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Estudo de caso - Silvana Maria Silveira Barboza

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ESTUDO DE CASO – AII – SEGUNDA LICENCIATURA E FORMAÇÃO PEDAGÓGICA
Socio-educação e a Universidade: projetos de reintegração da pessoa em conflito com a lei
Responda em formato de resposta-texto, entre 20 e 25 linhas, às questões orientadoras do seu estudo de caso:
	
ESTUDO DE CASO
TEMA
Socio-educação e a Universidade: projetos de reintegração da pessoa em conflito com a lei
Para entendermos como funciona a socioeducação em outros países teremos por exemplo a Alemanha, onde a responsabilidade penal juvenil começa aos 14 anos. O país dá prioridade a medidas disciplinares que envolvam o diálogo, exortação, pedido de desculpas, conciliação entre agressor e vítima, prestação de serviços e, em casos raros, pagamento de multas. A maioria dos processos é encerrada com essas medidas. Eles entendem que as prisões e a pena por si só não são capazes de melhorar os jovens, pelo contrário, aumentam os casos de reincidência na pratica de novos delitos. As prisões são a última opção para jovens infratores. Além de terem voltado atrás e mantido a maioridade penal aos 18, eles instituíram o sistema de jovens adultos para as idades entre 18 e 21 anos, onde o infrator pode ser julgado pelo Sistema de Justiça Juvenil, a depender do discernimento da justiça local.
A Declaração Mundial sobre a Educação para Todos tem um plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. Este plano é estendido para a socioeducação quando diz em seu ARTIGO 1.1 que: Cada pessoa: criança, jovem ou adulto deve estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem e ARTIGO 1.2- A satisfação dessas necessidades confere aos membros de uma sociedade a possibilidade e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de respeitar e desenvolver sua herança cultural.
Em Ponta Grossa existe uma instituição pública responsável pela socioeducação chamada CENSE (Centro de Socioeducação) que faz parte do Programa Socioeducativo do Estado do Paraná, cujo objetivo-fim do atendimento, de acordo com o Plano Nacional, é fomentar o caráter educativo do processo de responsabilização do adolescente, de modo que as medidas socioeducativas (re)instituam direitos, interrompam a trajetória infracional e permitam aos adolescentes a inclusão social, educacional, cultural e profissional, criando oportunidades de construção de projetos de autonomia e emancipação cidadã.
A internação provisória tem como principal característica sua natureza cautelar, destinada ao adolescente em período de apuração de processo de ato infracional, não se constituindo especificamente uma medida socioeducativa, embora possua de igual modo caráter pedagógico. Seu prazo máximo é de, preferencialmente, quarenta e cinco dias e o tempo de permanência do adolescente depende de decisão judicial, ou seja, o adolescente pode ser liberado a qualquer momento deste período, ao ser absolvido judicialmente ou receber medida socioeducativa em meio aberto, semiaberto ou fechado.
Na Internação Provisória são ofertados aos adolescentes atividades de escolarização, esporte, lazer e cultura. O nível de escolaridade, apontado no artigo 36 item IV deve ser considerado no ato da formação das turmas, no que concerne a Fase I e II do Ensino Fundamental e Ensino Médio, e em relação as Modalidades de Ensino Regular e EJA.
Na oferta de escolarização na Internação provisória há de se considerar, em primeiro lugar, o fator preponderante de que os adolescentes são oriundos das Modalidades EJA e Ensino Regular, concomitantemente, e não caberia num período provisório, em que ainda não se tem uma definição judicial de cumprimento ou não de medida socioeducativa, a transferência compulsória do adolescente, ou mesmo a realização de matrícula, sendo que haveria logo a seguir a descontinuidade do processo.
Com vistas a garantir o direito à escolarização cabe à Unidade de Internação Provisória:
• Garantir a continuidade dos estudos para adolescentes com matrícula escolar
• Indicar ou referenciar o processo de inclusão escolar do adolescente que se encontra em situação de evasão.
A partir da necessidade de alinhamento, prevista pelo SINASE (BRASIL, 2012), o Programa de Atendimento tornou-se obrigatório. Todo a proposta do programa é calcada na missão institucional de garantir o cumprimento da política de atendimento especial ao adolescente autor de ato infracional em restrição de liberdade, de forma articulada, promovendo o seu desenvolvimento pessoal e social a partir da valorização de suas potencialidades e habilidades.
Tal missão articula-se ao disposto no ECA (1990) sobre a medida de semiliberdade, que indica sua aplicação tanto como primeira medida como por progressão, sendo obrigatório a escolarização e a profissionalização, podendo realizar atividade preferencialmente junto à comunidade sem autorização judicial. As atividades externas são intrínsecas a medida socioeducativa de semiliberdade, visando que o jovem preserve os vínculos familiares e comunitários, fortalecendo os aspectos positivos e modificando os negativos.
Conforme prerrogativa do ECA (BRASIL, 1990) e SINASE (BRASIL, 2012), o presente programa apresenta os objetivos a serem alcançados gerais e específicos, o marco conceitual e legal, o marco situacional, o marco operacional e as estratégias de monitoramento e avaliação, considerando os eixos de trabalho de saúde, assistência religiosa, diversidade étnico-racial, sexualidade e gênero, família e educação, articulação com a rede de atendimento, educação, profissionalização e trabalho, esporte, cultura e lazer e segurança.
Referências:
http://www.dease.pr.gov.br/arquivos/File/programaatendimentodease_web_final.pdf
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-mundial-sobre-educacao-para-todos-conferencia-de-jomtien-1990
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-159/alternativas-de-reintegracao-do-menor-infrator-por-meio-da-medida-socioeducativa/

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