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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Masculino, 66 anos, branco, natural e residente em Três Lagoas, casado, aposentado, chegou à emergência do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora às 7h15min do dia 23/06/2020, trazido pelo SAMU QUEIXA PRINCIPAL: falta de força do lado direito e fala arrastada. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL Esposa relata que às 6h30min da manhã, foi acordada por seu esposo, referindo dificuldade para movimentar o lado direito ao acordar para ir ao banheiro. Neste instante, observou que o mesmo estava falando de forma enrolada. O paciente conseguia ficar em pé sem apoio, mas precisava de ajuda para caminhar. Havia também diminuição da força do braço e mão direita, deixando cair objetos. Sua esposa observou que a boca estava puxada para o lado esquerdo. Após ajudá-lo a vestir-se, chamou o SAMU e trouxe-o ao Pronto Socorro do HNSA. Quando indagado, o paciente referiu estar com uma cefaléia de leve intensidade, holocraniana, mas sem náuseas. Negou parestesias, alterações visuais ou de deglutição. Foi a primeira vez que aconteceu algo semelhante, exceto por ter apresentado, há poucos meses, episódio de dormências no braço esquerdo, ao acordar, que aliviaram em 2 a 3 minutos. Há 2 semanas tinha apresentado elevação de sua pressão arterial para 160x100mmHg, mensurada por vizinha que é auxiliar de enfermagem. Vinha em uso irregular de propranolol 40 mg, duas vezes ao dia, para o diagnóstico de hipertensão arterial há 10 anos. Sua última consulta cardiológica tinha sido há 6 meses. REVISÃO DOS SISTEMAS: palpitações episódicas tendo negado dor precordial; tosse com relativa frequência e escarro eventual, transparente; pirose frequente nos últimos dois meses. HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA: além da história de hipertensão arterial sistêmica, foi identificada, há mais de um ano, dislipidemia para a qual não aceitou a orientação dietética. É fumante há mais de 40 anos, consumindo em torno de 1 carteira de cigarros por dia. Consome álcool de forma moderada apenas em ocasiões festivas. Não pratica exercícios ou esportes. Há 3 anos foi submetido à cirurgia por fratura em fêmur direito após queda, sem complicações pré ou pós operatórias. Prostatectomia há 8 meses por provável hiperplasia benigna de próstata. HISTÓRIA FAMILIAR: mãe com 85 anos de idade, com história de artrose, osteoporose, hipertensão arterial em acompanhamento médico. Pai faleceu aos 68 anos por acidente vascular cerebral. Tem duas irmãs e um irmão sendo que a mais velha, com 67 anos, também tem história de hipertensão arterial. O irmão, com 62 anos, já teve infarto do miocárdio. Tem um tio paterno e outro materno com história de falecimento por câncer. HISTÓRIA PSICOSOCIAL: mora apenas com a esposa. Tem dos filhos casados, hígidos, um morando em Ilha Solteira e o outro Andradina. Estudou até o 2o grau e trabalhou como bancário. A renda familiar atual vem de sua aposentadoria, dos trabalhos de sua esposa como costureira e do auxílio dos filhos, quando necessário. Não tem tido grandes dificuldades em manter suas necessidades e da esposa com relação ao seu padrão de vida atual. Passa a maior parte do tempo em casa lendo ou assistindo televisão, mas gosta de visitar os filhos e seus dois netos, e, eventualmente, irmãos e alguns amigos. É católico, mas não praticante. Tem resistência ao uso de medicamentos e consultas aos médicos. Tem consciência que não vinha cuidando adequadamente de sua saúde. IMPRESSÃO DO PACIENTE: paciente mostrou-se um informante confiável, assustado com o seu problema atual (risco de vida) e indicando desconforto pelo desleixo com sua saúde. Preocupado com as consequências do seu problema para consigo, esposa e família. Parece ter potencial para aceitar as orientações médicas a partir deste momento. EXAME FÍSICO No setor de emergência do HNSA foram observados os seguintes sinais vitais: Pressão arterial: 200/100 mmHg; FC: 104bpm, irregular FR: 20 mrpm; Ta: 36,9oC; Peso e altura: não mensurados. Bom aspecto geral com estado nutricional e de hidratação adequados. Alerta e cooperativo. Sem anormalidades significativas perceptíveis em pele, anexos, gânglios linfáticos, cabeça, olhos, ouvidos, nariz, boca, orofaringe e pescoço. O exame do aparelho respiratório mostra aumento do diâmetro anteroposterior da caixa torácica, amplitude pulmonar normal, bilateral, sem frêmito, com diminuição do murmúrio vesicular e roncos bilaterais. Ao exame do aparelho cardiovascular não foi palpado ictus, as bulhas eram hipofonéticas, ritmo irregular, sem sopros. Sem turgência jugular. Pulsos periféricos femorais e carotídeos palpáveis e simétricos. Presença de sopro à ausculta carotídea direita. Extremidades sem cianose ou edema. Sem anormalidades identificáveis no exame do abdômen e músculo- esquelético. Ao exame neurológico: Fundoscopia: Isocórico com reflexos fotomotores presentes. Paralisia facial central à direita. Sem alterações significativas nos demais pares cranianos. Disartria. Tônus muscular preservado bilateralmente. Hemiparesia direita com força muscular grau 3-4 em membro superior, com fraqueza predominantemente extensora, e grau 4-5 em membro inferior, com fraqueza predominantemente flexora. Reflexos profundos simétricos, observando-se cutâneo-plantar extensor à direita. Equilíbrio: Romberg com queda para direita. Coordenação: prejudicada pela redução de força à direita. Marcha hemiparética à direita. Sem alterações de sensibilidade. Sem sinais meningoradiculares. Linguagem adequada, sem dispraxias ou agnosias. Orientado no tempo, espaço e pessoa. Sem déficits de memória imediata ou recente. Mini-exame do estado mental: 28 pontos. Escala de Coma de Glasgow: 15 pontos. Roteiro para estudo 1. Descreva a fisiopatologia do AVC (isquêmico e hemorrágico) AVC isquêmico: ocorre a interrupção do fluxo sanguineo para uma determinada área do cerebro, devido a formação de trombo e embolo A cascata isquemica começa quando a baixa quantidade de fluxo sanguineo, fazendo com que os neuronios ´passam de respiração aerobica para anaerobica, esse modo de respiração celular faz com que a celula não produza mais ATP para a despolarização, levando a morte celular. AVC hemorragico: ocorre devido ao rompimento da artéria. Causada por elevada pressão arterial a causar aneurisma cerebral, placas de aterosclerose que se rompem . 2. Quais são os fatores de risco para AVC (isquêmico e hemorrágico) PA elevada, tabagista, cardiopata. 3. Quais os sinais e sintomas apresentados por um paciente sofrendo AVC 4. Qual a diferença entre AVC isquêmico e Ataque Isquêmico Transitório o ataque isquemico transitório são sinais e sintomas iguais ao de AVC isquemico, mas de curta duração, normalmente menos de 1 hora. 5. Quais as condutas iniciais no manejo clínico do AVC isquêmico 6. Quais os exames diagnósticos que devem ser solicitados para o paciente com AVC? 7. Como deve ser o tratamento do AVC? 8. Quando se está indicado a trombólise no AVC? Em avc isquemico para dissolver o trombo 9. Como deve ser o controle da PA do paciente com AVC? 10. Como deve ser o manejo clínico do paciente com AVC hemorrágico 11. Quais são os diagnósticos e intervenções de enfermagem? Sofrendo avc diminuição da força muscular ( levanta o braço) desvio de rima (boca torta) o que fazer na fase pré hospitalar é reconhecer rapidamente, intrahospitalar: escala fast em busca de paresia facial, força muscular, desvio de rima. Horário de inicio dos sintomas é importante, tem que perguntar.
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