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aula dependencia quimica (1)

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Transtornos devidos ou
relacionados a substâncias e
comportamentos aditivos
Universidade Católica do Salvador
Curso de Psicología
 Júlio César Hoenisch
Salvador, 2020
De que substâncias falaremos?
As substâncias com ação no cérebro e repercussões no psiquismo/comportamento abordarem em psicopatologia:
	álcool, 
	cafeína, 
	tabaco, 
	Cannabis (ou maconha), 
De que substâncias falaremos?
As substâncias com ação no cérebro e repercussões no psiquismo/comportamento abordarem em psicopatologia:
	psicoestimulantes como cocaína (pó ou crack) 
	anfetamínicos, 
	opioides, 
	alucinógenos, 
	inalantes, sedativos,
	hipnóticos e ansiolíticos.
Que efeitos elas têm?
Essas substâncias produzem, de modo geral, sensações de prazer ou excitação, cuja correspondência cerebral está vinculada às chamadas áreas e circuitos de recompensa do cérebro. 
Asprincipais estruturas desses circuitos são o nucleus accumbens (NAc), a área tegmental ventral e a amígdala, e o principal neurotransmissor envolvido é a dopamina (Gardner, 2011).
Que efeitos elas têm?
Pessoas com transtornos mentais graves são mais propensas a fazer uso e a desenvolver dependência de substâncias, particularmente de maconha e álcool.
Ex: depressão e uso de álcool. 
NA CID 11
Os transtornos devidos a substâncias são ordenados em categoria única, para cada tipo de substância (álcool, cocaína, maconha, etc.).
CID 11
Nessa categoria (p. ex., transtorno devido ao álcool), para cada tipo de problema, deve-se, quando necessário, acrescentar os especificadores ou subtipos – por exemplo, transtorno devido ao álcool: intoxicação, dependência, abstinência e quadros psicopatológicos induzidos.. 
 NO DSM-5
 No DSM-5, os transtornos relacionados a substâncias são classificados em dois grandes grupos:
transtornos por uso de substâncias e 
 transtornos induzidos por substâncias.
 TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
 
 Nos transtornos por uso de substâncias
... tem-se o uso contínuo e recorrente de uma substância (que deve ser especificada no diagnóstico) mantido apesar de problemas significativos que dele decorrem.
 TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
 
O indivíduo apresenta:
	Dificuldade importante ou baixo controle sobre tal uso;
	prejuízos psicossociais e sociais evidentes;
	riscos físicos e psicológicos;
	fenômenos farmacológicos como tolerância e abstinência.
 TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
 
A categoria “transtorno por uso de substâncias” vem substituir, no DSM-5, a noção mais restrita de “dependência química” (que é fenômeno farmacológico, podendo ou não estar rigorosamente presente nesses transtornos).
 TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
	 O baixo controle sobre o uso é um elemento básico desses transtornos. 
	Ele se expressa pelo fracasso em relação a tentativas de reduzir ou regular o consumo.
 TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
	 O indivíduo pode gastar muito tempo para obter a droga, e grande parte (se não todas) das atividades diárias gira em torno da substância.
 TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
	 Há, em geral, fissura (forte desejo ou necessidade intensa de usar a droga) para o uso, normalmente desencadeada por um ambiente onde a droga foi consumida ou obtida anteriormente.
 TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
	O prejuízo psicossocial ou social se verifica pelas dificuldades em cumprir as obrigações nos estudos, no trabalho ou em casa, bem como pelo abandono de importantes atividades sociais, profissionais, estudantis e recreacionais em virtude do uso da substância..
 TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
	O prejuízo psicossocial ou social se verifica pelas dificuldades em cumprir as obrigações nos estudos, no trabalho ou em casa, bem como pelo abandono de importantes atividades sociais, profissionais, estudantis e recreacionais em virtude do uso da substância..
 TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
	O indivíduo continua a usar a droga apesar dos problemas interpessoais e sociais relacionados ao consumo. Além disso, o uso envolve riscos à integridade física e/ou psicológica da pessoa. 
	O indivíduo, apesar de tais riscos, não consegue manter-se abstinente.
 TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
	Por fim, pode haver também critérios farmacológicos que caracterizam o transtorno por uso de substâncias (mas que não são necessários para o diagnóstico, pelo DSM-5): 
	a tolerância e a abstinência.
 A tolerância 
	A tolerância se verifica pela necessidade de doses acentuadamente maiores da substância para obter o efeito desejado, ou o efeito da substância nas mesmas doses é acentuadamente reduzido com o passar do tempo. 
	Ex: drogas, como álcool, opioides e benzodiazepínicos, revelam com frequência o fenômeno da tolerância..
 Abstinência, ou síndrome de abstinência
	Pode ocorrer quando a concentração da droga no organismo da pessoa diminui, e o indivíduo passa a apresentar sintomas como tremores, ansiedade, sudorese, insônia ou sonolência (os sintomas específicos dependem muito do tipo específico de substância). 
	A abstinência ocorre com frequência em relação a álcool, opioides, cafeína, tabaco, estimulantes (como cocaína e anfetamínicos) e sedativos (como benzodiazepínicos).
 TRANSTORNOS INDUZIDOS POR SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
	São considerados transtornos induzidos a intoxicação e a síndrome de abstinência da substância, além dos vários quadros psicopatológicos que podem ser induzidos pelo uso, como psicoses, quadros de humor (mania ou depressão), quadros ansiosos, delirium e transtorno neurocognitivo.
 TRANSTORNOS INDUZIDOS POR SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
	Os transtornos induzidos são, portanto, devidos aos efeitos fisiológicos da substância no cérebro. 
	Há uma relação específica entre o uso e a síndrome induzida. 
 TRANSTORNOS INDUZIDOS POR SUBSTÂNCIAS
(DSM-5)
	Trata-se de quadros geralmente reversíveis que podem durar horas ou dias, mas que não ultrapassam, de modo geral, um mês sem o uso da substância.
 A intoxicação 
	...síndrome reversível específica, com alterações comportamentais ou mentais, como prejuízo do nível de consciência (embriaguez, sedação, torpor), perturbação da percepção, da atenção, do pensamento, do julgamento e do comportamento psicomotor, além de agressividade, beligerância ou humor instável, causados por uma substância recentemente ingerida.
 A intoxicação 
	Com o termo binge, descrevem-se os episódios de consumo intenso, rápido e compulsivo, que se relaciona intimamente à intoxicação (Ribeiro; Andrade, 2007) apud Dalgalarrondo, 2019.
Clinicamente ficar atento!
	no trabalho clínico com pacientes é a diferenciação entre os quadros psicopatológicos graves induzidos por substâncias (ou, menos frequentemente, por síndrome de abstinência) e episódios (de esquizofrenia, mania, depressão, entre outros) independentes do efeito delas.
Clinicamente ficar atento!
	Para isso usam-se dois parâmetros importantes:
	Nos quadros induzidos por substâncias (ou pela síndrome de abstinência da substância): os sintomas devem regredir em, no máximo, até 30 dias após o indivíduo ter cessado o uso.
	Dependem da substancia e do cérebro do usuário. 
Clinicamente ficar atento!
	Para isso usam-se dois parâmetros importantes:
	Nos quadros independentes, é comum que o episódio já tenha surgido outra vez na vida, independentemente do uso da substância. De modo geral, nos quadros independentes, como um surto de esquizofrenia ou um episódio de mania, a duração é superior a 30 dias.
Clinicamente ficar atento!
	Uma dificuldade importante aqui é que com frequência episódios independentes de, por exemplo, esquizofrenia,
mania ou depressão podem ser desencadeados pelo uso intenso de substâncias ou piorados em sua intensidade. 
Desencadeado x induzido
Desencadeado: o transtorno básico, fundamental, é a esquizofrenia ou a mania; 
Induzido: transtorno de base é relacionado à substância.
Essa dif. pode ser difícil de se estabelecer, mas é muito importante do ponto de vistapsicopatológico. 
INÍCIO E DESENVOLVIMENTO DE
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
Não há uma razão única que explique, para todas as pessoas, por que se passa a usar substâncias ou quando e por que tal uso se torna um transtorno destrutivo para o indivíduo e para a sociedade (Dawes et al., 2000). 
INÍCIO E DESENVOLVIMENTO DE
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
o início do uso de substâncias está relacionado aos seguintes fatores: curiosidade, convivência e pressão de pares ou companheiros(as) que já fazem uso da substância, tentativa de ser aceito pelo grupo, sensação de fazer parte de uma subcultura...
INÍCIO E DESENVOLVIMENTO DE
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
	excitação por estar fazendo algo ilegal, secreto, expressão de hostilidade e independência em relação aos pais ou professores, 
	tentativa de reduzir sensações desagradáveis (tensão, ansiedade, solidão, tristeza, sensação de impotência)
INÍCIO E DESENVOLVIMENTO DE
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
	A diminuição da autoestima é um ponto importante nos transtornos por uso de substâncias. 
	Ocorre associada com redução dos interesses, deterioração dos cuidados consigo mesmo, perda de vínculos sociais e eventualmente, envolvimento em atividades ilegais e criminosas para obtenção da substância.
INÍCIO E DESENVOLVIMENTO DE
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
	Alguns indivíduos, no curso do transtorno (p. ex., nos transtornos por uso de álcool, cocaína em forma do pó ou crack), descuidam do vestuário, da higiene e dos dentes, tornam-se desnutridos e podem vir a ter vida sexual promíscua para obtenção da substância.
INÍCIO E DESENVOLVIMENTO DE
TRANSTORNOS POR USO DE SUBSTÂNCIAS
	Assim o envolvimento com a substância acaba por tornar-se algo compulsório, assim há um empobrecimento da vida afetiva e retração da libido, exceto a ações que envolvam a droga de eleição. 
Teorias sobre a adição
	As teorias sobre adição ou dependência de substâncias versam a respeito de possíveis mecanismos neurobiológicos, teorias de comportamento aprendido e mecanismos de memória até teorias psicanalíticas, psicossociais, sociológicas e antropológicas (Camí; Farré, 2003).
Teorias sobre a adição
	Entretanto, atualmente há ênfase nas bases neurobiológicas do uso de substâncias, as quais apontam para a importância de regiões corticais pré-frontais, por meio de sua ação de modulação comportamental e do processo de tomada de decisões.
ÁLCOOL: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
	Bebidas alcoólicas têm sido utilizadas pelos seres humanos desde a pré-história (Room; Babor; Rehm, 2005). 
	Os graves problemas relacionados ao álcool, entretanto, ganharam proporções epidêmicas nos últimos três séculos (Britto Pereira, 2013).
ÁLCOOL: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
	Segundo a CID-11, os transtornos devidos ao uso de álcool expressam um padrão de consequências negativas decorrente do uso da substância, inclusive intoxicação alcoólica, uso perigoso, dependência, síndrome de abstinência e transtornos mentais induzidos pelo álcool.
ÁLCOOL: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
	A CID-11 mantém o construto “dependência de álcool” como a incapacidade de poder regular ou controlar o uso de bebidas alcoólicas que pode surgir a partir de uso repetido ou contínuo importante.
ÁLCOOL: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
	Os transtornos por uso ou devido ao álcool (DSM-5 e CID-11) revelam, de modo geral, um estado psíquico e físico resultante da ingestão repetitiva de álcool durante um período de pelo menos 12 meses. O fenômeno de tolerância está frequentemente presente (mas não é obrigatório).
Síndromes associadas aos transtornos devidos ao álcool
delirium tremens:
	 é uma forma grave de síndrome de abstinência de álcool, em que ocorrem, além dos sintomas clássicos do delirium (rebaixamento do nível de consciência, alteração da atenção, confusão mental, desorientação temporoespacial, flutuação dos sintomas ao longo do dia), intensas manifestações autonômicas (como tremores, febre, sudorese profusa, entre outras), ilusões e alucinações visuais e táteis marcantes, principalmente com insetos e pequenos animais (zoopsias).
Síndromes associadas aos transtornos devidos ao álcool
Alucinose alcoólica: 
Pode ocorrer durante a síndrome de abstinência ou em períodos independentes dela, com o indivíduo sóbrio (com o sensório claro) ou alcoolizado. 
Caracteriza-se por alucinações audioverbais de vozes que, tipicamente, falam do paciente na terceira pessoa (“O João é mesmo um semvergonha, um frouxo”, etc.) ou o humilham e desprezam.
Síndromes associadas aos transtornos devidos ao álcool
O delírio de ciúmes:
 associado aos transtornos devidos ao álcool é também bastante típico. Em geral, o passa a acreditar plenamente no fato de que sua esposa, parceira ou parceiro, o trai de modo vil, com muitos homens, com seu melhor amigo, com toda a vizinhança.
Síndromes associadas aos transtornos devidos ao álcool
A chamada embriaguez patológica (intoxicação idiossincrática, mania à potu), embora descrita há muito tempo, desperta controvérsias conceituais e não é aceita por todos. Caracteriza-se por uma resposta paradoxal, intensa, à ingestão de pequena quantidade de álcool.
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
A Cannabis (ou substâncias canabinoides extraídas da planta Cannabis sativa) é a droga ilícita mais utilizada no mundo (APA, 2014). No Brasil, é denominada maconha, baseado, beck, erva, bagulho, Maria Joana, fininho, fuminho, ganja ou baura. 
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
Entre as cerca de 60 substâncias canabinoides, o princípio ativo mais importante para os transtornos por uso de maconha é o delta-9-tetrahidrocanabinol (delta-9-THC).
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
Entre as cerca de 60 substâncias canabinoides, o princípio ativo mais importante para os transtornos por uso de maconha é o delta-9-tetrahidrocanabinol (delta-9-THC).
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
A maconha, em geral, é fumada, e seu uso produz efeitos muito variáveis, mas os mais comuns relatados por usuários são relaxamento, sensação de prazer (de “brisa” ou “barato”.
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
Risos espontâneos sem motivos e fome (“larica”); pode haver também distorções da percepção do tempo e do espaço, de leves amoderadas, dificuldade na atenção e na concentração, sensação de que os sentidos estão aguçados, hiperemia da mucosa conjuntival (“olhos vermelhos”) e boca seca. 
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
Nos primeiros usos, parte dos usuários pode sentir ansiedade mais ou menos intensa e ter crises de pânico, taquicardia, perturbação da coordenação motora fina ou pensamentos confusos.
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
Pessoas com transtorno por uso de Cannabis podem usar a substância o dia inteiro, ao longo de um período de meses ou anos, passando muitas horas do dia sob sua influência. 
Surgem problemas recorrentes relacionados à família, à escola ou ao trabalho, como ausências repetidas e negligência de obrigações familiares (DSM-5).
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
Em indivíduos que usam maconha persistentemente, tem sido relatada tolerância farmacológica e comportamental à maioria de seus efeitos. 
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
A interrupção abrupta do uso diário ou quase diário da droga frequentemente resulta em síndrome de abstinência da substância, com ansiedade, inquietação, irritabilidade, raiva ou agressividade, humor deprimido, insônia, redução do apetite.
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
A progressão de uso esporádico para transtorno por uso de Cannabis émais rápida em adolescentes do que em adultos.
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
Nos adolescentes, observam-se também, com mais frequência, alterações no humor, no nível de energia e em padrões de alimentação.
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
Há, geralmente, queda acentuada nas notas na escola,
faltas às aulas e menor interesse nas atividades e no rendimento escolares.
Nos casos graves, tendência ao isolamento para consumo. 
Transtornos induzidos pela maconha e consequências
do uso crônico
Em fases mais avançadas do transtorno por uso de maconha, há prejuízo psicossocial e das funções cognitivas, com comprometimento das funções
executivas frontais, o que dificulta ainda mais a vida do indivíduo na escola, no trabalho e nas relações sociais (DSM-5)
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
O início precoce do uso dessa droga, particularmente antes dos 15 anos, é um forte preditor de desenvolvimento do transtorno por uso de Cannabis. Fatores de risco incluem também situação familiar instável ou violenta, fracasso escolar, tabagismo e uso de maconha por familiares próximos.
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
Pesquisas epidemiológicas têm revelado, nas últimas décadas, uma associação clara entre o uso de Cannabis na adolescência e o risco de desenvolver transtorno psicótico, em particular esquizofrenia
MACONHA: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS 
(DSM-5 E CID-11)
Uma parte das pessoas com consumo crônico da substância desenvolve um quadro apático-depressivo semelhante a uma distimia, às vezes denominado “síndrome amotivacional da maconha” (DSM-5)
COCAÍNA/CRACK: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
A cocaína, substância extraída das folhas da planta Erythroxylon coca, é utilizada no Brasil de três modos principais: inalada, injetada na veia ou fumada.
A cocaína em forma de pó, que geralmente é branco (pois o cloridrato de cocaína em pó é misturado pelos produtores e traficantes com talco, areia fina, pó de giz, cal ou leite em pó, para “render mais”), costuma ser inalada, mas pode ser também diluída em água e injetada (atualmente, um modo menos frequente de uso).
COCAÍNA/CRACK: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
A cocaína fumada se apresenta como crack, que é mistura de cloridrato de cocaína com bicarbonato de sódio e água (por “cozimento” da pasta básica combinada com bicarbonato), solidificada em cristais e vendida em forma de
pequenas pedras, que são geralmente aquecidas (o crack vaporiza a 90ºC) e fumadas em cachimbos ou dispositivos semelhantes.
COCAÍNA/CRACK: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
Quando aspirada, a cocaína-pó leva de 1 a 2 minutos para iniciar sua ação,
que se prolonga por 30 a 45 minutos. 
Já a cocaína-crack fumada é absorvida muito rapidamente, agindo no cérebro logo após à inalação da fumaça, cujo efeito intenso perdura por volta de 10 minutos (“barato imediato e intenso, mas de curta duração”). 
COCAÍNA/CRACK: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
Os efeitos imediatos mais frequentes da cocaína (pó ou crack) são:
“sensação subjetiva de bem-estar ou euforia”, de estar “mais ativo, mais alerta, autoconfiante ou forte”, com “mais energia” e pensamento acelerado.
Fisicamente, pode haver taquicardia, aumento da frequência respiratória, sudorese, dilatação das pupilas, tremores leves de mãos e pés, tiques e contrações musculares de língua e mandíbula.
COCAÍNA/CRACK: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
Em algumas pessoas, ou em doses mais altas, podem ocorrer desconfiança mais ou menos intensa, ideias e/ou forte sensação de perseguição (a chamada
“noia”), ansiedade e crises de pânico. 
Alguns usuários relatam aumento do desejo sexual, e pode haver também irritabilidade, agressividade e comportamento violento, além de instabilidade emocional e perturbação da atenção e da concentração.
COCAÍNA/CRACK: TRANSTORNOS POR USO E
TRANSTORNOS INDUZIDOS (DSM-5 E CID-11)
Doses mais altas costumam produzir, além da sensação de perseguição, aceleração marcante do pensamento, ideias de referência, zumbidos, alucinações auditivas e alucinações táteis (que geralmente o indivíduo reconhece como efeito da droga). 
Com tais doses, irritabilidade, ameaças e comportamento agressivo se tornam mais frequentes. 
Tais alterações em geral remitem em um prazo de horas a dias após a interrupção do uso da substância (mais raramente, podem perdurar por poucas semanas).
Riscos com o uso da cocaína
	Infarto agudo do miocardio
	arritmias, 
	dor torácica,
	 acidentes vasculares cerebrais 
	e morte súbita em jovens usuários
	Condutas sexuais de risco
Crack
A dependência de crack é das mais intensas; ela leva os indivíduos dependentes a praticarem comportamentos extremos para obter dinheiro e poder comprar ou obter mais pedras, como tráfico, mendicância, prostituição, furto ou assalto com violência.
Crack
No Brasil, o crack chegou no início dos anos de 1990, e seu uso cresceu vertiginosamente em algumas regiões da cidade de São Paulo (assim como em outras cidades), passando a reunir usuários e traficantes em espaços públicos, que foram então chamados de cracolândias. 
DEPENDÊNCIAS COMPORTAMENTAIS OU
TRANSTORNOS ADITIVOS NÃO
RELACIONADOS A SUBSTÂNCIAS (CID-11 E DSM-5)
Nas últimas décadas, expandiu-se a noção de dependência, das dependências químicas para outras dependências comportamentais (como jogo, compras, internet, sexo, entre outras).
TRANSTORNO DO JOGO E DE APOSTAS (CID-11 E DSM-5) E TRANSTORNO DE DEPENDÊNCIA DA
INTERNET
Os comportamentos de jogo problemático, sejam eles em jogos comuns de azar, sejam eles em apostas, do tipo off-line (jogos presenciais, a dinheiro, de baralho, bingos, caça-níqueis, roletas, etc.) ou online, na internet, se caracterizam por padrão persistente de comportamento de jogo no qual há prejuízo na capacidade de autocontrole. 
TRANSTORNO DO JOGO E DE APOSTAS (CID-11 E DSM-5) E TRANSTORNO DE DEPENDÊNCIA DA
INTERNET
Há perda do controle em relação a começar a jogar e/ou na frequência, intensidade, duração ou término das partidas.
. 
TRANSTORNO DO JOGO E DE APOSTAS (CID-11 E DSM-5) E TRANSTORNO DE DEPENDÊNCIA DA
INTERNET
Atividades na internet que podem ou não envolver o jogar (“digital gaming” ou “vídeo-gaming”), não necessariamente a dinheiro, têm sido reconhecidas como uma forma importante de adição ou dependência comportamental (Block, 2008; Kuss; Lopez-Fernandez, 2016), apud Dalgalarrondo, 2019.
.
. 
TRANSTORNO DO JOGO E DE APOSTAS (CID-11 E DSM-5) E TRANSTORNO DE DEPENDÊNCIA DA
INTERNET
Outras dependências comportamentais importantes são o comprar compulsivo e o sexo compulsivo, que podem ter consequências muito danosas à vida das pessoas acometidas.
. 
Referências
Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e
 semiologia dos transtornos mentais 
 – 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019

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