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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER SOB A PERSPECTIVA DE REPETIÇÃO DE OCORRÊNCIA NO MUNICÍPIO DE CÁCERES-MT
CURITIBA/PR
2017
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
SEBASTIÃO APARECIDO FARIAS
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER SOB A PERSPECTIVA DE REPETIÇÃO DE OCORRÊNCIA NO MUNICÍPIO DE CÁCERES-MT
Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação de competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, do curso de Segurança Pública, conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96.
Orientador (A): Me. Jefferson Souza Santos
CURITIBA/PR
2017
RESUMO 
A Violência contra a mulher assume diversas formas - física, sexual, psicológica e econômica. Estas formas de violência são inter-relacionadas e afetam as mulheres de antes nascimento até a velhice, e em muitos casos, são repetidas em curtos períodos de tempo. Neste contexto, o presente artigo discorre sobre a repetição da violência contra mulher na cidade de Cáceres-MT. Trata-se de pesquisa de caráter quali-quantitativo, utilizando-se a pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. Os dados foram coletados na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres-MT. Ao todo foram analisados 2.596 IPs, correspondente aos registros de 2009 à 2015, onde foram encontradas 493 ocorrências repetidas, que correspondem a aproximadamente 20% dos registros encontrados no sistema da delegacia. Deste universo, 59% dos casos de repetição ocorreram em um período inferior à 1 ano do primeiro relato; 22 % das ocorrências acontecem em um período de 1 à 2 anos; 10% dos casos ocorrem em um intervalo de 2 à 3 anos e 9% da primeira repetição acontece com mais de 3 anos do primeiro registro, e, 2% dos registros encontrados correspondem a repetição da vítima com novo agressor. O tipo de violência mais repetida é a ameaça, seguida da lesão corporal, estupro, dentre outros. Ressalta-se que a violência contra as mulheres prejudicam famílias e comunidades ao longo de gerações e necessitam da efetivação dos direitos adquiridos através da Lei Maria da Penha. Assim, espera-se que este artigo, possa contribuir para a investigação deste fenômeno, bem como possíveis soluções para diminuição da repetição de ocorrências de violência contra mulher.
Palavras-chave: Violência doméstica. Tipos de violência. Repetição. Cáceres-MT. Lei 11.340/2006.
1. INTRODUÇÃO
O Brasil passou, em toda a sua história, por situações de desigualdades com a utilização do poder e violência nas relações com os escravos, e o racismo que foi responsável pela discriminação e condenação à morte de tantos seres humanos, demonstrando a dificuldade do país de superar as diferenças econômicas, sociais, culturais e religiosas e assegurar na prática uma sociedade verdadeiramente democrática, igualitária e justa. 
Incumbe ao Estado garantir os direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. De modo correto, o art. 1º da Constituição Federal, Título I, expressamente contempla no inciso III - a dignidade da pessoa humana, como um dos fundamentos de nossa República e também como princípio da Carta de Direitos Humanos.
Neste sentido, a Lei. n. 11.340/06, foi criada a partir do relato narrado no site do Ame – Projeto Maria da Penha, chamada Lei Maria da Penha, assim denominada, a Lei que protege as mulheres contra a violência recebeu o nome de Maria da Penha em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes. 
Com muita dedicação e senso de justiça, ela mostrou para a sociedade a importância de se proteger a mulher da violência sofrida no ambiente mais inesperado, seu próprio lar, e advinda do alvo menos previsto, seu companheiro, marido ou namorado.
Neste contexto, tomando como base a Lei Maria da Penha tivemos por intento preocupar-se em estudar a violência doméstica sob a ótica da repetição da ocorrência, no município de Cáceres – MT. Para tanto, foi realizado o levantamento de dados e observação através das análises de registros efetuados na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher na cidade de Cáceres-MT no período de 2010 a maio de 2015.
As questões suscitadas hoje acerca da violência doméstica nas suas mais diferentes nuances nos apontam um caminho, qual seja o de buscar os subsídios legais e sociais para o seu enfrentamento. A violência doméstica tem sido objeto de muitos debates e estudos, porém, poucas ações práticas são visualizadas diante de tamanha e profunda problemática.
2. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
A violência contra mulher não escolhe classe social, ocorre desde os lares mais humildes até os lares que ocupam lugares mais altos na sociedade, podendo ocorrer no ambiente familiar ou em qualquer outro lugar, não distinguindo classe social, cor ou raça.
Apesar de não haver seleção de lar, ela é mais visível em famílias de baixa renda, cujas condições de vida são precárias, onde a formação social por motivações econômicas desencadeia a instabilidade nas relações afetivas. 
Conforme Teles (2003), independente do ambiente familiar que possa ocorrer, a violência contra a mulher é fruto, na maior parte, de uma concepção arraigada de poder e posse. Neste sentido, entende-se que “[...] a violência contra a mulher carrega um estigma como se fosse um sinal no corpo e na alma da mulher. É como se alguém tivesse determinado que se nem todas as mulheres foram espancadas ou estupradas ainda, poderão sê-lo qualquer dia desses” (TELES, 2003, p.11).
Ao tentar compreender as motivações que podem levar a violência, implica na compreensão da denominada violência de gênero, fazendo-se necessário investigar sua origem, formas de manifestação e características. Neste contexto, ao tratar da violência contra a mulher, a Lei 11.340/2006 volta-se para a prevenção e repressão da conduta baseada no gênero (VELLASCO, 2007). Conforme o artigo 5º e incisos da Lei 11.340/2006, destacando o conceito de violência doméstica e familiar contra a mulher, a partir da perspectiva de gênero, como se vê: 
Art. 5º. Configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseado no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: 
no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive esporadicamente agregadas; 
II) da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; 
III) em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida independentemente de coabitação. 
Neste contexto Vellasco (2007) pontua que: 
[...] Do conceito de violência contra a mulher trazida pela lei, observa-se que não é qualquer conduta dolosa praticada contra a mulher que é disciplinada pela Lei Maria da Penha. É essencial que ela seja baseada no gênero e que ocorra no âmbito da unidade doméstica ou familiar ou em qualquer relação afetiva da mulher. A razão é simples: a maioria dos casos de violência contra a mulher é praticado em seus próprios lares, onde figuram como agressores, geralmente os homens, na qualidade de maridos, ex-maridos, namorados ou companheiros (VELLASCO, 2007, p. 18). 
Assim, entende-se por violência contra a mulher o uso de força física ou psicológica que a obrigue fazer algo que não queira ou deseje. Constitui-se no ato de constranger, cercear a liberdade, de impedir que a mulher manifeste seu desejo e sua vontade, sob pena de viver ameaçada, sofrer lesão física ou risco de morte. “[...] é o meio de coagir, submeter outrem seu domínio, é uma violação dos direitos essenciais do ser humano” (TELES, 2003, p. 18).
Atos dirigidos contra a mulher que correspondem a agressões físicas ou sua ameaça, a maus-tratos psicológicos e a abusos ou assédios sexuais, cometidos por um membro da família ou pessoa que habite, ou tenhahabitado o mesmo domicílio eram algumas das formas de manifestação da violência contra a mulher.
A Lei nº 11.340 de 07 de agosto de 2006 criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, conforme norma programática da Constituição Brasileira (§ 8º, do artigo 226, CFRB) e conforme tratados internacionais os quais é signatário o país, como por exemplo, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher.
Também é medida destinada a coibir a violência contra a mulher na Lei Maria da Penha a criação de Juízos de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, prevista na Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher.
Promoveu também alterações no Código de Processo Penal, no Código Penal e na Lei de Execuções Penais e deu outras providências.
Define que: 
[...] toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social. (Artigo 2º da Lei nº 11.340/2006)
Estabelece que:
[...] O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. E que para lograr formular estas políticas públicas há de promover “estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às consequências e à frequência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas. (Artigo 3º, § 1º da Lei nº 11.340/2006)
2.1. Contextualização histórica da violência contra a mulher
Desde as civilizações antigas encontramos o problema da violência contra a mulher presente na história da humanidade, tanto na idade média quanto na moderna, onde a mulher era totalmente excluída da sociedade, não podia participar da vida pública, ou seja, não era reconhecida como cidadã. 
A educação da mulher era voltada para o casamento, para as atividades que deveria desempenhar como mãe e esposa, enfim para procriação, tendo na constituição da família um fim em si mesmo. O trabalho feminino era praticado exclusivamente na esfera domiciliar e ao homem, cabia-lhe somente o papel de provedor. “[...] Antes mesmo do aparecimento do excedente econômico na comunidade primitiva diferenciaram-se as atividades de homens e mulheres – a divisão sexual é a primeira forma de repartição de trabalho” (NETTO, 2006, p.59).
No início do cristianismo era almejada a igualdade entre os homens, porém a mulher permanecia no anonimato, o sexo feminino ainda era desprezado, havendo desigualdades entre homens e mulheres. Neste cenário histórico, já existia a violência contra mulher, porém praticada de forma tácita, por meio do poder que o homem exercia sobre a esposa, tratando-a como sua propriedade. 
Dentro deste contexto, Souza (2001, p.06) glosa que:
[...] O fenômeno da violência contra a mulher ocorre nas sociedades há milhares de anos, por muito tempo, entretanto, não se tornou conhecido pelo fato de acontecer, principalmente, no âmbito privado. Neste sentido, o espaço doméstico familiar, local onde acontecem relações contraditórias, conflituosas e de poder, tem se revelado propício para o exercício da violência. 
Conforme Villela apud Azevedo (1985, p. 19), 
[...] Violência é toda iniciativa que procura exercer coação sobre a liberdade de alguém, que tenta impedir-lhe a liberdade de reflexão, de julgamento, de decisão e que termina por rebaixar alguém ao nível de meio ou instrumento num projeto, que absorve e engloba, sem tratá-lo como parceiro livre e igual. A violência é uma tentativa de diminuir alguém, de constranger e renegar-se a si mesmo.
A violência afeta vários segmentos, expressando-se de diversas formas, deixando diversos traumas, Souza (2001, p.12):
[...] a) agressão física é aquela que, em geral, mais leva as vítimas a apresentarem queixa. Talvez por ser a forma de violência com maior grau de agressividade e também aquela que mais põe em risco a vida da pessoa agredida. Esta forma de agressão se manifesta de diferentes formas: desde um “simples” empurrão, até às formas mais contundentes, como por exemplo, a morte.
b) agressão psicológica ou emocional que é feita através de diminuição moral da mulher. O homem, nesta ocasião, ataca diretamente a estrutura psicológica da mulher usando palavras que agridem a sua integridade fazendo com que esta se sinta inferior, intelectualmente incapaz. No âmbito da família, esta situação pode manifestar-se através de cenas de ciúmes, injúrias e repetidas acusações de infidelidades e sem motivos. Pode, ainda, revestir-se sob a forma de ameaças dirigidas à vítima. O objetivo é diminuir socialmente a mulher.
c) agressão sexual caracteriza-se em obrigar a vítima a praticar qualquer tipo de ato sexual contra a sua vontade. Este tipo de violência consiste, ainda, em atuar por outros meios, tais como: conversas obscenas; por escrito; objetos pornográfico, entre outros. 
Destaca-se que, o quadro da violência contra mulher vem sofrendo alterações importantes, sobretudo nas sociedades ocidentais. Nestas sociedades - e o Brasil também se beneficia disto – no decorrer do século XX o país foi palco de várias manifestações feministas, que desencadearam em transformações para a realidade da mulher brasileira. 
[...] A cidadania é a capacidade conquistada por alguns indivíduos, ou por todos os indivíduos (no caso de uma democracia efetiva), de se apropriarem e utilizarem os bens socialmente criados, de utilizarem todas as potencialidades de realização humana aberta pela vida social em cada contexto historicamente determinado (FONSECA, 2001, p.10).
Campos (2001, p.13) afirma que:
[...] Cidadania é o conjunto e a conjugação de direitos civis, sociais e políticos assegurados aos membros de um a determinada sociedade. Tais direitos adquirem efetividade através do exercício das liberdades individuais, da participação política e do acesso à bens de consumo e à proteção social.
Por volta dos anos 70, quanto “estourou” o movimento feminista, as mulheres “arregaçaram as mangas”, foram às ruas, lutaram por seus espaços, mercado de trabalho, lugar no meio político. Tomaram atitudes, saíram do lar, onde até ali ficavam cuidando da casa, dos filhos, do marido, da família. Com tudo isso conseguiu espaços, direitos, um deles, denunciar a agressão, queriam acabar com a violência doméstica, onde na maioria das vezes, é sofrida pelo marido! “Na luta pelo reconhecimento da violação dos direito das mulheres, a estratégia feminista foi a de expor essa violência, de denunciá-la e reivindicar sua punição, já que a impunidade era frequente” (CAMPOS, 2001, p. 155).
O movimento feminista foi o principal grupo socialmente interessado em produzir um novo tipo de percepção da violência de gênero como um problema com características realmente nocivas à convivência social. Tiveram de enfrentar um árduo trabalho no processo de construção e visualização do problema. Foi necessário não apenas revelá-lo e denunciá-lo, mas também construir todo um panorama da questão. Ativistas e intelectuais tiveram que consolidar certas ideias, no intuito de mostrar à sociedade que existe tal fenômeno, de que ele ocorre em proporções alarmantes, de que ele circunscreve um certo conjunto de ações e atitudes, envolvendo um leque determinado de relações, e de que se trata de um problema social e não dos indivíduos isoladamente (SOARES, 1999).
3. QUADRO DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES NO MUNICÍPIO DE CÁCERES SOBA PERSPECTIVA DE REPETIÇÃO DE OCORRÊNCIA 
Em relação ao município de estudo - Cáceres/MT - os dadosdo IBGE[footnoteRef:1] mostram o que se segue: [1: IBGE. Diretoria de Pesquisas - DPE - Coordenação de População e Indicadores Socias - COPIS. 
] 
As pesquisas demonstram em última análise que está ocorrendo uma rápida alteração do papel feminino no contexto social e econômico do país e, especialmente, no município de estudo, com uma maior inserção da mulher no mercado de trabalho e ao mesmo tempo de ampliação da ocupação de uma posição de liderança nas famílias. Esses dados apontam para o nascimento de uma nova realidade de autonomia econômica da mulher em relação ao homem, que se contrapõe a uma cultura de dominação do homem sobre a mulher, como podemos concluir confrontando os dados do IBGE com os dados de reincidência de violência contra a mulher no município de Cáceres/MT. 
Aos poucos esta cultura de dominação está sendo suplantadas com o apoio de mecanismos legais de coerção, entre os principais, as medidas protetivas de urgência, instituída pela Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). 
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher em Cáceres foi criada por força da Lei n.º 5.060, de 22 de outubro de 1986, sancionada pelo Governador Wilmar Peres de Farias, mas decorrido vinte e um anos de sua criação é que se tornou realidade. Consubstanciada pelos esforços da Diretoria Geral da Polícia Judiciária Civil, Delegacia Regional de PJC representada pelo Delegado ALDO SILVA DA COSTA e empenho da sociedade cacerense, no dia 27 de março do ano de 2007 foi instalada a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres (DEDM), sendo designada como Titular a Delegada ELISABETE GARCIA DOS REIS. 
A campanha pela instalação da DEDM deu-se por meio da Lei Maria da Penha, Lei 11.340/2006 de 07/08/06, lei esta que a sociedade feminina deve a senhora, mas corajosa mulher nascida no Estado do Ceará a biofarmacêutica Maria da Penha maia Fernandes que sofreu vários tipos de violência pelo seu companheiro mas mesmo assim não se intimidou diante das ameaças e maus tratos que sofrera, pois ela transformou sua dor em luta e solidariedade para com as vitimas de violências domestica, e das desigualdades e discriminações sociais. 
Neste contexto tornou-se imprescindível a disponibilidade de um local adequado onde as vítimas pudessem ter um tratamento diferenciado, específico para as peculiaridades da violência sofrida, pois o atendimento anterior às vítimas era em uma secção da Delegacia Especializada do Adolescente, posteriormente no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC).
Consoante disposto no artigo 2.º, parágrafo único, da Lei 5.060/86, a delegacia deveria contar com dois cargos de Delegado de Polícia, do sexo feminino, um atuante como titular e outro como Delegado Adjunto, no entanto tudo só foi na teoria, o que na prática não foi possível.
As modalidades delituosas mais frequentes são: lesão corporal, maus tratos, calúnia, difamação, injúria, constrangimento ilegal, ameaça, sequestro e cárcere privado, violação de domicílio, estupro, atentado violento ao pudor. 
Desde a sua instalação os casos com maior incidência são as ameaças e lesões corporais. 
Estatisticamente foi instaurado no ano de 2007, um total de 389 inquéritos Policiais (incluindo os remanescentes de outras Delegacias – Secções de Defesa da Mulher), sendo elaborados desde sua instalação 320 Boletins de Ocorrências (excetuando os recebimentos da PM e outras unidades) e 124 Termos Circunstanciados de Ocorrências. No ano de 2008, foram registrados 193 Boletins de Ocorrências, de mulheres vitima de violências por seus companheiros. Sendo instaurados 165 Inquéritos Policiais e 65 Termos Circunstanciados de Ocorrência.
De acordo com o Organograma Institucional da Polícia Judiciária Civil, a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher recebe parcerias da Delegacia Regional de PJC e de outras unidades policiais (CISC / DEA) para continuidade e conclusão das investigações. A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres não tem sede própria e no momento encontra-se instalada em um prédio alugado, situado na Av. Getúlio Vargas, s/n – Centro da cidade.
Neste contexto, durante a pesquisa de campo buscou-se identificar a distribuição das agressões em especial a perspectiva sobre os casos em que tal violência sofre repetição, pelo mesmo indiciado independente da vítima.
Os dados sistematizados abaixo se relacionam ao período de 2009 a maio de 2015, disponíveis no sistema da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres, totalizando 3.451 IPs.
Conforme os dados dos Inquéritos, observou-se que a 1ª repetição da violência do indiciado ocorre em 62% dos casos em um período inferior à 1 ano do primeiro relato; 19% das ocorrências acontecem em um período de 1 à 2 anos; 10% dos casos ocorrem em um intervalo de 2 à 3 anos e 9% da primeira repetição acontece com mais de 3 anos do primeiro registro.
Para Baierl (2004) o contexto atual da violência na sociedade está sendo modificado cada vez mais, devido à crescente violência urbana que vem atingindo proporções gigantes e consequentemente, por sua vez, transforma o modo das relações sociais, o receio das trocas interpessoais e o ritmo da sociedade, em si.
[..] Quando a sociedade trata a violência como corriqueira, o risco que se corre é a banalização do cotidiano, chegando à barbárie. A realidade brasileira expressa essa situação. A violência aparece como algo corriqueiro, típico no cotidiano das pessoas, quer seja a violência na cidade quer seja a violência no campo: homicídios, chacinas, ocupações violentas de terra, dizimação de índios, morte perinatal, estupros, acidentes de trânsito, assaltos, roubos a banco, sequestros, vitimização de mulheres e crianças, violência policial, extorsão, tráfico de drogas, linchamento, tráfico de crianças e uma violência que não ganha visibilidade pelas marcas que deixa no corpo, mas que se expressa no conjunto das relações sociais e na vida cotidiana: ausência de equipamentos sociais mínimos, tempo gasto no transporte, desemprego, filas de espera, baixos salários, qualidade e quantidade dos serviços públicos de direito do cidadão, desrespeito, perda de dignidade, ausência de cidadania, que vai minando o cotidiano dos sujeitos (BAIERL, 2004).
 
Neste sentido, podemos dizer que a violência é uma ação que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. Ela invade a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado (OLIOSI et al, 2010).
De acordo com Cardoso (2013) o entendimento atual da violência doméstica é que esta é um comportamento aprendido que um agressor engaja em estabelecer e manter o poder e controle sobre o outro. Agressores aprendem esse comportamento através da observação. Meninos que testemunham seus pais batendo em suas mães são sete vezes mais propensos a bater seus próprios cônjuges. 
A violência se inclinou através da exposição a valores sociais e crenças sobre as funções apropriadas de homens e mulheres. O comportamento violento é reforçado quando colegas e autoridades não sancionar os agressores para a utilização de violência.
Conforme Santiago e Coelho (2011) vários fatores culturais e psíquicos motivam e contribuem para a ocorrência do ato criminoso, dentre eles o patriarcalismo, o machismo, as noções de masculinidade e virilidade, a idéia de defesa da honra, o uso de substâncias psicoativas, os sentimentos de rivalidade, ciúme, amor, ódio e a intolerância à traição.
Com relação à 2ª repetição, constatou-se que 60% dos casos ocorrem pela segunda vez num período inferior à 1 ano; 25% da segunda repetição acontece num intervalo de 1 à 2 anos após a primeira repetição. Sendo que 10% das repetições acontecem entre 2 à 3 anos e 5% com mais de 3 anos.
Verificando os IP da DEDM de Cáceres-MT, pode-se identificar que quando se trata da primeira e segunda repetição do indiciado, muitas vezes ocorre com a mesma vítima, fazendo análise dos dados encontrados, verificou-se que houveram casos em que a repetição da violência com a mesma vítima chegou a ultrapassar 8 (oito)registros. Em dois casos, a mesma vítima foi agredida pelo mesmo autor por 15 (quinze) vezes. Cujas agressões começaram com ameaças, lesão corporal e culminando na tentativa de homicídio. 
As estatísticas sobre violência mostram que a violência está entre as principais causas de morte de pessoas entre 15 - 44 anos segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). As autoras relataram que a violência doméstica e a violência na vida infantil estão entre os casos mais comuns de violência na atualidade e, que a violência física contra crianças e adolescentes ainda é um fenômeno marcante nas famílias brasileiras.
Para Baierl (2004) a contemporaneidade enquanto processo de construção da história da humanidade apresenta desafios cotidianos nas mais diferentes perspectivas: questões de combate a fome, a violência, a miséria, educação ambiental, desenvolvimento nuclear, sustentabilidade entre outras. Entre estes conceitos gerais que caracterizam a interação dos fatores da produção humana, tanto em termos de economia, quanto de linguagem e subjetividade, a autora apresenta as dinâmicas de paz e de violência nos dias atuais, estas, permite a reflexão aprofundada e contextual das interações humanas, do processo de risco e proteção no desenvolvimento das crianças e adolescentes.
Ao analisar os inquéritos polícias, a fim de verificar se a repetição da vítima se dava, também, com novo agressor. Pode-se perceber que 4% dos IPs analisados, correspondem a inquéritos de mulheres que sofreram a segunda violência com novo companheiro. O percentual encontrado corresponde a aproximadamente 70 (setenta) vítimas diferentes.
De acordo com Meneghel et al (2000), a violência de gênero é um abuso de poder, que fragiliza as relações entre homens e mulheres e que se fundamenta em uma sociedade patriarcal e machista.
Neste sentido Carvalho (2012) afirma que se ativam determinados mecanismos de sobrevivência e a decisão de sair ou não da relação ou da coabitação pode ser determinada por diversos fatores (e.g., a esperança que o comportamento do companheiro se altere; a dependência econômica; a necessidade dos filhos, a perda de segurança, a perda de uma identidade).
De acordo com os dados encontrados 41% das violências repetidas são ameaças; 41% são lesões corporais; 9% estupro e 9% outros (injúria, calúnia, difação, tentativa de homicídio, etc...). Neste universo, constatou-se 18 indiciados que totalizaram 66 repetições.
Neste contexto, é certo que a ação penal pública incondicionada, se há um tempo subtrai às vítimas parte da propriedade do conflito, de outro retira a lógica de barganha que impregna a instância penal em sede de Lei n. 9.099/95. Aqui não vai qualquer crítica ao procedimento da Lei dos Juizados Especiais, meio ágil para a resolução de demandas, mormente em sede de conflitos de violência ritualizada e cotidiana, que tantas vezes são solucionados por meio de outras medidas, como a mediação para a conciliação. 
Conforme Weisel (2012, p.16) existem duas principais razões para a repetição da vitimização: 
[...] Uma, conhecida como a explicação dos “impulsos”, está relacionada com o papel dos ofensores repetidos; a outra, conhecida como a explicação dos “sinais”, está relacionada com a vulnerabilidade, ou a atratividade, demonstrada por certas vítimas. Na explicação dos sinais, alguns alvos são se sobremaneira atrativos para os criminosos, ou são particularmente vulneráveis ao crime, e estas caraterísticas tendem a manterem-se constantes ao longo do tempo. (...) Na explicação dos impulsos, a repetição da vitimização reflete o resultado do sucesso da ofensa inicial. Alguns ofensores específicos obtêm conhecimentos importantes acerca do alvo, a partir da experiência e usam esta informação para reofender.
No entanto é este o objetivo da Lei n. 11.340/06, instrumento normativo que oferecer tutela integral à mulher vítima de violência doméstica, contemplando além das medidas diferenciadas de natureza penal e processual penal conta também com medidas protetivas à vítima, seus familiares e eventuais testemunhas (artigos 18 a 24). 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com os dados analisados, pode-se perceber que existe um alto índice de repetição de ocorrências pelo mesmo indiciado, e muitas das vezes a vítima é a mesma, nos dados encontrados, existiram casos que ultrapassaram dez repetições pelo mesmo indiciado, com a mesma vítima. O que nos remete a enteder que as medidas protetivas não estão sendo obedecidas. Nos registros houve uma ocorrência que o indiciado estuprou uma vulnerável e quinze dias depois cometeu o mesmo ato com outra vítima. 
A Lei 11.340/2006 surgiu como resposta à ausência de eficácia subjetiva do provimento jurisdicional obtido por intermédio da Lei n.º 9099/1995, com o escopo de buscar soluções que efetivamente ofereçam às vítimas de violência doméstica o necessário acesso à Justiça, o qual não pode ser compreendido de outra maneira que não pela via da tutela integral institucionalizada preventiva, protetiva, assistencial e, em último caso, também repressiva. 
Vale destacar que a ampliação da inserção feminina no mercado de trabalho, bem como na chefia da família no município de Cáceres, ainda contrasta com o alto índice de violência de gênero praticado contra a mulher no ambiente doméstico, evidenciando que os avanços sociais e econômicos estão em descompasso com a cultura predominante fundada em uma relação entre gêneros de dominação do homem sobre a mulher pela força, coação, e ainda em alguns casos, pela dependência econômica, ou seja, pela via da violência física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral, como bem conceitua a Lei 11.340/2006, em seu Art. 7.º, incisos I e seguintes. 
Entende-se que a visualização da violência de gênero no âmbito doméstico demanda o reconhecimento da violência contra a mulher enquanto uma violação de direitos humanos, uma violação que acarreta sérios danos à saúde física e psíquica das vítimas e, como tal, exige intervenção coordenada e interdisciplinar, tanto quanto qualquer outro problema social enfrentado em nível institucional. Em outras palavras, é preciso desprivatizar o conflito de gênero, tornar evidente e palpável a relação de poder imposto mediante violência no âmbito doméstico. 
Não podemos afirmar que a Lei Maria da Penha não tenha trazido contribuição para a questão do combate a violência doméstica contra a mulher no município de Cáceres, uma vez que em razão da falta de uma norma especial antes da entrada em vigor da referida lei as mulheres provavelmente se sentiam desmotivadas a buscar guarida na Justiça. Mesmo assim, a lei não trouxe os avanços esperados, urgindo-se necessária uma reflexão sobre a solução deste grave problema social. 
Mais do que um problema criminal, a violência contra a mulher no ambiente doméstico é um resquício de aspectos sociais arraigados no campo cultural, que precisam ser extirpados. Essa mudança precisa ser dinamizada através de um processo educacional amplo de conscientização e de aceitação da mulher tendo por fundamento os direitos fundamentais da pessoa humana, com a participação da mídia como meio de atingimento das massas, participação popular e das instituições públicas aliado ao aspecto normativo, que no caso do Brasil tem como principal expoente a Lei 11.340/2006.
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