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@nutri.natallia Arginina Imunonutrição em doenças críticas Arginina → L-Arginina = ácido(L)-2-amino-5- guanidinovalérico ↳ Possui 4 nitrogênios = principal carreador de N – apresentando importante função na síntese proteica e no metabolismo intermediário de nitrogênio por participar do ciclo da ureia → Aminoácido condicionalmente essencial – em algumas situações precisará de suplementação → Funções ⦁ Síntese proteica ⦁ Metabolismo da ureia ⦁ Síntese/precursora de NO (óxido nítrico) e creatina ⦁ Estimulação do GH – síntese de colágeno e GH (cicatrização) ⦁ Imunoestimulatória e timotrófica – auxilia na produção e modulação de função dos linfócitos T, aumenta produção das células T, NK, citocinas ⦁ Precursora de prolina e hidroxiprolina (colágeno) – ajuda na cicatrização de feridas → Funções em animais: ⦁ Diminui a incidência de tumor após exposição ao carcinógeno ⦁ Diminui o crescimento tumoral e metástases ⦁ Diminui o intervalo para regressão da massa tumoral ⦁ Aumenta a sobrevida → A Arginina em condições fisiológicas tem importante papel para a síntese proteica, é precursora na síntese de ureia, hidroxiprolina e de óxido nítrico ↳ Óxido nítrico = modulação do sistema imune, na vasodilatação, na multiplicação e ativação celular, @nutri.natallia ajudando no combate a infecções bacterianas Produção de Arginina → Exógeno = dieta ↳ Dieta = 40% da arginina ingerida é degradada pelo intestino delgado na 1ª etapa do metabolismo → pouca entrada na circulação sistêmica da arginina provinda da dieta → Endógeno = degradação proteica corporal e síntese endógena pela citrulina – nosso corpo produz este aminoácido Arginina e ciclo da ureia → Arginase – enzima que degrada a Arginina ↳ Alta atividade da arginase → Degradação da arginina = rapidamente hidrolisada em ureia e ornitina Metabolismo da Arginina (endógena) → Arginina produzida da degradação de proteínas corporais → Rim – é responsável pela neo síntese de Arginina (chega como citrulina e então ocorre a conversão → INTESTINO ↳ Arginina → Ornitina → Citrulina → rins → Citrulina sofre ação das enzimas ASS e ASL → Arginina → corrente sanguínea → tecidos alvos → FÍGADO ↳ Arginina chega até o fígado → entra no ciclo da ureia → excretada na urina ⦁ 1ª VIA: a arginina é usada na produção de proteína corpórea ⦁ 2ª VIA: a arginina pode servir de substrato para a síntese de ureia e, indiretamente, também pode @nutri.natallia desempenhar papel importante no crescimento e diferenciação celular ⦁ 3ª VIA: a arginina é convertida em óxido nítrico (nitric oxide – NO) que, além de ser um importante neurotransmissor, possui ação citotóxica, auxiliando na destruição de microrganismos, parasitas e células tumorais → Porém, em algumas situações onde a produção de NO está aumentada, como na sepse, o excesso de NO pode ser prejudicial para o organismo por ocasionar danos teciduais Vias e produtos de degradação → Poliaminas: reparo da mucosa intestinal; restituição da superfície lesada, recoberta por células vizinhas, e reposição das células perdidas pela divisão celular ↳ Putrescina, espermidina e espermina = cicatrização → Síntese de creatina = arginina = 5g/dia em adultos ↳ Destes em média 2,3g são utilizados para a síntese de creatina ⦁ O GH auxilia na questão de manter a massa magra e o estado nutricional de um indivíduo hospitalizado ⦁ Arginina – está envolvida na síntese de insulina e de proteínas, e consequentemente influencia na cicatrização de feridas ↳ Aumenta a produção de colágeno via síntese de prolina ⦁ Ornitina – importante para o reparo celular e produção de colágeno ⦁ Vitamina C – é um cofator para ter a utilização de prolina (aminoácido fundamental para a síntese de colágeno) ↳ SUPLEMENTAR ARGININA COM VITAMINA C – a vitamina C é necessária para a hidroxilação da prolina → HIDROXILAÇÃO DA PROLINA ⦁ Molécula de colágeno = glicina-prolina- hidroxiprolina ⦁L-ornitina → Ornitina aminotransferase (OAT) → Prolina ⦁ Prolina → Vitamina C → glicina- prolinahidroxiprolina = colágeno = cicatrização Formação de óxido nítrico → Arginina – precursora de óxido nítrico (NO) ↳ Pode ser vasodilatador – importante na resposta inflamatória pois abre o @nutri.natallia caminho para as células de defesa entrarem em ação → NOS = óxido nítrico sintase – 3 formas: ⦁ NOS-1 ou nNOS – origem neuronal e função de neurotransmissor, expressa nos plexos mioentéricos do intestino ⦁ NOS-3 ou eNOS – origem endotelial, é um potente vasodilatador que regula o fluxo sanguíneo gastrointestinal ⦁ NOS-2 ou iNOS (isoforma indutiva) – é produzida em quantidades maiores e expressa por macrófagos e em outros tecidos em resposta a mediadores pró- inflamatórios, como lipopolissacarídeos de membrana bacteriana, endotoxinas e citocinas pró-inflamatórias ⦁ Obs.: NOS- 1 e NOS-3 são enzimas constitutivas controladas pelo Ca2+ intracelular e produzem baixos níveis de ON Catabolismo da Arginina → ARGINASE TIPO I E TIPO II ⦁ A arginase citosólica do tipo I é expressa abundantemente em hepatócitos e está envolvida na detoxificação de amônia e síntese de ureia ⦁ A arginase mitocondrial do tipo II é expressa em níveis relativamente baixos nas mitocôndrias de células extra-hepáticas, incluindo enterócitos, células mielóides do baço, células endoteliais, epiteliais, macrófagos e células vermelhas, estando envolvida em funções biossintéticas como síntese de ornitina, prolina e glutamato Sepse → Trata-se de uma reação inflamatória aguda causada pelo próprio sistema imunológico, ao reagir a uma infecção; infecção generalizada – paciente com quadro infeccioso em todos os sistemas e certamente estará hospitalizado → O que fazer? Ao intervir nesse problema, trata-se de uma escolha difícil: ⦁ Se atacar o sistema imune, a infecção corre desimpedida ⦁ Se deixar que ele atue, ele mesmo destrói o organismo Óxido nítrico na sepse → Em um cenário de inflamação normal, os neutrófilos com ajuda do ácido nítrico, atacam as bactérias estranhas ao organismo → Já na sepse, por ser uma infecção generalizada, a produção de óxido nítrico dispara e isso inibe a ação dos @nutri.natallia neutrófilos, deixando a infecção descontrolada ↳ O óxido nítrico em excesso inibe a migração/reconhecimento das células de defesa, o que ajuda a explicar como o quadro se generaliza → E assim, os neutrófilos não conseguirão fazer fagocitose – ao invés de ajudar, acaba prejudicando ↳ Na sepse, a suplementação de Arginina pode não ser benéfica pois ela é precursora de NO e este já está sendo produzido em excesso Fontes de Arginina ⦁ Chocolate ⦁ Germe de trigo ⦁ Granola ⦁ Derivados do leite (queijo cottage, ricota, iogurte) ⦁ Castanhas, nozes, amêndoas, amendoim ⦁ Sementes (abóbora, girassol) ⦁ Carnes (frango, boi, porco e peru) ⦁ Frutos do mar (lagosta, salmão, camarão, atum) ⦁ Soja cozida Estudos sobre a Arginina → Tem sido relacionado ao aumento da imunidade, através do aumento da produção de hidroxiprolina e da função dos linfócitos-T → Esse aumento parece estar relacionado à maior liberação do hormônio do crescimento (GH), que agiria por meio do ganho de massa muscular e pela melhora da resposta cicatricial em feridos (CURLEY et al.., 2003) → Em pacientes com trauma cirúrgico, a suplementação parenteral com L- arginina reduziu as perdas nitrogenadas em 60% dos casos – estudo de coorte → Além disso, dados clínicos mostram que a suplementação enteral de L- arginina também pode estar associada à diminuição do tempo de hospitalização de pacientes, no pós- operatório de intervenções cirúrgicas de grande porte por câncer (HEYS, et al., 1998) → Méier et al. (2004) destacaram, que a arginina quandoadministrada sozinha não estimulou os linfócitos e a síntese de proteína muscular, tornando @nutri.natallia necessária a administração junto com uma mistura balanceada de aminoácidos ↳ Arginina e glutamina ou arginina e w3 – estimula os linfócitos e proteína muscular → Estudos reportam que a suplementação dietética com L-arginina em pacientes adultos com câncer apresenta possíveis efeitos, através da diminuição do crescimento tumoral, do aparecimento de metástases e do aumento do tempo de sobrevida dos enfermos (NOVAES, 1999) → Estudo publicado na revista científica The American Journal of Clinical Nutrition concluiu que a suplementação perioperatória de arginina AUMENTOU a sobrevida de pacientes desnutridos com câncer de cabeça e pescoço Suplementação → Recomenda-se o consumo de 5g/dia → Doses acima de 4% da carga calórica total levam à perda dos efeitos benéficos tanto imunológicos quanto de retenção nitrogenada, aumentando a mortalidade na sepse → Para cicatrização – 28g/dia para aumentar a deposição de colágeno ↳ Se extrapolar 40g/dia por exemplo, tem efeito adverso = diarreia → Dietas enterais imunomoduladoras disponíveis no mercado variam a sua dosagem entre 4,5 a 16,3g/l de arginina ↳ O ideal é não extrapolar 15-30g/dia para o paciente crítico em uso de alimentação enteral → Arginina fornecida por via enteral não mostra toxicidade quando administrado nas doses disponíveis em formulações comerciais (30g/dia)
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