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Alimentação Viva e Emagrecimento Chef de culinária viva e coach de emagrecimento Introdução É primordial cuidar do corpo físico através da alimentação viva e cuidar da mente através das técnicas e ferramentas específicas. Então, vamos falar sobre a culinária viva e sobre como mexer na nossa mente de forma que se consiga realmente fazer uma transição, seja ela uma transição alimentar focada no veganismo ou simplesmente uma transição para ter mais saúde e conseguir atingir o seu corpo dos sonhos, com o emagrecimento. Assim, a alimentação viva simplesmente transformou a minha vida e minha história. Hoje eu como exclusivamente alimentos crus. Há dois anos isso me trouxe muitas coisas, eu estava buscando saúde e descobri uma doença autoimune que estava complicando minha vida, pois tinha muita dor e o tratamento não resolvia. Nesse intuito, fui buscar na natureza uma alternativa para isso e conheci a culinária viva. Em um tempo muito curto as minhas dores se foram, melhorou a minha hipertensão, diminuíram as inflamações de joelho e ombro. Tudo começou a sumir. A parte emocional também mudou: de repente, parece que comecei a lidar melhor com os meus problemas, como se ficassem menores. O interessante é que eles eram exatamente do mesmo tamanho, meu cérebro é que estava diferente. Ao estudar, descobri que através da alimentação viva, se mexe realmente com o cérebro porque altera toda a parte dos seus neurotransmissores, os hormônios, bem como em relação às conexões cerebrais, que ficam mais ativas. E as pessoas, ao redor, percebiam que eu estava muito mais animada e cheia de energia e, com isso, comecei a ensiná-las e elas começaram a se interessar pelo assunto. Então, a minha primeira dica para o emagrecimento saudável e consciente é você aderir a uma dieta crua. Para isso, precisamos ter, no mínimo 50% do seu prato com alimentos crus e in natura. De fato, tem um monte de alimentos que não sabemos que se podem consumir crus e ficam muito saborosos na sua forma viva. Portanto, é realmente uma mudança de hábitos e uma quebra de paradigmas para que se consiga ter mais saúde. Reduzir o consumo dos açúcares também é fundamental porque senão não tem como comer um prato cru e depois aproveitar um bolo inteiro. No começo, para mim, foi uma situação complicada na questão dos doces, só que eu fui aprendendo a fazê-los e eu comia muita banana. Eu emagreci comendo de 5 a 8 bananas por dia. Ou seja, basta você comer alimentos naturais que o seu organismo está pronto para absorver e se terá um emagrecimento mais tranquilo, sem passar fome. O que acontece é que nós “perdemos” o nosso paladar, ao se ingerir muito açúcar e farinha de trigo. E tudo que tem glúten ou açúcar nos faz sentir, no paladar, uma diferença em relação a comer uma fruta, por exemplo. Pois não se consegue mais achar tão doce ou o suficientemente adocicado. Mas se você começar a substituir os doces por frutas, mudando os seus hábitos alimentares, com certeza vai estranhar ao voltar a comer um doce muito açucarado, bem como o que acontece, nesse caso, é que o organismo já dá sinais de quando você está se alimentando mal, tendo sintomas de azia, dor de cabeça e isso passa a ser um padrão de normalidade da sua vida. Dessa forma, é muito bom quando nosso corpo começa a dar essa resposta e o paladar busca não desejar mais esses alimentos nocivos. É quando nosso corpo demonstra que está aprendendo a fazer boas escolhas alimentares. O problema é oscilar, no famoso “eu quero mas não consigo” e começo algo saudável e depois volto para trás, pois um dia como alimentos crus e depois não. Isso já aconteceu com todo mundo e a neurociência explica o motivo da pessoa se comportar assim: o nosso cérebro quer, na verdade, fazer o que ele sempre fez porque, ao se repetir um tipo de alimentação durante um tempo, isso acaba se tornando um hábito. Então, ao se reprogramar seus hábitos, vão abrindo-se, na nossa mente, um novo caminho que os neurônios vão fazer com facilidade. O mesmo ocorre com os velhos costumes, os quais são como uma rua livre no meio de um trânsito congestionado e o nosso cérebro utiliza aquilo que ele já está acostumado, aquele caminho mais fácil, formando assim todos os nossos hábitos e todas as nossas crenças. Estas crenças limitantes são outra face negativa para mudança de hábitos, elas atrapalham nosso processo de transição alimentar de mudança, para um estilo de vida mais saudável. Por exemplo, comer um bolo que você amava e lembrava a sua infância, um mecanismo cerebral aciona “boas lembranças” que te fazem acreditar que é bom repetir tal experiência. A pessoa tinha o hábito de comer aquilo e é difícil reprogramar, mas é possível construir um novo hábito saudável no seu lugar. Outro exemplo: a pessoa parou de comer carne e ficou morrendo de dor de cabeça e, com isso, se faz uma auto-sabotagem, com desculpas para continuar no processo alimentar antigo. “Nós pervertemos nosso paladar” Dicas para mudar hábitos alimentares Dica nº 1 Por essa razão, uma das técnicas muito importantes para se mudar a mente é questionar o seu cérebro antes de comer. Essa história de “eu não resisti”, por exemplo, é uma grande mentira que a pessoa conta para si mesma. Pois tudo começa na mente e nunca tenho uma ação que não comece como um pensamento. Nosso cérebro funciona exatamente assim: eu penso em algo, esse pensamento gera uma emoção, a qual vai gerar uma ação. Por isso que eu tenho que identificar os pensamentos, então, quando eu vejo uma coisa que eu sei que não deveria comer, eu começo a pensar em comer “um pedacinho”, o cérebro auxilia a manter um hábito adquirido durante muitos anos da vida. E você vai cair de novo na mesma armadilha. Outra coisa que devemos focar para se conseguir uma transição alimentar e um corpo dos sonhos é a recompensa tardia. Precisamos parar de olhar para essa recompensa imediata que é o prazer do paladar, o qual dura 30 segundos apenas. Ou seja, você consegue subir um degrau da escada um dia e cai de novo, ao sucumbir ao velho hábito nocivo. Dica nº 2 A repetição de um hábito positivo é muito importante. Precisamos repetir aquilo várias vezes. E o conhecimento é um dos pontos, buscar informação para fazer novas receitas só com esses alimentos do “bem”; a habilidade para mudar complementa, pois se quero uma dieta viva eu preciso comprar os utensílios, ter as castanhas, frutas e verduras e assim desenvolver as técnicas de fazer aquela comida; e, por último, ter a atitude, pois se eu tiver o conhecimento e a habilidade mas não agir, a mudança não se concretiza. Em outras palavras, 15% da mudança depende do conhecimento, já a habilidade alguns desenvolvem e outros não, porém com esforço posso me aprimorar, sendo 25% da mudança a cargo da habilidade de se adaptar. No entanto, 60% depende de minha atitude, de colocar em prática. Nesse sentido, em vez de se pensar quantos quilos se perderá na semana, o certo é refletir sobre quantas receitas vivas aprenderei a fazer na semana. Toda essa dinâmica de mudança precisa ser estipulada com data, tendo um prazo para sua execução. O ideal é repetir por 21 dias uma atitude para que se torne um hábito e depois virá com facilidade, sem maiores forças, entrando no modo “piloto automático”. Então, é usar um calendário para visualizar as metas, em que todos os dias, no final do dia, se faça um x no dia vencido e se comemore a vitória, dizendo “hoje eu só comi cru”. E a ciência comprova a eficácia desse método dos 21 dias, para um novo hábito adquirido. Dica nº 3 Algumas pesquisas indicam também que você é o resultado das 5 pessoas com quem mais anda. Porque o meio influencia, seja o que as pessoas estão falando ao meu redor, as opiniões e a maneiraque elas pensam influenciam nas minhas atitudes e na forma de se alimentar. Principalmente quando eu começo a ter uma alimentação diferente, me sentindo inadequado naquele meio. Ou seja, ao desejar a mudança, você começa a perceber e ver o seu meio de uma outra forma, inclusive se dando conta de que ele está o influenciando de uma maneira negativa. No meu caso, eu me afastei por 6 meses no período de transição, para evitar esse contexto de críticas de quem me via diferente, no âmbito familiar e de amigos. E fiz o oposto: busquei novos círculos sociais, nos quais compartilhavam a mesma visão de vida, tal como em grupos de Facebook. Dessa forma, resumindo as dicas que dei hoje: questione seu cérebro e foque na recompensa tardia, repita as receitas por pelo menos 21 dias e se relacione com pessoas que vivem como você deseja viver. Isso vai fazer toda a diferença na sua vida. Exemplos de vilões e heróis da alimentação Os três maiores vilões da nossa alimentação saudável são: -Glúten: o uso de glúten do trigo está ligado à toda gordura abdominal que se acumula e gera vários problemas de saúde, como problemas intestinais, ao gerar permeabilidade no nosso intestino, ele inflama todo nosso corpo e, ainda por cima, cria casos de compulsão alimentar, uma vez que o glúten desencadeia, no cérebro, uma vontade de comer maior, sem controle alimentar. -Proteínas animais: retirar completamente a carne e se tornar vegano é uma decisão de cada um, embora, na minha opinião, seja a melhor alimentação que existe. E quem ainda come embutidos, como salsicha, linguiça, mortadela, precisa eliminar isso de sua alimentação porque são muito nocivos para a saúde. Os queijos e os leites também são altamente inflamatórios e vão causar o acúmulo de gordura, prejudicando todo o funcionamento do nosso corpo, causando desânimo e preguiça. -Açúcares: não existe um açúcar “bom”. Se você ainda come bolacha recheada ou toma refrigerante, não tem como emagrecer. É realmente escolher uma “roleta russa”, em que uma hora vai dar errado e vai acabar com a saúde. Portanto, não tem outra saída a não ser eliminando esses produtos. Os 3 heróis da alimentação são 3 sementes que facilitam muito a perda de gordura abdominal para perder gordura abdominal: -Alpiste: é ótima para o cérebro, pois tem gorduras lipossolúveis que ajudam muito no funcionamento cerebral; é uma boa fonte de antioxidantes; tem nessa semente uma enzima chamada lipase que auxilia na quebra das gorduras e as transforma em energia. Portanto, coloque na sua dieta o alpiste, germinando-o durante uma noite em um copo de água, com um punhado equivalente a meia xícara, depois você põe em uma peneirinha e deixa tomando ar, por 2 ou 3 dias. E duas vezes por dia você molha aquele alpiste. Assim, vai sair uma espécie de “narizinho”, que é o broto. Quando estiver nesse ponto, você insere esse alpiste no seu suco verde. -Gergelim: a segunda semente que ajuda muito no processo de emagrecimento é o gergelim. Mas tem que ser o cru, com a consistência integral (com a casca). Pois aquele gergelim que é branco já foi passado em processos químicos, não sendo mais adequado para o nosso consumo. A semente de gergelim possui bastante cálcio, para a resistência dos ossos, bem como é cheio de vitaminas, minerais, sais, antioxidantes e também age como um anti-inflamatório. É, além disso, comprovadamente bom para quem tem diabetes. -Painço: a semente de painço tem propriedades altamente alcalinizantes. Isso significa que desinflama e tem um altíssimo nível de nutrientes que saciam. O painço quebra as gorduras e inibe o armazenamento delas. Pode ser colocado em um suco, lembrando de hidratá-lo, ao colocar na água por algumas horas (umas 6 horas) e assim você o ingere em um suco ou por cima de uma salada. Além do mais, ele tem duas formas básicas de ser consumido: em um suco verde, se for com casca, ou usá-lo sem casca na preparação de um arroz. Nesta receita, você compra o painço sem casca e deixa só de molho, na água, por uma noite. No outro dia, basta dar uma leve esquentada nele, uma breve cozida e mistura com os temperos, e virando um arroz de painço. Fica delicioso e proporciona saciedade. Portanto, a natureza oferece todos os recursos que precisamos para ter saúde integral e para ser uma pessoa magra. Porque quando você estiver saudável o brinde vai ser o “corpo dos seus sonhos”. Haja vista que o foco tem que estar sempre na saúde. Com isso, pare de buscar a “pílula mágica” do emagrecimento, pois não existe o cardápio “perfeito”, no que diz respeito à mudança efetiva dos hábitos alimentares.
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