ASCITE E SINDROME DA MORTE SUBITA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL – UEMS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE AQUIDAUANA
CURSO DE ZOOTECNIA
FRANCIELE LOUVEIRA GIMENES e JÉSSICA DA SILVA ALMEIDA
ASCITE E SINDROME DA MORTE SÚBITA EM FRANGOS DE CORTE
ASPECTOS FISIOLÓGICOS E FORMAS DE PREVENIR
AQUIDAUANA
02020
FRANCIELE LOUVEIRA GIMENES e JÉSSICA DA SILVA ALMEIDA
ASCITE E SINDROME DA MORTE SÚBITA EM FRANGOS DE CORTE
ASPECTOS FISIOLÓGICOS E FORMAS DE PREVENIR
Trabalho apresentado para a disciplina de Avicultura pelo Curso de Zootecnia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS, ministrada pelo prof.ª Drª. Elis Regina de Moraes
 Garcia
Aquidauana
2020
SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO
42 Fisiologia
52.1 ASCITE E SINDROME DA MORTE SÚBITA
73 Conclusão
8REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
A avicultura no Brasil foi um dos setores de produção que mais cresceu nessas últimas décadas, exigindo uma constante evolução na nutrição, sanidade, instalações, equipamentos e manejo de aves, e principalmente no melhoramento genético no setor de avicultura já é possível encontrar programas específicos para ganho genético em frangos de corte, como maior velocidade de ganho de peso, alta eficiência alimentar, alta viabilidade, maior rendimento de carcaça e menor deposição de gordura, mas com isso podem desencadear algumas síndromes fisiológicas, como a síndrome da morte súbita e a ascite (SANCHEZ, et al.,2000).
Nos anos anteriores era muito limitada a tecnologia, frangos de corte chegavam ao peso de abate aos 120 dias com 1,500g (ALBERS, 1998). Com o passar dos anos o setor de avicultura ganhou os comércios com grande distribuição de suas mercadorias dentre elas, coxas sobrecoxas, peito, file de peito, asas, cortes específicos que agradam todo o paladar da população brasileira, alavancando a economia do país abrindo portas para grandes exportações para outros países tudo isso com produtos de qualidades genéticos.
2 Fisiologia
 
Os frangos de corte (Gallus gallus domesticus) dentre as aves, é a espécie mais susceptível a problemas metabólicos, com a exigência dos consumidores em carne com menor teor de gordura e rica em proteínas, frangos de corte que possuem essas características estão sendo selecionados para linhagens futuras, proporcionando ganhos econômicos e também problemas em relação ao bem estar dos animais. 
Com isso vêm desencadeando problemas que acomete surgimento de condições patológicas, nisso como principais a síndrome da morte súbita(SMS), e a síndrome ascítica(SA). Segundo Gonzáles et al.,(2001) tanto no caso da SA e SMS, a etiologia está ligada aos distúrbios metabólicos e fisiológicos associados a uma rápida taxa de crescimento, devidamente agravadas por condições em que há diminuição da disponibilidade ou aumento da demanda de oxigênio. 
Na grande maioria as síndromes metabólicas ocorrem em quase 70 % apenas machos em relação às fêmeas, tendo como principal diferença os machos adquirem peso mais rápido, tendo o crescimento desproporcional dos órgãos principalmente sistema locomotor e circulatório (OlLKOWSKI e CLASSEN,1995). 
Segundo, Dale (1990), o quadro de ascite ocorre por meio da redução da circulação sanguínea, podendo levar a ave a morte por 30 a 40 dias de idade, durante os períodos de rápido crescimento.
No Brasil apresenta maior gravidade na região sul e
No Brasil as regiões que apresentam grande porcentagem da ocorrência são na região sul e sudeste devido a grandes mudanças climáticas bruscas como elevada amplitude térmica e baixas temperaturas nos meses de inverno. Na maioria dos casos a ascite acomete aves com grande desempenho no lote, sintomas como apatia, crista e barbela arroxeada, dispneia, e penas eriçadas.
A síndrome da morte súbita assim como na ascite acomete machos entre 60 a 80% com índices entre a segunda e quarta semanas de idade, a ave encontrada morta apresenta características como em posição de decúbito dorsal, ou seja, barriga para cima com as patas estendidas, nesse caso não há como fazer diagnósticos sem sinais clínicos. Como indicações sobre o comportamento da ave minutos antes da morte ocorre perda de desequilíbrio, bater de asas bem fortes e contrações musculares fortes ocorre em segundos logo depois emitem grito agudo.
2.1 ASCITE E SINDROME DA MORTE SÚBITA 
A ascite é uma condição patológica que causa excesso de líquidos dos vasos sanguíneos, acumulando na cavidade abdominal, pois causa déficit de oxigenação tecidual que causa hipóxia sistêmica nas aves. Essa patologia causa muitos prejuízos às granjas, consequentemente na mortalidade de frangos de corte no período de produção, as carcaças dos animais são condenadas devido ao aspecto repugnante que fica a carcaça.
	Patologia
	Aspectos clínicos
	Ascite
	As aves ficam apáticas, dificuldades para se locomover, param de se alimentar, crista e barbela arroxeadas, dispneia o mais característico acumulo de liquido claro na cavidade abdominal.
	Síndrome da morte súbita
	Não há sinais clínicos característicos, aves são encontradas mortas em decúbito dorsal com as patas estendidas, perda de equilíbrio, violento bater de asas, forte contração muscular e emitem um grito.
Fonte: SlidePlayer.
A ascite se encaixa como patologias avícolas multifatoriais, pois consiste numa combinação de vários fatores tais como: fisiologia devido a fatores genéticos, nutricionais, ambientais e de manejo atua em conjunto com outros fatores tais como: altitude, concentração de amônias, mudanças bruscas de temperaturas no ambiente, crescimento rápido das aves, reações vacinais, doenças respiratórias causa deficiência de oxigênio nos tecidos (JULIAN, 1990).
Como medida preventiva fazer analise hematológico e anatômicas para aumentar precisão no diagnostico de aves susceptíveis ou resistência dos frangos de corte a ascite, logo aos 7 e 21 dias de vida das aves. Segundo Aureliano (2000), medidas como identificação das linhagens de maior ocorrência, ajuste de manejo das aves levando em conta estações do ano, temperatura e qualidade do ar, identificação da altitude aonde será instalado os galpões, evitar excesso de poeira e de cama molhada, formulação personalizada e assistência técnica personalizada são essenciais para a prevenção da ascite.
2.1.1 SINDROME DA MORTE SÚBITA
Assim como a ascite é causada por fatores multifatoriais tais como: fatores nutricionais, genéticos, ambientais e de manejo. O animal apresenta arritmia cardíaca causando fibrilação ventricular entrando em estresse respiratório levando a óbito. Segundo Collet, (2013) em frangos jovens, saudáveis e com rápido crescimento faz com que essas aves morram de repente com uma convulsão, batendo suas asas e caindo mortos de costas para o chão.
Segundo a literatura a ocorrência dessa doença diferentemente da ascite esta no grau de velocidade da ocorrência causando falência cardiorrespiratória de ocorrência da forma crônica, a ascite se instala e é na forma aguda o animal morre subitamente (BRITO,et al. 2010)
Como medida preventiva instalar um programa de biosseguridade tais como: planteis livres e controlados sobre qualquer patógeno, fazer registro, fiscalização e controle sanitário nos galpões. Todo esse processo deve ser feito em três etapas, no começo como: localização, instalações, aves e alimentação têm um controle de todas essas partes, no meio como: manejo, limpeza e desinfecção, vacinação e principalmente registro de visitas a fim de evitar contaminantes no ambiente e por fim controle de resíduos, evitando a morte súbita nas aves.
3 Conclusão 
O presente trabalho teve como objetivo abordar o assunto de doenças patológicas na avicultura de corte, como isso afeta o bem estar dos animais, com o melhoramento genético devemos seguir alguns padrões de prevenção para o bem estar dos animais, pois as principais características de interesse econômico apresentam boa resposta frente à seleção genética. 
A síndrome da morte súbita e a ascite provocam sérios prejuízos à indústria avícola devendo ser monitorada de forma criteriosa, com parâmetros hematológicos e anatômicos na seleção de aves resistentes, adotando medidasde manejo da nutrição, sanidade, aquecimento, ventilação para que as linhagens comerciais, atualmente criadas, não apresentem ou reduzam a mortalidade por ascite e nem pela morte súbita que acometem as aves.
REFERÊNCIAS
BRITO, A. B.; CARRER, S. C.; VIANA, A. Distúrbios Metabólicos Em Frangos De Corte, Ênfase em Ascite e Morte Súbita. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE NUTRIÇÃO ANIMAL - IV CLANA CBNA/AMENA, 4, 2010. Estância de São Pedro. Anais eletrônicos. São Paulo. Disponível em: http://data.novo.gessulli.com.br/file/2010/12/01/E142916-F00001-P419.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2020.
GONZALES, E.; MACARI, M. Enfermidades metabólicas em frangos de corte. In: BERCHIERI Jr., A.; MACARI, M. Doenças das aves. Campinas: FACTA, 2000. p.451-464
JULIAN, R.J. Physiological, management and environmental triggers of the ascites syndrome: A Review. Avian Pathology. n.29, p.519 – 527, 2000