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Especialidade Cardiológica 1 1) Paciente de 56 anos, feminina, portadora de miocardiopatia chagásica deu entrada no serviço de emergência referindo piora da dispneia há 5 dias, estando, no momento, com dispneia ao repouso. Ao exame físico, encontra-se consciente, sonolenta e taquipneica. PA=93x69 mmHg, FC=98 bpm e Saturação de oxigênio=87% (em ar ambiente). Presença de turgência jugular a 45º. Murmúrio vesicular presente e estertores crepitantes até terço médio de ambos hemitórax. Bulhas arrítmicas com sopro holossistólico em foco mitral. Presença de hepatomegalia, ascite e edema de membros inferiores. Extremidades frias e tempo de perfusão lentificado. ECG em ritmo de fibrilação atrial com resposta ventricular controlada, BRD, BDAS e alterações inespecíficas do segmento ST-T. Esta paciente está em acompanhamento ambulatorial irregular e refere estar em uso destas medicações: enalapril 10mg 12/12h, carvedilol 12,5mg 12/12h, espironolactona 25mg 1x ao dia e furosemida 40mg pela manhã. Tratando-se de uma insuficiência cardíaca descompensada, qual o perfil de descompensação e terapêutica inicial? a) Perfil C (frio e úmido). Suspender o uso do carvedilol, administar furosemida IV e noradrenalina IV. b) Perfil C (frio e úmido). Reduzir 50% dose do carvedilol, administrar furosemida IV e iniciar inotrópico IV. c) Perfil B (frio e úmido). Manter o betabloqueador em sua dose atual, administrar furosemida IV e dobutamina IV. d) Perfil B (frio e úmido). Reduzir em 50% a dose do betabloqueador, administrar furosemida IV e nitroglicerina IV. 2) Homem de 38 anos de idade refere que há aproximadamente 6 meses vem apresentando dispneia progressiva aos esforços e, no momento, comprometendo as suas atividades ordinárias. Queixa-se de um episódio de síncope, ocorrido há 10 dias, desencadeado por esforço físico intenso (subiu rápido dois lances de escadas) e precedido por turvação visual. Ao exame, encontra-se em regular estado geral, hipocorado e hidratado. PA = 100x60 mmHg e FC = 95 bpm. Murmúrio vesicular presente e normodistribuído, com presença de crepitações em bases pulmonares. Presença de 4ª bulha e sopro sistólico (5+/6+), crescendo e decrescendo, em foco aórtico, que se atenua com a manobra de valsalva. Qual o diagnóstico mais provável? a) Cardiomiopatia Hipertrófica b) Comunicação interventricular c) Estenose Aórtica Importante d) Insuficiência Aórtica importante 3) Paciente de 60 anos, masculino, caucasiano, queixa-se de dispneia progressiva aos esforços no último ano, comprometendo, no momento, algumas atividades habituais (p. ex. Não consegue andar de bicicleta). Nega ortopneia ou dispneia paroxística noturna. Ao exame físico, em bom estado geral, eupneico, corado e hidratado. PA = 108/65 mmHg e FC = 68 bpm. Murmúrios vesiculares presentes e normodistribuídos, ausência de ruídos adventícios, 2 bulhas rítmicas, hipofonéticas e sopro holossistólico (2+/6+) em foco mitral. Ecocardiograma mostra fração de ejeção ventricular esquerda de 38%. Refere uso dos seguintes medicamentos: enalapril 20mg 12/12h, carvedilol 25mg 12/12h e espironolactona 25mg 1x ao dia. Qual a melhor conduta, visando melhorar qualidade de vida e aumentar a sobrevida em razão da insuficiência cardíaca? a) Substituir o enalapril pelo INRA (sacubitril/valsartana), mantendo os demais medicamentos. b) Introduzir Furosemida 40 mg 1x ao dia e aumentar a dose da espironolactona para 50mg ao dia. Manter as doses do enalapril e do carvedilol. c) Introduzir Ivabradina 5mg 12/12h e furosemida 40mg 1x ao dia. d) Paciente em classe funcional ( New York Heart Association ) II e há necessidade de ajuste farmacológico. Prescrever furosemida 40mg 1x ao dia e introduzir digoxina 0,250mg em dias alternados. Reavaliar em 3 meses. Especialidade Cardiológica 2 4) Homem, 52 anos, vem ao consultório para iniciar investigação de hipertensão arterial. Refere ser sedentário e nega outras comorbidades, tabagismo ou etilismo. Ao exame, PA= 149/92 em MSE e PA = 145/90 em MSD. Pulsos presentes e simétricos em MMSS e MMII. Realizado eletrocardiograma que mostrou sinais de sobrecarga ventricular esquerda e alteração de repolarização ventricular em V5-V6 característico de padrão “strain”. No momento, não faz uso de medicações. Qual das seguintes afirmações é verdadeira? a) Paciente hipertenso, com Hipertensão Arterial Estágio 1, sem fator de risco adicional. Iniciar medidas não farmacológicas e reavaliar impacto em 6 meses. b) Será necessário uma segunda consulta médica e/ou realização de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) para confirmar o diagnóstico de hipertensão arterial, já que pode se tratar de efeito do avental branco. c) O recomendado neste caso é a introdução de fármaco anti-hipertensivo em monoterapia, de preferência IECA, associado a medidas não farmacológicas. d) Trata-se de paciente hipertenso, de alto risco cardiovascular. Iniciar imediatamente terapia farmacológica, associada a medidas de mudança do estilo de vida. 5) Homem, 45 anos, refere picos hipertensivos. Compareceu ao consultório para investigação de hipertensão arterial. Para a correta aferição da pressão arterial, quais os cuidados que devem ser tomados? a) No momento do diagnóstico, em nenhuma situação, não se faz necessário a realização da medida da pressão arterial em posição ortostática. b) O paciente deve estar em ambiente calmo, em repouso de 3 a 5 minutos. Orientá-lo a não conversar durante a medição. O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas e pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. c) É importante verificar se o paciente não realizou atividade física no dia da avaliação, pois esta prática, quando realizada há menos de 6 horas, interferirá com o resultado da medida, originando falsos diagnósticos. d) Para melhor acurácia, é fundamental a realização de duas medidas, com intervalo mínimo de 15 minutos. 6) Mulher, 63 anos, hipertensa há 15 anos, veio para consulta referindo que há 6 meses vem apresentando dispneia aos moderados esforços, acompanhado de discreto edema de tornozelos (bilateral). Refere atividades habituais preservadas. Nega ortopneia ou dispneia paroxística noturna. Ao exame, PA=130/80 mmHg e FC= 78bpm. Murmúrio vesicular presente e normodistribuído, ausência de ruídos adventícios. Presença de 2 bulhas rítmicas normofonéticas, com presença de B4, sem sopros. Membros inferiores: edema compressível (+/4+) perimaleolar bilateral, sem sinais flogísticos. Nega tabagismo. Faz uso regular de losartana 50mg 2x ao dia e hidroclorotiazida 25mg cedo. Exame laboratorial: BNP=180 pg/ml. Ecocardiograma: Fração de ejeção=59% e aumento de átrio esquerdo. Diante deste quadro, qual a alternativa correta? a) Diante do exame físico e dos exames complementares, a queixa de dispneia não relaciona-se a alteração cardíaca. Outra etiologia deve ser pesquisada. b) A paciente não preenche critérios para o diagnóstico de insuficiência cardíaca de fração de ejeção preservada, já que o ecocardiograma não evidencia disfunção diastólica. c) Trata-se de um quadro de insuficiência cardíaca de fração de ejeção preservada e requer controle dos fatores de risco. d) Trata-se de IC de fração de ejeção preservada e deve-se iniciar terapêutica que promove redução de mortalidade (IECA, Betabloqueador e espironolactona). Especialidade Cardiológica 3 7) Paciente de 49 anos, masculino, hipertenso, vem ao consultório para avaliação de rotina. Faz uso de enalapril 10 mg 2x ao dia e anlodipino 5 mg 1x ao dia. Ao exame, PA = 132/88 mmHg e FC=89 bpm. Índice tornozelo-braquial=0,8. Dos exames laboratoriais, apresenta Colesterol total (CT)=245 mg/dl; HDL=38 mg/dl; Triglicérides= 215 mg/dl. Diante destas informações, qual o risco cardiovascular deste paciente, a meta de LDL a ser atingida e a melhor condutano momento, respectivamente? a) Alto risco. Meta de LDL < 70mg/dl. Modificações do Estilo de vida e introduzir estatina de alta potência. b) Alto risco. Meta de LDL < 50mg/dl. Modificações do estilo de vida e introduzir estatina de alta potência. c) Alto risco. Meta de LDL < 70mg/dl. Avaliar introdução da estatina após 6 meses de modificações do estilo de vida. d) Moderado risco. Meta de LDL < 100mg/dl. Modificações do estilo de vida e introdução de estatina de moderada-alta potência. 8) Homem, 58 anos, apresenta episódios de taquicardia ventricular não sustentada recorrente em vigência de um quadro de infarto agudo do miocárdio. Encontra-se em Killip II e foi submetido a angioplastia primária com implante de Stent na artéria descendente anterior, com sucesso. Ecocardiograma realizado 24 horas após evidencia fração de ejeção ventricular esquerda de 29%. Diante deste caso, qual a alternativa incorreta? a) Lidocaína não deverá ser iniciada no momento. b) Betabloqueadores podem aumentar a sobrevida e deverão ser iniciados após compensação clínica. c) Há indicação de administrar antagonista de aldosterona no momento, pois há, neste caso, associação com aumento de sobrevida. d) Deveremos considerar o implante de cardiodesfibrilador implantável antes da alta. 9) Paciente 58 anos, masculino, é diagnosticado com hipertensão arterial. Apresenta PA = 162 x 89 mmHg. Os exames laboratoriais mostram: Creatinina=1,0; K=3,9; Glicemia de jejum = 94 mg/dl; LDL = 117 mg/dl; Triglicérides = 182 mg/dl. Qual a meta pressórica e a melhor conduta para este paciente? a) Meta de PA < 130x80 mmHg. Orientar modificações do estilo de vida e iniciar terapia medicamentosa combinada b) Meta de PA < 140x90 mmHg. Orientar modificações do estilo de vida e iniciar terapia medicamentosa combinada c) Meta de PA < 130x80 mmHg. Orientar modificações do estilo de vida e iniciar terapia medicamentosa em monoterapia d) Meta de PA < 140x90 mmHg. Orientar modificações do estilo de vida por 6 meses de forma isolada, antes de introduzir terapia medicamentosa. 10) Paciente de 46 anos, masculino, vem ao consultório para avaliação de rotina. Refere estar assintomático. Refere ser sedentário e etilista (3 latinhas de cerveja por dia). Ao exame, PA=132/80 mmHg e FC=84bpm. Eletrocardiograma evidencia ritmo sinusal e sobrecarga ventricular esquerda. Solicitado MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial) e observado os seguintes resultados: Média PA 24horas = 131/80 mmHg; Média PA Vigília = 134/82 mmHg; Média PA Sono = 122/73 mmHg. Qual o diagnóstico correto? a) Normotensão. b) Hipertensão mascarada. c) Hipertensão do Avental Branco. d) Hipertensão Arterial Sustentada. Especialidade Cardiológica 4 11) Homem de 43 anos, apresenta queixa crônica de dor lombar, com melhora ao exercício. Há 6 meses vem apresentando dispneia aos moderados esforços. Nega ortopneia, dispneia paroxística noturna ou outra queixa. Exame radiológico evidenciou sacroileíte. Fator reumatoide negativo e HLA-B27 positivo. Ao exame físico, apresenta ausculta de sopro cardíaco. Baseado nesta história, quais as características do sopro encontrado neste paciente? a) Sopro diastólico, decrescente, aspirativo, audível em foco aórtico. b) Sopro diastólico, em ruflar, audível em foco mitral. c) Sopro holossistólico, audível em foco mitral, com irradiação para a região axilar. d) Sopro sistólico, rude, crescendo-decrescendo, audível em foco aórtico, com irradiação para a fúrcula. 12) Adolescente de 16 anos é encaminhado para serviço de referência devido pressão arterial elevada. Queixava-se de fadiga muscular aos esforços moderados. Negava comorbidades prévias, uso de medicamentos regulares, esteroides ou substâncias ilícitas. Ao exame, PA=180x110 mmHg aferida nos dois braços. Pulso radial (4+/4+) simétrico e pulso femoral (2+/4+) simétrico. A radiografia de tórax apresenta sinal de Röesler (desgaste das bordas inferiores das costelas). Qual a alteração apresentada pelo paciente? a) Renovascular, ocasionada por fibrodisplasia. b) Estenose Aórtica Supravalvar c) Arterite de Takayasu d) Coarctação da Aorta 13) Mulher de 47 anos, recém diagnosticada com dislipidemia mista, em uso de estatina, retorna ao consultório para reavaliação. Refere dificuldade em aderir a mudanças do estilo de vida e solicita orientações. Baseado nas medidas não farmacológicas para controle da dislipidemia, marque a alternativa incorreta. a) A combinação de um consumo excessivo de etanol e ácidos graxos saturados potencializa a elevação da trigliceridemia. b) O consumo elevado de ácidos graxos insaturados está associado a comprovados efeitos deletérios, tanto sob o ponto de vista metabólico, quanto o cardiovascular, em razão de elevar o colesterol plasmático e por sua ação pró-inflamatória. c) O exercício físico aumenta os níveis de HDL-c e reduz, de forma significativa, os níveis de triglicérides. Gera aumento na cinética de LDL-c na circulação e prolonga o período que o LDL-c permanece na forma reduzida. d) A elevada ingestão de carboidratos aumenta a glicemia, o que promove o aumento da insulinemia; esta, por sua vez, ativa os fatores de transcrição que promovem a síntese de ácidos graxos e TG, favorecendo outros fatores de risco. 14) Homem, 72 anos, diabético há 10 anos, portador de estenose mitral moderada e apresenta-se com fibrilação atrial de início recente, com FC = 82 bpm e PA = 152 x 90 mmHg. Laboratório: Creatinina = 0,8 (Clearance de creatinina estimado = 89 ml/min/1,73m2) e K = 3,8. Ecocardiograma transtorácico mostra fração de ejeção ventricular esquerda de 56% e gradiente médio transmitral de 6 mmHg. Qual das seguintes afirmações é a verdadeira? a) O retorno do ritmo sinusal reduz o risco de acidente vascular encefálico quando comparado com a conduta de apenas controlar a frequência cardíaca e anticoagulação plena. b) Warfarina deverá ser iniciada para reduzir o risco de acidente vascular encefálico. c) Deve-se iniciar anticoagulação plena, preferencialmente com anticoagulante direto (dabigatrana, rivaroxabana, epixabana ou edoxabana). d) Paciente poderá ser cardiovertido agora e ficar anticoagulado com rivaroxabana por 4 semanas. Especialidade Cardiológica 5 15) Homem de 37 anos deu entrada na emergência com queixa de dor torácica. Refere que há 1 dia iniciou quadro de dor retroesternal, com irradiação para o dorso, sem relação com esforço físico ou com alimentação. Refere piora da dor quando fica em decúbito dorsal e alívio na posição sentada, com o tronco inclinado para frente. Ao exame, PA=130/80 mmHg (em ambos os braços), FC=89 bpm. Pulsos presentes e simétricos em todos os membros. Eletrocardiograma em ritmo sinusal e infradesnivelamento do segmento PR em quase todas as derivações. Troponina negativa. Qual o diagnóstico mais provável e conduta mais adequada? a) Pericardite aguda. Solicitar ecocardiograma e iniciar ácido acetil salicílico (AAS) 500mg 6/6h. b) Dissecção aguda da aorta. Solicitar angiotomografia de tórax e se confirmar Stanford A, encaminhar para cirurgia de emergência. c) Angina instável de alto risco (dor prolongada). Administrar AAS 300 mg (mastigar), clopidogrel 300 mg e nitrato sublingual. Realizar cineangiocoronariografia em até 24 horas. d) Doença do refluxo gastroesofágico. Solicitar endoscopia digestiva alta e phmetria. Iniciar inibidor de bomba de próton e pró-cinético. 16) Homem de 65 anos com antecedente de doença arterial coronariana crônica deu entrada no Centro de Dor Torácica (CDT) do Hospital de Base com queixa de hipertensão arterial sistêmica não controlada e mantém quadro de angina pectoris estável, classe funcional 2 (Canadian Cardiovascular Society), inalterado há um ano. Faz uso apenas de atenolol 25 mg/dia e ácido acetil salicílico 100mg/dia. Ao exame físicoapresenta PA 160 x 100 mmHg, FC: 66 BPM. Em relação ao tratamento de pacientes com HAS associada a coronariopatia crônica e de acordo com o guideline de hipertensão 2017, da American College of Cardiology/American Heart Association, assinale a resposta correta. a) A inclusão de um diurético tiazídico ao esquema medicamentoso é a primeira opção terapêutica. b) O uso de betabloqueadores tem sido desencorajado devido ao seu efeito metabólico desfavorável que predispõe ao desenvolvimento de diabetes. c) Deve-se evitar o uso de betabloqueadores com atividade beta-simpatomimética intrínseca. d) Deve-se proceder a substituição do atenolol por pindolol devido ao seu perfil metabólico mais favorável. 17) Em relação ao paciente relatado na questão um (01) responda. Quanto ao tratamento de pacientes com HAS associada a coronariopatia crônica e de acordo com o guideline de hipertensão 2017, da American College of Cardiology/American Heart Association, assinale a resposta correta. a) Os bloqueadores dos receptores de angiotensina 2 (BRA) são comprovadamente superiores aos inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e, portanto, devem receber prioridade na associação com betabloqueadores. b) O atenolol é o bloqueador de primeira escolha neste caso, mas deve ter sua dosagem ajustada para 12/12 horas, devido a meia vida deste fármaco não permitir proteção por 24 horas. c) O atenolol deve ser evitado devido ter sido menos efetivo que placebo em reduzir eventos cardiovasculares. d) Os inibidores da enzima conversora de angiotensina devem ser evitados em pacientes com infarto do miocárdio prévio e angina pectoris. Especialidade Cardiológica 6 18) Em relação ao paciente relatado na questão um (01) responda. Quanto ao tratamento de pacientes com HAS associada a coronariopatia crônica e de acordo com o guideline de hipertensão 2017, da American College of Cardiology/American Heart Association, assinale a resposta correta. a) Os bloqueadores dos canais de cálcio devem ser evitados em pacientes com angina pelo risco de deterioração da função miocárdica. b) O atenolol deve ser substituído por succinato de metoprolol, carvedilol, bisoprolol ou propranolol e deve-se associar um fármaco da classe dos IECA ou BRA a fim de atingir a meta < 130 x 80 mmHg. c) O atenolol deve ser substituído por succinato de metoprolol, carvedilol, bisoprolol ou propranolol e deve-se associar um fármaco da classe dos BRA a fim de atingir a meta < 140 x 90 mmHg. d) Os betabloqueadores somente devem ser utilizados se houver concomitância de insuficiência cardíaca e/ou disfunção ventricular esquerda documentada. 19) Mulher de 55 anos é avaliada no Centro de Dor Torácica do HB com queixa de dor epigástrica em queimação, há 6 horas, sem irradiação e associada a diaforese. Ao exame físico apresenta PA 160 x 100 mmHg, FC: 88 BPM, murmúrio vesicular simétrico sem ruídos adventícios e bulhas rítmicas normofonéticas sem sopros. O eletrocardiograma (ECG) mostrou supradesnível do segmento ST de 4mm V1-V4, sem melhora após administração de nitrato sublingual. São condições pré-hospitalares que dificultam o atendimento precoce do infarto agudo do miocárdio de acordo com a diretriz de infarto com supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta incorreta. a) Não valorização, pelo paciente, dos sintomas de dor torácica como sendo de infarto (ao considerar que infarto é sempre um quadro de elevada gravidade). b) Ausência de conhecimento dos benefícios que podem ser obtidos com o tratamento rápido. c) Atribuição dos sintomas a condições crônicas preexistentes ou a uma doença comum (gripe ou dor muscular). d) Atendimento extra-hospitalar de urgência disponível a todos de forma homogênea. 20) Em relação ao paciente relatado na questão quatro (04) responda. Algumas características são reconhecidamente determinantes para a manifestação atípica de um evento coronariano de acordo com a diretriz de infarto com supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta incorreta. a) Sexo masculino. b) Idosos. c) Diabetes Melito. d) Insuficiência cardíaca prévia. 21) Em relação ao paciente relatado na questão quatro (04) responda. Quanto ao tratamento de pacientes com IAM com supra ST e de acordo com a diretriz de infarto com supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta incorreta. a) A recomendação é de se utilizar o betabloqueador por via oral nas primeiras 24 horas, reservando-se a via endovenosa para casos selecionados, como em pacientes hipertensos e taquicárdicos. b) Na ausência de contraindicações, os betabloqueadores devem ser iniciados, de preferência por via endovenosa, após a admissão do paciente. c) Recomenda-se iniciar o betabloqueador oral e titular sua dose para um alvo de 60 batimentos por minutos. d) Pacientes com contraindicação para o uso precoce dos betabloqueadores devem ser reavaliados para candidatos a essa terapia na prevenção secundária. Especialidade Cardiológica 7 22) Homem de 76 anos é avaliado no Centro de Dor Torácica do HB com queixa de dor retroesternal em opressão, há 7 horas, com irradiação para o membro superior direito e associada a episódio de vômito. Ao exame físico apresenta PA 100 x 60 mmHg, FC: 55 BPM, peso: 57 kg, murmúrio vesicular simétrico sem ruídos adventícios e bulhas rítmicas normofonéticas sem sopros. O eletrocardiograma (ECG) mostrou supradesnível do segmento ST de 2 mm nas derivações D2, D3 e AVF. Em relação ao uso do ácido acetil salicílico (AAS) em pacientes com IAM com supra ST e de acordo com a diretriz de infarto com supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta incorreta. a) A dose recomendada é de 160 mg ao dia a 325 mg a ser utilizada na forma tamponada, após a realização do ECG. b) É o antiplaquetário de eleição a ser utilizado no IAM sendo que o estudo ISIS-2 (Second International Study of Infarct Survival), demonstrou redução na mortalidade em 23%, isoladamente, quase tanto quanto a Estreptoquinase. c) Após a dose de ataque, a terapia com AAS deve ser mantida, sem interrupção, na dose diária de 100 mg ao dia. d) O AAS tem ação sinérgica com fibrinolítico, levando à associação de ambos os medicamentos a um decréscimo de 42% na mortalidade no estudo ISIS-2. 23) Em relação ao paciente relatado na questão sete (07) responda. Quanto ao tratamento e de acordo com a diretriz de infarto com supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta incorreta. a) O ticagrelor é uma opção em associação ao AAS na dupla antiagregação plaquetária em pacientes com IAMCST em programação de ICP primária. b) No caso da escolha do prasugrel na dupla antiagregação plaquetária não é necessário ajuste da dose de ataque e manutenção em pacientes com baixo peso ou idosos. c) No caso da escolha do ticagrelor na dupla antiagregação plaquetária a dose de ataque é de 180 mg. d) No caso da escolha do prasugrel na dupla antiagregação plaquetária, este fármaco é contraindicado em pacientes com histórico de AVC/AIT. 24) Em relação ao paciente relatado na questão sete (07) responda. Quanto ao tratamento de pacientes com IAM com supra ST e de acordo com a diretriz de infarto com supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta incorreta. a) Nos pacientes com clearance de creatinina estimado < 30mL/min, a dose de enoxaparina deve ser ajustada para 1,0 mg/kg a cada 24 horas. b) Nos pacientes com idade ≥ 75 anos, a dose de enoxaparina deve ser ajustada para 0,75 mg/kg a cada 12 horas, respeitando um máximo de 75 mg para as duas primeiras doses. c) Pacientes com contraindicação para o uso precoce dos betabloqueadores devem ser reavaliados paracandidatos a essa terapia na prevenção secundária. d) Deve-se administrar a dose de ataque de enoxaparina de 30mg EV, em bolus, e manter 0,75 mg/kg SC a cada 12 horas. 25) Paciente portador de diabetes mellitus há 10 anos em controle clínico irregular e com história de endarterectomia de carótida esquerda há 1 ano. Retorna para consulta com glicemia de jejum de 198 mg/dL e hemoglobina glicada de 9,5%. Está em uso de metformina de liberação prolongada 500 mg 2 x dia. Após orientações sobre alimentação e estilo de vida saudáveis, qual seria o melhor ajuste farmacológico: a) Aumentar a dose de metformina para 1000 mg 2 x dia e associar empagliflozina b) Suspender a metformina e associar glibenclamida e repaglinida c) Manter a dose de metformina e associar pioglitazona e glimepirida d) Suspender metformina e iniciar insulinização Especialidade Cardiológica 8 26) Homem de 40 anos, hipertenso, é avaliado no Centro de Dor Torácica do HB com queixa de dor precordial em aperto, há 2 horas, com irradiação para ambos os membros superiores e associada a diaforese e dispneia. Ao exame físico apresenta PA: 90 x 60 mmHg, FC: 112 BPM, murmúrio vesicular com estertores crepitantes em bases, presença de B3 a ausculta e sopro de regurgitação mitral transitório. O eletrocardiograma (ECG) mostrou infradesnível do segmento ST de 1 mm nas derivações V2 a V5 e D3 e AVF. Os valores de Troponina T ultrassensível foram elevados acima do percentil 99% com presença de delta significativo. De acordo com a diretriz de angina instável e infarto sem supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta incorreta. a) A presença de taquicardia (FC > 100 bpm), dispneia, hipotensão, diaforese, terceira bulha e estertores pulmonares indica grande comprometimento miocárdico e seleciona uma população de alto risco. b) A constatação de sopro transitório durante os episódios dolorosos ou a intensificação de sopro preexistente não correlaciona com o diagnóstico isquemia ou rotura de músculo papilar. c) Habitualmente, o exame físico no contexto das síndromes coronárias agudas sem supradesnível do ST é pouco expressivo e quando alterado sugere maior gravidade. d) A realização de ECG adicionando as derivações dorsais V7, V8 e V9 é útil para afastar o infarto posterior verdadeiro isolado. 27) Em relação ao paciente relatado na questão dez (26) responda: Quanto ao tratamento e de acordo com a diretriz de angina instável e infarto sem supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta incorreta. a) Existem estudos conclusivos sobre os benefícios proporcionados pelos nitratos no alívio dos sintomas e na redução de eventos adversos graves (infarto do miocárdio e óbito). b) Os nitratos estão contraindicados na presença de hipotensão arterial (PAS < 100 mmHg) ou uso prévio de sildenafil nas últimas 24 horas. c) Na ausência de contraindicações, o uso sublingual de nitroglicerina, dinitrato de isossorbida ou mononitrato de isossorbida não deve ultrapassar três comprimidos, separadas as administrações por intervalos de 5 minutos. d) O fenômeno de tolerância é atribuído à depleção dos radicais sulfidrila existentes na parede arterial. Esses radicais são responsáveis pela conversão dos nitratos orgânicos em óxido nítrico. 28) Em relação ao paciente relatado na questão dez (26) responda: Quanto ao tratamento de pacientes com IAM com supra ST e de acordo com a diretriz de infarto com supradesnível do segmento ST da Sociedade Brasileira de Cardiologia, assinale a resposta incorreta. a) A estratégia intervencionista precoce permite identificar imediatamente os 5%-10% de pacientes com lesão significativa de tronco de coronária esquerda e os 20%-30% dos pacientes com envolvimento multiarterial complexo. b) A estratégia intervencionista precoce permite identificar cerca de 10%-20% de pacientes sem lesões ou com obstruções coronárias não significativas hemodinamicamente (< 50%). c) O paciente deve ser tratado com estratégia de estratificação conservadora inicial e após a estabilização clínica deverá ser submetido a cintilografia de perfusão miocárdica em uso de medicação anti-isquêmica otimizada. d) A recomendação de classe I para angiografia coronária é especialmente realçada quando ocorre instabilidade hemodinâmica e/ou elétrica, refratariedade ao tratamento medicamentoso otimizado e recorrência espontânea ou provocada por testes não invasivos de isquemia miocárdica. Especialidade Cardiológica 9 29) Mulher de 37 anos, sem fatores de risco conhecidos para doença cardiovascular, é avaliada no Centro de Dor Torácica do HB com queixa de dor epigástrica em queimação, há 2 horas, de moderada intensidade, irradiada para precórdio e desencadeada ao pegar seu filho no colo. Relata diaforese e dispneia associada. Ao exame físico apresenta PA: 100 x 60 mmHg, FC: 90 BPM, exame físico normal. O ECG mostrou onda T invertida 2mm nas derivações V1-V3 e D1 e AVL. Os valores de Troponina T ultrassensível (limite superior da normalidade = 14ng/L) foram 15, 34 e 126 ng/L nas dosagens de admissão, e após três e seis horas. De acordo com a Quarta Definição Universal de IAM, assinale a resposta incorreta. a) Trata-se de elevação de troponina com delta significativo que preenche os critérios para infarto agudo do miocárdio. b) O diagnóstico de IAM do tipo II correlaciona com a ruptura de placa aterosclerótica resultando no fenômeno de aterotrombose. c) A demonstração de trombo intracoronariano neste contexto clínico poderá confirmar o diagnóstico de IAM tipo I. d) O IAM tipo III é realizado em pacientes com sintomas e alterações eletrocardiográficas sugestivas de isquemia miocárdica, mas que evoluíram com morte súbita antes da dosagem de biomarcadores. 30) Em relação ao paciente relatado na questão treze (29) responda: De acordo com a Quarta Definição Universal de IAM, assinale a resposta incorreta. a) As variações de delta de troponina ultrassensível avaliadas em números percentuais (relativos) são superiores aos deltas absolutos especialmente quando o valor inicial está elevado. b) As variações de delta de troponina ultrassensível avaliadas em números absolutos são superiores aos deltas percentuais (relativos) especialmente quando o valor inicial está elevado. c) Dosagens de TnT ultrassensível após 6 horas podem sem necessárias caso novos episódios de isquemia ocorram após as coletas iniciais. d) As troponinas ultrassensíveis associadas aos parâmetros clínicos permitem o diagnóstico precoce de IAM em muitos pacientes, com 3 horas do início dos sintomas, porém alguns pacientes somente serão diagnosticados mais tardiamente com 6 horas. 31) A paciente relatada na questão treze (29) foi submetida a cineangiocoronariografia que mostrou dissecção espontânea de ramo descendente anterior com fluxo TIMI 3 e permaneceu assintomática e hemodinamicamente estável. De acordo com a Quarta Definição Universal de IAM, assinale a resposta incorreta. a) Trata-se de infarto do tipo II e o tratamento inicial deve ser conservador. b) Neste contexto clínico a dissecção espontânea de artéria coronariana com a presença hematoma intramural associado é um exemplo válido de IAM do tipo II. c) Neste contexto clínico a dissecção espontânea de artéria coronariana com ausência de hematoma intramural associado é um exemplo válido de IAM do tipo II. d) Os achados da cineangiocoronariografia associados ao quadro clínico não são compatíveis com IAM do tipo II e a paciente deve ser encaminhada para cirurgia de revascularização do miocárdio. Especialidade Cardiológica 10 32) Homem de 46 anos, hipertenso, é avaliado no Centro de Dor Torácica do HB com queixa de dor precordial em queimação, há 2 horas, de moderada intensidade, com irradiação para o MSE e desencadeada ao esforço. Relatadiaforese associada. Ao exame físico apresenta PA: 140 x 90 mmHg, FC: 88 BPM, exame físico normal. O ECG mostrou onda T invertida 2mm nas derivações V1-V4. Os valores de Troponina T (TnT) ultrassensível (limite superior da normalidade = 14ng/L) foram 19, 57 e 178 ng/L nas dosagens de admissão, e após três e seis horas. De acordo com a Quarta Definição Universal de IAM, assinale a resposta incorreta. a) O diagnóstico de IAM do tipo I correlaciona com erosão ou ruptura de placa aterosclerótica resultando no fenômeno de aterotrombose. b) Este paciente tem diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM) do tipo V (cinco) devido a presença de elevação da TnT acima do limite superior com delta + alterações eletrocardiográficas sugestivas de isquemia. c) A demonstração de trombo intracoronariano neste contexto clínico poderá confirmar o diagnóstico de IAM tipo I. d) O IAM tipo III é feito em pacientes com sintomas e alterações eletrocardiográficas sugestivas de isquemia miocárdica, mas com morte súbita antes da dosagem de biomarcadores. 33) Em relação ao paciente relatado na questão anterior responda: De acordo com a Quarta Definição Universal de IAM, assinale a resposta correta. a) As variações de delta de troponina ultrassensível avaliadas em números absolutos são superiores aos deltas percentuais (relativos) especialmente quando o valor inicial está elevado. b) O limite superior da normalidade (acima do percentil 99%) tem o mesmo valor padronizado para os diferentes kits, de TnT e TnI, disponíveis no mercado. c) No caso das troponinas ultrassensíveis uma única dosagem na admissão é suficiente para confirmar o diagnóstico de IAM no contexto clínico apresentado. d) Os elementos apresentados no caso clínico não são suficientes para o diagnóstico de IAM sem supradesnível do segmento ST, que deverá ser confirmado durante a realização da cineangiocoronariografia. 34) Paciente do sexo feminino, 66 anos, hipertensa e dislipidêmica, portadora de fibrilação atrial e história prévia de ataque isquêmico transitório. Faz uso de varfarina e vem queixando sangramento gengival com frequência e equimoses pelo corpo. Solicita ao cardiologista a troca da medicação anticoagulante. Último ecocardiograma realizado apresenta o seguinte resultado: aumento e volume do átrio esquerdo, estenose aórtica, insuficiência aórtica e insuficiência mitral moderadas, disfunção sistólica ventricular esquerda discreta e hipertensão pulmonar. Dosagem de creatinina foi de 1,8 mg/dL (CKD-EPI – 29 mL/min) e o último INR foi de 2,85. Qual a melhor estratégia de tratamento para a paciente? a) A Varfarina é a única escolha de tratamento para a paciente já que ela é portadora de valvopatia mitral e aórtica b) Suspender a Varfarina, aguardar INR abaixo de 2,0 e introduzir Rivaroxabana 20 mg 1x dia c) Suspender Varfarina e inicial imediatamente Rivaroxabana 15 mg 1x dia d) A Rivaroxabana é contraindicada em pacientes com clearance de creatinina estimado < 30 mL/min Especialidade Cardiológica 11 35) Paciente portador de fibrilação atrial sem anticoagulação oral é admitido no setor de emergência devido perda de força muscular em membro superior e inferior direitos além de desvio de rima labial e alteração na fala. Avaliado pela equipe de neurologia que excluiu sangramento cerebral com exame de imagem (tomografia computadorizada de crânio) sendo pontuado na escala NIHSS (National Institutes of Health Stroke Scale) como tendo um acidente vascular encefálico pequeno. Ecocardiograma transesofágico mostrou trombo em apêndice atrial esquerdo de 10 x 10 mm. Baseado no tratamento anticoagulante podemos afirmar: a) O paciente deve ser anticoagulado 3 dias após o evento agudo b) O tratamento anticoagulante deve ser iniciado nas primeiras 24 horas devido presença de trombo intracardíaco c) O paciente deve ser avaliado no 5º dia com ressonância magnética encefálica e o tratamento anticoagulante deve ser iniciado no 6º dia d) O paciente deve ser avaliado no 11º dia com tomografia computadorizada de crânio e o tratamento anticoagulante deve ser iniciado no 12º dia 36) Paciente do sexo feminino, 55 anos, com antecedentes de infarto do miocárdio tratado com intervenção coronária percutânea com Stent farmacológico há 3 anos, assintomática do ponto de vista cardiovascular. Foi submetida a histerectomia total abdominal sem intercorrências. As dosagens de troponina T de alta sensibilidade colhida imediatamente antes da cirurgia foi de 7 ng/L (valor de referência: 14 ng/L) e as amostras colhidas na manhã do primeiro e segundo pós-operatórios foram de 225 e 245 ng/L, respectimente. Baseado nessas informações é correto afirmar: a) O aumento de mortalidade após cirurgia não cardíaca está mais relacionada à presença de sintomas de isquemia miocárdica e alterações eletrocardiográficas do que a elevações isoladas da troponina. b) Os pacientes que apresentam elevação da troponina T de alta sensibilidade em valores entre 65 e 1000 ng/L após cirurgia não cardíaca apresentam mortalidade em 30 dias de 9,1% independente da presença de sintomas isquêmicos. c) O paciente apresenta um caso de infarto do miocárdio tipo 2 segundo a terceira definição universal de infarto do miocárdio d) O tratamento com Dabigatrana se provou efetivo em reduzir a mortalidade de pacientes com elevação de troponina ultrassensível após cirurgia não cardíaca 37) Paciente do sexo masculino, 60 anos, em uso de Aspirina 81 mg 1 x dia e Ticagrelor 90 mg 2x dia há um mês devido Intervenção Coronária Percutânea com Stent farmacológico de 2ª geração para tratamento de angina do peito crônica, classe funcional III (CCS – Canadian Cardiovascular Society), apesar do tratamento medicamentoso otimizado. Recebeu indicação ortopédica para cirurgia de prótese total de quadril devido osteoartrose grave sintomática. Baseado nas informações prévias, a melhor conduta para o caso seria: a) Operar o paciente imediatamente já que a terapia dupla antiplaquetária pode ser suspensa 30 dias após implante de Stent farmacológico de 2ª geração b) Otimizar o tratamento analgésico e fisioterapêutico suspender o Ticagrelor após 6 meses da intervenção coronária percutânea e realizar o procedimento cirúrgico em uso apenas da Aspirina c) Operar o paciente imediatamente mantendo a dupla antiagregação plaquetária com Aspirina e Ticagrelor já que estudos recentes não demonstraram aumento nas taxas de sangramento após cirurgias ortopédicas d) Otimizar o tratamento analgésico e fisioterapêutico, suspender Ticagrelor após 3 meses da intervenção coronária percutânea e realizar a cirurgia usando Aspirina e Enoxaparina como ponte pela suspensão do Ticagrelor. Especialidade Cardiológica 12 38) Paciente do sexo masculino, 60 anos de idade, portador de fibrilação atrial em uso de Rivaroxaban 20 mg 1 x dia é atendido no setor de emergência devido quadro de infarto sem supra de ST sendo submetido a estratificação de risco precoce. O escore HAS-BLED classificou o paciente como de baixo risco. Baseado na angiografia coronária, qual a melhor estratégia de tratamento anticoagulante/antiplaquetário após intervenção coronária percutânea com Stent farmacológico de 2ª geração: a) Tripla terapia por 1 mês (Aspirina 100 mg/dia, Prasugrel 10 mg/dia e Rivaroxaban 20 mg/dia), seguido por dupla terapia até 12 meses (Prasugrel 10 mg/dia e Rivaroxaban 20 mg/dia) e monoterapia com Rivaroxaban 20 mg/dia após 1 ano da intervenção coronária percutânea. b) Tripla terapia por 6 meses (Aspirina 81 mg/dia, Ticagrelor 180 mg/dia e Rivaroxaban 20 mg/dia), seguido por dupla terapia por mais 6 meses (Ticagrelor 90 mg/dia e Rivaroxaban 20 mg/dia) e monoterapia com Rivaroxaban 20 mg/dia após 1 ano da intervenção coronária percutânea. c) Dupla terapia por 12 meses (Clopidogrel 75 mg/dia e Rivaroxaban 20 mg/dia), seguido por monoterapiacom Rivaroxaban 20 mg/dia após 1 ano da intervenção coronária percutânea. d) Tripla terapia por 6 meses (Aspirina 81 mg/dia, Clopidogrel 75 mg/dia e Rivaroxaban 20 mg/dia), seguido por dupla terapia por mais 6 meses (Clopidogrel 75 mg/dia e Rivaroxaban 20 mg/dia) e monoterapia com Rivaroxaban 20 mg/dia após 1 ano da intervenção coronária percutânea. Especialidade Cardiológica 13 39) Paciente do sexo masculino, 50 anos de idade, ex-tabagista, assintomático do ponto de vista cardiovascular, comparece em consulta com cardiologista para exames de rotina. Sua glicemia de jejum foi de 87 mg/dL, hemoglobina glicada – 5,6%, Colesterol total – 203 mg/dL, HDL-c – 38 mg/dL, LDL-c – 140 mg/dL, Triglicérides – 125 mg/dL. Sua pressão arterial estava em 145/95 mmHg (sem tratamento) e sua estimativa de doença cardiovascular aterosclerótica em 10 anos (atherosclerotic cardiovascular disease – ASCVD) foi de 5,7%. O eletrocardiograma de repouso não mostrou alterações mas o teste ergométrico apresentou 1,0 mm de infradesnível horizontal do segmento ST no pico do esforço, no 4º estágio do protocolo de Ellestad. Houve rápida recuperação do segmento ST na fase de recuperação. O ecocardiograma mostrou função ventricular esquerda preservada. No retorno seu cardiologista solicitou uma angiotomografia de coronárias que mostrou o seguinte resultado: Escore de Cálcio Artéria Escore Tronco da coronária esquerda 5 Artéria descendente anterior 60 Artéria circunflexa 10 Coronária direita 45 Total 120 Escore coronário de cálcio de 120 (Agatston), no percentil 90th segundo os dados do MESA “The Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis”. Doença aterosclerótica arterial coronária multifocal porém, sem lesão significativa no presente exame. Baseado nas informações acima, podemos afirmar que: a) A melhor conduta para o caso incluiria orientações quanto ao estilo de vida e alimentação saudável além de atividade física aeróbica regular. Deve ser prescrito medicação anti- hipertensiva, Estatina de moderada a alta intensidade e Aspirina para prevenção primária. b) A melhor conduta para o caso incluiria orientações quanto ao estilo de vida e alimentação saudável além de atividade física aeróbica regular e solicitação de angiografia coronária, já que a presença de calcificações na angiotomografia pode subestimar o tamanho das lesões ateroscleróticas coronárias e necessidade de implante de Stents. c) O controle dos fatores de risco devem ser feitos de maneira não-farmacológica já que um escore de 120 (Agatston), no percentil 90th segundo os dados do do MESA “The Multi- Ethnic Study of Atherosclerosis”, representa baixo risco de eventos cardiovasculares já que 90% da população na mesma idade, sexo e raça apresentam grau de calcificação coronária semelhante. d) O controle dos fatores de risco devem ser feitos de maneira não-farmacológica e a avaliação cardiológica de acrescentar a realização de uma cintilografia miocárdica com Sestamibi para avaliação funcional e detecção de isquemia miocárdica. 40) Paciente hipertensa do sexo feminino, 60 anos, retorna para reavaliação clínica ambulatorial devido elevações constantes da pressão arterial. Está em uso de Enalapril 20 mg 2 x dia, Anlodipina 5 mg 2 x dia e Clortalidona 25 mg 1 x dia. A paciente não fuma, não bebe e o consumo de frutas, verduras, vegetais frescos e de alimentos com baixo teor de sódio e gorduras saturadas faz parte de sua alimentação rotineira. Suas medidas de pressão arterial durante a consulta foram 162/93 mmHg e 158/91 mmHg e sua frequência cardíaca, 85 bpm. Baseado nessas informações assinale a resposta correta. a) A paciente apresenta hipertensão arterial crônica mal controlada e deve ser medicada com Hidralazina 50 mg 2 x dia b) A paciente apresenta hipertensão arterial resistente e deve ser medicada com Espironolactona 25 mg 1 x dia caso seu potássio sérico esteja abaixo de 4,5 mEq/L c) A paciente apresenta hipertensão arterial resistente e deve ter o Enalapril substituído por Valsartan 160 mg 2 x dia d) A paciente apresenta hipertensão arterial resistente e deve ser tratada com denervação renal caso sua taxa de filtração glomerular estimada seja < 60 mL/min/1,73 m² Especialidade Cardiológica 14 41) Paciente chagásico com queixa progressiva de fadiga, astenia e cansaço fácil, com piora há uma semana. Ao exame físico apresentava ritmo cardíaco regular com extremidades frias e perfusão periférica lentificada. Baseado na história clínica apresentada, em qual padrão clínico/hemodinâmico o paciente se encontra? a) Perfil L b) Classe IV da NYHA c) Estadiamento C d) Killip III 42) Paciente portador de insuficiência cardíaca classe funcional III (NYHA) em uso de Enalapril 20 mg/dia com dosagem ambulatorial de BNP de 358 pg/mL (valor de referência < 100 pg/mL) e história de internação por descompensação há 6 meses atrás, procura seu médico assistente para avaliação de rotina. O Enalapril em uso foi substituido por Sacubitril/Valsartana (49 mg/51 mg) 2x dia e duas semanas após a dose foi dobrada (97 mg/103 mg 2x dia) com melhora dos sintomas clínicos e manutenção de classe funcional II. Baseado no caso acima assinale a afirmativa falsa: a) Sacubitril é um inibidor da Neprilisina, uma endopeptidase componente do sistema renina- angiotensina-aldosterona que degrada peptídeos natriuréticos, bradicinina, adrenomedulina e outros peptídeos vasoativos. b) A inibição da Neprisilina aumenta os níveis de peptídeos vasoativos reduzindo a pressão arterial, a retenção de sódio e o remodelamento cardíaco. c) A associação de Sacubitril/Valsartan melhora os sintomas de insuficiência cardíaca mas não reduz desfecho composto de hospitalização e mortalidade comparado com Enalapril d) Inibidores da Neprisilina não devem ser administrados concomitantemente com um inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) devido ao risco de grave angioedema. 43) Paciente do sexo masculino com 65 anos, hipertenso e diabético submetido a cirurgia de revascularização do miocárdio devido doença coronária triarterial sintomática apesar do tratamento clínico otimizado. No segundo dia pós-operatório houve redução de diurese e elevação de potássio. Houve indicação de diálise devido hipervolemia e hiperpotassemia. Os resultados de exames laboratoriais do paciente são apresentados abaixo: Pré-op PO imediato 1º PO 2º PO Potássio (mEq/L) 4,3 4,8 5,4 5,9 Creatinina (mg/dL) 1,0 1,0 1,5 2,1 Baseado nos dados apresentados, podemos afirmar que o paciente apresenta lesão renal aguda em qual estadiamento baseado na classificação KDIGO? a) Paciente não preenche critérios para lesão renal aguda baseado na classificação KDIGO b) Estágio 1 c) Estágio 2 d) Estágio 3 44) Paciente do sexo masculino, diabético e hipertenso, com antecedentes de infarto do miocárdio há 1 ano com angiografia coronária mostrando doença arterial coronária triarterial em tratamento clínico. Apresenta doppler arterial de carótidas com placas ateroscleróticas de 50% bilateralmente sem eventos cerebrovasculares prévios. Está em uso de Rosuvastatina 40 mg e apresenta o seguinte perfil lipídico: colesterol total (150 mg/dL), HDL (40 mg/dL), LDL (80 mg/dL), colesterol não HDL (110 mg/dL). Baseado no risco cardiovascular do paciente, qual seria a melhor estratégia hipolipemiante para o caso? a) associar Rosuvastatina 40 mg/dia com Evolocumabe 420 mg 1 x ao mês b) Substituir Rosuvastatina 40 mg/dia por Atorvastatina 80 mg/dia c) Associar Rosuvastatina 40 mg com Fenofibrato 250 mg/dia d) Não há necessidade de mudança na terapêutica hipolipemiante Especialidade Cardiológica 15 45) Paciente foi admitido na enfermaria de clínica médica devido quadro de febre diária (38,2°C) há 20 dias associado a perda de peso de 5 kg além de fadiga, cansaço e tosse seca. O eletrocardiograma apresentava alterações inespecíficas da repolarizaçãoventricular e o ecocardiograma transtorácico mostrou dupla lesão mitral com filamentos móveis aderidos aos folhetos valvares. A hemocultura foi positiva para Coxiella burnetti. Baseado nas informações acima é possível afirmar: a) O diagnóstico de endocardite infecciosa é definitivo já que o paciente apresenta dois critérios maiores b) O diagnóstico de endocardite infecciosa é definitivo já que o paciente apresenta um critério maior e três critérios menores c) O diagnóstico de endocardite infecciosa é provável já que o paciente apresenta 4 critérios menores d) O diagnóstico de endocardite não pode ser firmado já que a bactéria identificada na hemocultura não é um agente habitualmente causador de endocardite 46) Paciente foi submetido a intervenção coronária percutânea com Stent farmacológico há 3 meses e vem em uso de Aspirina 81 mg 1 x dia e Ticagrelor 90 mg 2x dia. Após sintomas urinários e realização de exames, recebeu diagnóstico de neoplasia maligna renal com indicação de ressecção cirúrgica. Qual a melhor estratégia para condução do caso. a) Manter uso da Aspirina, suspender uso do Ticagrelor e reiniciar a medicação com 24 – 72 horas de pós-operatório com dose de ataque de 180 mg. b) Manter uso do Ticagrelor, suspender Aspirina, fazer ponte com Abciximab no pós- operatório e reiniciar a medicação com 24 – 72 horas de pós-operatório com dose de ataque de 325 mg. c) Manter uso da Aspirina, suspender uso do Ticagrelor, fazer ponte com Enoxaparina no pós-operatório e reiniciar Ticagrelor em 24 – 72 horas de pós-operatório sem dose de ataque d) Manter uso da Aspirina e Ticagrelor no pré e pós-operatório 47) Paciente do sexo masculino, 58 anos, com história de dispneia, cansaço e edema nos membros inferiores há aproximadamente nove meses, com evolução e piora rápidas do quadro clínico, passando do grau lll para o grau lV segundo a NYHA (Associação de Cardiologia de Nova York).Foi submetido a um ecocardiograma, que encontra-se representado na figura abaixo. Com os dados da história e do exame complementar qual hipótese diagnóstica mais bem se adequa ao caso? a) Amiloidose cardíaca b) Estenose Valvar mitral c) Miocardiopatia dilatada d) Miocardiopatia hipertrófica Especialidade Cardiológica 16 48) Uma mulher de 35 anos, com queixa de dor precordial relativamente frequente mas sem nítida relação com os esforços, foi submetida a cateterismo cardíaco que mostrou a imagem abaixo. O diagnóstico angiográfico é de: a) Origem anômala de coronária esquerda b) Ponte Miocárdica c) Coronárias Normais d) Espasmo Coronário 49) Uma paciente de 70 anos, com queixa de dor precordial e dispneia aos esforços leves foi submetida a ecocardiograma que constatou que a velocidade de passagem do sangue por sua valva aórtica era de 5 metros por segundo. Com base nessa informação é possível afirmar que a) É portadora de estenose valvar aórtica grave, com gradiente transvalvar estimado em 100 mmHg b) É portadora de estenose valvar aórtica leve, com gradiente transvalvar estimado em 25 mmHg c) É portadora de estenose valvar aórtica grave, com área estimada de 2,0 cm2 d) Deve ser coronariopata uma vez que não há indícios hemodinâmicos de problema valvar 50) Um paciente de 7 anos de idade portador de comunicação interventricular foi submetido a cateterismo cardíaco para avaliação de resistência vascular pulmonar e provável indicação cirúrgica. Tinha saturação arterial pulmonar de 85%, saturação de VD de 85%, saturação de AD de 75%, saturação de VCS de 75% e saturação aórtica de 95%. A pressão arterial pulmonar era de 50,0 x 20,0 mmHg. A pressão sistêmica era de 100,0 x 70,0 mmHg. O registro ventricular esquerdo mostrou pressões de 100,0 x 0,0 x 12,0 mmHg. O fluxo sistêmico era de 2,0 litros por minuto. É correto afirmar que: a) O valor da relação QP/QS é de 2,5 b) O valor da resistência arteriolar pulmonar é de 4,5 unidades Wood c) O caso está bem próximo de transformar-se em Síndrome de Einsenmenger. d) A resistência arteriolar sistêmica é de 2500 dyn.seg.cm-5. Especialidade Cardiológica 17 51) Paciente masculino, 38 anos de idade, foi submetido a estudo hemodinâmico para avaliação de cansaço aos esforços e dor precordial. O traçado pressórico obtido foi exatamente igual ao da figura abaixo. Com base nessa informação, pergunta-se qual o diagnóstico mais provável: a) Estenose valvar aórtica de grau importante b) Estenose supravalvar aórtica c) Comportamento normal pós extrassistólico d) Miocardiopatia hipertrófica obstrutiva 52) Um recém-nascido com 3 dias de vida é trazido ao Hospital devido dificuldade respiratória e “arroxeamento” da pele. Foi submetido a um ecocardiograma que mostrou tratar-se de atresia valvar pulmonar, ducto dependente. A conduta emergencial mais adequada seria: a) Septostomia atrial com balão de Rashkind b) Oxigênio por cateter nasal 2 L/minuto c) Correção Cirúrgica Total d) Infusão endovenosa de prostaglandina 53) Um homem de 65 anos, portador de adenocarcinoma prostático foi submetido a avaliação cardiológica pré-operatória. A cintilografia miocárdica mostrou alteração isquêmica em parede anterior. Em vista disso foi realizada uma cinecoronariográfica detectando-se lesão obstrutiva grave, proximal, em artéria interventricular anterior. Que conduta deveria ser adotada nesse caso? a) Se for submetido a implante de um stent recoberto com drogas e medicado com dupla agregação plaquetária, poderá ser submetido à intervenção prostática após 1 mês de evolução. b) Se for submetido a implante de um stent convencional e medicado com dupla agregação plaquetária, poderá ser submetido à intervenção prostática somente após 6 meses de evolução. c) Se for submetido a implante de um stent convencional e medicado com dupla agregação plaquetária, poderá ser submetido à intervenção prostática após 1 mês de evolução. d) Se for submetido a implante de um stent recoberto com drogas e medicado com dupla agregação plaquetária, poderá ser submetido à intervenção prostática somente após 1 ano de evolução. Especialidade Cardiológica 18 54) Dois pacientes em seguimento no Ambulatório de Valvopatias de um Hospital Universitário foram avaliados por ecocardiograma. As imagens foram similares às das figuras abaixo. Ambos são sintomáticos embora o tempo de história seja bem diferente entre eles. Com base nas imagens seria correto afirmar que: a) O paciente A é portador de Insuficiência Valvar Aórtica crônica e o paciente B portador de Insuficiência Valvar Aórtica aguda b) O paciente A é portador de Insuficiência Valvar Mitral crônica e o paciente B portador de Insuficiência Valvar Mitral aguda c) O paciente A é portador de Insuficiência Valvar Aórtica aguda e o paciente B portador de Insuficiência Valvar Aórtica crônica d) A simples análise dos achados ecocardiográficos não permite indicar se a lesão valvar é caracteristicamente aguda ou crônica 55) Uma mulher de 54 anos, dislipidêmica, chega à Emergência Cardiológica com queixa de que há cerca de 1 mês apresenta dor precordial em aperto relacionada aos esforços e que vem sendo progressiva. Há 1 hora está com dor intensa mesmo em repouso. Foi submetida à dosagem enzimática e realização de ECG. As enzimas foram normais. O eletrocardiograma está representado pela figura abaixo. Com esses dados pode-se levantar a hipótese diagnóstica de: a) Angina de Prinzmetal b) Síndrome de Wellens c) Síndrome de Heberden d) Síndrome X Especialidade Cardiológica 19 Com base no texto a seguir, responda as 3 (três) próximas questões: Um homem de 65 anos procurou o Cardiologista com queixa de cansaço a pequenos esforços há cerca de 5 dias. Ao exame físico apresentava pressão arterial sistêmica de 100 x 80 mmHg, estando taquicárdico e taquipneico. Foi auscultado um sopro holossistólico suave em área mitral de pequenaintensidade (2+/6+) e haviam sinais de descompensção cardíaca direita com estase jugular, hepatomegalia e edema frio e mole, perimaleolar. Seu peso era de 75,0 Kg com altura de 1,70 metros. Fazia uso de inibidor da ECA, diurético e aspirina. Nos exames complementares o eletrocardiogarama mostrou zona inativa antero-septal. Pelo ecocardiograma, a fração de ejeção era de 0,32 com volume diastólico final aumentado e hipocinesia anterior. A dosagem da BNT mostrou valor de 500 ng/L com glicemia normal. 56) a) O paciente encontra-se no estágio C da Insuficiência Cardíaca pois é sintomático ainda em fase potencialmente reversível b) O paciente encontra-se no estágio B da Insuficiência Cardíaca uma vez que é sintomático mesmo com uso de medicação c) O paciente encontra-se no estágio C da Insuficiência Cardíaca pois é sintomático e já tem sinais de descompensação direita d) O paciente encontra-se no estágio D da Insuficiência Cardíaca pois é sintomático e tem importante comprometimento da função sistólica 57) a) A presente Insuficiência Cardíaca pode ser categorizada como sendo do tipo HFpEF pois a fração de ejeção está pouco reduzida b) A presente Insuficiência Cardíaca pode ser categorizada como sendo do tipo HFmrEF pois a fração de ejeção está muito reduzida c) A presente Insuficiência Cardíaca pode ser categorizada como sendo do tipo HFrEF d) A presente Insuficiência Cardíaca não pode ser categorizada como sendo do tipo HFrEF pois a fração de ejeção está acima de 0,20 58) a) Para confirmar que a insuficiência cardíaca aguda dever-se-ia esperar que a dosagem de pró-BNP também fosse elevada, ou seja, acima de 50 ng/L b) A dosagem do BNP com valor acima de 100 ng/L indica a probabilidade de insuficiência cardíaca aguda c) A fração de ejeção de 0,32 detectada no presente caso foi a causa da elevação do BNP d) A detecção de BNP com valor de apenas 500 ng/L indica que a insuficiência cardíaca desse paciente é crônica. Especialidade Cardiológica 20 59) Uma criança foi submetida ao procedimento representado na figura abaixo. Com base nessa informação é possível concluir que: a) Está sendo realizada uma Septostomia atrial de Rashkind e a criança deve ser portadora de Transposição Completa dos Grandes Vasos da Base b) Trata-se de Fechamento do septo interatrial com dispositivo oclusor e a criança deve ser portadora de CIA com repercussão hemodinâmica. c) Realiza-se um Ecocardiograma Transesofágico e a criança é portadora de Transposição Corrigida dos Grandes Vasos da Base. d) Está sendo feito um controle de posicionamento de cateter de infusão em câmara atrial direita, com auxílio de ecocardiograma transtorácico. 60) Paciente masculino, 84 anos de idade, apresenta sopro sistólico, localizado em focos da base, com intensidade 3+ / 6, configuração em diamante, com pico tardio, rude, irradiado para fúrcula esternal e carótidas. Apresenta, também, sopro audível em foco mitral, com intensidade 2+ / 6, configuração em diamante, com timbre piante, que não aumenta ao decúbito lateral esquerdo e não irradia para axila. Qual hipótese diagnóstica correta? a) Estenose aórtica moderada e insuficiência mitral moderada. b) Insuficiência mitral grave. c) Estenose aórtica grave. d) Estenose pulmonar grave e insuficiência mitral moderada. Especialidade Cardiológica 21 61) Paciente do sexo feminino, com 67 anos de idade, com antecedente de angina instável tratada com angioplastia coronária e implante de endoprótese intracoronária, refere que, há 2 anos, está apresentando episódios de taquicardia, com início súbito, frequência cardíaca muito elevada, associada a mal estar geral. No dia de hoje, deu entrada na emergência do hospital em vigência da taquicardia descrita. Apresenta-se com PA 125x80 mmHg, ausculta pulmonar normal, sem dispneia, sem precordialgia, sem tontura e/ou síncope. O traçado eletrocardiográfico está abaixo. Qual é a intervenção inicial para esta paciente? a) Cardioversão elétrica b) Manobra de Valsalva c) Administrar verapamil por via endovenosa d) Administrar adenosina por via endovenosa 62) Paciente do sexo masculino, com 80 anos de idade, portador de hipertensão arterial de longa data, deu entrada na emergência do hospital após apresentar quadro de síncope com queda ao solo, apresentando fratura em úmero direito, PA 80x50 mmHg. Foi submetido a avaliação cardiológica que evidenciou ecocardiograma com função ventricular normal, marcadores de necrose miocárdica normais, exames bioquímicos normais. Apresenta-se com eletrocardiograma abaixo. Qual o diagnóstico eletrocardiográfico? a) Bloqueio atrioventricular total b) Bradicardia sinusal c) Bloqueio atrioventricular de segundo grau avançado d) Bloqueio atrioventricular de segundo grau Mobitz II. Especialidade Cardiológica 22 63) Qual a conduta clínica adequada? a) Atropina 1 mg endovenoso b) Hidratação, dopamina endovenoso e atropina endovenoso c) Marca-passo provisório e posterior implante de marca-passo definitivo. d) Marca-passo provisório, cinecoronariografia, correção de possível obstrução em artéria coronária direita 64) Paciente do sexo feminino, com 60 anos de idade, portadora de hipertensão arterial sistêmica, com história pregressa de infarto do miocárdio tratado com revasculariza;áo cirúrgica há 3 anos. Foi admitida na emergência do hospital com queixa de palpitação, tontura, mal estar geral e sudorese. Apresenta, ao exame físico, palidez cutânea, pulsos periféricos muito finos, PA 80 x 50 mmHg e FC 180 bpm. Após estabilização clínica, foi submetida a cineangiocoronariografia que não evidenciou obstruções coronárias e demonstrou enxertos pérvios. Também foi submetida a ecocardiografia que evidenciou disfunção sistólica de ventrículo esquerdo, com FEVE 30%. Deu entrado com o eletrocardiograma abaixo. Qual o diagnóstico eletrocardiográfico e a conduta na emergência? a) Taquicardia ventricular monomórfica sustentada e Amiodarona endovenoso. b) Taquicardia supraventricular sustentada com condução aberrante e Adenosina endovenoso. c) Taquicardia supraventricular sustentada com condução aberrante e Amiodarona endovenoso. d) Taquicardia ventricular sustentada e cardioversão elétrica. 65) Qual a programação terapêutica após a compensação clínica? a) Amiodarona via oral b) Propafenona via oral c) Alta sem uso de antiarrítmico d) Implante de cardioversor-desfibrilador (CDI). Especialidade Cardiológica 23 66) Paciente do sexo masculino, 73 anos de idade, portadora de hipertensão arterial sistólica, diabetes mellitus não insulino-dependente refere que apresenta crises de palpitação descritas como sensação do coração batendo rápido e descompassado. Foi submetida a avaliação cardiológica e ao ecocardiograma se evidencia coração estruturalmente normal, com função sistólica preservada (FEVE 68%) e tamanho de átrio esquerdo de 38 mm. Foi, também, submetido a cinecoronariografia que não evidenciou obstrução coronária. O eletrocardiograma está demonstrado abaixo. Qual a conduta correta em relação à profilaxia de fenômeno tromboembólico? a) Paciente com risco tromboembólico CHADS2: 2 e CHA2DS2VASC: 3. Deste modo, iniciar uso de anticoagulante oral. b) Não é necessário adotar nenhuma conduta neste caso pois trata-se de paciente com muito baixo risco tromboembólico. c) Iniciar uso de ácido acetilsalicílico e, após uma semana, iniciar uso de anticoagulante oral. d) Iniciar uso de clopidogrel e, após uma semana, iniciar uso de anticoagulante oral. 67) Com relação ao caso no 1, qual o tratamento ideal? a) Condução imediata ao setor de hemodinâmica, inserção de marca-passo provisório e realização de angioplastia primária. b) Infusão de estreptoquinase (1500000 UI) endovenoso e, posteriormente, inserção de marca-passo provisório. c)Medicar com nitrato sublingual e, caso não haja normalização da dor e eletrocardiograma, infusão de estreptoquinase endovenosa (1500000 UI) endovenoso. d) Tratamento clínico e posterior realização de cintilografia miocárdica. Especialidade Cardiológica 24 68) Paciente masculino, 62 anos, portador de dislipidemia e hipertensão arterial sistêmica, refere que, há cerca de 18 horas, iniciou quadro de dor precordial típica, em aperto, de forte intensidade, irradiada para face interna de membro superior esquerdo, associada a sudorese profusa, náusea. Não procurou atendimento médico. Após cerca de 15 horas do início do quadro, ao levantar-se, apresentou tontura intensa seguida de síncope. Foi removido para a emergência do hospital onde deu entrada com quadro de dor precordial, dispneia, sudorese profusa, hipotensão arterial e bradicardia (PA 80 x 40 mmHg e P=FC 35 bpm). Ao chegar ao hospital, apresentava o eletrocardiograma exibido abaixo. Qual o diagnóstico? a) Infarto agudo do miocárdio em parede inferior do ventrículo esquerdo, com comprometimento do ventrículo direito e rítmo juncional. b) Infarto agudo do miocárdio em parede inferior do ventrículo esquerdo, sem comprometimento do ventrículo direito e rítmo juncional. c) Infarto agudo do miocárdio em parede inferior do ventrículo direito e bloqueio atrio- ventricular total. d) Infarto agudo do miocárdio em parede antero-septal do ventrículo esquerdo e rítmo juncional. 69) Paciente masculino, 58 anos, procura a emergência do hospital com quadro de insuficiência cardíaca e relata que, há 6 meses, foi acometido de infarto agudo do miocárdio. O eletrocardiograma encontra-se exibido abaixo. A dosagem seriada de marcadores de necrose foi normal. O paciente encontrava-se com terapia otimizada e referia episódios esporádicos de dor precordial típica aos maiores esforços. Qual o diagnóstico? a) Comunicação interventricular tardia pós IAM. b) Aneurisma do ventrículo esquerdo. c) Ruptura de músculo papilar da válvula mitral. d) Novo infarto do miocárdio. Especialidade Cardiológica 25 70) Em relação ao caso anterior, qual a melhor conduta a ser adotada? a) Encaminhar imediatamente ao setor de hemodinâmica e proceder angioplastia caso haja anatomia favorável. b) Realizar estudo de isquemia e viabilidade e, caso se demonstre quantidade significativa de área viável, realizar estudo hemodinâmico e programar angioplastia ou cirurgia caso haja anatomia favorável. c) Incluiur o paciente no protocolo de transplante cardíaco. d) Indicar terapêutica de ressincronização miocárdica com marcapasso. 71) Paciente, masculino, 30 anos, refere que, nos últimos 2 meses, apresentou 2 episódios de síncope, não precedidos de pródromos e com trauma importante de face. Foi submetido a avaliação cardiológica com ecocardiograma normal e tilt-test normais. Não apresenta cardiopatia estrutural e não faz uso de medicações. Apresentou-se com o eletrocardiograma abaixo. Qual o diagnóstico correto? a) Distúrbio de condução pelo ramo direito. b) Síndrome do QT longo. c) Infarto do miocárdio em parede anterior do ventrículo esquerdo. d) Síndrome de Brugada. 72) Em relação ao caso anterior, qual a conduta mais adequada? a) Realizar cineangiocoronariografia. b) Realizar Holter (eletrocardiografia dinâmica) de 24 horas. c) Implante de marca-passo definitivo. d) Implante de CDI (cardioversor-desfibrilador implantável) Especialidade Cardiológica 26 73) Paciente de 48 anos, tabagista, apresentou palpitações após libação alcoólica. Procura a emergência onde é realizado ECG abaixo. Qual é o diagnóstico? a) Taquicardia atrial com BAV 2:1 b) Taquicardia atrial com BAV 3:1 c) Taquicardia ventricular d) Flutter atrial 74) Paciente de 71 anos, hipertenso (I-ECA), dislipidêmico (Atorvastatina) com tonturas episódicas há quatro meses. Inicialmente feito suspeita clínica de labirintite e tratada com sintomáticos, sem melhora. Hoje apresentou quadro de tontura ao levantar da cama, com escurecimento da visão, perda fugaz da consciência e queda da própria altura. No pronto socorro, ao exame clínico inicial, não foram constatadas alterações significativas de PA, pulso, T⁰C e FR; ao exame neurológico não apresentava sinais de localização e foi, então, solicitada TC de crânio, que não mostrou sangramento ou isquemia agudas. Ao retornar ao PS, apresentou perda de consciência e hipotensão grave e, concomitantemente, foi identificado o rítmo abaixo. Qual o diagnóstico conduta imediata? a) Taquicardia Ventricular; cardioversão química (amiodarona) b) Taquicardia supraventricular c) Taquicardia ventricular; cardioversão elétrica d) Flutter atrial Especialidade Cardiológica 27 75) Um homem de 46 anos foi vítima de uma picada de escorpião na região cervical, sendo que negava patologias prévias, assim como uso de medicamentos de modo continuo. Ele recebeu o soro antiescorpiônico após 2 horas do incidente, porém evoluiu com choque cardiogênico e necessidade de dobutamina. Encaminhado para a UCOR, após 48 horas apresenta piora dos parâmetros laboratoriais, com ureia de 160 mg/dl e creatinina sérica de 2,9mg/dl. Qual o melhor diagnóstico em relação a provável Insuficiência Renal Aguda? a) Síndrome Cardiorenal tipo 1 b) Síndrome Cardiorenal tipo 2 c) Síndrome Cardiorenal tipo 3 d) Síndrome Cardiorenal tipo 4 76) Um homem de 56 anos com obesidade e síndrome da apnéia/hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS) é visto em consulta para hipertensão resistente. Seus medicamentos são anlodipina, valsartam, carvedilol, clortalidona e espironolactona. No exame físico, a pressão arterial é de 156/88 mmHg e a freqüência cardíaca é de 68/min. O índice de massa corporal (IMC) é de 42 kg/m2. O restante do exame não é digno de nota. Ele pergunta sobre o impacto do tratamento da apneia em sua pressão arterial e os resultados do uso de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) versus um dispositivo de avanço mandibular. Qual dos seguintes você deve dizer a ele sobre o manejo da SAHOS e da hipertensão? a) O tratamento da SAHOS não vai interferir na pressão arterial. b) O tratamento da SAHOS é mais eficaz na redução da PA em pacientes com hipertensão resistente. c) CPAP é mais eficaz na redução da PA do que um dispositivo de avanço mandibular. d) Um dispositivo de avanço mandibular é mais eficaz na redução da pressão arterial do que o CPAP. 77) Paciente de 45 anos, gênero masculino, realiza acompanhamento ambulatorial por hipertensão arterial desde os 30 anos. Encontra-se em uso regular das seguintes medicações: enalapril 10mg 12/12h, hidroclorotiazida 25mg/dia, anlodipina 10mg/dia e atenolol 25mg 12/12h. Ao exame físico apresenta ausculta cardíaca com ritmo irregular e sem sopros, ausculta pulmonar sem anormalidades e membros inferiores sem edemas. Peso de 68kg, com IMC de 24kg/m2. Realizou MAPA recentemente cuja média do período das 24 horas foi de 150x95mmHg, com ausência de descenso noturno. Eletrocardiograma evidenciou ritmo de fibrilação atrial sem sinais de sobrecarga ventricular esquerda. Fundo de olho sem anormalidades. Reporta histórico familiar de irmão hipertenso desde os 26 anos de idade, tendo sofrido AVC isquêmico aos 39 anos. Levando-se em conta este caso clínico assinale a alternativa correta: a) O rastreamento da principal hipótese diagnóstica deve ser feito com dosagem da aldosterona sérica e atividade plasmática de renina, com orientação para suspensão do betabloqueador antes da realização dos exames. b) Provavelmente trata-se de um caso de hipertensão secundária de etiologia renal, estando indicado além da dosagem da creatinina e urina 1 a realização de US doppler de artérias renais. c) A ausência de descenso noturno na mapa sugere que a principal hipótese diagnóstica seja síndrome da apneia obstrutiva do sono, estando indicadarealização de polissonografia. d) Trata-se de um paciente de alto risco cardiovascular, preenchendo critérios de hipertensão resistente, porém sem justificar até este momento a investigação de causas secundárias. Especialidade Cardiológica 28 78) Paciente de 34 anos, sexo masculino, está internado na enfermaria de clínica médica do Hospital de Base para investigação de um quadro de perda de peso, febre baixa e dispneia. Refere ser tabagista, etilista e usuário de drogas ilícitas. Ao exame físico se apresenta em regular estado geral, hipocorado, com temperatura axilar de 37,9ºC, estase jugular a 45º, murmúrio vesicular presente com estertores crepitantes nas bases pulmonares, ritmo cardíaco com B3, sopro sistólico 3+/6+ em borda esternal esquerda. Abdome plano, flácido, indolor, fígado a quatro cm da borda costal direita, baço palpável a cinco cm de rebordo costal esquerdo, edema em membros inferiores 2+/4+ e petéquias nas plantas dos pés. Sinais vitais de chegada: frequência cardíaca = 130 bpm, pressão arterial = 120 x 80 mmHg. Foi realizado um eletrocardiograma na chegada do paciente (Figura 1). Exames laboratoriais: Hb 9,0 g/dL; Ht 27% (VCM e HCM normais) leucócitos 16.700/mm3 (segmentados 84%); plaquetas 190.000/mm3; AP 90%; RNI 1,1; TTPA normal; PCR 15,7 mg/dL; creatinina 1,0 mg/dL; Ureia 40 mg/dL. Radiografia de tórax: Sinais de congestão pulmonar. Hemocultura (dois pares): Staphylococcus aureus. Ecocardiograma transtorácico: sem alterações. No 14º dia de internação o paciente se queixa de piora da dispneia, apresentando palidez intensa e episódio de síncope. Um novo eletrocardiograma é traçado (Figura 2). Figura 1 – Eletrocardiograma – 1º dia de internação Figura 2 – Eletrocardiograma – 14º dia de internação Qual a provável causa da piora clínica do paciente no 14º dia de internação? a) Hipocalcemia. b) Hipomagnesemia. c) Isquemia coronariana. d) Abscesso de anel valvar. 79) Paciente do sexo feminino, 28 anos, digitadora, não tabagista. Paciente com cirurgia cardíaca previa há 20 anos para correção de comunicação intra-atrial (CIA), sem segmento cardiológico há 8 anos, com queixa de dispneia progressiva aos esforços há um ano, atualmente em classe funcional 3. Avaliada e solicitado vários exames em UBS ( - TC tórax e espirometria normais, exames laboratoriais – hemograma, função renal, hormônios tireoideanos, função hepática, FAN, sorologias virais para hepatite e HIV , gasometria arterial – todos normais) e encaminhada com ecocardiograma transtorácico sugerindo presença de hipertensão pulmonar (câmaras cardíacas preservadas, com insuficiência tricúspide moderada e pressão sistólica de ventrículo direito = 60 mmHg). Ao exame físico: normolínea, eupneica, acianótica, ausência de hipocratismo digital. Tórax com bulhas rítmicas, com hiperfonese de B2, sem sopros, ausculta pulmonar normal. Abdômen normotenso e sem visceromegalias. Ausência de edemas periféricos. Submetida a cateterismo cardíaco direito que demonstrou Pressão média de artéria pulmonar = 38 mmHg, Pressão Capilar Pulmonar (PCP)= 9 mmHg, Resistencia Vascular Pulmonar (RVP) = 4 Woods. Defina diagnostico e proposta terapêutica inicial: a) Hipertensão arterial pulmonar (Grupo 1 – doença associada: pós-operatório de cardiopatia congênita). Iniciar vasodilatador arterial pulmonar, exemplo, sildenafila. b) Hipertensão pulmonar. Grupo 2 (doenças cardíacas). Iniciar diuréticos e carvedilol c) Hipertensão arterial pulmonar (Grupo 1 – doença associada : cardiopatia congênita). Iniciar diuréticos e digital e bloqueador de canais de cálcio. d) Hipertensão arterial. Grupo 2 (doenças cardíacas). Iniciar vasodilatador arterial pulmonar, exemplo, sildenafila. Especialidade Cardiológica 29 80) Você está na UTI avaliando uma paciente internada com choque séptico por pneumonia comunitária grave, após 24 horas do início da antibioticoterapia. A paciente apresenta-se toxemiada, com acidose metabólica e níveis elevados de lactato sérico (> 8 mmol/dl), em uso de noradrenalina 0,6 mcg/Kg/min com PA: 100x70 mmHg, FC: 129 bpm e pressão venosa central de 4 mmHg. A gasometria arterial mostra um PaO2 de 78 mmHg com FiO2 0,5 e o hematócrito é 39%. Das alternativas abaixo, qual a medida terapêutica isolada mais adequada para este momento. a) Iniciar Dobutamina a 5 mcg/kg/min. b) Administrar Hidrocortisona EV e ampliar espectro de antibióticos imediatamente. c) Aumentar a infusão de noradrenalina para manter a PA sistólica maior que 120 mmHg. d) Infusão de Cristalóide isotônico EV com avaliação da variação da pressão venosa central.
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