março, as instituições de ensino superior nem sequer sabiam como proceder. Saíram às pressas em busca de soluções, montando planos de contingência para garantir a aprendizagem dos estudantes, não perder o calendário acadêmico e evitar a evasão. Mais de dois meses se passaram. E o tempo ainda é de muitos testes e aperfeiçoamento contínuo das metodologias de ensino e das novas tecnologias. “Ao procurar maneiras de transmitir conhecimento, as instituições estão se deparando com ferramentas que conversam numa linguagem mais próxima com o estudante. Após a pandemia, gestores, alunos e professores não vão voltar ao analógico e aos métodos tradicionais”, afirma Igor Sales, CEO da Imersys. Para Sales, não há mais tempo a ser perdido. A hora das instituições se reinventarem é agora. Prova disso é que o mercado do ensino superior inteiro está numa corrida para se tornar mais moderno, eficaz, abrangente e tecnológico. De quais tecnologias estamos falando? É o que vamos ver em detalhes nas próximas páginas. São plataformas fundamentais para o ensino remoto, como o ambiente virtual de aprendizagem (AVA ou LMS, na sigla em inglês) e ferramentas de webconferências. Mas também são tecnologias de ponta e conteúdos imersivos, como a realidade aumentada e a realidade virtual. 2. TECNOLOGIA As tecnologias facilitadoras A tecnologia educacional deve ser um agente facilitador da aplicação das metodologias ativas de ensino – não esqueça disso. Com essa verdade em mente, vamos explorar algumas tecnologias. Elas já facilitaram a migração de muitas IES para o mundo digital. E devem continuar assim no futuro. O sucesso desses recursos está pautado na melhoria da experiência de alunos e professores. Esse é o cerne de qualquer implementação tecnológica, gerando maior engajamento e aprendizagem, além de reduzir o risco de evasão. Conteúdo digital, LMS e plataformas adaptativas de aprendizagem substituindo parte das aulas expositivas Considerando um modelo que tenha uma carga maior de metodologias ativas dentro de sala de aula, é natural que os professores tenham menos tempo para a exposição do conteúdo. Essa apresentação pode ser substituída sem nenhum prejuízo pela disponibilização de conteúdo digital, acessado a qualquer hora, em qualquer lugar, quantas vezes o aluno desejar, respeitando assim o próprio ritmo de aprendizagem (self-paced learning), de forma personalizada, levando em consideração os diferentes níveis de conhecimento prévio em relação a um determinado tema. Isso seria impossível em uma sala de aula tradicional, sem uso da tecnologia. Ferramentas de videoconferência – não apenas para exposição de conteúdo Durante a pandemia, as plataformas de videoconferência cresceram – e muito. Mas é provável que os professores estejam usando a tecnologia de forma limitada, reproduzindo no ambiente digital o mesmo modelo expositivo que prevalece no ensino presencial. O potencial do vídeo vai muito além da virtualização em vídeo de uma aula expositiva. Algumas funcionalidades permitem que o professor coloque um problema para aturma, receba as respostas e os feedbacks em tempo real, divida esta turma em pequenos grupos e que aplique no próprio ambiente virtual alguma metodologia ativa de aprendizagem, com discussões de alto nível restritas a grupos menores. Ou seja, temos tecnologia digital para reproduzir, inclusive, as metodologias ativas que hoje são aplicadas nas salas de aula físicas. Dispositivos móveis como ferramenta de feedback e interação em tempo real entre professores e alunos Ferramentas como o Socrative, o Kahoot e o Plickers permitem que o professor interaja com os alunos em sala de aula em uma velocidade altíssima. O diagnóstico do nível de conhecimento prévio de uma turma, por maior que ela seja, pode ser feito em menos de um minuto. Além do diagnóstico, o professor pode utilizar estas ferramentas para aplicar metodologias ativas de aprendizagem como o Peer Instruction, por exemplo. Se bem utilizado, o telefone celular é um ótimo aliado do professor. Utilização de chatbots para interação em tempo real com os alunos, 24 horas, 7 dias por semana Esses robôs programados através de machine learning interagem com os discentes, sanando dúvidas administrativas, apoiando na organização dos estudos e das tarefas e, em alguns casos, substituindo até mesmo os tutores no ambiente virtual de aprendizagem. Os grandes grupos educacionais largaram na frente com iniciativas próprias, mas as pequenas instituições já começam a ter acesso a essas ferramentas através de empresas fornecedoras de soluções customizáveis que aplicam inteligência artificial. 2. TECNOLOGIA A hora e a vez das tecnologias imersivas Quando as aulas presenciais foram interrompidas pela pandemia, uma das maiores preocupações dos gestores era a reposição das práticas laboratoriais. Essa era uma séria questão a ser enfrentada, sobretudo aos gestores de cursos das áreas de saúde e engenharia. Mas a solução já existia. Com alta complexidade e custo baixo, os laboratórios virtuais permitem a realização de aulas práticas digitais ao reproduzir com alta fidelidade experimentos dos laboratórios físicos. Eles podem, inclusive, ser utilizados para complementar ou até substituir práticas laboratoriais reais. Com mais segurança, maior controle e risco reduzido. “As transformações provocadas pelo coronavírus no setor educacional são irrevogáveis. A utilização de tecnologia em cursos antes tradicionais passou a ser o cotidiano e isso inclui o uso dos laboratórios virtuais para as práticas laboratoriais, contribuindo significativamente no processo de aprendizagem e proporcionando uma experiência mais moderna para alunos cada vez mais digitais”, destaca o diretor da Algetec, Vinicius Dias. https://www.algetec.com.br/ O laboratório virtual é apenas uma alternativa proporcionada pelas tecnologias imersivas. Com os vídeos 360 graus, por exemplo, os estudantes podem conhecer o dia a dia da sua profissão – visitar uma obra, uma usina ou uma fábrica sem sair de casa. A realidade aumentada (RA), por sua vez, combina elementos virtuais e reais. O famoso jogo Pokemon Go é um ótimo exemplo do conceito. a RA permite criar em três dimensões simulações das peças de um motor ou órgãos do corpo humano. Alunos da área da saúde, por exemplo, conseguem projetar partes do sistema muscular, esquelético ou visceral para melhor observá-lo, estudá-lo e para treinar posições de trabalho. “O lugar das tecnologias imersivas no futuro do ensino superior já estava reservado. Imagine o estudante carregar recursos laboratoriais no bolso? É um cenário que vai levar os recursos da educação a um novo nível, com mais eficácia e engajamento”, projeta Sales, da Imersys. Essa eficácia e engajamento no processo de aprendizagem advém da união entre teoria e prática. Com as tecnologias imersivas, não vamos mais formar alunos na teoria para que tenham contato com a prática posteriormente. O ambiente virtual possibilita a sensação de estar em outro local, como um hospital, uma obra ou uma usina. Há ferramentas do AVA onde o estudante acessa imagens extras, cards e outros conteúdos interativos com informações pedagógicas. Dependendo do grau de imersão, ele pode interagir com o ambiente, manipulando objetos, apertando botões e puxando alavancas. Tendo em vista o cenário de expansão da EAD, vale destacar que as aulas imersivas funcionam perfeitamente a distância. Isso porque elas exigem, em geral, apenas um celular, computador ou tablet. Ou seja, quando Sales fala que o estudante podem carregar recursos laboratoriais no bolso, não se trata de uma força de expressão. É fato. https://www.imersys.com/ 3. ENSINO E APRENDIZAGEM Menos passividade, mais metodologias ativas Gustavo Hoffmann é diretor do Grupo A com ampla experiência em metodologias ativas. Para ele, atualmente há um grande desperdício de tempo em sala de aula. As IES deveriam se preocupar mais com o que os alunos fazem na aula – e menos com o tempo que passam nela. Para Hoffmann, será necessário equilibrar melhor os tempos dedicados aos componentes instrucional e construtivista. “Em outras palavras, devemos transformar nosso modelo educacional predominantemente just in case em um modelo mais just in time.” Como fazer isso? Com menos – bem menos – horas sentado na cadeira ouvindo o professor. E com bem mais atividades para fazer os alunos colocarem a mão na massa. Ou seja, oferecer menos ensino e mais aprendizagem. “Isso não significa partir da oferta de conteúdo, mas de situações-problema, onde o conteúdo é apenas uma ferramenta para a solução. Assim eliminaríamos boa parte do desperdício que hoje existe no modelo tradicional”, projeta Hoffmann. Esse novo equilíbrio de forças entre ensino e aprendizagem vai mudar a forma como definimos o grau de eficiência educacional das instituições de ensino superior. Para Hoffmann, o principal indicador de qualidade será a relação aprendizagem/tempo dedicado pelo aluno. Aqui entra a importância das metodologias ativas de aprendizagem. Elas se encaixam perfeitamente na dinâmica projetada por Hoffmann, pois dão mais autonomia ao aluno no processo de aprendizagem. Alunos podem esperar aulas com mais projetos, mais atividades hands on, mais peer to peer. 3. ENSINO E APRENDIZAGEM O que são as metodologias ativas de aprendizagem As metodologia ativas podem abarcar uma série de práticas realizadas em sala de aula, com um importante objetivo: tornar o aluno protagonista, participando ativamente da própria jornada de aprendizagem (forma ativa, não passiva). Isso implica em uma segunda mudança. Ela diz respeito ao papel do professor. O docente deixa de ser o detentor do conhecimento em sala de aula. Seu papel passa a ser o de companheiro e mediador dos estudantes. A mudança de postura em alunos e professores gera uma dinâmica menos conteudista e mais “mão na massa”. APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS Chamada de project-based learning (PBL), faz com que os alunos construam seus saberes de forma colaborativa, por meio da solução de desafios. Assim, o estudante precisa se esforçar para criar, explorar e testar as hipóteses a partir de sua própria vivência. Na prática, é comum o uso de recursos que vão além do livro didático. O educador pode incluir tecnologias como vídeos ou fóruns digitais, além de propor atividades que envolvam elementos concretos – como cartazes e maquetes. O objetivo é desenvolver nos alunos um perfil investigativo e crítico diante das situações propostas. PEER INSTRUCTION Conhecida também como instrução pelos colegas, a metodologia foi desenvolvida na década de 1990 na Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Com o propósito de apoiar a aprendizagem durante aulas de Física, utilizando um aplicativo no qual os alunos, divididos em duplas, respondiam questões. Promover o trabalho em grupos mostrou-se extremamente benéfico, tornando mais simples a forma como os conceitos eram explicados. Além disso,contribui tanto na formação do pensamento crítico, quanto na capacidade dos alunos de respeitar opiniões divergentes. Conheça alguns exemplos. 3. ENSINO E APRENDIZAGEM O incremento da aprendizagem As metodologias ativas são estatisticamente mais eficazes do que as aulas 100% expositivas. Confira dados de duas pesquisas (uma aplicada no exterior e outra no Brasil) sobre o incremento da aprendizagem promovido pelas metodologias ativas: Em 2014, Scott Freeman analisou 225 estudos comparando o modelo tradicional de sala de aula, predominantemente expositivo, com o modelo que utiliza metodologias ativas de aprendizagem. As variáveis comparadas foram taxa de reprovação e performance dos alunos tanto em provas quanto em testes padronizados. Em média, a performance dos alunos submetidos às metodologias ativas foi 6% superior à performance dos alunos submetidos a aulas expositivas. Além disso, estudantes submetidos a aulas expositivas parecem reprovar 1,5 mais vezes do que alunos submetidos às metodologias ativas de aprendizagem. Já um estudo coordenado por Gustavo Hoffmann, através da Universidade Harvard e aplicado aqui no Brasil, mostrou que os alunos submetidos às metodologias ativas, em um formato de sala de aula invertida, aprenderam em média 9% a mais do que os alunos submetidos à exposição de conteúdo. Duas semanas após uma aula expositiva, os alunos tendem a se lembrar de menos de 30% do que foi exposto pelo professor. Além disso, cada aluno possui um ritmo individual de aprendizagem. A conclusão é que, quando submetemos todos os alunos a um mesmo ritmo de acesso ao conteúdo, desrespeitamos estas individualidades. 3. ENSINO E APRENDIZAGEM O ensino híbrido e a sala de aula invertida O ensino híbrido é um excelente exemplo de uso da tecnologia educacional como ferramenta de suporte e complementar para as metodologias ativas de aprendizagem. Portanto, é importante definirmos aqui o que seria de fato um modelo híbrido de ensino. O ensino híbrido é um programa educacional que mescla o ensino presencial com o aprendizado online. O aluno tem controle sobre tempo, local, caminho e ritmo de aprendizagem. Diversos estudos mostram que essa autonomia gera ganhos de aprendizagem bem maiores do que o ensino 100% online ou unicamente presencial. Aqui vale evocar o primeiro capítulo deste e-book: quando falamos de expansão da EAD, também falamos de um cenário de hibridização do ensino superior. O aumento da carga horária legal permitida a distância em cursos presenciais contribuirá para acelerar o processo. Em 2019, o MEC autorizou que instituições de ensino superior ampliassem para até 40% a carga horária de EAD em cursos presenciais. O percentual anterior era de 20%. Existem vários formatos de ensino híbrido. A sala de aula invertida é o mais difundido deles. Nesta metodologia, quase tudo que se refere à oferta de conteúdo acontece online, respeitando o ritmo individual de aprendizagem. Os momentos presenciais são utilizados para a aplicação desse conteúdo, através de metodologias ativas de aprendizagem. Ou seja, a aula acontece em casa e a lição de casa (solução de problemas) é feita em sala de aula. Por isso, o termo sala de aula invertida – ou aprendizagem invertida. Neste sentido, a sala de aula se torna o ambiente em que o aluno aprende ativamente, com o apoio do professor e a colaboração dos colegas. Menos exposição, mais aplicação. Mais aprendizagem. Para Hoffmann, que apoiou mais de 50 IES do Brasil e do México na modelagem híbrida, IES que já adotavam o modelo se saíram melhor no início da pandemia. Afinal, tanto os alunos quanto os professores estavam familiarizados com o LMS. O conteúdo já estava disponível na plataforma e a instituição já tinha todas as ferramentas tecnológicas necessárias para a nova realidade. É bem provável que essas IES apresentem menores índices de evasão durante e depois da crise do coronavírus. “Já temos tecnologia, conteúdo de qualidade e, sobretudo, metodologias que funcionam muito melhor do que o modelo tradicional. Se até algum tempo atrás o ensino híbrido era a maior tendência do ensino superior brasileiro, a partir de agora ele é quase uma obrigação”, completa Hoffmann. Segundo um estudo da consultoria Educa Insights, 211 mil (16%) dos 1,3 milhão de novas matrículas efetivadas na EAD em 2018 foram em cursos com alta correlação com o modelo híbrido de ensino. Só em Educação Física, mais da metade (57%) dos ingressantes optaram por graduações híbridas. Em 2015, o indicador era de 27%. A participação do modelo híbrido também cresceu nas matrículas das engenharias clássicas, pulando de 8% para 21% no período; e de 1% para 16% em cursos da área da Saúde, como nutrição e fisioterapia. 4. A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E O MINDSET DOS PROFESSORES Currículo baseado em competências Já é perceptível, em áreas como tecnologia da informação e gastronomia, uma valorização cada vez maior das competências e talentos adquiridos – e nem tanto dos diplomas por parte do mercado de trabalho. Essa tendência deve se acelerar em diversas áreas do conhecimento, impactando no enfoque e na organização curricular. Nos próximos anos, o diploma formal tende a pesar menos. Em contrapartida, as competências desenvolvidas pelos alunos ao longo de sua formação pesarão cada vez mais. Com isso, um novo tipo de certificação deve ganhar espaço: os nanodegrees, como explica o diretor do Grupo A, Gustavo Hoffmann. “Cada componente curricular, cada projeto, cada disciplina deveria ter, por si só, uma microcertificação (nanodegree) que atraísse interessados no desenvolvimento dessas competências para aplicá-las em curto prazo no mundo real”, defende Hoffmann. Parte de uma formação mais abrangente, as microcertificações precisariam se relacionar de forma coerente com outros componentes curriculares. As IES que quiserem se adequar terão que reorientar seus projetos pedagógicos para esse norte. Se não houver uma boa justificativa para incluir um componente curricular, este componente deve ser revisto. Como podemos observar nos exemplos e pesquisas a seguir, existe um abismo entre nossos currículos e as demandas do mundo real. Se não mudarmos o modelo de ensino superior, dependeremos cada vez mais do valor de um diploma que tende a sofrer forte desvalorização nos próximos anos. Em outras palavras, é muito provável que, se nada for feito, mais da metade das competências que estamos trabalhando nos nossos currículos não tenham serventia em um curto espaço de tempo. “Os desafios de currículo são muitos e as soluções têm um alto grau de complexidade. Não existe uma solução mágica, mas certamente ela passa pela construção de um currículo baseado em competências, com participação ativa de representantes do setor produtivo, desde a sua concepção até a sua retroalimentação”, completa Hoffmann. Projetos reais devem ser demandados, acompanhados e avaliados por empresas, ONGs e entidades governamentais. Uma forte base de soft skills deve ser incorporada aos currículos, tomando espaço de competências puramente técnicas que provavelmente serão substituídas por máquinas nos próximos anos. Componentes curriculares como “Projeto de Vida” devem estar presentes em todos os cursos. Competências como empreendedorismo, criatividade, pensamento crítico, liderança e capacidade de solucionar problemas complexos deveriam permear os componentes curriculares de todas as áreas. Devemos ensinar nossos alunos a aprenderem a aprender, sem depender para sempre de uma instituição de ensino formal, reforçando o conceito de lifelong learning de tal forma que eles estejam sempre atualizados neste mundo Vuca – vulnerável, incerto, complexo e ambíguo. 4. A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E O MINDSET DOS PROFESSORES O futuro do trabalho e a importância das competências A inteligência artificial e a automação vão ocupar, cada vez mais, postos de trabalho de exigência técnica, oque reforça a importância de as instituições desenvolverem habilidades socioemocionais em seus alunos. 30 MILHÕES DE EMPREGOS formais no Brasil serão substituídos por máquinas até 2026. Isso representa 54% dos empregos formais, incluindo aqueles que dependem de formação superior, segundo o Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças e Organizações (LAMFO) da UNB; CERCA DE 60% das atuais atividades de trabalho são tecnicamente automatizáveis, bastando adaptar as tecnologias já demonstradas, segundo pesquisa da consultoria McKinsey; 85% DOS TRABALHOS que existirão em 2030 ainda nem foram inventados, segundo um estudo encomendado pela Dell Technologies ao Institute For The Future (IFTF), em 17 países, incluindo o Brasil. Nesse cenário, segundo a pesquisa “O futuro das habilidades: empregabilidade em 2030”, realizada pela Pearson, as 10 principais competências associadas às ocupações em ascensão são as seguintes: ESTRATÉGIAS DE APRENDIZADO PSICOLOGIA INSTRUIR PERCEPÇÃO SOCIAL EDUCAÇÃO E TREINAMENTO SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA COORDENAÇÃO FLUÊNCIA DE IDEIAS ORIGINALIDADE APRENDIZADO ATIVO O problema é que o ensino superior ainda não se deu conta disso. Pesquisas apontam para uma enorme lacuna entre as competências desenvolvidas no ensino superior e as reais demandas do setor produtivo. 96% DOS REITORES E DIRETORES ACADÊMICOS consideram a formação dos alunos efetiva e adequada, segundo pesquisa da Fundação Gallup; POR OUTRO LADO, a mesma pesquisa mostra que apenas 11% dos empregadores consideram que os egressos possuem uma formação aderente às demandas do mundo real; O mesmo vale para os egressos: a grande maioria não se considera apta a entrar no mundo do trabalho. 4. A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E O MINDSET DOS PROFESSORES Mindset e formação dos professores Se o futuro do ensino superior passa por mudanças no uso da tecnologia, na aplicação de metodologias de ensino, na organização curricular e do modelo de negócios, os professores também vão precisar se transformar. Isso passa, inevitavelmente, por uma mudança de mindset e pela aquisição de novas competências. Afinal, na maioria dos casos, os professores foram preparados para o ensino conteudista tradicional. Poucos foram preparados para a adoção de metodologias de ativas de ensino de aprendizagem e para o ensino de competências socioemocionais, que tampouco eles desenvolvem em suas formações. Segundo o estudo Formação de professores no Brasil - diagnóstico, agenda de políticas e estratégias para a mudança, publicado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), a falta de conexão entre as teoria e a prática é o principal problema. A doutoranda em Informática da Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Mary Lúcia Pedroso Konrath, mapeou as habilidade a serem desenvolvidas pelos docentes. Konrath levou em conta, em sua pesquisa, o cenário de expansão da educação a distância no Brasil. As competências listadas na pesquisa vão além do domínio do conteúdo. Perpassam o domínio das ferramentas tecnológicas, de habilidades de gestão (gerenciar ações dos cursos, currículos, trabalhos em grupo, discussões, regras e avaliações) e pedagógicas (desenvolvimento de projetos e técnicas que facilitem a aprendizagem do aluno). Mas o mais importante: os professores do futuro devem dominar competências comunicativas (saber informar, opinar e manter contato a distância) e de suporte social (avaliar os efeitos sociais da comunicação impessoal, interpessoal e hiperpessoal). Além disso, o avanço da EAD e das metodologias ativas exige um novo mindset do docente. Ele vai atuar mais como um curador de conteúdo — que não vai ser produzido terceiros - para os estudos teóricos do aluno e mediador do processo de aprendizagem via atividades práticas. Tendo em vista esse cenário, deixamos duas dicas de capacitação docente: 11 22 Em primeiro lugar, será fundamental criar um programa adequado de formação docente. “Uma espécie de learning center em que os próprios professores são multiplicadores e mentores de outros pares, acompanhando a aplicação de práticas inovadoras”, sugere Gustavo Hoffmann, do Grupo A. Além disso, criar um programa de letramento digital para o corpo docente. Isso porque os professores raramente são preparados para utilizar tecnologias educacionais em sala de aula. O mesmo programa de multiplicadores utilizado para as metodologias ativas pode ser replicado com esse fim. 4. A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E O MINDSET DOS PROFESSORES Outros caminhos para uma operação mais eficiente Um modelo acadêmico eficiente é aquele que não visa garantir apenas resultados positivos nos indicadores de qualidade externos (IGC, CPC, Enade e exame da OAB, por exemplo) e internos, como empregabilidade, satisfação dos alunos, corpo docente, entre outros. “Um modelo acadêmico eficiente visa, sobretudo, garantir a melhor alocação dos recursos disponíveis na instituição, principalmente em períodos de crise. Em geral, há três componentes que definem a eficiência operacional de uma IES”, afirma o diretor do Grupo A, Gustavo Hoffmann. Além da reorganização curricular, a eficiência na operação vai ser outro pré-requisito do ensino superior pós-pandemia. Por isso, para finalizar, atenção aos três componentes definidos por Hoffmann. NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA O número de alunos é reflexo direto da captação e evasão, mas também da competência da IES de criar mecanismos favoráveis ao aumento do tamanho das turmas. Fatores como a adoção de matrizes sinérgicas, modularização de entradas de alunos e até mesmo uma distribuição inteligente dos tamanhos das salas de aula de um campus são fundamentais para o alcance de uma boa performance nesse indicador. É natural que IES tenham diferentes cursos de uma mesma área já utilizem as matrizes sinérgicas a fim de melhorar sua eficiência operacional. No entanto, essa sinergia é normalmente adotada no início dos cursos, nos primeiros anos das matrizes, e este pode não ser o melhor modelo. Isso porque, via de regra, os primeiros períodos dos cursos iniciam com turmas cheias, ou seja, não há tanta necessidade de agrupar alunos de diferentes cursos em uma mesma sala de aula (ensalamento). Além disso, há aspectos relacionados à qualidade do ensino e à infraestrutura que podem contraindicar essa prática como regra nos períodos iniciais. Com a evasão natural dos alunos, que acontece principalmente nos dois primeiros anos de curso, o número médio de alunos por turma tende a reduzir. Ou seja, o ideal é que disciplinas sinérgicas sejam alocadas do segundo ano pra frente, onde o tamanho das turmas é reduzido. É exatamente aí que a IES mais precisa lançar mão do ensalamento para garantir uma boa eficiência. Além da sinergia entre as matrizes, se a IES permitir a modularização das entradas de alunos, os calouros ingressarão em turmas que já estejam em andamento, aumentando ainda mais a quantidade média de alunos por turma. CARGA HORÁRIA SEMANAL DE ATIVIDADES ATRIBUÍDAS A CADA CURSO Se um curso possui, em média, 15 horas aula de atividades por semana, ele terá uma eficiência 25% superior a um curso que tem, em média, 20 horas aula de atividades semanais. É importante dizer que não existe uma correlação clara entre qualidade e carga horária. Pesquisas mostram que mais importante do que a carga horária dedicada pelo aluno em sala de aula é o formato da aula. Como já foi descrito, a adoção das metodologias ativas é muito mais eficiente do que os modelos exclusivamente expositivos, que geram ineficiência ao processo. UTILIZAÇÃO INTELIGENTE DE ATÉ 40% DA CARGA HORÁRIA DOS CURSOS NO FORMATO NÃO PRESENCIAL A oferta de disciplinas na modalidade híbrida cria um cenário ideal para a promoção da inversão da sala de aula. Além de trazer mais qualidade, permitindo a adoção das metodologias ativas nos momentos presenciais, uma disciplina híbrida tem um custo operacionalbem menor do que uma disciplina 100% presencial. Resumindo, a redução da carga horária dos componentes curriculares que oneram a operação, a modularização das entradas de alunos, a sinergia entre as matrizes curriculares, a adequação do tamanho das salas, um bom modelo de ensalamento e a oferta inteligente dos 40% EAD são elementos do modelo acadêmico que vão garantir a eficiência operacional sem comprometer a qualidade, podendo determinar sua sustentabilidade futura. Ficou alguma dúvida? Precisa de ajuda neste momento? Ou acesse: FALE CONOSCO http://bit.ly/falarcom-grupoa http://bit.ly/falarcom-grupoa https://www.linkedin.com/company/grupo-a/?originalSubdomain=br https://www.facebook.com/GrupoAEducacao/ https://www.grupoa.com.br/
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