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[SER]GE - Tópicos Integradores III - Nutrição_04

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UNIDADE IV
TÓPICOS INTEGRADORES III - NUTRIÇÃO
2
Sumário
Para início de converSa ...................................................................................... 5
eFicácia do aTendimenTo nuTricionaL .......................................................... 7
Fatores relacionados ao cliente/paciente ....................................................................................... 8
Fatores relacionados ao profissional ............................................................................................... 9
Fatores relacionados ao ambiente ................................................................................................... 9
Fatores relacionados à orientação nutricional ............................................................................. 10
FideLiZaÇÃo de PacienTeS/cLienTeS .................................................................. 11
3
TÓPicoS inTeGradoreS iii - nuTriÇÃo
unidade 4
Para início de converSa
Querido (a) estudante, tudo bem?
Seja bem-vindo (a), à unidade IV da disciplina Tópicos Integradores III – Nutrição. Na 
unidade anterior, exploramos a elaboração de materiais importantes para suporte do 
atendimento nutricional em consultório. 
Para finalizar nosso estudo, trataremos nesta unidade sobre aspectos que contemplam 
um atendimento nutricional de qualidade, visando maior eficácia da sua consulta como 
futuro nutricionista e até mesmo durante o estágio de nutrição social e/ou nutrição 
clínica.
O que você acha importante para que um atendimento nutricional se torne eficaz?
Vamos tentar compreender um pouco agora? 
Então, inicie a leitura e reflita sobre os tópicos abordados!
Bons estudos!
orienTaÇõeS da diSciPLina
Nesta unidade vamos tratar dos seguintes assuntos:
Eficácia do atendimento nutricional
Fidelização de pacientes 
4
PaLavraS do ProFeSSor
Estimado (a) aluno (a), você já escutou alguma pessoa dizer algo do tipo: 
“Fui a um (a) nutricionista, mas não gostei do atendimento! ”
“Não consegui seguir a dieta que minha/meu nutricionista passou! ” 
“Nunca mais vou a um (a) nutricionista? ” 
Creio que sim!
Essas falas são resultados de clientes/pacientes frustrados com o atendimento recebido, pois, por algum 
motivo específico, os objetivos almejados não foram alcançados. E isso gera uma visão negativa tanto 
para o profissional responsável pelo atendimento, quanto para a classe de nutricionistas em geral, se 
esse sentimento for comum a muitas pessoas.
Você, como futuro nutricionista, pare e reflita sobre o que pode levar um paciente/cliente a não conseguir 
o seu objetivo ou mesmo não querer retornar a um (a) nutricionista.
Vamos refletir um pouco sobre isso a partir de agora!
Para reFLeTir
O que seria alimentação, para você? 
Provavelmente seriam várias respostas, não é verdade?
Bem, a alimentação é um fator extremamente complexo na vida dos indivíduos, pois reflete o contexto em 
que cada um está inserido, a cultura que partilha, as condições de vida, sendo, dessa forma, um reflexo 
de identidade. Assim, o alimento jamais pode ser restrito apenas a veículo de nutrientes, apesar de ser 
um dos principais condicionantes da saúde.
Você já tinha parado para pensar no conceito acima? 
Trouxe essa reflexão, pois ela faz parte de um novo movimento que tenta humanizar a prática do 
profissional nutricionista, a fim de que o mesmo se sensibilize que os indivíduos que estão sobre seus 
cuidados não são apenas seres biológicos, mas também biográficos, portadores de uma história que deve 
ser respeitada.
O nutricionista tem como instrumento de trabalho o alimento, o qual é cercado de contextos históricos 
e de prazer. O alimento está diretamente relacionado com o corpo, a imagem de um ser, cheia de 
sentimentos que podem levar a extrema felicidade, como a comportamentos doentios, culminando em 
5
estados patológicos, os quais podem levar até a morte.
Já imaginou como é dar o diagnóstico de obesidade para uma pessoa? 
Para o profissional pode até parecer fácil, é a tradução de números e parâmetros gerados a partir de uma 
avaliação nutricional. Para quem está recebendo a notícia significa estar doente, sofrer preconceitos 
sociais, ter que mudar hábitos de vida, significa frustração, podendo gerar transtornos psicológicos, que 
vão andar com esse indivíduo pelo resto da sua vida se não tratados de forma adequada.
Percebeu agora um pouco da sua futura responsabilidade? Por isso, nunca deixe de refletir sobre o seu 
ser profissional!
veja o vídeo!
Para instigar ainda mais sua reflexão sobre o “ser nutricionista” nos dias atuais, deixo 
esse vídeo que trata sobre os diversos paradoxos que o nutricionista encontra hoje na 
sua atuação profissional, com duração de aproximadamente treze minutos.
Vídeo: Qual o papel do NUTRICIONISTA?
LINK
eFicácia do aTendimenTo nuTricionaL
O acompanhamento nutricional está sempre ligado à resolução de um problema, que muitas vezes os 
pacientes/clientes terão consciência apenas durante a consulta. Sendo assim, a função principal de 
um nutricionista é auxiliar os indivíduos a selecionar e implementar comportamentos desejáveis de 
alimentação e de um estilo de vida saudável.
O diagnóstico de uma doença é um momento delicado e particularmente difícil, pois sentimentos de 
depressão, negação e raiva gerados a partir da notícia podem sobrepor-se aos esforços de lidar com o 
problema. Assim, é importante que o indivíduo reconheça que existe um problema e que acima disso, 
queira mudá-lo. Sem esse desejo, o trabalho do nutricionista fica mais difícil e comprometido, não é 
verdade?
Diante disso, o nutricionista precisa ir além do diagnóstico e prescrição nutricionais. É necessário dar apoio 
emocional, auxiliar na identificação de problemas alimentares e de estilo de vida, sugerir comportamentos 
a serem modificados dentro da realidade vivida e facilitar a compreensão e o controle do paciente/cliente 
sobre sua situação.
Agora vejamos alguns fatores que estão relacionados à adesão as orientações prescritas.
https://www.youtube.com/watch%3Fv%3D4WFIKhYQMfM
6
Fatores relacionados ao cliente/paciente
1. Quantidade de informações: quanto mais informações recebidas ao mesmo tempo, 
menor a adesão.
Você já foi a alguma consulta de saúde e se sentiu perdido?
Sem compreender completamente o que o profissional de saúde está querendo com o tratamento e o que 
espera de você? 
Essa também é a forma como muitos pacientes/clientes se sentem quando vão ao nutricionista e são 
bombardeados de informações, sendo isso desmotivador para o tratamento.
2. Nível de ansiedade: os níveis extremos de ansiedade do cliente/paciente quanto à 
mudança alimentar diminuem a taxa de adesão às recomendações.
A ansiedade em quantidade moderada é um fator que estimula o paciente/cliente a querer ser tratado, a 
ir à consulta e a seguir as recomendações. No entanto, quando a ida do indivíduo à consulta está ligada a 
pressão de outros para que o mesmo melhore sua saúde, sem que o próprio tenha essa compreensão, ou 
quando ele está com ansiedade alta de alcançar os resultados, fazendo com que algum empecilho durante 
o percurso seja entendido como uma derrota, não é benéfico para o tratamento.
3. Morar sozinho: clientes/pacientes que moram sozinhos parecem possuir níveis mais 
baixos de adesão às orientações nutricionais.
O fato de morar só pode refletir em dois problemas para o indivíduo seguir as orientações: o primeiro seria 
fazer comida apenas para ele, mesmo que ele goste de cozinhar e o segundo é a falta de alguém que 
estimule seus hábitos saudáveis e que sirva até de vigia em momentos de recaída. Esses problemas estão 
ligados diretamente à aspectos psicológicos e devem ser observados e tratados com atenção pelos(as) 
nutricionistas.
4. Expectativa do cliente/paciente e da família: quanto mais positiva a expectativa pela 
mudança de comportamento, melhor o nível de adesão.
Quando o paciente e sua família compreendem a importância do tratamento nutricional é gerada uma 
expectativapositiva. Assim, avanços que poderiam ser considerados pequenos, como a melhoria do 
trânsito intestinal, são tidos como importantes, abrangendo o olhar sobre o tratamento e aumentando o 
entusiasmo de todos com o acompanhamento nutricional. 
5. Apoio familiar: o envolvimento do conjugue e/ou daqueles que vivem com o paciente 
na adesão às orientações alimentares é crucial.
Talvez uma das situações problemas mais relatados em consultórios de nutricionistas é o fato de fazer a 
dieta só quando se mora com outras pessoas e ainda não receber apoio. Os pacientes/clientes queixam-
se de se sentirem isolados por terem que comer uma comida diferente quando sentados na mesma mesa 
7
que sua família, de ter no armário e na geladeira alimentos que não se deve comer, necessitando de maior 
resistência e esforço. 
Infelizmente, muitos familiares não compreendem seus papéis no sucesso da terapia do seu ente querido 
e acabam dificultando o tratamento. Diante dessa situação, atualmente adota-se a conduta de atender 
crianças e adolescente na presença dos seus pais e/ou responsáveis, pois a criança reproduz os hábitos 
daqueles em que elas confiam, logo se a criança precisa ser saudável, seus responsáveis precisam dar o 
exemplo. A mesma prática deve ser adotada e adequada para indivíduos adultos.
6. Irregularidade na rotina: quanto mais irregular o estilo de vida do cliente/paciente, 
menor a adesão.
Nos dias atuais, ser saudável é um estilo de vida devido às inúmeras dificuldades que os indivíduos 
encontram como: falta de tempo para cozinhar e praticar exercícios, problemas financeiros, disponibilidade 
reduzida de alimentos saudáveis para comprar fora de casa, praticidade, palatabilidade dos alimentos, 
entre outros. Devido a isso, adquirir hábitos de vida saudáveis não é tarefa fácil e precisa ir além do 
querer, é necessário orientação, organização e disciplina, sendo o (a) nutricionista o facilitador desse 
processo. 
Fatores relacionados ao profissional
1. Grau de satisfação do cliente/paciente: quanto mais satisfeito ele estiver com o (a) 
nutricionista e com o tratamento, maior o nível de adesão às orientações.
A satisfação do paciente/cliente com o profissional depende de inúmeros fatores. No entanto, o primeiro 
contato e a empatia gerada nesse momento são cruciais! Se a simpatia e cortesia do profissional 
conquistar o paciente, este estará mais aberto ao tratamento e, consequentemente, os resultados serão 
melhores. Logo, o grau de satisfação também. 
Cada profissional possui sua singularidade no modo de atendimento, seguindo basicamente seu próprio 
padrão, porém, muitas vezes, o padrão de atendimento instituído não é eficaz para todos os indivíduos 
acompanhados. Logo, ter um olhar mais sensível para as necessidades peculiares dos pacientes que irão 
fazer diferença na adesão ao tratamento é outro ponto chave para aumentar o grau de satisfação.
2. Continuidade com o mesmo profissional: quando o cliente/paciente encontra o(a) 
mesmo(a) nutricionista em cada consulta, melhores são as chances de adesão.
Essa observação é válida em ambulatórios, pois como nestes, em geral, há diferentes nutricionistas 
prestando serviço no mesmo ambiente, muitas vezes as consultas são realizadas por diferentes 
profissionais e isso influencia diretamente no aspecto empatia e confiança entre os pacientes/clientes e 
o (a) nutricionista, podendo desmotivar o indivíduo durante o processo. 
Fatores relacionados ao ambiente
1. Local de atendimento: quando a consulta ocorre em local claro, organizado e limpo, 
maiores são as chances de adesão às orientações.
8
Recorda do que vimos no guia de estudos da unidade II?
Deixar o ambiente do consultório harmonioso e aconchegante, fazendo com que o paciente/cliente se 
sinta acolhido, já mostra o cuidado do profissional com relação a ele, deixando-o satisfeito. Além disso, 
aspectos como temperatura, acústica e iluminação influenciam na concentração dos participantes do 
atendimento e devem ser tratados com o máximo de cuidado. 
2. Tempo de espera: quanto menor o tempo de espera, melhor o nível de adesão.
Compromisso é um aspecto essencial para sucesso no tratamento dos pacientes/clientes. Deixá-los 
esperando por muito tempo para início da consulta transmite uma imagem de irresponsabilidade e é um 
aspecto negativo para o profissional, por mais que o paciente/cliente venha a gostar do serviço prestado.
3. Atitudes do pessoal de apoio: quanto melhor o atendimento do cliente/paciente pelo 
pessoal de apoio (telefonista, recepcionista), melhor a adesão.
Sentir-se bem é sinônimo de estar em um ambiente agradável e ser bem tratado pelas pessoas que fazem 
parte do serviço. Dessa forma, cuidar para que o paciente/cliente se sinta ambientado no espaço da 
clínica e seja bem tratado não só por você, mas por todos os profissionais, é primordial para estimular o 
indivíduo a retornar.
Fatores relacionados à orientação nutricional 
1. Número de mudanças: quanto maior o número de mudanças recomendadas ao mesmo 
tempo, menor a taxa de adesão.
A ideia de que quanto mais melhor, não está ligada ao sucesso de tratamentos nutricionais. Como visto 
por você, aluno, anteriormente, a ingestão alimentar está ligada a diversos sentimentos, logo provocar 
muitas mudanças alimentares ao mesmo tempo, em um indivíduo pode levar a alterações emocionais 
desfavoráveis ao tratamento instituído.
2. Complexidade: quanto mais simples e claros os objetivos e o conteúdo das orientações, 
melhores as chances de adesão as recomendações.
O profissional nutricionista não é apenas responsável por instruir as pessoas sobre alimentação saudável, 
mas também como conseguir e comer adequadamente, encontrando soluções junto com os pacientes/
clientes para os mais diversos problemas relacionados aos hábitos alimentares. 
Outro ponto importante é explicar aos pacientes/clientes qual conduta será adota e o porquê de forma 
compreensível. Essa atitude leva ao aumento da confiança entre o profissional e o indivíduo em tratamento, 
como o faz compreender a importância das mudanças que estão sendo sugeridas. É importante ressaltar 
que mais que um fator para melhorar a efetividade do atendimento, este aspecto é dever do nutricionista 
e está em seu código de ética no artigo 5, inciso 8: “é dever do nutricionista manter o indivíduo sob 
sua responsabilidade profissional, ou o respectivo responsável legal, informado quanto à assistência 
nutricional e sobre os riscos e objetivos do tratamento. ”.
9
dicaS
A adoção de orientações em saúde está ligada a pontos importantes como o 
conhecimento, pois o comportamento é mediado por cognições, ou seja, o que o 
indivíduo sabe e pensa afeta a sua ação. Porém, o saber não é suficiente para levar 
a mudanças de comportamentos, tendo em vista que as percepções individuais, 
motivação, habilidades e fatores sociais têm papel fundamental no processo.
As necessidades psicológicas podem exercer mais influência nos hábitos alimentares 
do que a lógica. Dessa forma, dar informações, materiais educativos e citar estudos 
científicos ajudam, mas não garantem o sucesso do tratamento. A nutrição está em um 
momento de transição e novas técnicas de auxílio e psicoterapia devem ser integradas 
ao tratamento. Assim, o (a) nutricionista deve aprender a entender os problemas da 
população-alvo e do paciente de forma individualizada, a fim de encontrar soluções 
mais adequadas e eficazes. A atuação interdisciplinar com o psicólogo é, muitas vezes, 
essencial no processo de incorporação de hábitos saudáveis. 
FideLiZaÇÃo de PacienTeS/cLienTeS
Todo nutricionista ao abrir seu consultório sonha em ver sua agenda cheia, seus pacientes/clientes 
retornando e, acima disso, em ver o sorriso e receber a gratidão dos indivíduos satisfeitos com o tratamento 
realizado. 
Quando isso não acontece, é costume culpar a concorrência de mercado, mas será que é isso? 
Muitos profissionais pecam por não avaliarem seu próprio trabalho e isso faz com que pontos negativos 
não sejam identificadose corrigidos. Claro que conquistar o mercado requer certo tempo, porém esse não 
é o motivo do principal insucesso de um profissional.
Por isso, vou mostrar a você, futuro profissional, algumas dicas para ajudar na sua prática:
	 Seja parceiro do seu paciente/cliente: o consultório não é um campo de batalha com relação de 
sargento (profissional) e soldado (cliente). 
Construir uma relação de superioridade não é bom para o tratamento. Relações horizontais são mais 
aconselháveis, pois o paciente/cliente não vai ao nutricionista para escutar sermão e simplesmente 
deixam de retornar por medo de levar uma bronca. Lembre-se, falhar é humano e toda falha é reversível. 
Logo, não queira que o paciente coma algo só porque você nutricionista acha que ele deve comer, pois há 
uma diferença entre promover mudanças e impor mudanças. 
10
	 Gere empatia: construir uma conexão com o paciente/cliente é essencial.
Ser simpático faz parte, mas não é suficiente, pois uma “boa tarde! ” e “até mais! ” São saudações 
comuns em qualquer relação em que se tenha respeito. Lembre-se que cada indivíduo tem a sua história, 
sentimentos e dores, e que dar importância na dose certa para tudo isso é o ponto chave para se gerar 
empatia. Pergunte ao seu paciente/cliente como ele se sente, dê palpite também de como ele deve estar 
se sentindo tanto para pontos negativos quanto para positivos, como, por exemplo: “Luíza, estou feliz de 
te ver satisfeita e alegre com os resultados do plano alimentar. ”. Dedique um pouco de tempo da consulta 
isso, pois não se trata apenas de coletar informações!
	 Gere comprometimento: um paciente/cliente descomprometido é sinônimo de 
fracasso do tratamento. 
Muitos indivíduos não conseguem ver a diferença entre o sonho e a realidade, dessa forma não sabem 
ver os esforços que precisam ser feitos para alcançar os objetivos e, por consequência, não sabem quanto 
devem se comprometer para isso. Experimente perguntar ao paciente qual o grau de comprometimento 
dele com o tratamento dentro de uma escala de zero à dez. Em seguida, pergunte o que falta para que esse 
comprometimento seja de cem por cento e tente montar estratégias para os empecilhos apresentados. 
	 Valorize-se!
Você tem convicção do seu potencial em quanto agente de mudanças?
 Qual o poder que sua consulta tem em mudar a vida de alguém? 
Para que alguém acredite em você, primeiro você precisa acreditar em você mesmo! Se isso não acontece, 
se você não transmite isso durante a sua consulta, é necessário que melhore a sua autoestima e reconfigure 
seus valores profissionais pessoais. O valor que um paciente ver em um profissional tem como veículo o 
resultado. Isso mesmo, resultado! Se você, enquanto nutricionista conseguir que o paciente/cliente tenha 
resultados, ele será fidelizado e ainda fará boa propaganda sua. É isso que diferencia o investimento 
que se faz em uma consulta, pois um indivíduo paga uma consulta mais cara pelo valor que ele ver no 
profissional. 
	 Clareza no tratamento: deixe sempre claro os próximos passos do tratamento, o que será feito 
nas próximas consultas. 
Caro (a) aluno (a), você pode não acreditar, mas muitos pacientes/clientes não retornam por não saber que 
tem e é necessário o retorno para avaliação da conduta. Por isso, deixe sempre isso muito claro. 
	 Ouça o seu paciente/cliente!
Tenho certeza que já escutou algo assim: “Eu não volto mais para aquela nutricionista. Ela nem me 
perguntou o que eu gostava de comer e nem me deixou falar o que eu queria verdadeiramente. ”. Sua 
atenção durante o atendimento deve estar focada no paciente/cliente, pois ele sente quando não estamos 
realmente preocupados com ele, e quando não o deixamos falar, usando todo o tempo para explicar a 
conduta nutricional. Experimente perguntar se ele gostou do que você propôs.
11
	 Regras de contato: após a consulta, muitos pacientes/clientes vão adquirindo dúvidas ou lembram-
se de perguntar algo. 
Tirar dúvidas é uma forma de manter contato, de mostrar preocupação e solidariedade, porém regras 
precisam ser estabelecidas de acordo com as possibilidades do profissional para que não haja uma 
quebra de expectativas indesejadas. Logo, independente do canal de comunicação que escolha (e-mail, 
telefone, mensagens), avise ao paciente com que frequência você responde essas mensagens para que 
uma demora natural não vire sinônimo de descaso e chateação. 
Ufa! Quanta coisa, você, futuro nutricionista, precisa refletir agora e durante sua vida profissional para 
agregar aspectos positivos ao seu consultório, não é mesmo?
Mas tenha calma, tudo que foi colocado é para ajudar e a experiência vai fazendo com que você trabalhe 
melhor cada ponto abordado e descubra outros de acordo com a sua realidade. E se mesmo fazendo tudo 
isso o paciente/cliente não retornou, não se desestimule! Pode ser culpa do próprio paciente que está em 
busca de fórmulas mágicas que não podem ser dadas por nenhum profissional; ou seja, o problema não 
é com você!
Outra questão é o quanto o nutricionista está preparado para colocar todos os pontos tratados aqui em 
prática. 
Você se acha preparado (a) para isso? 
Se sua resposta foi não, não se sinta só! A maioria, se não todos, também respondeu isso. Atualmente, 
a estrutura curricular adotada pelas faculdades e universidades são voltadas para o desempenho técnico, 
deixando às margens a formação de profissionais cidadãos com visão ampla da realidade em que vai 
atuar e com elementos para transformá-la. 
LeiTuraS comPLemenTareS
Para compreender melhor esse aspecto, sugiro a leitura do artigo: A formação de 
pediatras e nutricionistas: a dimensão humana. 
LINK
Já pensou em saber qual a visão do paciente em relação ao tratamento nutricional? 
Isso seria magnífico, pois você teria a compreensão das duas fases da moeda: o 
profissional e o cliente. Então, não deixe de ler o artigo: Crenças de pacientes diabéticos 
acerca da terapia nutricional e sua influência na adesão ao tratamento. 
Espero que goste dessa leitura, ela vai ampliar mais ainda seu entendimento em 
relação a um tratamento de qualidade.
LINK
http://www.scielo.br/scielo.php%3Fscript%3Dsci_arttext%26pid%3DS1415-52732001000200004%26lng%3Den%26nrm%3Diso%26tlng%3Dpt
http://www.scielo.br/scielo.php%3Fscript%3Dsci_arttext%26pid%3DS1413-81232010000100021
12
PaLavraS FinaiS do ProFeSSor
Chegamos ao fim da disciplina e espero que tenha gostado da experiência de entender 
o funcionamento e planejar um consultório de nutrição e dietética, pois esse é um 
sonho de muitos futuros nutricionistas e é uma satisfação contribuir para concretização 
do mesmo.
Lembre-se de assistir os vídeos da disciplina e as aulas on-line para interagir com 
o seu professor, bem como fazer as atividades disponíveis no ambiente virtual de 
aprendizagem.
Em caso (s) de dúvida (s), não exite em procurar o (a) tutor (a)!
Desejo a você muito sucesso e satisfação profissional!
	Para início de conversa
	EFICÁCIA DO ATENDIMENTO NUTRICIONAL
	Fatores relacionados ao cliente/paciente
	Fatores relacionados ao profissional
	Fatores relacionados ao ambiente
	Fatores relacionados à orientação nutricional 
	FIDELIZAÇÃO DE PACIENTES/CLIENTES

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