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Questão 1/10 - Teoria e Crítica Literária Atente para a seguinte citação: “[...] a literatura tornou-se realmente o oposto do pensamento analítico e da investigação conceitual: enquanto cientistas, filósofos e teóricos políticos se oneraram com essas empresas enfadonhamente discursivas, os estudiosos da literatura ocupam o território mais valorizado do sentimento e experiência”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 39. Considerando o dado fragmento de texto e os conteúdos do texto-base Recepção e leitura no horizonte da literatura sobre as consequências da difusão da literatura a partir da invenção e difusão da imprensa, analise as afirmativas: I. Os leitores passaram a ter mais autonomia e liberdade de escolha com a difusão da literatura a partir da invenção da imprensa. II. Passou-se a instituir políticas de proibições de livros. III. O número de leitores diminuiu por conta do valor dos livros impostos pelo mercado editorial. IV. As políticas de proibições alegavam que os efeitos provocados no leitor a partir da leitura de textos literários eram maléficos. São corretas apenas as afirmativas: Nota: 10.0 A I, II e III B I, III, IV C III e IV D I, II e IV Você acertou! Comentário: “A partir de então [invenção e expansão da tipografia], a relação com os livros e, em especial, com a leitura deixou de ser neutra, como se mostrava até então, tornando-se motivo de julgamento severo e discriminação. Uma das mais antigas reações à expansão da imprensa foi a publicação, em 1564, pelo papa Pio IV, do Index Librorum Prohibitorum; antes dele, em 1547, em Portugal, o cardeal D. Henrique, Inquisidor Geral do Reino, já tinha proibido um rol de livros, que incluía mesmo as Sagradas Escrituras, se publicadas em língua vulgar [afirmativa II, correta]. Essas ações tinham endereço certo: o crescente público leitor [afirmativa I, correta; afirmativa III, incorreta], consumidor de obras indesejadas, como o Elogio da loucura, do pensador independente Erasmo de Rotterdam, cujas sucessivas edições incomodavam os padres conservadores da Igreja. Boas e más leituras são matéria da celebrada discussão entre o cura e o barbeiro, no capítulo VI da primeira parte de Don Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, obra em que aparece outro efeito colateral do fenômeno industrial derivado da invenção da tipografia: as mudanças interiores pelas quais pode passar um indivíduo que se devota em excesso e indiscriminadamente ao consumo de obras literárias [afirmativa IV, correta]” (texto-base Recepção e leitura..., p. 88). E I e II Questão 2/10 - Teoria e Crítica Literária Considere a seguinte afirmação: “Duas causas, ambas naturais, parecem ter dado origem à arte poética como um todo. De fato, a ação de mimetizar se constitui nos homens desde a infância, e eles se distinguem das outras criaturas porque são os mais miméticos e porque recorrem à mimese para efetuar suas primeiras formas de aprendizagem, e todos se comprazem com as mimeses realizadas”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ARISTÓTELES. Poética. Tradução, introdução e notas de Paulo Pinheiro. São Paulo: Editora 34, 2015. p. 57. Levando em consideração o fragmento do texto dado e os conteúdos do texto-base Recepção e leitura no horizonte da literatura sobre os conceitos de mímesis e de catarse, analise as assertivas, marcando V para as verdadeiras e F para as falsas. I. ( ) Aristóteles define a poesia como mímesis. II. ( ) A catarse é algo que está presente somente nos textos líricos. III. ( ) Via catarse, o público experimenta os efeitos do texto poético. IV. ( ) Aristóteles introduz a ideia de catarse encenando uma tragédia. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A V – F – V – F Você acertou! Comentário: “[...] a recepção [...] remonta a Aristóteles e à Poética. Nessa obra, em que define a poesia enquanto mímesis [afirmativa I, verdadeira], Aristóteles reconhece que a representação de ações humanas [afirmativa II, falsa] provoca um efeito sobre o público [afirmativa III, verdadeira]. Esse efeito, a catarse, tem características próprias, facultando ao ser humano experimentar emoções intensas, ao mesmo tempo expurgando-as e purificando-se. A catarse é introduzida por Aristóteles no contexto de sua definição de tragédia [afirmativa IV, falsa] [...]” (texto-base Recepção e leitura..., p. 85). B F – F – V – V C F – V – V – F D V – V – F – F E F – V – F – V Questão 3/10 - Teoria e Crítica Literária Considere a seguinte passagem de texto: “[...] Homero compôs a Odisseia em torno de uma ação una, e de igual modo a Ilíada. Assim, tal como em outras artes miméticas, é necessário que haja mimese de uma ação, ou seja, de uma ação única e que forma um todo [...]”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ARISTÓTELES. Poética. Tradução, introdução e notas de Paulo Pinheiro. São Paulo: Editora 34, 2015. p. 95. Considerando o dado fragmento de texto e os conteúdos do texto-base Recepção e leitura no horizonte da literatura, assinale a alternativa correta sobre o significado de “catarse” segundo Aristóteles: Nota: 10.0 A A catarse era possível por meio da atuação do ator. B O escritor da tragédia incluía a catarse no enredo de sua obra. C A tragédia foi um gênero que existiu na Antiguidade e tinha um poder catártico. D A reação do indivíduo que participou como público da encenação da tragédia foi chamada de catarse. Você acertou! Comentário: “Catarse significa, pois, a reação de cada indivíduo que participa da audiência da tragédia, sendo que, para Aristóteles, apenas aquele gênero produz, de modo cabal, tal resultado em seus destinatários” (texto-base Recepção e leitura..., p. 85). E Foi graças à encenação da tragédia grega que se difundiu a catarse. Questão 4/10 - Teoria e Crítica Literária Leia a seguinte afirmação: “O mundo não é um objeto que existe ‘fora de nós’, a ser analisado racionalmente, contrastado com um sujeito contemplativo: o mundo nunca é algo do qual possamos sair e nos confrontarmos com ele”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. São Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 95. Levando em consideração o fragmento do texto dado e os conteúdos do texto-base Recepção e leitura no horizonte da literatura em torno do que Hans Robert Jaus chamou de “horizonte de expectativa”, assinale a alternativa correta: Nota: 0.0 A Os leitores ficam imunes às obras que consomem. B A recepção dispensa o conhecimento de códigos vigentes ou das normas sociais e estéticas. C A configuração estética da obra é imutável e determinante para se configurar o horizonte de expectativas. D O “saber prévio” do leitor é algo construído coletivamente. Comentário: O ‘saber prévio’ é coletivo [afirmativa II, verdadeira] e incide sobre as possibilidades de decifração de uma obra, sugerindo que os leitores atuam de modo coeso” (texto-base Recepção e leitura..., p. 93). E Para Hans Robert Jauss, todo leitor assume um papel passivo ao se deparar com uma obra literária. Questão 5/10 - Teoria e Crítica Literária Leia a seguinte citação: “O estruturalismo é mais bem interpretado como um sintoma e uma reação à crise social e linguística que delineamos”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. Trad. Waltensir Dutra. São Paulo: