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Geografia Massas de ar e frentes → As massas de ar são grandes porções atmosféricas que deslocam-se sobre a superfície terrestre, transportando as características da área em que se formou para outras áreas e adquirindo novas características nas áreas de destino. → As massas de ar podem ser classificadas de acordo com a superfície sobre a qual elas se formam: ● Massa de ar equatorial: tanto a equatorial marítima quanto a equatorial continental são quentes e úmidas, já que se formam em áreas úmidas de baixa pressão (floresta amazônica). ● Massa de ar tropical: a tropical marítima é quente e úmida, enquanto a tropical continental é quente e seca. ● Massa de ar polar: a polar marítima é fria, instável e úmida, enquanto a polar continental é fria, estável e seca. → A área de transição entre duas massas de ar chama-se frente, podendo ser quente ou fria. → Uma frente quente é uma área em que uma massa de ar quente e úmida que começa a passar por cima da massa fria . A massa de ar quente desliza sobre o obstáculo que é a massa de ar frio. O ar quente subindo se expande e fica mais frio; a umidade se condensa e forma neblina e nuvens. Frequentemente se produz um chuvisco. → Uma frente fria é uma área em que uma massa de ar frio e seco vence a massa de ar quente e úmido, fazendo-a subir. Ventos violentos resultam, acompanhados de relâmpagos e trovões. Essas frentes são seguidas por tempo mais frio e seco. Climogramas → É o gráfico que apresenta um comportamento climático através de uma região. → Linhas: médias térmicas → Colunas: índices pluviométricos → Manaus apresenta altos índices térmicos durante o ano, sendo os primeiros meses do ano mais úmidos, o que causa uma redução mínima da temperatura, enquanto os últimos meses do ano são um pouco mais secos e extremamente quentes. É possível concluir que Manaus possui um clima quente e úmido durante o ano todo, com poucas variações. → Mossoró apresenta altos índices térmicos, quase sem variações durante o ano. No entanto, a segunda metade do ano conta com índices pluviométricos extremamente baixos. É possível concluir que essa cidade possui temperaturas elevadas e estáveis durante o ano todo, mas enquanto o verão apresenta índices pluviométricos razoáveis, o resto do ano é extremamente seco. → Florianópolis apresenta índices térmicos e pluviométricos bastante razoáveis durante os meses de verão, havendo queda durante o outono, e atingindo os menores índices durante o inverno, sendo frio e mais seco. Na primavera os índices térmicos e pluviométricos voltam a crescer. É possível concluir que essa cidade conta com quatro estações bem definidas. El niño → O fenômeno El Niño caracteriza-se pelo aquecimento anormal das águas do Pacífico Sul, as quais são normalmente fria devido à influência das correntes de Humboldt. → Ocorre a cada 4 anos. → Interfere do ventos alísios. → Efeitos: ● Brasil: prolongamento da seca no Nordeste. ● Peru: altera a atividade pesqueira, já que os peixes vão embora. ● Chile: traz chuvas ao deserto do Atacama. La niña → O fenômeno La Niña caracteriza-se pelo resfriamento anormal das águas do Pacífico Sul. → É causado pela intensificação os ventos alísios. → Efeitos: ● Nordeste: excesso de chuvas. ● Centro-Sul: ocasiona secas, diminuindo o nível de água das represas. Os climas do Brasil → A localização do território brasileiro em áreas de baixas latitudes e a inexistência de altas cadeias de montanhas fazem com que o clima brasileiro seja principalmente quente, prevalecendo o tropical. → Entre os principais fatores que determinam o clima brasileiro estão a altitude (quanto mais alto, mais frio), o relevo (quanto mais plano o terreno, mais fácil é a passagem dos ventos), a cobertura vegetal (quanto mais ampla, maior é a umidade) e a latitude (quanto mais longe da linha do Equador, menor é a temperatura). Alguns cientistas afirmam que até mesmo as atividades humanas são capazes de modificar o clima. → As massas de ar têm grande influência no clima do Brasil, sendo elas: ● Massa tropical atlântica: origina-se no sul do oceano Atlântico; é quente e úmida; atua no litoral do Nordeste ao Sul. ● Massa tropical continental: é quente e seca; atua na região Centro-Oeste, além do interior das regiões Sudeste e Sul. ● Massa equatorial atlântica: origina-se no norte do oceano atlântico; é quente e úmida, mas perde a umidade; atua no litoral norte e no Nordeste. ● Massa equatorial continental: origina-se na amazônia; é quente e úmida por conta da floresta amazônica; afeta todo o território brasileiro. ● Massa polar atlântica: origina-se em áreas de altas latitudes; é fria e úmida; atua em grande parte do país, principalmente no inverno. Classificação climática → O clima equatorial úmido apresenta temperaturas elevadas e chuvas abundantes durante o ano. Ocorre um leve resfriamento das temperaturas no inverno (julho). A amplitude térmica é baixa, e a principal massa de ar atuante é a equatorial continental. → O clima tropical está presente na maior parte do país (regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste, além do Tocantins). Caracterizada por temperaturas elevadas, o clima tropical apresenta uma estação seca no inverno e uma muito úmida no verão. As massas de ar atuantes são a equatorial continental, tropical atlântica e polar atlântica (apenas no inverno). → O clima tropical semiárido está presente em grande parte do Nordeste, no sertão, e em Minas Gerais. Baixo índice pluviométrico e temperaturas elevadas caracterizam-o. As principais massas de ar atuantes são a equatorial continental e a tropical atlântica. No geral, todas as massas de ar que chegam nessa região já estão secas, o que explica o clima. → O clima tropical de altitude estende-se pelas terras altas do Sudeste. É caracterizado por invernos mais rigorosos, por conta da influência da massa polar atlântica, e verões brandos. → O clima litorâneo úmido se estende pelo litoral do Sudeste ao Nordeste. Apresenta elevadas médias térmicas e pluviométricas, sendo principalmente influenciado pela massa tropical atlântica, que ao encontrar-se com o relevo acidentado provoca chuvas. → O clima subtropical úmido ocorre na região Sul, além de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Apresenta estações definidas, e invernos mais rigorosos que no resto do país. É influenciadopelas massas tropical atlântica polar atlântica. Paisagens vegetais → A distribuição da vegetação depende de fatores como solo, altitude, latitude e clima. → Quanto mais úmido o clima, maior tende a ser sua quantidade de espécies vegetais. → Denomina-se bioma uma unidade biogeográfica regional, tendo essa traços climáticos, fitogeográficos (vegetais) e topográficos comuns. Os principais biomas terrestres são: ● Tundra ● Taiga ● Floresta temperada e subtropical ● Vegetação mediterrânea ● Pradarias/Estepes ● Vegetação desértica ● Savanas ● Floresta tropical ● Floresta equatorial ● Vegetação de altitude Distribuição dos biomas → Os biomas terrestres podem ser divididos pela formação vegetal dominante: arbóreas (árvores), arbustivas (arbustos) e herbáceas (ervas). Formações árboreas → Os biomas de floresta (predomínio de árvores) requerem bastante umidade. → São importantes na regulação climática. → Biomas característicos: ● Taiga: predominam espécies aciculifoliadas; copas em forma de cone; clima frio de altas latitudes. ● Floresta temperada: clima temperado; precipitação abundante; caducifólias; muito devastada pela agricultura e pela urbanização. ● Florestas tropicais e equatoriais: alta precipitação; vegetação perene e latifoliada; abriga milhares de espécies; solos pobres. Formações arbustivas e herbáceas → Biomas característicos: ● Tundra: vegetação rasteira; áreas próximas ao círculo polar ártico; metade do ano o solo é alagado pelo degelo, e na outra metade é coberto de neve. ● Pradarias: vegetação herbácea; clima temperado; solo rico em matéria orgânica. ● Estepes: apresentam arbustos; solos descobertos; pouca precipitação. ● Savanas: apresentam plantas herbáceas e arbustos; vegetação tropófila; uma estação seca e outra chuvosa; cerrados brasileiros. ● Vegetação mediterrânea: verões quentes e secos; vegetação arbustiva, espécies xerófilas (adaptadas à aridez). ● Vegetação desértica: espécies xerófilas; cactos e arbustos espinhosos. Sistemas morfoclimáticos → Leva em conta fatores: ● edáficos: porosidade do solo; capacidade de reter água; teores de argila; sais minerais; etc. ● geográficos: interferência oceânica; latitude; funcionamento ecossistêmico; correntes marítimas; etc. ● climáticos: temperatura; umidade; massas de ar; pluviosidade; luminosidade. ● bióticos: interdependência entre espécies. ● fatores antrópicos: ações da sociedade. Classificação climática Strahler → Classificação genética ou dinâmica. → Leva em conta as dinâmicas das massas de ar, a circulação do ventos e as desigualdades de umidade e radiação solar. Koppen Geiger → Classificação empírica ou quantitativa. → Leva em conta o clima já observado. → Usa métodos estatísticos. → Climas predominantes e sub-climas. → Listagens climáticas. Relação entre vegetação e clima → É necessário relacionar a pluviosidade, a temperatura e a latitude para determinar o bioma referente. Relação entre clima e intemperismo → Chuva: ● Intemperismo ● Maior fator climático ● Erosão causada pelo escoamento superficial. ● Erosão linear: segue continuamente, com um fluxo de escoamento de água. O caminho percorrido pela água respeita o relevo e suas características. ● Erosão laminar: carrega as partículas mais leves (matéria orgânica, argila, etc). → Gelo: ● Erosão glacial: morenos e vales em ‘U’. → Vento: ● Erosão eólica ● Ambientes secos ● Carrega partículas de um lado para o outro (deflação). ● Dunas → Temperatura ● Reações do intemperismo ● Ex: áreas geladas = gelo → É necessário relacionar a pluviosidade com a temperatura, latitude e intemperismo. Sistemas morfoclimáticos úmidos → Florestas tropicais: alta taxa de intemperismo químico (muita infiltração de água); movimento de massas de ar ativo/moderado; baixa erosão fluvial (ocorre um maior processo de transporte de sedimentos). → Savanas: alta taxa de intemperismo químico no período chuvoso; movimento de massas de ar ativo; alta erosão fluvial nos períodos chuvosos. → Florestas temperadas: moderadas taxas de intemperismo químico; movimento de massas de ar moderado; moderada erosão fluvial. Erosão → Toda paisagem sofre processos erosivos: desgaste e sedimentação. → A ação humana pode contribuir. → Tipos: ● vento: eólica ● gelo: glacial ● mar: marinha ● chuvas: pluvial ● rios: fluvial Erosão pluvial → A erosão pluvial é afetada por forças ativas: ● Chuvas ● Topografia (inclinação) ● Intensidade de infiltração → A erosão pluvial é afetada por forças passivas: ● Vegetação (erosão menos intensa pela proteção vegetal). ● Vulnerabilidade do solo (seja ele mais rígido, mais poroso, etc). → As gotas de chuva são as principais responsáveis pela erosão. ● Ação mecânica: splash: deslocamento de material pela ação das gotas. ● Escoamento difuso (erosão laminar): as águas escoam de forma dispersa (transporta a camada superficial do solo, onde se encontram os). ● Escoamento concentrado (erosão linear): a água escoa pelas irregularidades do terreno, formando diversos filetes. → Em um solo desprotegido as águas se acumulam e escoam inicialmente de maneira difusa e posteriormente de maneira concentrada, gerando sulcos ou ravinamentos. Solos porosos → A porosidade do solo tem influência sobre: ● O arejamento do solo. ● A disponibilidade de nutrientes ● A infiltração de água Solos saturados → Quando todo o volume de poros do solo está preenchido com água dizemos que o solo está saturado. → São solos completamentes suscetíveis à erosão pluvial, uma vez que já foram infiltrados. Ravinas → Sulcos são produzidos pelo escoamento superficial ao sofrer certas concentrações de água. Voçorocas → A água subterrânea no assoalho da voçoroca pode aflorar, instalando um fluxo fluvial no seu interior. → Ravinas que chegaram ao lençol freático. → Erosão linear. Assoreamento dos rios → Transporte de sedimentos por conta da ação pluvial.
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