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ED 4 - Orgãos linfoides

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Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO.
Departamento de Microbiologia e Parasitologia – DMP.
Disciplina de Imunologia – 2018.1
Profª: Dra. Rosa Haido
Monitores: Thaynan Lopes, Hugo Oyamada 
Aluno: Pedro Rasch
ED 4: Órgãos linfóides e imunidade de mucosas
1. Cite os órgãos linfóides primários e secundários caracterizando-os quanto à população celular e quanto à função na resposta imune.
Órgãos linfoides primários:
Medula óssea: onde todas as células sanguíneas circulantes são geradas em adultos, como os linfócitos imaturos. É onde os linfócitos B se desenvolvem.
Timo: Onde os linfócitos T se desenvolvem.
Órgãos linfoides secundários:
Baço: Principal órgão responsável pela resposta imunológica a antígenos no sangue.
Tecido linfoide cutâneo: Tem sistema imunológico especial com APCs e linfócitos.
Tecido linfoide mucoso: Encontrados em geral em órgãos que entram em contato com substâncias vindo do meio exterior, como os pulmões e intestinos por exemplo. Eles apresentam linfócitos e APCs que iniciarão a resposta a antígenos ingeridos ou inalados.
Linfonodos: Neles existem tanto linfócitos B como T. É nele que se inicia a resposta adaptativa contra patógenos presentes nos tecidos e que entram pelos epitélios.
2. Descreva de forma geral como são induzidas as populações celulares na hematopoiese. Em seguida, descreva especificamente o comprometimento da célula-tronco hematopoética com a linhagem linfóide.
Quase todas as células circulantes do sangue são geradas a partir de células-tronco hematopoiéticas, que são pluripotentes e autorrenováveis. A diferenciação dessas células e seu comprometimento a uma linhagem são determinados pelo contato célula-célula e pelas citocinas a quais elas são expostas. Essas células podem originar duas linhagens: a mieloide e a linfoide.
O progenitor linfoide comum pode dar origem ao linfócito B, T e NK, quando induzido pela IL-7, que é produzida pelas células do estroma do órgão linfoide primário.
3. O baço e os linfonodos apresentam regiões distintas povoadas por linfócitos T ou B. Cite essas regiões de cada órgão, correlacionando-as com a população de linfócitos encontrada e se são especializadas em imunidade celular ou humoral.
Linfonodos: Cortical (linf B) e para-cortical (linf T).
Baço: bainha periarteriolar (linf T) e folículo linfoide (linf B).
4. Como ocorre a entrada de linfócitos naive nos órgãos linfóides secundários e o que determina sua saída e retorno a esses órgãos (homing ou endereçamento)? Como esse processo muda mediante contato do linfócito com um antígeno estranho?
Na corrente sanguínea, eventualmente os linfócitos chegarão aos órgãos linfoides secundários e iniciam processo de rolamento e migração pelo tecido mediado por moléculas de adesão e quimiocinas.
A sua saída do linfonodo é estimulada por um lipídeo quimioatraente chamado esfingosina-1-fosfato que se liga ao S1PR1 dos linfócitos. Esse lipídeo é muito mais concentrado no sangue do que nos tecidos, atraindo os linfócitos naive para a circulação. Com isso o linfócito vai para a circulação e pode ser atraído por outras quimiocinas, como as inflamatórias caso haja uma infecção ou as quimiocinas dos órgãos linfoides secundários caso não haja infecção. Quando o linfócito T entra em contato com o patógeno ou antígenos ele para de expressar o S1PR1 por um tempo, o que o faz voltar para um linfonodo para se diferenciar em linfócito efetor.
5. Descreva a estrutura do MALT citando suas características e funções.
Possui localização estratégica para proteger da superfície. É constituído por uma coleção de linfócitos, células dendríticas e outros tipos celulares dentro da mucosa dos tratos gastrintestinal, sendo neste caso chamado GALT, e respiratório (BALT), ambos locais das respostas imunes adaptativas aos antígenos. Os tecidos linfoides associados à mucosa contêm linfócitos intraepiteliais, principalmente cels. T, e coleções organizadas de linfócitos, frequentemente ricos em cels. B, abaixo do epitélio da mucosa, tais como as placas de Peyer no intestino ou amigdalas faríngeas.
Placa de Peyer possui: células M, macrófagos, linfócitos B, células dendríticas, folículos linfoides, linfócitos T dispersos e na região interfolicular apresenta linfócitos T CD4+. Também possui tecido linfoide difuso, com linfócitos intraepiteliais (TCD8+) e lâmina própria constituída de linfócitos T CD8+ e T CD4+, linfócitos B secretores de IgA, mastócitos, células NK e macrófagos. 
6. Cite a função das células M na indução da resposta imune no GALT?
Essas células são células especiais presentes no epitélio do intestino (íleo), revestindo as placas de Peyer. Elas captam ou permitem a passagem de antígenos, que se acumulam abaixo delas. Linfócitos e células dendríticas migram para esse espaço, permitindo ao organismo reconhecer antígenos presentes no tubo digestivo.
 
7. Como as células dendríticas capturam os antígenos que penetra via GALT?
Podem emitir projeções citoplasmáticas atravessando a mucosa para capturar os antígenos no próprio lúmen do intestino, ou podem simplesmente fagocitar os antígenos que penetram nesse local e/ou os que passam pela transcitose feita pelas células M.
8. Sobre a relação entre o MALT e a microbiota comensal, responda:
	a) Como o MALT responde ao constante estímulo por bactérias residentes (microbiota comensal)?
As APCs desse tecido têm a habilidade de desenvolver tolerância a esses microrganismos, não gerando resposta efetora. Isso ocorre devido a recorrente captação de antígenos da microbiota e devido ao tipo de células dendríticas presentes no tecido (CD103).
	b) E como responde ao estímulo por microrganismos patogênicos?
Os patógenos possuem antígenos com maior capacidade imunogênica, e ao serem reconhecidos induzem processamento e apresentação do antígeno combinada com a produção de coestimuladores por células dendríticas. 
	c) O que acontece quando a tolerância aos microrganismos residentes é desbalanceada?
Pode levar a uma resposta inflamatória conta esses microrganismos, que se prolongará de forma crônica pois há grande quantidade deles na microbiota intestinal.
9.	Qual a relação entre a resposta imune no GALT e o sucesso da vacinação por via oral?
Os linfócitos que serão estimulados no GALT por antígenos, se diferenciam e são ativados nos próprios tecidos ou no linfonodo mesentérico, vão para a circulação e voltam para o GALT onde vão exercer funções efetoras exatamente por onde o patógeno o qual foi feita a imunização entra.

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