Buscar

A Revolução Cubana (1959)

Prévia do material em texto

A REVOLUÇÃO CUBANA (1959)
Acssa Pricilla Guimarães Soares
Licenciada em História 
Especialista em História do Brasil
CONTEXTO HISTÓRICO
 Liderada pelo poeta José Martí, a independência cubana, em 1898,
logo esbarrou na política do Big Stick (“grande porrete”) – que,
era utilizada pelos Estados Unidos para justificar seu
intervencionismo na América Latina e estava sintetizada nesta
frase do presidente Teodore Roosevelt (1901-1909):
 “Devemos falar macio, mas carregar um grande porrete”.
 Seguindo essa política, os Estados Unidos fizeram incluir na
Constituição cubana de 1901 a Emenda Platt, dando início à tutela
político-econômica norte-americana sobre Cuba.
José Martí
Teodore Roosevelt 
CONTEXTO HISTÓRICO
 Seguindo essa política, os Estados Unidos fizeram incluir na Constituição cubana de 1901 a Emenda Platt, dando início
à tutela político-econômica norte-americana sobre Cuba. Além de ceder aos Estados Unidos uma área de 117
quilômetros quadrados – a Baía de Guantánamo, ainda hoje uma base norte-americana em solo cubano –, Cuba ficou
sob ameaça de uma invasão norte-americana e o jugo de governos locais ditatoriais, como o de Gerardo Machado, até
1933, e o de Fulgêncio Batista, de 1934 a 1958.
DÉCADA DE 50
 Na década de 1950,
entretanto, a oposição à
ditadura cresceu
consideravelmente, com o
surgimento de movimentos
guerrilheiros sob a
liderança de Fidel Castro,
Camilo Cienfuegos e
Ernesto “Che” Guevara,
que a partir de 1956
obtiveram sucessivas
vitórias e ocuparam várias
cidades e povoados.
Fidel Castro Camilo Cienfuegos Ernesto “Che” Guevara
SANÇÕES À CUBA
 A ligação de Cuba ao bloco soviético serviu de justificativa para o
governo de John Kennedy tomar medidas radicais. Em janeiro de
1961, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com
Cuba e, em abril, um grupo de soldados formado por exilados
cubanos e mercenários norte-americanos desembarcou na Baía
dos Porcos, recebendo apoio da força aérea, numa tentativa de
derrubar Fidel Castro. O completo fracasso aumentou o prestígio
do líder cubano.
 O isolamento forçado de Cuba serviu de motivo para o governo
apoiar os movimentos guerrilheiros que ocorriam em diversos
pontos do continente, tentando subverter os poderes
estabelecidos, que eram aliados aos Estados Unidos. Na Bolívia,
Colômbia e países centro-americanos, atuava pessoalmente o
líder da Revolução Cubana, “Che” Guevara, que acabou morto em
outubro de 1967 na Bolívia.
 A Revolução Cubana, no contexto da América Latina, foi uma forma diferenciada de enfrentar os problemas de
miséria e ditadura produzidos pelo subdesenvolvimento, cujas soluções passavam pelo não alinhamento
automático com os Estados Unidos durante o período da Guerra Fria. Assim, após mais de 25 anos da revolução,
o governo cubano, a despeito de várias dificuldades, pôde proclamar que conseguira o fim do desemprego e da
miséria e que o analfabetismo fora erradicado do país.
 o bloqueio econômico dos Estados Unidos implementado desde 1961 multiplicava as dificuldades da população
cubana e do próprio regime socialista. Têm sido tão negativos os efeitos dessa política que muitas das conquistas
sociais, econômicas e culturais obtidas até os anos 1980 foram anuladas ou estão sob ameaça.
Após adotar por décadas o lema revolucionário castrista “socialismo ou morte”, passavam, pragmaticamente, a
dizer “queremos capital, e não capitalismo”. Outro mecanismo adotado pelo governo cubano foi o incremento do
turismo, atraindo divisas que ajudaram a enfrentar a asfixia econômica.
 Muitos desses cubanos que estão nos Estados Unidos tinham deixado Cuba por serem opositores à revolução
liderada por Fidel Castro ou por serem contrários aos encaminhamentos empreendidos pelo governo cubano
na pós-revolução.
 Estabelecidos em grande número nesse estado norte americano, os cubanos exerciam, no final dos anos 1990,
um enorme peso nas eleições locais e, com suas ramificações, influenciavam a política externa dos Estados
Unidos.
 Foi nesse quadro que se integrou a visita do papa João Paulo II à ilha, em 1998, bem como o crescente
interintercâmbio comercial e os financiamentos canadenses e europeus concedidos ao país. Mesmo assim,
dissidências internas e oposição à ordem política, seguidas de repressão e prisões, têm sido destacadas como
indicadoras de uma estrutura fechada e antidemocrática, motivo de críticas e de entrave à maior integração de
Cuba no circuito dos negócios e da política internacional.
 Os acordos com o governo venezuelano de Hugo
Chávez garantiram a Cuba o abastecimento de cerca
de um terço do petróleo consumido na ilha a partir
de 2004, em troca de medicamentos genéricos,
assistência de equipes médicas e profissionais da
educação e implantação de núcleos de produção de
vacinas, além de colaboração na criação de centros
de processamento de leite de soja, para atender às
escolas daVenezuela.
 Outro importante parceiro comercial de Cuba nos
últimos anos é a China, que junto com a Venezuela
têm representado grande parte do comércio
internacional do país.
 Fidel castro e Hugo Chávez criaram a ALBA
(alternativa Bolivariana para as américas). Chávez foi
eleito presidente da Venezuela pela primeira vez em
1998 e reeleito outras vezes. após sofrer um golpe
frustrado apoiado pelos Estados Unidos em 2002,
ganhou popularidade e ampliou seus poder es
governamentais.
 Em 2012 obteve a aceitação da Venezuela como
membro do Mercosul e, na reeleição de outubro, foi
vitorioso para mais um mandato. entretanto, Chávez
não pôde realizar o juramento oficial de posse do
novo mandato presidencial em janeiro de 2013 por
problemas de saúde, passando mais de dois meses em
cuba para tratamento de um câncer na região pélvica.
(foto de 2004, Havana)

Continue navegando