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Reportagem Portfolio Altamira Nota 100

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SÃO PAULO , 16 DE JUNHO 2020 
 EDIÇÃO 199 
 
PÁGINA 
BRASIL CONTEXTO 
 
USINA DE BELO MONTE 
Obras de Altamira e 
as mudanças que 
causaram 
 
MAICON OLIVEIRA 
RU: 1602035 
POLO: PARQUE SÃO DOMINGOS - SP 
 
Altamira, no estado do Pará é o maior 
município do Brasil. 
Fundada oficialmente no dia 6 de novembro 
de 1911, a intensa presença de povos indígenas 
sugere uma história ainda mais antiga. 
Por se tratar de um território bastante extenso 
há dois fusos horários em Altamira, segundo 
informações da prefeitura do município. 
Altamira também é conhecida por suas obras 
faraônicas; a Rodovia Transamazônica e a Usina 
de Belo Monte. Obras essas, que custaram muito 
dinheiro e polêmicas. 
A BR 230 ou Transamazônica foi construída 
sob o governo do presidente Ernesto Garrastazu 
Médici (1969-1974) durante a ditadura civil-
militar. Inaugurada em 1972, a construção tinha 
como justificativa levar o progresso para regiões 
“atrasadas”, ou sem indústrias. 
 A industrialização traria o desenvolvimento, 
que por sua vez, traria o “tal” progresso. 
Para que a rodovia fosse construída foi 
necessário trazer mão de obra de outras regiões 
do país, em especial do Norte e Nordeste, pois 
nas palavras de Garrastazu: “terras sem homens 
para homens sem terras” seria o passo do 
progresso idealizado. 
 Uma nova “colonização” de Altamira trouxe 
muitos impactos, uma vez que afetou costumes, 
tradições e as línguas locais, por se tratar de um 
município composto por muitas famílias 
indígenas, ribeirinhos e trabalhadores rurais. 
Só que os impactos da obra não pararam por 
aí; a BR 230 trouxe muitas mudanças ambientais; 
desmatamento de milhares de trechos da mata 
amazônica, impactos no solo, na fauna, e 
genocídios ocasionados pela sua construção. 
A rodovia ainda não foi concluída depois de 
quase 48 anos de sua inauguração e com muitos 
 
RODOVIA TRANSAMAZÔNICA 
 
trechos sem asfalto, o que é palco perfeito 
para assaltos e desmatamento ilegal. 
Já Belo Monte, a terceira maior 
hidrelétrica do mundo com seus 11.233 
Megawatts de potência para abastecer 60 
milhões de pessoas e custo estimado em R$ 
30 bilhões, localizada no rio Xingu, gerou 
inúmeros debates até o início de sua 
construção. 
A usina foi alvo de muitos protestos contra 
a sua construção, por índios, ambientalistas e 
a nação brasileira num todo, por se entender 
que traria consequências sérias ao meio 
ambiente. 
O debate de sua obra é antigo, data de 
1975, mais sua construção se inicia no 
governo de Dilma Rousseff em 2011, com a 
mesma proposta de levar desenvolvimento à 
Altamira e progresso para o Brasil. 
A usina opera desde 2016, só que ainda 
não foi totalmente concluída, sua última 
turbina foi inaugurada em novembro de 2019. 
Belo Monte trouxe uma nova onda 
migratória, resultando numa desordenada 
crescente populacional e o choque de culturas 
e costumes, bem como do meio de vida dos 
que já se encontravam na região. 
E mais uma vez pela magnitude da obra, as 
pessoas de forma direta ou indireta foram 
afetadas pelas mudanças que a usina 
ocasionou. Ela trouxe empregos, e promessas, 
inclusive de compensação financeira, mas o 
tão falado progresso, assim como no caso da 
Transamazônica, é ainda bem questionável. 
 
Empresa de tecidos 
contribuiu na origem 
de um bairro 
 Pirituba, na zona norte de São Paulo, é um 
bairro de 54,7 km² e 390 mil habitantes, segundo 
dados do site da prefeitura do estado. 
No século XIX, era terra apenas de poucos 
fazendeiros de café. 
Fazendeiros conhecidos historicamente e 
politicamente; como Brigadeiro Tobias de Aguiar, 
sua esposa, Domitila de Castro e Canto Melo, a 
Marquesa de Santos e o ilustre médico Luiz 
Pereira Barreto. 
Foi na década de 20, com a decadência do café, 
que as fazendas foram sendo pouco a pouco 
loteadas, e juntamente com as pessoas, indústrias 
também foram chegando à região. 
É na fazenda loteada de Pereira Barreto que 
nasce uma das primeiras indústrias do bairro, onde 
hoje está um Shopping, mas em 1927 operava o 
Lanifício Pirituba, indústria do inglês Mr. North, 
que promoveu a ligação da rede elétrica vinda do 
Piqueri, que depois se ramificou para toda a região 
de Pirituba e transformou o seu entorno, abrindo 
portas para outros empreendimentos. 
 
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