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Orbitais tem simetria cilíndrica em torno do eixo internuclear, chamada de eixo z Portanto significa que o orbital tem simetria cilindrica Temos então os orbitais 2s e 2pz que podem formar ligações Com estes 4 orbitais (2 de cada átomo) pode-se formar 4 OM (2 ligantes e 2 antiligantes): 1g 1u 2g 2u Suas E aproximadas são mostradas no diagrama à esquerda Teoria do Orbital Molecular (TOM) Os dois orbitais 2p restantes em cada átomo, que possui plano nodal no eixo z, se sobrepõe para formar orbitais São formados 4 OM (2 ligantes e 2 antiligantes) pela sobreposição dos orbitais 2px com 2py Este padrão de sobreposição gera 2 pares de níveis de E duplamente degenerados (2 níveis de E com mesma E) indicados por 1u e 1g Teoria do Orbital Molecular (TOM) 3 Ordem de ligação (O.L) Ordem de ligação = 1 para uma ligação simples; Ordem de ligação = 2 para uma ligação dupla; Ordem de ligação = 3 para uma ligação tripla; Atenção: São possíveis ordens de ligação fracionárias. Ordem de ligação = 1 Ordem de ligação = 0 Ordem de ligação = 0,5 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 4 Orbitais Moleculares: Ordem de Ligação (O.L.) O.L. = ½(2-0)=1 1 ligação simples é formada!!! 1 ligação simples é formada!!! O.L. = ½ (n° de e-’s O.M.L.’s - n° de e-’s O.M.A.L.’s) Teoria do Orbital Molecular (TOM) 5 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de H2 Dois orbitais atômicos 1s se combinam para formar dois orbitais moleculares: um orbital ligante (g) e um orbital anti-ligante (u*). HOMO LUMO HOMO: Highest Orbital Molecular Ocuppied LUMO: Lowest Unocuppied Molecular Orbital H (Z = 1): 1s¹ Teoria do Orbital Molecular (TOM) 6 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de H2 HOMO LUMO Ordem de ligação (O.L) = ½ (elétrons ligantes – elétrons anti-ligantes) O.L = ½ (2 – 0) = 1 H2 : 1g 2 ou 1s 2 7 Orbitais Moleculares: Ordem de Ligação (O.L.) O.L. = ½(2-2)=0 Não existe ligação química. 8 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de He2 HOMO O.L = ½ (2 – 2) = 0 He2 : 1g 2 1*u 2 ou 1s 2*1s 2 Portanto a molécula de He2 não existe... He (Z = 2): 1s² Teoria do Orbital Molecular (TOM) 9 Moléculas Diatômicas Homonucleares O.L. = ½(4-2)=1 1 ligação simples é formada!!! Exemplo: Li2 10 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de Li2 O.L = ½ (4 – 2) = 1 Li2 : 1g 2 1*u 2 2g ou 1s 2, *1s 2, 2s 2 LUMO HOMO Li (Z = 3): 1s² 2s¹ Teoria do Orbital Molecular (TOM) 11 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de Be2 O.L = ½ (4 – 4) = 0 Be2 : 1g 2 1*u 2 2g 2*u 2 ou 1s 2, *1s 2, 2s 2, *2s 2 Portanto a molécula de Be2 não existe... HOMO Be (Z = 4): 1s² 2s² Teoria do Orbital Molecular (TOM) 12 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de B2 B (Z = 5): [He]2s² 2p1 Diamagnético Teoria do Orbital Molecular (TOM) 13 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de B2 Maaaaaas...sabemos que o B2 é paramagnético. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 14 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de N2 O.L = ½ (8 – 2) = 3 N (Z = 7): [He]2s² 2p3 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 15 HOMO LUMO O.L = ½ (8 – 4) = 2 Na prática, para se calcular a O.L pode-se considerar apenas os elétrons de valência, negligenciando os elétrons do caroço. Isso porque os elétrons do caroço serão distribuídos, igualmente, entre os orbitais ligantes e anti- ligantes. Assim, sua contribuição será zero. Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de O2 O (Z = 8): [He]2s² 2p4 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 16 O.L = ½ (8 – 6) = 1 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de F2 Geralmente ignoramos os elétrons mais internos nos diagramas de OMs. F (Z = 9): [He]2s² 2p5 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 17 Mistura de orbitais Orbitais com energias similares interagem entre si, caso eles possuam simetria apropriada; Os orbitais σ2p e σ2s são relativamente simétricos e originam dois novos orbitais: um com energia mais alta e outro com energia mais baixa. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 18 Mistura de orbitais Orbitais com mesma simetria se misturam: um orbital de energia mais alta se move para cima e outro orbital de energia mais baixa se move para baixo. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 19 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de B2 Mistura de orbitais Teoria do Orbital Molecular (TOM) 20 Diagrama dos orbitais moleculares da molécula de C2 Paramagnética?X Diamagnética Mistura de orbitais Teoria do Orbital Molecular (TOM) Brown, LeMay, Bursten, Chemistry The Central Science, 2000, page 338 Teoria do Orbital Molecular (TOM) Desde o Li2 até o N2 o arranjo dos orbitais é o mostrado na parte esquerda da figura. Para o O2 e F2 a ordem dos orbitais é invertida, como no lado direito da figura) Teoria do Orbital Molecular (TOM) Esta inversão pode ser atribuída ao aumento da separação (aumento na diferença de E) entre os orbitais 2s e 2p que ocorre ao se ir para à direita ao longo do segundo período, desfavorecendo a mistura dos orbitais (aumenta-se Z* aumenta-se E) Teoria do Orbital Molecular (TOM) Um princípio da mecânica quântica é que a mistura das funções de onda é mais intensa se suas E são mais similares Teoria do Orbital Molecular (TOM) Assim, à medida que E entre s e p aumenta, a mistura de ambos é dificultada e os OM tornam-se mais semelhantes aos orbitais s e p puros Teoria do Orbital Molecular (TOM) O princípio do preenchimento é usado para prever as configurações eletrônicas do estado fundamental, acomodando os e- no conjunto de O.M. apresentados ao lado (com as restrições do Princípio da Exclusão de Pauli) Faz-se com os O.M. exatamente como é feito com os O.A. A ordem de ocupação dos orbitais é a ordem do aumento de E Cada orbital pode ocupar 2e- Se mais do que um orbital estiver disponível (por possuírem E idênticas, como no caso dos pares de orbitais ) então os orbitais são ocupados separadamente Os e- nos orbitais semi-preenchidos adotam spins paralelos ( ) – Regra de Hund para os átomos O Princípio do Preenchimento das Moléculas Por exemplo, a configuração eletrônica do N2, com 10 e- é: 1g 2 1u 2 1u 4 2g 2 Da mesma forma que para os átomos, as configurações são escritas na ordem crescente de E e o número de e- em cada orbital é indicado por um índice superior Obs: 4 é uma notação abreviada para a ocupação de 2 orbitais O OM ocupado de maior E (HOMO) é o último a ser preenchido O OM vazio de menor E (LUMO) é o próximo orbital de maior E O Princípio do Preenchimento das Moléculas O HOMO do F2 é o 1g e seu LUMO é o 2u O HOMO do N2 é o 2g e seu LUMO é o 1g O Princípio do Preenchimento das Moléculas 2s *2s 2p 2p Energia dos Orbitais moleculares O2, F2, Ne2 B2, C2, N2 Aumento da interação 2s – 2p Diferenças no ordenamento entre os níveis de energia dos orbitais são consequência das diferenças de energia dos orbitais atômicos 2s e 2p empregados e no quanto os mesmos se sobrepõem. 2s *2s 2p 2p *2p *2p Grande Interação 2s – 2p Pequena Interação 2s – 2p 2s *2s 2p 2p *2p *2p C2 N2B2 F2 Ne2O2 Ordem de ligação Entalpia de ligação (kJ/mol) Comprimento de Ligação (Å) Comportamento Magnético 1 2 3 2 1 0 290 620 941 495 155 ----- 1.59 1.31 1.10 1.21 1.43 ----- Paramagnetico Diamagnetico Diamagnetico Paramagnetico Diamagnetico _____ 31 TOM e Propriedades Magnéticas da Matéria Teoria do Orbital Molecular (TOM) 32 Magnetismo das Moléculas • Existem dois tipos de comportamento magnético: – paramagnetismo (elétrons desemparelhados na molécula):forte atração entre o campo magnético e a molécula; – diamagnetismo (sem elétrons desemparelhados na molécula): fraca repulsão entre o campo magnético e a molécula 33 • Experimentalmente, o O2 é paramagnético. • A estrutura de Lewis para o O2 não mostra elétrons desemparelhados. • O diagrama de O.M. para o O2 mostra dois elétrons desemparelhados no orbital *2p. • Experimentalmente, o O2 tem uma distância de ligação (1,21 Å) curta e a alta energia de entalpia (495 kJ/mol). Isto sugere uma ligação dupla. • O diagrama de O.M. para o O2 prevê tanto o paramagnetismo como a ligação dupla (ordem de ligação = 2). Magnetismo das Moléculas Procedimentos para a Construção de um Diagrama de Orbital Molecular 1) A partir de N orbitais atômicos (OA) constrói-se N orbitais moleculares (OM) No período 2, N = 8 2) OS 8 OM podem ser classificados em dois conjuntos, de acordo com a simetria: 4 orbitais e 4 orbitais 3) Os 4 orbitais formam um par duplamente degenerado de OL e um par duplamente degenerado de OAL 4) Os 4 orbitais espalham-se sobre um grande faixa de E, sendo um fortemente ligante e outro fortemente antiligante, com dois outros orbitais restantes situados entre os extremos 5) Para se saber a posição exata dos orbitais é necessário usar espectroscopia eletrônica de absorção, fotoeletrônica ou um cálculo detalhado. Este diagrama é usado para as moléculas de F2 e O2 Moléculas Diatômicas do Primeiro Período OL = (1-0)/2 = ½ H2 + OL = (2-0)/2 = 1 H2 + OL = (2-1)/2 = ½ He2 + OL = (2-2)/2 = 0 He2 + OL = (e-lig - e - antilig )/2 36 Maaaaaas... Porque não ocorre mistura de orbitais em moléculas como o O2, F2 e N2? Nesses casos, os orbitais 2s possuem energia muito baixa e não irão interagir com o orbital 2p. Mistura de orbitais Teoria do Orbital Molecular (TOM) 37 Mistura de orbitais Teoria do Orbital Molecular (TOM) 38 Comparação da energia dos orbitais 2s e 2p em função do aumento do número atômico Com o aumento do número atômico, há um aumento da carga nuclear efetiva, o que faz com que os elétrons nos orbitais sejam mais fortemente atraídos e que suas energias são menores. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 39 Comprimento de ligação das Moléculas Diatômicas À medida que os orbitais anti-ligantes são populados, há uma diminuição da ordem de ligação e, consequentemente, do comprimento da mesma. Teoria do Orbital Molecular (TOM) Preenchimento dos orbitais ligantes Preenchimento dos orbitais anti- ligantes 40 Comprimento de Ligação das Moléculas Diatômicas Teoria do Orbital Molecular (TOM) Simplificado Simplificado Diamagnético?? 2g 2u * 3g 1u 1g* 3u * Diagrama de OM do B2 2g 2u * 3g 1u 1g* 3u * B BB2 2s 2s 2g 2u* 2p 2p 3g 3u* 1u 1g* (px,py) HOMO LUMO Paramagnético Diagrama de OM do B2 1g 1u 1g 1g 1u 1g DiamagnéticoParamagnético ?X Diagrama de OM do C2 1g 1u 1g 1g 1u 1g Li2 até N2 O2 e F2 Diagramas gerais de OMS E (Z*) E > E Paramagnético devido à mistura C2 u 2 u 2 (dupla ligação) C2 2-u 2 u 2 g 2(tripla ligação) O2 u 2 u 2 *g 1 *g 1 (dupla ligação) paramagnética O2 2-u 2 u 2 *g 2 *g 2 (simples ligação) diamagnética Orbitais Moleculares do Segundo Período Combinações de Orbitais p (ligante) (ligante) (ligante) (antiligante) (antiligante) (antiligante) • É possível a existência de ligações interatômicas que são parcialmente iônica e parcialmente covalentes. 100.1% 2)(25,0 BA XXeCI Onde: %CI - % de caráter iônico de uma ligação entre dois elementos A e B; XA e XB são as eletronegatividades dos respectivos elementos. OA(2)OA(1) OA(2) OA(1) OA(2) OA(1) OA(2) OA(1) Mais covalente Covalente Polar Ionica Lembre-se que quanto mais próximo os orbitais atômicos estiverem da simetria adequada em energia, mais eles interagem uns com os outros e, mais estável o Orbital Molecular ligante que será formado. Isto significa que à medida que a diferença de eletronegatividade aumenta entre dois átomos, a estabilização conferida pela ligação covalente diminui (e a polaridade da ligação aumenta). Se a diferença de energia das orbitais é suficientemente grande, então a ligação covalente não irá estabilizar a interação dos átomos. Nessa situação, o átomo menos eletronegativo vai perder um elétron para o átomo mais eletronegativo e dois íons serão formados. X < 0.5 : covalente 2 > X > 0.5 : polar X > 2 : ionica Teoria do Orbital Molecular (TOM) Energias relativas de orbitais em interação devem ser semelhantes Interação Forte Interação Fraca Por que os Orbitais Anti-ligantes são Importantes? Lewis, D. Journal of Chemical Education, 1999, 76, 1718. • A transferência de elétrons de um reagente para outro requer a sobreposição de um orbital preenchido (HOMO) e um orbital vazio (LUMO). • Os orbitais precisam estar em fase para se sobrepor. • Se o LUMO estiver inacessível, a reação pode não ocorrer. • Orbitais preenchidos não podem receber elétrons (princípio de exclusão de Pauli). Reações SN2 Esta reação não ocorre porque o orbital anti-ligante é muito impedido. Haletos de alquila primário ou secundário Haletos alquílicos terciários http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/ed076p1718?journalCode=jceda8&quickLinkVolume=76&quickLinkPage=1718&selectedTab=citation&volume=76 Lewis, D. Journal of Chemical Education, 1999, 76, 1718. Reações E2 Antiperiplanar: o orbital ligante da ligação C-H e o orbital anti-ligante da ligação C-Br devem re-hibridizar para formar a ligação π (nota: eles estão em fase). Sinperiplanar: o orbital ligante da ligação C-H e o orbital anti-ligante da ligação C-Br estão fora de fase, portanto eles não podem se sobrepor para formar a ligação π. Por que os Orbitais Anti-ligantes são Importantes? http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/ed076p1718?journalCode=jceda8&quickLinkVolume=76&quickLinkPage=1718&selectedTab=citation&volume=76 Orbitais Ocupados e Desocupados Orbitais ocupados podem ser Orbitais não ligantes ocupados (pares isolados) Orbital ligante de uma ligação σ Orbital ligante de uma ligação π Orbitais desocupados podem ser Orbitais não ligantes desocupados (cátions) Orbital anti-ligante de uma ligação σ Orbital anti-ligante de uma ligação π Lewis, D. Journal of Chemical Education, 1999, 76, 1718. http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/ed076p1718?journalCode=jceda8&quickLinkVolume=76&quickLinkPage=1718&selectedTab=citation&volume=76 57 Moléculas Diatômicas Heteronucleares O nível de energia não é simétrico devido à diferença de eletronegatividade; Os OMs ligantes estão mais próximos dos OMs de menor energia; Os OMs anti-ligantes estão mais próximos dos OMs de maior energia. Se cA cB the OM é composto principalmente de A. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 58 Na ligação covalente polar, o orbital do átomo mais eletronegativo tem a menor energia, logo, contribui mais para o orbital molecular de menor energia. Moléculas Diatômicas Heteronucleares Teoria do Orbital Molecular (TOM) 59 Moléculas Diatômicas Heteronucleares O.L. = ½(10-5)=2,5 Exemplo: NO E n e rg ia OM do NO 2s OA do N 2p *2s 2s 2s OA do O 2p 2p 2p *2p *2s N O 0 0 N O -1 +1 Possíveis estruturas de Lewis Ordem de ligação = 2,5 61 O.L. = ½(2-0)=1 Exemplo: HF Moléculas Diatômicas Heteronucleares Os orbitais 2s e 2px sobre flúor interagem com os orbitais 1s do hidrogênio. Os orbitais py e pz sobre flúor não têm simetria adequada para interagir com o hidrogênio, e permanecem como orbitais não- ligantes. Moléculas Diatômicas Heteronucleares O orbital anti-ligante reside principalmente no átomo menos eletronegativo (H). Note que os subscritos g e u não são usados, como a molécula não tem mais um centro de simetria. Moléculas Diatômicas Heteronucleares 64 F (Z = 9): [He]2s² 2p5 Orbitais não- ligantes Moléculas Diatômicas Heteronucleares HFTeoria do Orbital Molecular (TOM) 65 C (Z = 6): [He]2s² 2p2 O (Z = 8): [He]2s² 2p4 Teoria do Orbital Molecular (TOM) Moléculas Diatômicas Heteronucleares CO CO como Ligante O monóxido de carbono é conhecido como um ligante doador σ e um receptor π. Ele doa elétrons a partir do seu HOMO para formar uma ligação sigma com o metal. O monóxido de carbono aceita elétrons de orbitais d preenchidos sobre o metal para seu orbital antiligante (LUMO). CO como Ligante Monóxido de Carbono No monóxido de carbono, os orbitais ligante residem mais no átomo de oxigênio e os orbitais anti-ligante residem mais no átomo de carbono. CO é uma molécula altamente reativa com metais de transição. A reatividade geralmente decorre do orbital HOMO (highest occupied molecular orbital) ao doar elétrons. Monóxido de Carbono Ao agir como um receptor de pares de elétrons, o orbital LUMO (lowest unoccupied molecular orbital) é significativo. Monóxido de Carbono Ao agir como um doador de par de elétrons, o orbital HOMO é significativo. Monóxido de Carbono Este fenômeno é chamado de back bonding. O aumento da densidade eletrônica nos orbitais anti-ligante do CO provoca um aumento no comprimento da ligação C-O e uma diminuição na sua frequência de estiramento. CO como Ligante Teoria do Orbital Molecular (TOM) A retrodoação π pode ocorrer entre um orbital p do ligante perpendicular ao eixo da ligação M-L e o orbital dxy do metal. Aumento do valor do 10 Dq Doação π < Doação π fraca < Sem efeito π < π aceptor (I-, Br-, Cl-, F-) H2O NH3 PR3, CO Teoria do Orbital Molecular (TOM) Efeito da ligação π em ligantes doadores do tipo π. Efeito da ligação π em ligantes receptores do tipo π. Teoria do Orbital Molecular (TOM) Orbitais Moleculares (CH4) Até agora, temos apenas olhar para moléculas com dois átomos. Diagramas de Orbitais Moleculares também podem ser usados para moléculas maiores. Orbitais Moleculares (H2O) Orbitais Moleculares de Fronteira Lewis, D. Journal of Chemical Education, 1999, 76, 1718. HOMO: highest-energy occupied molecular orbital – age como um nucleófilo LUMO: lowest-energy unoccupied molecular orbital – age como um eletrófilo • Como o bromo é mais eletronegativo do que o carbono, a ligação σ é polarizada com o bromo contendo mais da densidade eletrônica. • O HOMO contém os elétrons dessa ligação. Tem mais contribuição do bromo porque eles estão mais próximos em energia. • O LUMO está vazio e tem mais contribuição do carbono. • Se esta molécula fosse atacada por um nucleófilo em uma reação SN2, o orbital anti-ligante receberia elétrons, formando uma nova ligação entre o carbono e o nucleófilo. O bromo, o grupo de saída, pegaria os elétrons da ligação C-Br. Orbitais de Fronteira são onde ocorrem reações. e n e rg ia sp3 C (OA) Br (OA) HOMO LUMO H3C-Br (ligação σ) Orbitais de Fronteira do CH3Br http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/ed076p1718?journalCode=jceda8&quickLinkVolume=76&quickLinkPage=1718&selectedTab=citation&volume=76 Elétrons deslocalizados das grandes moléculas são facilmente transferidos de nível de energia entre os orbitais de fronteira HOMO e LUMO. 79 Moléculas Grandes com Muitos Átomos Teoria do Orbital Molecular (TOM) b-Caroteno, C40H56 Orbitais em Moléculas Poliatômicas 80 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 81 É possível analisar a energia desses orbitais moleculares? Teoria do Orbital Molecular (TOM) 82 A técnica consiste em irradiar a amostra com radiação de alta energia capaz de provocar a ionização de elétrons internos. O elétron será emitido com certa energia cinética. Essa energia cinética é medida e a diferença entre a energia do elétron emitido e sua energia cinética nos fornecem a energia de ionização, ou seja, a diferença de energia entre os orbitais HOMO e LUMO. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 83 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 84 Exercícios: 1) As entalpias de dissociação de ligação para a ligação N–N no N2 e N2 ‐ sejam 945 e 765 kJ.mol‐1, respectivamente. Considere essa diferença em termos da teoria do OM e enuncie se espera que o N2 ‐ seja diamagnético ou paramagnético. 2) Utilize a TOM para explicar por que a ordem de ligação do N2 + e N2 ‐ são ambas 2,5. Teoria do Orbital Molecular (TOM) 85 Modelo do mar de elétrons para a ligação metálica Teoria do Orbital Molecular (TOM) Os elétrons de valência são deslocalizados: fluem livremente ao longo do metal. Sem quaisquer ligações definidas, os metais são fáceis de deformar, sendo maleáveis e dúcteis. Como para o benzeno, os metais têm elétrons delocalizados: A ligação delocalizada requer que os orbitais atômicos em um átomo interajam com orbitais atômicos em átomos vizinhos; número de orbitais moleculares = número de orbitais atômicos; Nos metais há um número muito grande de orbitais. 86 Modelo do OM para os metais Teoria do Orbital Molecular (TOM) Formação de uma Banda de Valência 87 Teoria das bandas e ligação metálica Teoria do Orbital Molecular (TOM) 88 Teoria do Orbital Molecular (TOM) À medida que o número de orbitais aumenta, seu espaçamento de energia diminui e eles se ligam; O número de elétrons não preenche completamente a banda de orbitais; Conseqüentemente, os elétrons podem ser promovidos para bandas de energia desocupadas; Uma vez que as diferenças de energia entre os orbitais são pequenas, a promoção de elétrons ocorre com um pequeno gasto de energia. Teoria das bandas e ligação metálica Diferenças causadas pelas distâncias das bandas CONDUTOR ISOLANTE SEMICONDUTORES Por impureza Intrínseco 89 Teoria do Orbital Molecular (TOM) Semicondutor Extrínseco (por impureza de dopagem) Band Gap Banda de Valência Banda de Condução Dopagem Formação de níveis níveis aceptores ou doadores de elétrons. 90 Teoria do Orbital Molecular (TOM) 91 TOM Aplicada a Complexos Nessa teoria o foco principal são os orbitais vazios do centro metálico (ácido de Lewis) que irá acomodar os elétrons doados pelo ligante (base de Lewis). Ácido: Espécie capaz de receber densidade eletrônica; Base: Espécie capaz de doar densidade eletrônica. 1929: Teoria do Campo Cristalino (TCC) 92 Hans Albrecht Bethe (1906-2005) Nobel (Física): 1967 TOM Aplicada a Complexos As ligações serão formadas a partir de interações eletrostáticas entre o íon metálico central, positivo (M+) e os ligantes negativos (L−); Define da mesma forma sólidos iônicos (NaCl, AgCl, etc...); Orbitais atômicos d do Metal “sentem” a ação eletrostática do campo eletrostático formado pelos ligantes; Prevê a cor dos complexos através de transições eletrônicas nos orbitais d do metal. Justifica a estabilidade termodinâmica e propriedades magnéticas dos complexos. John Hasbrouck Van Vleck (1899-1980) Nobel (Física): 1977 1929: Teoria do Campo Cristalino (TCC) 93 TOM Aplicada a Complexos 1929: Teoria do Campo Cristalino (TCC) 94 TOM Aplicada a Complexos Problemas... Trata os ligantes apenas como cargas pontuais, não levando em consideração as sobreposições dos orbitais dos ligantes e dos átomos centrais. Não fornece uma explicação sobre porque alguns ligantes são mais fortes do que outros (série espectroquímica): 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 95 TOM Aplicada a Complexos Leslie Eleazer Orgel (1927-2007) Considerou-se também a possibilidade de interações dos orbitais dos ligantes e dos orbitais d do átomo central. Principal evidência: O Efeito Nefelauxético. Efeito Nefelauxético: Indica, que existem elétrons sendo compartilhados entre os orbitais metálicos e dos ligantes, pois experimentalmente percebe-se, que a repulsão elétron-elétron em um complexo é menor quando comparada ao respectivo íon livre. As repulsões elétron-elétron caem devido a expansão da nuvem eletrônica, pois orbitais atômicos (menores) dão lugar a formação de orbitais moleculares (maiores).1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 96 TOM Aplicada a Complexos O Efeito Nefelauxético: Expansão da nuvem eletrônica O espectro de RPE do complexo K2[IrCl6] em K2[PtCl6]. O desdobramento hiperfino observado no espectro, resulta do acoplamento dos momentos magnéticos de spin dos ligantes com os momentos magnéticos dos spins eletrônicos do metal; Num íon isolado, um elétron produziria espectros com apenas um pico de transição; Os picos indicam, que os elétrons do metal e dos ligantes estão no mesmo orbital, nos OM’s. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 97 TOM Aplicada a Complexos Comparação entre a TCC e a TOM para um complexo [ML]+ Desdobramento do campo cristalino 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 98 TOM Aplicada a Complexos Complexos octaédricos 6 ligantes (L) realizam cada um 1 ligação simples com o centro metálico. Orbital duplamente degenerado Orbital triplamente degenerado 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 99 TOM Aplicada a Complexos Complexos octaédricos Valore de Δo para diferentes ligantes 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 100 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs para um complexo de geometria octaédrica 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 101 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs para um complexo de geometria octaédrica Exemplo: i. A interação dos orbitais s e p do metal com os ligantes irá gerar os OMs de menor energia; ii. Serão gerados um total de 6 OMs ligantes. Pode-se pensar que esses 6 OMs ligantes irão receber os 12 elétrons doados pelos ligantes. Deste modo, os elétrons do metal irão ocupar os orbitais t2g e eg*, como estabelecido pela TCL; iii. A separação dos orbitais t2g e eg* corresponde ao 10Dq da TCC. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 102 TOM Aplicada a Complexos Complexos tetraédricos 4 ligantes (L) realizam cada um 1 ligação simples com o centro metálico. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 103 TOM Aplicada a Complexos Complexos tetraédricos Valore de ΔT para diferentes ligantes 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 104 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs para um complexo de geometria tetraédrica 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 105 TOM Aplicada a Complexos 1937: Efeito Jahn-Teller Em complexos octaédricos observa-se um alongamento ou contração dos ligantes axiais (da ligação no eixo z). Edward Teller (1908-2003) 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 106 TOM Aplicada a Complexos 1937: Efeito Jahn-Teller Exemplo: [Cu(H2O)6] 2+ Cu (Z = 29): [Ar]3d10 4s1 Cu2+ : [Ar]3d9 alongamento dos ligantes axiais 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 107 TOM Aplicada a Complexos 1937: Efeito Jahn-Teller Exemplo: [Cu(H2O)6] 2+ Cu (Z = 29): [Ar]3d10 4s1 Cu2+ : [Ar]3d9 contração dos ligantes axiais 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 108 TOM Aplicada a Complexos 1937: Efeito Jahn-Teller Exemplo: [Cu(H2O)6] 2+ 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 109 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica Caso o ligante seja considerado de campo fraco, pode ocorrer transição de um elétron de um orbital de mais baixa energia (spin baixo) para um orbital de mais alta energia (spin alto). 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 110 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica Atenção: Em complexos tetraédricos, independente da força do ligante, somente serão encontrados complexos de spin alto, isso porque a energia de emparelhamento (P) deles é maior do que ΔT. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 111 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica Exemplo 1: Qual será a Energia de Estabilização do Campo Cristalino (EECC) de um complexo octaédrico que apresenta um metal de configuração eletrônica d4 de campo fraco? E de campo forte? EECC = (-0,4Δo x 3e- ) + (0,6Δo x 1e-) 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 112 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica EECC = (-0,4Δo x 4e- ) + (0,6Δo x 0e-) + P 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 113 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica Exemplo 2: [Ti(H2O)6] 3+ : hexaaquotitanio (III) Ti (Z = 22): [Ar]3d2 4s2 Ti3+ : [Ar]3d1 Campo fraco 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 114 TOM Aplicada a Complexos Série espectroquímica 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 115 TOM Aplicada a Complexos Exercício: série espectroquímica A velha história do “galinho do tempo”: As soluções dos complexos, [Co(H2O)6] 2+ e [Co(Cl)4] 2+ são coloridas. Uma é rosa, a outra é azul. Considerando a série espectroquímica e as magnitudes relativas de ΔT e Δo correlacione a cor de com cada um dos complexos. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 116 TOM Aplicada a Complexos Ligação pi O diagrama de OMs para complexos octaédricos prevê que os orbitais dxy , dxz e dyz (t2g) são não ligantes: 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 117 TOM Aplicada a Complexos Ligação pi Contudo esses orbitais podem se sobrepor a orbitais com simetria adequada dos ligantes formando ligações pi: 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 118 TOM Aplicada a Complexos Ligação pi Ligantes π doadores: Nesses ligantes, os orbitais que interagem com os orbitais t2g do metal estão preenchidos de elétrons. Exemplos: Haletos; Ligantes π receptores: Nesses ligantes, os orbitais que interagem com os orbitais t2g do metal estão vazios. Exemplos: CO, CN –, e fosfinas em geral. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 119 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs para um complexo de geometria octaédrica com ligantes pi doadores 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 120 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs para um complexo de geometria octaédrica com ligantes pi receptores 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 121 TOM Aplicada a Complexos Retrodoação Os ligantes que possuem orbitais vazios disponívels para interagir com os orbitais d do metal são bases de Lewis, que doam densidade eletrônica para o metal. Se o metal possui carga +3, após a ligação com os seis ligantes, em um complexo de geometria octaédrica, sua carga formal passa para -3. Já metais com carga +2, após ligar com seis ligantes sua carga formal será -4. Ou seja, há uma grande variação de carga no metal com a formação de um complexo. Exemplos: CO, CN–, NO+. O fluxo de elétrons é do metal para o ligante. 1957: Teoria do Campo Ligante (TCL) 122 TOM Aplicada a Complexos Diagrama de OMs do CO, CN– e NO+ Os orbitais π* do ligante possuem simetria adequada para se ligarem aos orbitais t2g do metal.
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