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Falsidade material e ideológica - Resumido

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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS 
Escola de Direito 
Falsidade Material e Ideológica
 EDUARDO DUARTE CASTANHO
O crime de falsidade ideológica está disposto no art. 299 do Código Penal, possuindo o seguinte texto “Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:”.
Enquanto os delitos de falsidade material estão tipificados nos artigos 297 e 298 do CP, divididos entre falsificação ou alteração de documento público ou particular, integralmente ou em parte de seu conteúdo.
Os três crimes referem-se a falsificação de documentação, a diferença entre estes é que na falsificação material de documento (público ou privado) o próprio documento é, materialmente, falsificado. Outrossim, na falsificação ideológica o documento em si é verdadeiro, todavia a declaração inserida neste é falsa.
Bitencourt ao explicar tais delitos, aborda tal diferença, da seguinte forma:
“A falsidade material, com efeito, altera o aspecto formal do documento, construindo um novo ou alterando o verdadeiro; a falsidade ideológica, por sua vez, altera o conteúdo do documento, total ou parcialmente, mantendo inalterado seu aspecto formal.” BITENCOURT (2015, p. 551).
Temos por exemplos de falsidade ideológica a declaração de valor menor na escritura pública de compra e venda de imóvel, ou então, alguém que mente estar matriculado em determinada instituição de ensino para expedir uma carteira de estudante e tirar proveito de seus benefícios. Em ambos os exemplos os documentos são verdadeiros e expedidos pelos órgãos competentes, todavia, seu conteúdo é falso.
Caso o agente produza por conta própria um passaporte com informações inverídicas, ou então uma CNH idêntica a sua verdadeira, porém com a adição da sigla de habilitação para pilotagem de motocicleta, ai sim estará incorrendo em delito de falsidade material, pois se o agente cria um documento falso ou altera o conteúdo de um documento verdadeiro. O documento é materialmente falso.
Ressalta-se também que ambos os crimes de falsidade dizem respeito à fé pública. Enquanto bem jurídico tutelado pelo Estado que representa a necessária confiança que a sociedade tem em documentos, instrumentos públicos ou privados, bem como nas características pessoais dos indivíduos. Portanto para a configuração de fato típico é indispensável os documentos sejam usados de forma que este bem jurídico seja lesado. Descabido ainda que incorra nos delitos a falsificação grosseira, ou a mera existência conforme já decidido em caso análogo pela 6ª Turma do STJ (Resp 838.344), que absolveu o réu.
REFERÊNCIAS:
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal, 4: parte especial: dos crimes contra a dignidade sexual até dos crimes contra a fé pública. 9. Ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
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