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Parecer Jurídico (UNEF)Adrian Doria

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4
UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FEIRA DE SANTANA
PARECER JURÍDICO
Feira de Santana
2019
PARECER JURÍDICO
Parecer nº 0001/2019
Interessado: Excelentíssimo Dr. Marcos Matos
Ementa: Artigo 135, § 1°. – Artigo 211 – Artigo 121, § 2°, inciso I, II e V. Decreto de Lei n° 2.848 de 07 dezembro de 1940 do Cód. Penal – Omissão de Socorro (vítima de acidente automobilístico) – Ocultação de cadáver – Assassinato Laura Vidal – Assassinato Daniel Garrido (Vítima do acidente) – Relação extraconjugal.
RELATÓRIO
1. Trata-se de parecer jurídico solicitado pelo Dr. Marcos Matos acerca da ocorrência registrada na cidade de Bierge na Espanha a respeito do desaparecimento do garoto Daniel Garrido. 
2. Decorrente de um acidente automobilístico constatado pela perícia no qual envolve um veículo de placa 0862 JFV de marca BMW, modelo X5, em nome do Sr. Adrian Dórea, empresário, presidente da Gol Global Tech Media. No qual negou qualquer relação dele com o veículo no dia do crime, por alegar, estar em Paris na França. Relatando horas após o acidente um Boletim de Ocorrência no departamento de polícia da cidade de Barcelona a cerca de 300 Km de Bierge.
3. Segundo a acusação, horas após o desaparecimento de Daniel, uma das testemunhas (Pai do garoto) relata que ajudou a mulher por nome Raquel, em pose do veículo acima citado, no acostamento na via do fato ocorrido. O pai alega que ajudou a mulher, porque a mesma disse estar com o veículo com falhas mecânicas e precisava voltar para sua residência. Assim de bom grado, o senhor Thomas Garrido se ofereceu, sendo eng. mecânico, a prestar o auxílio necessário para o reparo do carro.
4. Sendo interrogado no departamento de polícia o sr. Adrian Dórea se disse totalmente inocente e que não vê relação entre ele e o acidente, sendo que se encontrava em paris, além do veículo ter sido furtado de um estacionamento. Relata também desconhecer a motorista, ao ver o retrato falado da mesma.
5. Laura Vidal foi encontrada morta em um quarto de hotel (Hotel Bella Vista), após denúncias de gritos no quarto, alguns meses após o desaparecimento de Daniel Garrido. A polícia foi acionada e ao chegar ao local do crime constatou o óbito da fotografa e prendeu o único suspeito que se encontrava trancado junto a vítima, o sr. Adrian Dória.
6. Após a morte de Laura Vidal, o sr. Adrian Dória foi detido para esclarecimento do crime, no seu depoimento, ele alegou que foi empurrado contra parede e ficou desacordado por um certo espaço de tempo, quando retornou à consciência já encontrou Laura caída no chão já sem vida, com um ferimento na cabeça. Segundo sua versão havia mais uma pessoa no quarto.
7. É o relatório, passo a opinar.
FUNDAMENTAÇÃO
8. A primeira coisa a ser considerada é que segundo a direção do hotel, o quarto estava reservado em nome de Adrian, somente ele tinha a chave e acesso. Com essa alegação, não se compreende como uma terceira pessoa entraria e sairia do quarto sem que ninguém o visse. Sendo que ao ouvir gritos os hóspedes que testemunharam o fato também afirmaram não ver nenhuma pessoa saindo do quarto até a chegada da polícia.
9. Considerando os fatos, surge a dúvida sobre que tipo de relacionamento o sr. Adrian Dórea teria com Laura Vidal. Segundo o depoimento do suspeito, ele e a vitima tinham um relacionamento extraconjugal, ainda de acordo com ele, foram descobertos e estavam sendo chantageados. Por serem pessoas em destaque e influentes, foram até o hotel a pedido do Chantagista para pagar um valor de £100.000,00 em troca de silêncio.
10. O suspeito não conseguiu explicar o porque o chantagista que pediu dinheiro em troca de silencio, desistiu de levar o valor e matou Laura, deixando-o com vida e espalhando o dinheiro por todo quarto. Porque o chantagista preferiu sangue do que dinheiro? Como explicar esse comportamento? Seria vingança?
11. Um AUDIO entregue pelo Sr. Thomas Garrido (pai de Daniel) dois meses após o depoimento de Adrian a polícia trouxe informações esclarecedoras aos dois casos envolvendo Adrian, já que a polícia tinha descartado ele do ocorrido com Daniel Garrido na cidade de Bierge na Espanha. 
12. De acordo com o áudio, Adrian Dórea se torna réu confesso. Com base na informação através da mídia local a mãe de Daniel se passou pela famosa advogada Virginia Goodman, que foi substabelecida para assumir em conjunto com o atual (Felix Leiva) o caso em defesa do acusado.
13. De forma clara e audível o acusado tenta conseguir uma argumentação que seja convincente aos juízes na intenção de ser inocentado da morte de Laura e de não ser ligado ao desaparecimento de Daniel, culpando o pai de ser o chantagista que teria feito a armadilha que resultou no assassinato da fotografa e no processo contra ele, por motivo de vingança.
14. Aos 98 minutos do áudio, Adrian confessa que o acidente de Daniel foi provocado por ele quando um servo atravessou entre os dois veículos. Ao sair do carro ele e Laura constataram que o condutor do outro veículo (Daniel) estava desacordado, provavelmente morto.
15. Aos 105 minutos Adrian confessa que por desespero de ser descoberto num encontro extraconjugal com Laura Vidal, não prestou socorro à vítima, segundo ele tinham um relacionamento secreto e não poderia vir à tona em hipótese alguma, por serem casados e terem uma “reputação” a zelar, além de prováveis divórcios milionários e exclusão social. Decidindo então por ele mesmo ocultar o acidente, o veiculo e o corpo, provas que esclareceria seus atos implícitos e delituosos.
16. Considerando então que Adrian nunca esteve em paris, ele deixou Laura e ocultou as provas do crime num local que somente ele sabia. Aos 110 minutos, ele confessa que afundou o veiculo com o corpo de Daniel Garrido numa região de lagos, demarcando o local da ocultação num mapa entregue anexo ao áudio.
17. O fato agravante da pena, além do motivo fútil no qual decidiu ocultar o ocorrido e desfazer o local do acidente, foi que, antes de afundar o carro, segundo o relato do próprio acusado, ele ouviu Daniel Garrido batendo no porta-malas na intenção de pedir socorro, abrindo a mala do veiculo e constatando que ainda estava vivo, ele decidiu friamente por não voltar atrás do que tinha planejado, afundando o veiculo com a vitima ainda viva e sem condições de defesa.
18. Aos 118 minutos Adrian confessa que matou Laura, não conseguindo sustentar suas argumentações, ele sede a pressão da advogada (Elvira Garrido, mãe de Daniel) e confessa ter matado Laura após supostamente ela expor a ele a intenção de confessar o crime e de ressarcir a família, justificando o dinheiro no local do crime. Subtende-se no áudio que realmente foi o que aconteceu, uma vez que o acusado matou friamente o garoto, não teria coragem, raiva e medo como motivos que resultaram na morte de Laura?
19. Este é o parecer.
DISPOSITIVO
20. Ante o exposto, concluo que Adrian Dórea deve ser culpado pela morte de ambas as vítimas, de forma fria e calculista e por motivos fúteis. Sendo encontrado o veículo e o corpo de Daniel no local indicado no mapa, não há mais o que argumentar em defesa do acusado uma vez que a exposição do que foi ocultado veio como prova que sustenta a veracidade do áudio e do conteúdo contido nele. Adrian é um homem dissimulado e frio, que foi levado ao limite e cedeu ao erro afundando em outro maior, estando em plena faculdade mental, nada o inocenta diante das provas, levando em consideração que agora há realmente dois processos e duas mortes. 
21. É o parecer, salvo melhor juízo.
Feira de Santana (BA), 23 de março de 2019.
Genival Bezerra da Silva Junior
Estudante em Direito

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