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BIOQUIMICO RENAL

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Avaliação da função Renal
Rins: principais orgaos para a regulação do meio interno corporal, distribuição se substancia acidas e alcalinas, eliminacao de residuos
Insuficiencia renal: pode gerar eliminação inadequada e concentração da urina. Essa eliminação inadequada causa acumulo de determinadas substâncias no organismos e, com isso, uma resposta do próprio organismo.
· Para determinar certas alterações, pede-se o bioquimico renal.
· Geralmente, mede ureia e creatinina, dada sua importância por terem seu aumento de forma proporcional à lesão renal. Ou seja, quanto maior a concentração desses substratos, pior o estado do rim. 
 Ex.: um rim comprometido em 50% terá 50% de aumento da ureia e creatinina 
 Entretanto, a ureia sofre influência de outros fatores, por isso é avaliada sempre em conjunto com a creatinina, pois qualquer quadro que gere um aumento no catabolismo de proteinas, gera mais ureia, como um individuo que está ingerindo mais desse nutriente em sua alimentação, por exemplo. 
Tipos de avaliação: Seriada ou única, sendo a seriada para acompanhar o quadro do paciente, seja sua evolução, melhora ou para determinar se, de fato, há uma lesao renal ou foram outros fatores que geraram alterações no exame.
Hemodialise: um aparelho que filtra o sangue e o devolve pronto.
Função dos rins: 
1. Manutenção da homeostasia
2. Eliminação dos produtos finais de metabolismo e susbtancias exogenas 
3. Manutenção do ph sanguineo
4. Producao de hormonios. Ex.: eritropoietina 
5. Retenção de substancias requeridas para manutenção da função normal.
Numero de néfrons por Rim:
	Rato: 30.00
	Gato: 190.000
	Cão: 430.000
	Humano: 1.000.000
	Bovino: 4.000.000
	Elefante: 7.000.000
Mecanismos da função renal: 
1. Filtracao glomerular-> ocorre no glomerulo, definidas pelas forças de Starling. Processo passivo/pressão sanguínea, ultrafiltrado de sangue que contem componentes sanguíneos, exceto celulas e proteinas
2. Reabsorção Tubular -> processo ativo. Glicose é 100% reabsorvida, Aa de baixo peso molecular tambem e soluto e solvente vão sendo absorvidos de acordo com o percurso e necessidade. Essa reabsorção é influenciada por: ADH (agua) e aldosterona (sódio)
3. Secreção tubular -> Secreção de substâncias que não são filtradas. Geralmente estao de forma peritubular e são secretadas para os tubulos. 
Indicações para as provas de avaliação renal: 
1. Exame de triagem 
2. Marcadores da função renal (ureia e creatinina) 
3. Diagnostico de alterações extra-renais. Ex.: azotemia extra renal
4. Prognostico de patologias renal
5. Prognostico de patologias extra-renais
6. Instituição e acompanhamento de tratamentos
Principais provas de funçao renal: 
1. Urinalise -> exame precoce de algumas alterações, pois se ver aumento da densidade, o que já indica alteração. 
2. Dosagem de ureia e creatinina sanguineas 
3. Prova de concentração da urina -> se avalia coloração e turbidez
4. Concentração dos eletrólitos (Ca, Na, P, H, K, HCO)
5. Raio x 
6. Ultrassonografia 
7. Biopsia 
8. Eritrograma, PPT, Leucograma, Lipideos
Taxa de filtração glomerular 
Seria o melhor método de se avaliar função renal mas não se usa na medvet. É possível, através dele, medir o grau de agressão dos néfrons sem sofrer influência de outros fatores. 
Utiliza-se então, métodos indiretos: ureia, creatinina e eletrólitos para se avaliar essa função
· Quanto menor a taxa de filtração, ocorre mais concentração da ureia e creatinina 
· São inversamente proporcionais
Azotemia
· Aumento da ureia e outros compostos nitrogenados (creatinina) no sangue. 
Uremia
· Quando a azotemia vem acompanhada de sinais clínicos. Ex.: náuseas, diarreias
· Quando se utiliza o termo “uremia" já se subentende que o animal está em azotemia, pois só é possivel notar alterações físicas se houverem alterações fisiológicas 
Azotemia 
1. Pré renal/extra renal
2. Renal
3. Pós renal (passou pelo rim)
Ureia plasmática
Sintetizada no fígado, através da amônia. Esta, por sua vez, é provinda da quebra de aa. Ou seja, é obtido através da ingestão de proteínas. 
Em outras palavras: obtêm-se as proteinas através da ingestao de alimentos. Para ser digerida, ela é quebrada gerando seu monômero, o aminoácido. Quando ele adentra a celula e é metabolizado, gera um residulo que é a amônia, esta, por sua vez, se converte em ureia. 
· Excretada principalmente pelos rins. Nele, ela pode ser excretada e é parcialmente (50%) reabsorvida. 
· Se a pessoa aumenta o fluxo urinário, diminui a reabsorção da ureia. O contrário também é verdadeiro, quanto mais se urina, menos ureia pode ser reabsorvida.
Altas concentracoes de ureia no plasma pode ter origem: 
· Aumento de quebra de proteínas teciduais. Ex.: periodo de inanição;
· ingestao de ptn de má qualidade; 
· Excesso de exercicio físico;
· Dietas com alto teor de proteína 
· Excreção prejudicada
Animais com somente um rim podem ter os valores dobrados, inicialmente. Mas a longo prazo, o rim hipertrofia e consegue reestabelecer os parâmetros.
Creatinina plasmática 
Formada pelo catabolismo muscular da creatina e fosfocreatina. 
100% excretada pelos glomerulos, não há rreabsorção tubular
Seus niveis não sofrem influencia de fatores como alimentação, por isso é um dado mais fiel para avaliar função renal que a ureia
Por esses motivos, é melhor indicativo da função renal do que a ureia.
Indicações para teste:
· Redução da função renal
· Choque hipovolêmico
· Queda na pressão sanguínea
· Antes da cirurgia
· Faz parte do risco cirúrgico 
Amostras: soro
Métodos: tiras reagentes e automação
Estavel em temp de 15 a 25° até 12 horas
Em temp de 2 a 8° vários dias
Causas de aumento na [ ] plasmatica de ureia e creatinina: 
Azotemia pre renal
· Qualquer coisa que cause aumento na taxa de metabolismo proteico
· Principal causa de aumento da ureia plasmatico 
· Creatina não aumenta 
a) Aumento na ingestão dietética de proteinas (ureia)
b) Deficiencia de carboidratos ou completa inanição (ureia)
c) Hemorragia intestinal (ureia e creatinina)
d) Febre e necrose (ureia)
e) Hipertireoidismo (ureia)
f) Exercício prolongado (ureia e creatinina)
g) Drogas que aumentam o catabolismo tecidual
h) Diminuição do anabolismo
i) Diminuição da perfusão renal (ureia e creatinina)
a. aumento na ingestão dietética de proteinas (ureia)
· dietas com alto teor de proteinas de baixa qualidade gera muito resíduo (ureia)
· aumento discreto de ureia
· ao longo do tempo – perda da função renal (menor eliminação)
· se ocorrer perda da função, o aumento da ureia será mais acentuado
· aumento pós alimentação (normal) – necessário jejum
b. deficiência de carboidratos ou inanição (ureia)
· diminuição estoques de proteinas
· catabolismo para obtenção de energia, pois se diminui carbo, gera quebra de proteína para gerar energia, tendo como resíduo a ureia
c. hemorragia intestinal (ureia)
· sangue digerido – intestino delgado
· reabsorção e catabolismo do sangue -> o sangue também precisa ser metabolizado e essa metabolização gera aumento de ureia e creatinina
· aumento da ingestão de carne vermelha pode causar isso
d. febre e necrose (ureia)
· temperaturas muito altas geram desnaturação proteína
· como com a necrose se tem destruição de celulas, gera degradação de proteína 
e. hipertireoidismo (ureia)
· como ele aumenta o metabolismo em si, acaba causando degradação proteica
f. exercício prolongado (ureia e creatinina)
· alem de degradação proteica para gerar energia, usa-se a creatinina do musculo
g. drogas que aumentam o catabolismo proteico (ureia e creatinina)
· alguns glicocorticoides
· hormônios da tireoide
h. diminuição do anabolismo
· alguns fatores podem diminuir isso, como as tetraciclinas. 
i. Diminuição da perfusão renal
· Quando se diminui a perfusão renal, diminui filtração glomerular e, consequentemente, haverá um aumento na concentração da ureia e creatinina
· Isso pode ocorrer em situações de: desidratação, hemorragia grave, animais em pós cirúrgico, animais anestesiados, choque, hipoadreno, diminuição DC...
· Diferenciar: PERFUSAO DIMINUIDA x INSUFICIENCIAPOR FALTA DE NEFRONS
Na perfusão diminuída: densidade urinaria elevada. Deixa de passar varias substancias mas, principalmente, o fluido, pois o rim fica reabsorvendo os fluidos.
Problema no nefron: deixa-se de concentrar eletrólitos, pois como se deixa de excretar substancias, ele não consegue concentrá-las. É notado geralmente proteinúria.
· O rim perde a capacidade de concentrar substancias
A creatina não aimenta na mesma proporção que a ureia, pois a ureia possui um menor peso molecular. Logo, a creatina fica retida na região tubular e não vai de volta para a corrente sanguina
Problema renal: ambas aumentam paralerlamente
Problema pré real: ureia em concentrações maiores devido seu baxio peso molecular.
Azotemia Renal
Lesões renais
· Por lesões: glomérulo, túbulos, interstício, pelve renal ou vasos sanguíneos
· Geralmente acompanhada de proteinúria pois normalmente as PT não passam, mas quando há lesão, há esgarçamento dos poros, fazendo com que haja a passagem desses nutrientes
a) Injúria renal aguda (IRA) primária
· Ocorre uma queda brusca na taxa de filtração glomerular, decorrente de um processo inflamatório, na qual inicialmente gera uma estenose vascular, edema que gera a queda da filtração
· Ocorre aumento da concentração da ureia e creatinina, em decorrência disso
· Ocorre também aumento da concentração de fosforo e potássio e diminuição do Calcio e do Sódio, pois como a reabsorção do diminui, o animal acaba não conseguindo reabsorver Na e Ca. E no caso do fosforo e potássio, a IRA diminui a excreção, fazendo com que essas substancias fiquem acumuladas na corrente sanguínea. 
· Aumenta ureia e creatinina 
· Fase inicial oliguria
· Fase final poliuria (pois ele perde a capacidade de reter urina)
· Causas: nefrotoxinas, isquemias, glomerulonefrites, 
b) Necrose intersticial
· Morte das celulas, geralmente decorrente de vírus ou bactérias 
c) Necrose tubular aguda
· Geralmente por substancias nefrotóxicas, como: metais pesados, antibióticos, rodenticidas, qualquer situação que leve a desidratação (a ausência de agua predispõe a necrose), qualquer situação de isquemia
d) Insuficiência renal crônica
· Ocorre por perda progressiva dos nefrons 
· Causas: nefrite intersticial crônica, neoplasias, uso indevido de diuréticos 
· Aumento de ureia e creatinina
· Aumento de fosfato e potássio 
· Discreta anemia – não regenerativa, pois já se começa a diminuir produção de eritropoietina
· Trombocitopenia – plaquetas defeituosas
· Linfopenia leucocitose com linfopenia, pois há aumento de outras celulas como neutrófilos.
· Poliuria perde-se capacidade de reter urina sinal de cronicidade
Deve-se identificar a causa primaria, pois ao tratar suspeitas sem confirmar diagnostico, pode piorar o quadro do animal. Quando não se consegue identificar, deve-se reestabeler, ao menos, a taxa de filtração glomerular.
Azotemia pós-renal
· Anormalidades no trato urinário inferior 
A) Obstrução do fluxo urinário 
· Cálculos, neoplasias, coágulos, cirurgias (castração)
· Anuria – aumento da pressão e retorno urinário 
B) Ruptura da bexiga
· Incapacidade de liberar ureia 
Causas da diminuição na concentração plasmática da UREIA
Diminuição na produção X Aumento da excreção
1. Diminuição na produção:
a) Dieta com baixo teor de proteína
· Tudo que é ingerido é consumido
b) Perda da função hepática
· Perda de uma porcentagem dos hepatócitos 
· Cirrose (75% dos hepatócitos estão destruídos), hepatite, neoplasias...
· Diminuição da concentração de albumina 
c) Esteroides anabólicos
· Desvio de proteínas do catabolismo tecido (aumenta-se seu uso tecidual em condições de ingestão normal)
· Toda proteína ingerida acaba sendo usada sem ser metabolizada, logo, não se gera resíduo ureia
(Indivíduos que usam anabolizantes têm o intuito de usar todas as proteinas para construção muscular)
d) Desvio portassistêmico – congênito
· Como é congênito, o fluxo sanguíneo é desviado
· Fígado é afetado e atrofia
· Ocorre, então, diminuição de albumina, ureia, colesterol e protombina (individuo fica com dificuldade na coagulação)
e) Diabetes insipidus, hiper-hidratação
· Na diabetes individuo urina muito, acaba liberando substancias em excesso.
· Na hiper-hidratação o sangue fica mais “diluído”, demonstrando no bioquímico uma diminuição nos compostos nitrogenados (por exemplo) dado relativo, não é real.
Eletrólitos
Incomum pedir-se na clinica
Sódio (Natrium)
· Normalmente é filtrado e reabsorvido. Na IRC há perda na habilidade de reter Na, gerando hiponatremia (diminuição do sódio na corrente sanguínea)
Potássio (Kalium)
· Normalmente é filtrado pelos glomérulos, reabsorvido nos túbulos contorcidos proximais e excretado pelos túbulos contorcidos distais.
· Na nefropatias com oliguria ou anúria, há perda na função excretora do K, causando sua retenção (hipercalemia)
Cálcio (calcium)
· O cálcio é reabsorvido pelos túbulos renais. Na IRC há perda na habilidade de reabsorver Ca, gerando hipocalcemia.
Fosforo (Phosphorus)
· O fosforo é eliminado pela urina com a intenção de manter a relação adequada de Ca/P no sangue
· Na IRC, há perda na capacidade de excreção do P, levando o individuo a uma hiperfosfatemia
Bicarbonato (HCO3)
· Na IRC, o rim perde a capacidade de reter bicarbonato, levando a uma acidemia/acidose. 
· O equilíbrio acido-basico é comprometido
· Leucograma: alterado quando há processo inflamatório (leucocitose)
		Nefrite, pielonefrite, glomerulonefrite, etc.
· Eritrograma: deficiência na produção de eritropoietina
		Redução no VG, teor de Hb e nº de hemácias (anemia)
· Lipídeos: aumento na produção de proteinas (lipoprotreinas), causando hiperlipidemia

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