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ionômero de vidro

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Cimento de ionômero de vidro 
Esse material é basicamente um pó de vidro misturado com acido poliacrilico.
O pó é formado com a fusão de silica com o alumínio (dão resistência do material) e fluoreto de cálcio - liberação de flúor.
Dicionário de palavras:
· Polímeros: várias partes unidas que vão formar um composto 
Classificação dos ionômeros
 
· Convencionais : materiais não modificados 
· Reforçados por metais: partículas metálicas são adicionadas para reforço (pouco utilizados como restauradores temporários). Obs: adição de metais para melhorar propriedades mecânicas, mas tem redução da liberação de flúor e efeitos esteticos, por isso possui poucas marcas no mercado.
· Modificados por resina: materiais alterados pela adição de monômeros metacrilicos.
Apresentação comercial 
Em geral são comercializados como pó/líquido ou pasta/pasta e primer, no caso de alguns resinosos. Materiais resinosos podem ser encontrados, ainda na forma de cápsulas pré-dosadas.
Como ocorre a reação de presa ?
A reaçaõ de presa é exotérmica e se inicia com a aglutinação do pó com o liquido. É uma reação ácido-base para formar um sal. Ocorre em 3 fases:
 
· Fase 1: deslocamento de íons e ionização do ácido poliacrilico.
Após a aglutinação, o acido poliacrilico é ionizado na presença de água, liberando íons de hidrogênio que se liga a particulas de vidro liberando íons como sódio, flúor, cálcio;
· Fase 2: formação de matriz de polissais.
Remoção de íons de sódio e cálcio facilitando união de cadeias de ácido poliacrilico. A precipitação de cálcio e sódio reduz a mobilidade e aumenta a viscosidade das cadeias deixando o cimento com aspecto borrachoide e aumento de ph formando polissais;
· Fase 3: formação de gel de sílica e presa final.
Reação de presa e de geleificação ( formada pela precipitaçaõ da matriz de gel de sílica ao redor de partículas de vidro).
Indicações clinicas 
 
· Selamento de cicatrículas e fissuras em dentes permanentes e decíduos
· Técnicas de restaurações atraumáticas (TRA)
· Classe 1 conservativas em dentes permanentes e extensas em dentes deciduos 
· Classe 2 tipo túnel ou estritamente proximal em dentes permanentes e qualquer tipo de cavidade classe 2 em dentes decíduos;
· Classe 3 com pouco envolvimento estético
· Classe 5 em dentes permanentes e decíduos
· Como material de forramento em dentes permanentes e decíduos
· Cimentação de coroas parciais, totais, próteses fixas.
· Procedimentos ortodônticos para cimentação de bandas e braquetes
· Tratamento endodôntico como cimento endodôntico.
Em relação as indicaçoes 
· Tipo 1- cimentação de artefatos próteticos ou ortodonticos
· Tipo 2- indicados para restauração
· Tipo 3- indicados para selamento de cicatriculas e fissuras
 
Manipulação e inserção na cavidade dentária
 
O cimento de ionomero de vidro é apresentado em dois frascos um de pó e outro de vidro, mas também pode ser encontrado na forma de cápsulas.
 
· Como o material é sensível à umidade os frascos devem ficar sempre fechados e especialmente o liquido não deve ser mantido na geladeira.
 
Cuidados prévios ao proporicionamento de pó e liquido
 
· Agite o pó antes de fazer dosagem
· Utilize sempre a concha dosadora fornecida pelo fabricante;
· Dosar sempre primeiro o pó antes do liquido
· Pode_se utilizar a placa de vidro ou bloco de papel fornecido pelo fabricante.
 
Manipulação propriamente dita
 
· Deve-se fazer a aglutinação do pó no liquido ( para evitar quebrar as particulas de vidro), primeiramente uma porção e manipular por cerca de 10-15 segundos e depois aglutinar outra parte por um tempo até completar cerca de 40-60 segundos.
 
Inserção do material na cavidade 
 
· Deve ser feita enquanto o material possui brilho úmido para que haja uma união quimica com os substratos dentários.
· A inserção deve ser feita, de preferencia, com auxilio de pontas acopladas a seringa centrix, pois reduz a incorporação de bolhas e de porosidades na estrutura do material 
 
Proteção 
 
· O cimento de ionômero de vidro possui alta sensibilidade ao ganho e à perda de água. Sendo assim, é fundamental que o material seja protegido para não prejudicar as suas propriedades mecânicas. Existem basicamente duas situações para proteção do ionômero de vidro:
 
· Quando o material fica exposto na cavidade.
· Quando o material será usado como base.
 
Nessas situações usam-se vernizes cavitários, adesivos e até mesmo esmalte cosmético para 
unhas. Existem duas opções de possibilidades de proteção para restaurações diretas. Verniz 
quando o material restaurador é amalgama e adesivo quando é resina. 
Quando a opção recai sobre os sistemas adesivos à necessidade de realizar o condicionamento 
ácido antes da aplicação do sistema adesivo, mas só depois da aplicação do ionômero de vidro, 
pelo fato de: 
 
· O ácido fosfórico causa desmineralização excessiva dos materiais; 
· Diminui a resistência de união dos ionômeros de vidro
 
Acabamento e polimento 
 
Deve ser feita sempre nos minutos inicias de presa ( a duração da reação de presa vai de 24-48 horas), porque: 
· Minimiza a contaminação por umidade e pigmentação; 
· Devem-se remover apenas excessos grosseiros com lamina de bisturi, e depois fazer a proteção
 
 
Propriedades 
 
· Adesividade
· Biocompatibilidade
· Liberação de fluor 
· Coeficiente de expansão térmica linear semelhante a substratos dentais.
· Não é bom material estético- falta de translucidez, maior rugosidade da superficie, por ser opaco;
· Baixa resistência à compressão e à flexão reduzida;
· Contrai devido à perda de água
· Tempo de presa de 24-48 horas.
· A união do civ ao esmalte é maior do que na dentina
Em relação a natureza do material 
 
· Ionomero de vidro convencionais ( pó e liquido)
· Cimento de ionômero de vidro reforçado reforçado por metais- para melhoras a propriedade mecanica, mas reduziu liberação de fluor e efeitos estéticos, por isso tem poucas marcas no mercado
· Cimento de ionomero de vidro condensável- feito para melhorar propriedades mecanicas. Usados mais no tratamento restaurador atraumático (TRA).

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