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LITERATURA_MODERNISMO PROSA_ JORGE AMADO E ERICO VERISSIMO

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A PROSA REGIONALISTA DA GERAÇÃO DE 30: JORGE AMADO E ÉRICO VERÍSSIMO 
NA IMAGEM:
- Rachel de Queiroz
- Gilberto Freyre
- Jorge Amado
- Graciliano Ramos
- Érico Veríssimo
- José Américo de 
Almeida
- José Lins do Rêgo
PÁG. 70 e 71
PÁG. 70 e 71
DISPONÍVEL EM: http://www.jorgeamado.org.br/?page_id=75
JORGE AMADO – SINTESE BIOGRÁFICA 
PÁG. 71
http://www.jorgeamado.org.br/?page_id=75
✓ Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912 em Itabuna, Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João
Amado de Faria e de Eulália Leal Amado. Fez estudos secundários em Salvador. Neste período, começou
a trabalhar em jornais e a participar da vida literária, fundou a Academia dos Rebeldes.
✓ Em 1932, aos 19 anos, publicou seu primeiro romance, O país do carnaval. Casou-se, teve uma filha, Lila,
e viu mais livros seus serem publicados. A obra Cacau, por sinal, foi publicada enquanto o baiano estava
preso no período do Estado Novo. No entanto, é durante uma viagem para o exterior que um de seus
grandes sucessos, Capitães da Areia, é publicado. Após a publicação do livro, e de seu retorno ao Brasil,
Jorge Amado é novamente preso. Além da prisão, viu vários de seus exemplares serem queimados sob
ordem militar, por considerarem em tom revolucionário. Separou-se da esposa Matilde Garcia Rosa.
✓ Em 1945, elegeu-se deputado, o mais votado em São Paulo, pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi o
autor da lei que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Casou-se com a anarquista e escritora
Zélia Gattai, filha de imigrantes italianos.
✓ Em 1947, nasceu João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e seus membros
perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família na França, onde ficou até 1950. Em
1949, morre sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu em Praga, onde nasceu a filha Paloma.
✓ Em 1955, afastou-se da política e dedicou-se apenas à literatura. Em 1961, foi eleito para a Academia
Brasileira de Letras. Mas só em 1995, foi mundialmente reconhecido com o prêmio Camões.
✓ Jorge Amado morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e suas
cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas, no dia em que completaria 89
anos.
PÁG. 72 a 81
O REFERENCIAL TEMÁTICO DA OBRA DE JORGE AMADO
1 – O ativista social:
A obra de Jorge Amado em nível internacional foi recebida do
ponto de vista do seu ativismo político como denunciador das
injustiças sociais. Na França, onde seus livros começaram a ser
traduzidos a partir de 1930, o exílio o pôs em contato com
intelectuais estrangeiros de esquerda, que foram
determinantes para a circulação do seu trabalho na Europa.
Na Alemanha Oriental surgiram as primeiras traduções, em
1950, sagrando-o como um dos autores estrangeiros mais lidos,
com traduções em 52 línguas e quase todos os livros
traduzidos.
Ao receber o Prêmio Stalin em 1951, Amado sedimentou sua
carreira no Leste Europeu, passando a ser percebido e
celebrado em todo o mundo como um dos principais autores
internacionais a denunciar as mazelas do capitalismo.
PÁG. 72 a 81
2 – O projeto político, ideológico e
sociocultural
Política, Cultura e Sociedade em debate:
Amado e a contundente crítica ao Estado,
ao latifúndio, ao coronelismo e ao poder
político. O Brasil real das armadilhas
políticas dos coronéis; dos preconceitos
sociais e da má distribuição de renda. As
representações identitárias vinculadas à
dinâmica do processo histórico-cultural,
através do qual vão emergindo
socialmente as vozes de classe, gênero e
etnia, marginalizadas e espoliadas,
submetidas ao pensamento e às práticas
dominantes.
PÁG. 72 a 81
PÁG. 72 a 81
3 - Jorge Amado e o sincretismo religioso
A abordagem das mais diversificadas manifestações
de religiosidade presentes na obra do escritor
baiano.
Lembramos que o Brasil deve o direito de liberdade
religiosa a Amado que foi o autor da lei (da
liberdade religiosa) aprovada em 1945, quando foi
eleito o deputado federal mais votado no país.
As discussões pertinentes a essa vertente temática
visam discutir a presença do sincretismo religioso
que forma a identidade não só da Bahia, bem como
do Brasil de um modo geral.
PÁG. 72 a 81
PÁG. 72 a 81
4 - O mundo feminino e o erotismo
A imagem da mulher na obra de Jorge Amado
foi amplamente discutida pelos críticos, mas
essa discussão parece ser unilateral, visto que
elas são vistas apenas como um objeto sexual.
Vários romances de Amado com títulos
femininos, destacando a figura feminina,
indicam que por traz da escolha do título
existia outro motivo: a erotização da mulher
MADE IN BRAZIL, a mulata do agreste,
sensual, permissiva e de fácil acesso,
principalmente, aos estrangeiros.
A mulher morena é sempre descrita pelo
sensualismo e prostituição.
A branca como senhora onipotente.
Novela da Rede GloboPÁG. 72 a 81
Essa temática da obra de
Jorge Amado conheceu
inúmeras adaptações, seus
livros foram traduzidos para
49 idiomas, existindo
também exemplares em
braile e em formato de
audiobook.
Também tem versões para a
música, o cinema, teatro e
televisão, além de ter sido
tema de escolas de samba
em várias partes do Brasil.
Tornou Jorge Amado um
BEST SELLER!
Novela e Minissérie da Globo
PÁG. 72 a 81
PÁG. 72 a 81
5 - Jorge Amado e a mídia
Discute-se a relevância da mídia na difusão da
obra de Jorge Amado. Com interesse particular
para os estratos intermidiáticos que enlaçam a
produção do autor. Acolhendo trabalhos de
pesquisa nas várias mídias e linguagens
analógicas ou digitais: Revistas, HQ, Bricolagem
visuais, Cartazes, Imagens e pictografias de
capas das obras e outros, Cinema e outros
audiovisuais, E-books, Radiofônicos e
Sonoridades diversas (músicas, gravações etc),
Performances, Espetáculos Cênicos dentre
quaisquer dispositivos que se “apropriem” da
traduzibilidade dos textos de Jorge Amado para
outros sistemas de signos.
Disponível em Telecine PÁG. 72 a 81
ÉRICO VERÍSSIMO: O TEMPO E A MEMÓRIA
PÁG. 82
ÉRICO VERÍSSIMO (1905-1975)
✓ Érico Lopes Veríssimo nasceu no interior do Rio Grande do Sul, no município de Cruz Alta, no dia
17 de dezembro de 1905, é possivelmente o maior escritor gaúcho de todos os tempos.
✓ Seus pais, Sebastião Veríssimo da Fonseca e Abegahy Lopes, provinham de família abastada e
tradicional. Contudo, perderam grande parte dos bens, motivo pelo qual Érico começou a
trabalhar na juventude para ajudar sua família.
✓ Desde cedo já era claro seu interesse pela literatura. Chegou a ler diversos clássicos brasileiros
como: Aluísio de Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato,
Coelho Neto, Oswald de Andrade e Mario de Andrade.
✓ Foi leitor também de escritores estrangeiros como Leon Tolstoi, Balzac, Proust, Émile Zola,
Dostoievski, Oscar Wilde, Friedrich Nietzsche, Aldous Huxley e Eça de Queirós.
✓ Estudou no Colégio Elementar Venâncio Aires e, em 1920, muda-se para Porto Alegre. Na capital,
esteve matriculado no Colégio Interno Protestante Cruzeiro do Sul.
✓ A separação de seus pais, em 1922, o leva a trabalhar desde cedo como balconista numa
seguradora e mais tarde, no Banco Nacional do Comércio.
✓ Érico falece dia 29 de novembro de 1975, com 69 anos, em Porto Alegre, vítima de infarto.
PÁG. 82 e 83
AS FASES LITERÁRIAS DE ÉRICO VERÍSSIMO
A primeira fase de Veríssimo – romance urbano
Clarissa é o marco da primeira fase de Érico
Veríssimo. Porto Alegre vira seu cenário e o perfil
psicológico da personagem é dissecado ao longo da
obra.
Os romances dessa fase descrevem os costumes da
elite e o cotidiano da sociedade gaúcha.
Uma análise social completa do drama, retratando as
diferenças socioeconômicas, sem deixar de lado o
lirismo e o psicologismo.
Compõem essa fase: Clarissa (1933); Caminhos
Cruzados (1935; Música ao Longe (1936) , Um Lugar
ao Sol (1936) e Olhai os Lírios no Campo (1938).
PÁG. 82 e 83
A segunda fase: investigação histórica
Na conclusão do romance O Resto é Silêncio,
anunciam-se as linhas gerais de sua próxima fase: a
investigação histórica.É nessa fase que Érico Veríssimo explora seu lado
investigativo, tem como mira a história e o passado
sul-rio-grandense, em O Tempo e o Vento, romance
histórico de caráter regionalista.
A trilogia retrata em uma linguagem épica o
patriarcado existente no RS à época: O Continente
(1949); O Retrato ( 1951) e O Arquipélago (1961).
PÁG. 86
Filme: "O Tempo e o Vento (2012)"
O TEMPO E O VENTO – 1949 a 1961 
MISTURANDO FICÇÃO COM REALIDADE, A OBRA DESTACA-SE PELA REFERÊNCIA HISTÓRICA 
NA FORMAÇÃO DO SUL DO BRASIL
LIVRO 1: O CONTINENTE
ANA TERRA
• Dividido em dois volumes, a história parte do nascimento de Pedro Missioneiro, um
menino mestiço de índio e branco que desaparece em um cavalo quando as forças
portuguesas estão prestes à invadir Sete Povos das Missões, 1745, e só reaparece já
adulto.
• Posteriormente, aventureiros sorocabanos vão ao sul da região, o qual chamam de
continente, em busca de terras férteis. Entre os emigrantes está a família Terra, que torna-
se o centro da história na formação do Estado.
• Ana Terra, filha dos paulistas de Sorocaba, Henriqueta e Maneco Terra, se apaixona e
engravida do índio Pedro Missioneiro. No momento em que seu pai descobre a gravidez,
ordena que os irmãos de Ana matem Pedro.
• Quando os espanhóis invadem a fazenda da família Terra e matam seu pai e um de seus
irmãos, Ana muda-se para Santa Fé, local onde sucederá todo o resto da história.
LIVRO 1: O CONTINENTE
Um certo Capitão Rodrigo
Este é o capítulo que retrata a imagem do homem gaúcho
forte com as típicas características de ser também
destemido e bravo. A personagem que o figura é a do
capitão Rodrigo Cambará, o protagonista.
Assim que chega, logo de cara conhece Juvenal Terra, que
o responde de forma curta e grossa. No entanto não
serão rivais já que o Capitão Rodrigo se apaixona
perdidamente por Bibiana Terra, irmã de Juvenal. Logo,
eles tornam-se cunhados.
O capitão Rodrigo a conquistou vencendo um duelo com
Bento Amaral, filho do coronel Ricardo Amaral, que era
rico e era pretendente de Bibiana.
A união de Rodrigo Cambará e de Bibiana Terra
representa a união de duas das famílias que serão
responsáveis, principalmente, pela formação do Rio
Grande do Sul.
Filme: "O Tempo e o Vento (2012)"
Livro 2 – O Retrato
Este é o segundo romance da saga e nele retrata-se a
decadência social em Santa Fé na virada do séc. XX
por motivações e joguetes políticos. Aos poucos
Santa Fé foi perdendo o caráter rural e ficando mais
urbana.
Rodrigo Terra Cambará (bisneto do capitão Rodrigo)
resolveu voltar à Santa Fé, sua terra natal, depois de
um tempo estudando para ser médico em Porto
Alegre.
Vemos nele a transformação de um homem. Ele era
culto, médico com costumes requintados e torna-se
um gaúcho machão, violento e com incontroláveis
ímpetos sexuais. Filme: "O Tempo e o Vento (2012)"
Livro 3: O Arquipélago
Nessa última parte da trilogia O TEMPO E O VENTO,
vemos a desintegração das famílias originárias e das
pessoas. Aos poucos a decadência dos estancieiros deixa
lugar para os imigrantes.
Rodrigo Cambará chegou a ser deputado federal
republicano. Mais uma vez é forte a mistura de
personagens reais com fictícios. Em “O Arquipélago”
temos a presença de Getúlio Vargas, Osvaldo Aranha e
Luís Carlos Prestes junto aos personagens fictícios da obra.
A família Terra Cambará, até então somente tinha poder
local, adquire influência a nível nacional. Com o fim do
Estado Novo, Rodrigo doente e derrotado politicamente
luta para não morrer na cama considerando que
“Cambará macho não morre na cama”.
A trilogia termina de forma metalinguística sendo
encerrada da mesma forma que começou.
Mayana Moura e Igor Rickli. Bolívar é
filho de Bibiana e Capitão Rodrigo em O
Tempo e o Vento, 2012.
A terceira fase: o romance político
O regionalismo é substituído pelo universalismo.
Com a carreira consolidada, o autor dedica essa terceira
fase para um viés mais político e satírico, trata-se de
uma literatura engajada.
Escrita durante a ditadura militar, retratava uma
denúncia do autoritarismo.
Além disso, denunciava-se também a violação aos
direitos humanos do período, o objetivo do autor era
aliar os causos de guerra e racismo que predominavam
no período.
O Senhor Embaixador (1965); O Prisioneiro (1967) e
Incidente em Antares (1971).
01. Na construção da personagem “velha Totonha”, é possível identificar traços que revelam
marcas do processo de colonização e de civilização do país. Considerando o texto acima, infere-
se que a velha Totonha
a) tira o seu sustento da produção da literatura, apesar de suas condições de vida e de
trabalho, que denotam que ela enfrenta situação econômica muito adversa.
b) compõe, em suas histórias, narrativas épicas e realistas da história do país colonizado, livres
da influência de temas e modelos não representativos da realidade nacional.
c) retrata, na constituição do espaço dos contos, a civilização urbana europeia em
concomitância com a representação literária de engenhos, rios e florestas do Brasil.
d) aproxima-se, ao incluir elementos fabulosos nos contos, do próprio romancista, o qual
pretende retratar a realidade brasileira de forma tão grandiosa quanto a europeia.
e) imprime marcas da realidade local a suas narrativas, que têm como modelo e origem as
fontes da literatura e da cultura europeia universalizada.
PÁG. 65
QUESTÕES PARA REVISÃO
01. Na construção da personagem “velha Totonha”, é possível identificar traços que revelam
marcas do processo de colonização e de civilização do país. Considerando o texto acima, infere-
se que a velha Totonha
a) tira o seu sustento da produção da literatura, apesar de suas condições de vida e de
trabalho, que denotam que ela enfrenta situação econômica muito adversa.
b) compõe, em suas histórias, narrativas épicas e realistas da história do país colonizado, livres
da influência de temas e modelos não representativos da realidade nacional.
c) retrata, na constituição do espaço dos contos, a civilização urbana européia em
concomitância com a representação literária de engenhos, rios e florestas do Brasil.
d) aproxima-se, ao incluir elementos fabulosos nos contos, do próprio romancista, o qual
pretende retratar a realidade brasileira de forma tão grandiosa quanto a européia.
e) imprime marcas da realidade local a suas narrativas, que têm como modelo e origem as
fontes da literatura e da cultura européia universalizada.
PÁG. 65
Leia o fragmento de texto para responder a questão a seguir.
Chegou a desolação da primeira fome. Vinha seca e trágica, surgindo no fundo sujo dos sacos vazios, na
descarnada nudez das latas raspadas.
- Mãezinha, cadê a janta?
- Cala a boca, menino! Já vem!
- Vem lá o quê!...
Angustiado, Chico Bento apalpava os bolsos... nem um triste vintém azinhavrado...
Lembrou-se da rede nova, grande e de listras que comprara em Quixadá por conta do vale de Vicente.
Tinha sido para a viagem. Mas antes dormir no chão do que ver os meninos chorando, com a barriga
roncando de fome.
Estavam já na estrada do Castro. E se arrancharam debaixo dum velho pau-branco seco, nu e retorcido, a
bem dizer ao tempo, porque aqueles cepos apontados para o céu não tinham nada de abrigo.
O vaqueiro saiu com a rede, resoluto:
- Vou ali naquela bodega, ver se dou um jeito...
Voltou mais tarde, sem a rede, trazendo uma rapadura e um litro de farinha:
- Tá aqui. O homem disse que a rede estava velha, só deu isso, e ainda por cima se fazendo de
compadecido...
Faminta, a meninada avançou; e até Mocinha, sempre mais ou menos calada e indiferente, estendeu a
mão com avidez.
(QUEIROZ, Rachel de. O Quinze. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1979, p. 33).
02. "O Quinze", romance de estreia de Rachel de Queiroz, publicado em 1930, retrata a intensa seca
que marcou o ano de 1915 no sertão cearense. Considerando o fragmento apresentado, é CORRETO
afirmar:
a) Ainda que publicado no início da década de 30, momento de intensas mudanças políticas e
culturais no país, o romance liga-se estética e tematicamente às propostas literárias da primeira
geração modernista.b) Na narrativa, estreitamente ligada às propostas de denúncia social dos regionalistas de 30,
destacam-se o drama da seca, a miséria e a degradação humana, marcantes em cenas como a
do fragmento citado.
c) Apesar de se referir à seca que marcou o ano de 1915, o romance coloca em primeiro plano a
violência e o desrespeito que marcam as relações sociais, independente das condições
climáticas; exemplo disso é a relação de espoliação entre Chico Bento e o homem da bodega.
d) A linguagem utilizada pela autora, para construir o romance, aproxima-se da oralidade,
conforme se vê no fragmento. Tal recurso é utilizado para se contrapor à escrita extremamente
rebuscada de alguns modernistas da primeira geração, como Oswald de Andrade.
e) O fragmento apresenta um discurso moralizante, recorrente nos romances da segunda geração
modernista, e destaca o drama vivido pela família de Chico Bento, diante das dificuldades de
sobrevivência.
02. "O Quinze", romance de estreia de Rachel de Queiroz, publicado em 1930, retrata a intensa seca
que marcou o ano de 1915 no sertão cearense. Considerando o fragmento apresentado, é CORRETO
afirmar:
a) Ainda que publicado no início da década de 30, momento de intensas mudanças políticas e
culturais no país, o romance liga-se estética e tematicamente às propostas literárias da primeira
geração modernista.
b) Na narrativa, estreitamente ligada às propostas de denúncia social dos regionalistas de 30,
destacam-se o drama da seca, a miséria e a degradação humana, marcantes em cenas como a
do fragmento citado.
c) Apesar de se referir à seca que marcou o ano de 1915, o romance coloca em primeiro plano a
violência e o desrespeito que marcam as relações sociais, independente das condições
climáticas; exemplo disso é a relação de espoliação entre Chico Bento e o homem da bodega.
d) A linguagem utilizada pela autora, para construir o romance, aproxima-se da oralidade,
conforme se vê no fragmento. Tal recurso é utilizado para se contrapor à escrita extremamente
rebuscada de alguns modernistas da primeira geração, como Oswald de Andrade.
e) O fragmento apresenta um discurso moralizante, recorrente nos romances da segunda geração
modernista, e destaca o drama vivido pela família de Chico Bento, diante das dificuldades de
sobrevivência.
03. (UEL) Sobre o romance Fogo Morto, de José Lins do Rêgo, assinale a alternativa correta:
A) Caracteriza-se como uma obra memorialista, pois a personagem central, mestre José Amaro, narra a
sua história pessoal, enfatizando os problemas que o mundo capitalista traz para o homem.
B) Embora tenha sido escrito na década de 1930, quando o movimento modernista já havia operado
uma revolução na literatura, o romance é bastante convencional, sobretudo na caracterização da
paisagem e do homem nordestino, aproximando-se da visão de mundo romântica.
C) Apresenta uma visão saudosa da realidade política, econômica e social do Nordeste da primeira
metade do século XX, bem como uma visão pitoresca do espaço enfocado.
D) O uso do discurso indireto livre é um dos procedimentos de construção narrativa mais significativos
do romance, na medida em que permite a diversidade de olhares sobre uma dada realidade e, ao
mesmo tempo, auxilia no processo de aprofundamento do drama psicológico vivenciado pelas
personagens.
E) Faz um retrato fotográfico da realidade nordestina, afastando-se do ficcional, uma vez que parte de
fatos que realmente existiram e que podem ser comprovados, como a decadência dos engenhos de
açúcar e a Guerra de Canudos.
PÁG. 63
03. (UEL) Sobre o romance Fogo Morto, de José Lins do Rêgo, assinale a alternativa correta:
A) Caracteriza-se como uma obra memorialista, pois a personagem central, mestre José Amaro, narra a
sua história pessoal, enfatizando os problemas que o mundo capitalista traz para o homem.
B) Embora tenha sido escrito na década de 1930, quando o movimento modernista já havia operado
uma revolução na literatura, o romance é bastante convencional, sobretudo na caracterização da
paisagem e do homem nordestino, aproximando-se da visão de mundo romântica.
C) Apresenta uma visão saudosa da realidade política, econômica e social do Nordeste da primeira
metade do século XX, bem como uma visão pitoresca do espaço enfocado.
D) O uso do discurso indireto livre é um dos procedimentos de construção narrativa mais
significativos do romance, na medida em que permite a diversidade de olhares sobre uma dada
realidade e, ao mesmo tempo, auxilia no processo de aprofundamento do drama psicológico
vivenciado pelas personagens.
E) Faz um retrato fotográfico da realidade nordestina, afastando-se do ficcional, uma vez que parte de
fatos que realmente existiram e que podem ser comprovados, como a decadência dos engenhos de
açúcar e a Guerra de Canudos.
PÁG. 63
GABARITO: D
PÁG. 88
PÁG. 88
GABARITO: C
PÁG. 88
PÁG. 88
GABARITO: D
PÁG. 88
PÁG. 88
GABARITO: D
GABARITO: B
Capitães de Areia – Jorge Amado
Sinopse: Capitães de Areia era o nome dado a um grupo de meninos marginalizados que viviam do furto na
“cidade alta”, em Salvador. Atrevidos, malandros, espertos, moravam todos escondidos em um trapiche
(armazém abandonado) sujo e infestado de ratos, que no passado fora um local movimentado. Nunca
ninguém havia mencionado na literatura esse grupo de arruaceiros que engenhosamente desafiava as
autoridades, roubando da classe privilegiada e dividindo o produto do crime entre seus camaradas
subnutridos.
Questões sobre o livro Capitães de Areia:
05. (ITA) Sobre o romance “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, é INCORRETO afirmar que:
a) se trata de um livro cuja personagem central é coletiva, um grupo de meninos de rua, e isso o aproxima de
“O cortiço”, de Aluísio Azevedo.
b) as principais personagens masculinas são Pedro Bala, Sem Pernas, Volta Seca, Pirulito e Professor, e a figura
feminina central é Dora.
c) há uma certa herança naturalista, visível na precoce e promíscua vida sexual dos adolescentes.
d) os vestígios românticos aparecem em algumas cenas de jogos e brincadeiras infantis e na caracterização de
Dora.
e) todos os meninos acabam encontrando um bom rumo na vida, apesar das dificuldades.
Capitães de Areia – Jorge Amado
Sinopse: Capitães de Areia era o nome dado a um grupo de meninos marginalizados que viviam do furto na
“cidade alta”, em Salvador. Atrevidos, malandros, espertos, moravam todos escondidos em um trapiche
(armazém abandonado) sujo e infestado de ratos, que no passado fora um local movimentado. Nunca
ninguém havia mencionado na literatura esse grupo de arruaceiros que engenhosamente desafiava as
autoridades, roubando da classe privilegiada e dividindo o produto do crime entre seus camaradas
subnutridos.
Questões sobre o livro Capitães de Areia:
05. (ITA) Sobre o romance “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, é INCORRETO afirmar que:
a) se trata de um livro cuja personagem central é coletiva, um grupo de meninos de rua, e isso o aproxima de
“O cortiço”, de Aluísio Azevedo.
b) as principais personagens masculinas são Pedro Bala, Sem Pernas, Volta Seca, Pirulito e Professor, e a figura
feminina central é Dora.
c) há uma certa herança naturalista, visível na precoce e promíscua vida sexual dos adolescentes.
d) os vestígios românticos aparecem em algumas cenas de jogos e brincadeiras infantis e na caracterização de
Dora.
e) todos os meninos acabam encontrando um bom rumo na vida, apesar das dificuldades.
Nem todos os meninos tiveram sucesso na vida, por exemplo o Sem Pernas morreu em uma perseguição policial.
PÁG. 66
PÁG. 66GABARITO: E
01. (PUCCAMP) Um espelhamento multiplicativo e fragmentário da vida moderna já está representado nos
manifestos do modernismo de 22, nos quais Mário de Andrade e Oswald de Andrade defendiam, em
linguagem recortada, pontos revolucionários de uma nova estética, de que é exemplo este fragmento do
Manifesto Antropófago:
A) Não me importa a beleza: quero distrair-me com aventuras, duelos , viagens, odisseias, questões em
que os bons triunfam e os malvados acabempor ser devidamente justiçados.
B) Sou pouco afeiçoado à natureza, que em mim se reduz quase que a uma paisagem moral, íntima, em
dois ou três tons, só que latejante em todas as suas partículas.
C) Penso que a poesia deve propor não só um conhecimento mas ainda uma transfiguração da condição
humana, elevando-nos a um plano espiritual cada vez mais alto.
D) Enfim, a poesia é revolucionária graças à sua essência cristã, essência cristã que sempre existiu mesmo
nos verdadeiros poetas anteriores a Cristo.
E) As migrações. A fuga dos estados tediosos. Contra as escleroses urbanas. Contra os Conservatórios e o
tédio especulativo
PÁG. 93
ENEM VESTIBULARES
01. (PUCCAMP) Um espelhamento multiplicativo e fragmentário da vida moderna já está representado nos
manifestos do modernismo de 22, nos quais Mário de Andrade e Oswald de Andrade defendiam, em
linguagem recortada, pontos revolucionários de uma nova estética, de que é exemplo este fragmento do
Manifesto Antropófago:
A) Não me importa a beleza: quero distrair-me com aventuras, duelos , viagens, odisseias, questões em
que os bons triunfam e os malvados acabem por ser devidamente justiçados.
B) Sou pouco afeiçoado à natureza, que em mim se reduz quase que a uma paisagem moral, íntima, em
dois ou três tons, só que latejante em todas as suas partículas.
C) Penso que a poesia deve propor não só um conhecimento mas ainda uma transfiguração da condição
humana, elevando-nos a um plano espiritual cada vez mais alto.
D) Enfim, a poesia é revolucionária graças à sua essência cristã, essência cristã que sempre existiu mesmo
nos verdadeiros poetas anteriores a Cristo.
E) As migrações. A fuga dos estados tediosos. Contra as escleroses urbanas. Contra os Conservatórios e
o tédio especulativo
PÁG. 93
3 de Maio
Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é descoberta
Das coisas que eu nunca vi
Oswald de Andrade
Questão nº 07
02. Assinale a alternativa correta sobre a vida e a obra do poeta Oswald de Andrade (1890-1954).
a) Dedicou-se exclusivamente à feitura de poemas líricos ao longo de sua extensa obra literária.
b) A paródia é um recurso usado em sua poesia, como atesta o poema “Canto do regresso à pátria”.
c) Aderiu tardiamente ao movimento modernista por ter se assumido como seguidor das ressalvas 
ao modernismo formuladas por Monteiro Lobato.
d) Escreveu os seguintes romances de realismo social engajado: O Quinze e Vidas Secas.
e) Demonstrou em sua poesia um desinteresse pela nossa cultura e pelo português brasileiro, 
preferindo emular fielmente as vanguardas francesas.
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3 de Maio
Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é descoberta
Das coisas que eu nunca vi
Oswald de Andrade
Questão nº 07
02. Assinale a alternativa correta sobre a vida e a obra do poeta Oswald de Andrade (1890-1954).
a) Dedicou-se exclusivamente à feitura de poemas líricos ao longo de sua extensa obra literária.
b) A paródia é um recurso usado em sua poesia, como atesta o poema “Canto do regresso à 
pátria”.
c) Aderiu tardiamente ao movimento modernista por ter se assumido como seguidor das ressalvas 
ao modernismo formuladas por Monteiro Lobato.
d) Escreveu os seguintes romances de realismo social engajado: O Quinze e Vidas Secas.
e) Demonstrou em sua poesia um desinteresse pela nossa cultura e pelo português brasileiro, 
preferindo emular fielmente as vanguardas francesas.
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3 de Maio
Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é descoberta
Das coisas que eu nunca vi
Oswald de Andrade
Questão nº 07
03. Assinale a alternativa correta.
a) O poema é uma radical defesa da oralidade literária, pois o verso Das coisas que eu nunca vi (v.3) 
é entendido pelo leitor como “Das coisas que eu nunca li”.
b) A referência à infância no primeiro verso e o próprio título do poema afastam qualquer 
possibilidade de metalinguagem.
c) A crítica elitista contra modos de pensamento inovadores assume em “3 de Maio” uma 
acentuada expressão.
d) A ausência de complexidade formal do poema impede-o de ser considerado um exemplar típico 
da primeira fase modernista.
e) A poesia nos propõe uma visão renovada da experiência do mundo, revelando facetas daquilo 
que não estava evidente em um primeiro olhar.
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3 de Maio
Aprendi com meu filho de dez anos
Que a poesia é descoberta
Das coisas que eu nunca vi
Oswald de Andrade
Questão nº 07
03. Assinale a alternativa correta.
a) O poema é uma radical defesa da oralidade literária, pois o verso Das coisas que eu nunca vi (v.3) 
é entendido pelo leitor como “Das coisas que eu nunca li”.
b) A referência à infância no primeiro verso e o próprio título do poema afastam qualquer 
possibilidade de metalinguagem.
c) A crítica elitista contra modos de pensamento inovadores assume em “3 de Maio” uma 
acentuada expressão.
d) A ausência de complexidade formal do poema impede-o de ser considerado um exemplar típico 
da primeira fase modernista.
e) A poesia nos propõe uma visão renovada da experiência do mundo, revelando facetas daquilo 
que não estava evidente em um primeiro olhar.
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04. Os comentários a seguir foram publicados na imprensa por ocasião da morte de um famoso romancista
brasileiro. Analise-os.
1) "Mais do que qualquer outro autor, ele deixou um legado literário, detentor de enorme carisma. Suas
tramas parecem puxar um prazeroso fio condutor de imagens que remetem às praias, ladeiras e paisagem
humana, gente, mitos africanos e sabores de seu estado natal." (Schneider Carpegiani /JC)
2) "Apesar de estar o autor situado dentro do Romance Regional de 30, esse gênero não o limita, pois é um
enorme guarda-chuva, abarcando várias facções. Diferente dos demais autores desta fase, suas narrativas
trazem uma mínima tensão entre mundo e personagem. Estes se resolvem bem, sabendo adaptar-se às
situações." (Lourival de Holanda / UFPE)
3) "Quem nasceu primeiro, a mulher brasileira, tal como é divulgada, ou essa imagem retratada em vários
personagens desse criador admirado pelas suas criaturas adoráveis, sensuais, brejeiras, que viraram mulheres-
símbolos de uma nação cuja variedade racial é a maior característica?" (Flávia de Gusmão /JC)
O autor em questão é:
a) José Lins do Rego
b) Gilberto Freyre
c) Jorge Amado
d) Guimarães Rosa
e) Graciliano Ramos
04. Os comentários a seguir foram publicados na imprensa por ocasião da morte de um famoso romancista
brasileiro. Analise-os.
1) "Mais do que qualquer outro autor, ele deixou um legado literário, detentor de enorme carisma. Suas
tramas parecem puxar um prazeroso fio condutor de imagens que remetem às praias, ladeiras e paisagem
humana, gente, mitos africanos e sabores de seu estado natal." (Schneider Carpegiani /JC)
2) "Apesar de estar o autor situado dentro do Romance Regional de 30, esse gênero não o limita, pois é um
enorme guarda-chuva, abarcando várias facções. Diferente dos demais autores desta fase, suas narrativas
trazem uma mínima tensão entre mundo e personagem. Estes se resolvem bem, sabendo adaptar-se às
situações." (Lourival de Holanda / UFPE)
3) "Quem nasceu primeiro, a mulher brasileira, tal como é divulgada, ou essa imagem retratada em vários
personagens desse criador admirado pelas suas criaturas adoráveis, sensuais, brejeiras, que viraram mulheres-
símbolos de uma nação cuja variedade racial é a maior característica?" (Flávia de Gusmão /JC)
O autor em questão é:
a) José Lins do Rego
b) Gilberto Freyre
c) Jorge Amado
d) Guimarães Rosa
e) Graciliano Ramos
GAETANINHO
Ali na Rua do Oriente a ralé quando muito andava de bonde. De automóvel ou de carro só
mesmo em dia de enterro. De enterro ou de casamento. Por isso mesmo o sonho de
Gaetaninho era a realização muito difícil. Um sonho. […] — Traga a bola! Gaetaninho saiu
correndo. Antes de alcançar a bola, um bonde o pegou. Pegou e matou. No bonde vinha o pai
do Gaetaninho. A gurizada assustada espalhou a notícia da noite. — Sabe o Gaetaninho? — Que
é que tem? — Amassou o bonde! A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras.
Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Ruado Oriente e Gaetaninho não ia na
boleia de nenhum dos carros do acompanhamento. Ia no da frente, dentro de um caixa fechado
com flores pobres por cima. Ves9a a roupa marinheira, 9nha as ligas, mas não levava a palhinha.
Quem na boleia de um carros do cortejo mirim exibia soberbo terno vermelho que feria a vista
da gente era o Beppino.
MACHADO, A. A. Brás, Bexiga e Barra Funda: notícias de São Paulo. Belo Horizonte; Rio de
Janeiro: Vila Rica, 1994.
05. Pela temática e linguagem observadas em Gaetaninho, podemos associar o autor, Alcântara Machado,
a uma das correntes estéticas que se difundiram após a Semana de Arte Moderna, separando os
participantes do movimento por suas ideologias. Nesse sentido Brás, Bexiga e Barra Funda é uma obra de
estilo:
a) Concretista em que se usa vários recursos, como o acústico, o visual, a carga semântica, o espaço
tipográfico e a disposição geométrica dos vocábulos da página.
b) Verde-amarelista que propunha um nacionalismo puro, sem interferência de características europeias,
com tendências nativistas.
c) Antropofágica, movimento liderado por Oswald de Andrade, que reafirma os valores nacionalistas,
dessa vez incorporando, ou devorando, as influências estrangeiras, principalmente, no uso de uma "língua
literária" "não-catequizada".
d) Pau-Brasil, por seu idealizador, Oswald de Andrade, desejar que a poesia brasileira se tornasse um
produto cultural de exportação.
e) Tipo “Clã do Jabuti”, de Mário de Andrade, cuja poesia está pautada nas nossas riquíssimas tradições
populares e folclóricas.
05. Pela temática e linguagem observadas em Gaetaninho, podemos associar o autor, Alcântara Machado,
a uma das correntes estéticas que se difundiram após a Semana de Arte Moderna, separando os
participantes do movimento por suas ideologias. Nesse sentido Brás, Bexiga e Barra Funda é uma obra de
estilo:
a) Concretista em que se usa vários recursos, como o acústico, o visual, a carga semântica, o espaço
tipográfico e a disposição geométrica dos vocábulos da página.
b) Verde-amarelista que propunha um nacionalismo puro, sem interferência de características europeias,
com tendências nativistas.
c) Antropofágica, movimento liderado por Oswald de Andrade, que reafirma os valores nacionalistas,
dessa vez incorporando, ou devorando, as influências estrangeiras, principalmente, no uso de uma
"língua literária" "não-catequizada".
d) Pau-Brasil, por seu idealizador, Oswald de Andrade, desejar que a poesia brasileira se tornasse um
produto cultural de exportação.
e) Tipo “Clã do Jabuti”, de Mário de Andrade, cuja poesia está pautada nas nossas riquíssimas tradições
populares e folclóricas.

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