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Tegumento comum
pele e seus anexos
 Tegumento é a designação dada à cobertura natural de um organismo ou de um órgão, erroneamente referido como pele.
Funções
❖ Revestimento (maior órgão do corpo);
❖ Proteção (barreira fisiológica/ raios uv);
❖ Locomoção;
❖ Termorregulação (aumento da vascularização/ glândulas); 
❖ Armazenamento e excreção de água (vitaminas/gorduras); 
❖ Síntese de vitamina D (age no intestino aumentando a absorção); 
❖ Receptores para a percepção sensorial (pressão, calor); 
❖ Nutrição (glândula mamária).
Na medicina veterinária e produção animal
Tegumento pode refletir o estado de saúde de um animal
· Clínica geral veterinária: se o animal está hidratado ou não demontra sinais de verminose
· Dermatologia: aplicação de medicamentos
· Indústria: vestimenta; teste em animais; estudos
Coloração
Mamíferos: definida pelos melanócitos
❖ Camuflagem; 
❖ Sinalização; 
· Perigo 
· Atração sexual 
❖ Pele;
· Cromatóforos
· Melanócitos 
❖ Pelos;
❖ Melanina; 
· Melanossomos (eumelanina e feomelanina)
· Cor da pele, camuflagem e coloração de regiões específicas
· Flamingos possuem a cor da alga (betacaroteno) que ingerem.
· Coloração colorida de anfíbios – cromatófaros
· A queratina pode ser responsável pela coloração em algumas espécies, pois funciona como prisma refletor.
· O pelo e a pele não necessariamente têm a mesma cor.
Pele
· A pele envolve o corpo e se fusiona a membranas mucosas em diversas aberturas do sistema digestório, respiratório, urinário e genital.
· A superfície da pele é marcada por uma rede de sulcos finos e cristas (impressão digital) – nos cães e nos gados (impressão nasal).
· Seios cutâneos – presentes em ovinos, gatos e cães, nos quais encontram-se glândulas especificas, juntamente com a sua secreção.
Epiderme 
❖ Avascular 
❖ Melanócitos 
❖ Queratinócitos (~85%)
❖ Células de Langerhan 
❖ Células de Merkel
❖ Coxins e focinho – camada lúcida (resquícios de células córneas ainda vivas). 
❖ Espessa na pele onde não há pelo (coxins digitais e no casco, onde a queratinização da epiderme resulta em formação córnea);
Derme
· Corpúsculos de Ruffini (C. Reticular) - calor;
· Bulbos finais de Krause (C. Papilar) - frio;
· Corpúsculos de Meissner (C. Papilar) - pressão;
· Corpúsculos de Vater-Pacini (tela subcutânea) - pressão;
· Terminações nervosas livres - dor.
· A espessura da derme diminui desde a face dorsal para a face ventral do abdome, e da face proximal para a distal nos membros.
Tela subcutânea
❖ É a camada de tecido conectivo frouxo (+ adiposo branco) entre a pele e a fáscia superficial;
❖ Proteção contra o frio;
❖ Reservatório de energia;
❖ Acumulo de tecido adiposo – mais substancialmente encontrado em suínos e na região nucal de equinos;
❖ A composição da gordura subcutânea é típica para cada espécie: amarela e oleosa nos equinos, esbranquiçada e seca em bovinos.
Vascularização
Pelos
❖ Filamentos córneos finos;
❖ Variações locais na forma (juba, crina, cauda, tufos);
❖ Modificações especiais de pelos de cobertura são as vibrissas do vestíbulo do nariz, os pelos auriculares e os cílios. Em cães e gatos, vários pelos compartilham uma única abertura folicular;
❖ O pelo central (primário) é o mais longo e é um pelo de cobertura, enquanto os pelos secundários a seu redor são mais curtos e macios e do tipo lanuginoso.
	
	Troca de pelos
Pelos de cobertura e lanuginosos possuem um tempo de vida limitado, e a pelagem sofre uma troca gradual com épocas sazo- nais de pico na primavera e no outono, quando muitos pelos são trocados ao mesmo tempo. Contudo, a pelagem de uma estação se mescla com a seguinte, de forma que o animal normalmente nunca fica sem uma cobertura protetora. O processo de troca de pelos é regulado pela epífise e está condicionado principalmente à duração do dia e à temperatura.
	
❖ Troca de pelos
 Pelos de cobertura e lanuginosos possuem um tempo de vida limitado, e a pelagem sofre uma troca gradual com épocas sazonais de pico na primavera e no outono, quando muitos pelos são trocados ao mesmo tempo. Contudo, a pelagem de uma estação se mescla com a seguinte, de forma que o animal normalmente nunca fica sem uma cobertura protetora. O processo de troca de pelos é regulado pela epífise e está condicionado principalmente à duração do dia e à temperatura.
❖Padrões de pelo
 Os pelos de cobertura situam-se próximos à pele e se espalham uniformemente em tratos amplos, conferindo uma aparência regular à pelagem. As direções gerais assumidas por esses fascículos são chamadas de cursos dos pelos. O padrão regular do curso dos pelos é interrompido onde vários fascículos convergem, divergem ou se combinam, formando remoinhos, linha pilosa convergente, entrecruzamentos e linha pilosa divergente.
 De modo geral, o comprimento e o diâmetro de cada pelo diminuem do dorso para o ventre, ao passo que sua densidade aumenta. No entanto, em algumas raças podem-se observar disposições mutantes como atributos de uma raça específica, especialmente em cães, gatos e coelhos.
 Em cães e gatos, vários pelos compartilham uma única abertura folicular. O pelo central (primário) é o mais longo e é um pelo de cobertura, enquanto os pelos secundários a seu redor são mais curtos e macios e do tipo lanuginoso. Os corpos de pelo que compartilham uma abertura comum na pele são envolvidos em um folículo comum até a altura das glândulas sebáceas. Abaixo desse ponto, os corpos pilosos possuem seus próprios folículos e bulbos pilosos.
 O ciclo do folículo piloso pode ser dividido em três fases: anágena, catágena e telógena. A fase anágena é a fase de crescimento ativo e se caracteriza por uma papila dérmica bem desenvolvida completamente coberta por sua matriz pilosa epidérmica, formando o bulbo do pelo. Na fase catágena seguinte, o crescimento desacelera, e a matriz pilosa e a papila de cobertura se atrofiam. O bulbo dérmico e todo o folículo se tornam menores. Os folículos pilosos na fase telógena possuem papilas dérmicas pequenas, separadas do bulbo e que não estão mais cobertas por células matrizes. O folículo piloso é bastante curto, o que faz com que uma parte maior do pelo se projete para fora da pele. Quando o crescimento é retomado, o folículo reativado se expande e se afasta da superfície, deixando para trás o pelo antigo, que cai. Um pelo substituto se forma na fase anágena que se segue. O novo pelo cresce gradualmente do fundo do folículo até emergir na superfície da pele.
· Suíno – pelo primário modificado (mais duro); cerdas;
· Pelos sensoriais (vibrissa) – são mais compridos e possuem inervação 
Glândulas anexas
· Sebáceas – auxilia na hidratação por reter água;
· Sudoríparas – desemboca diretamento no poro (écrina); ou no folículo piloso (apócrina)
· Mamária.
 
 
Equinos possuem muitas glândulas sudoríparas apócrinas, as quais contêm solutos gordurosas. Dentre eles albumina. (aspecto esbranquiçado)
Desvantagem: perde proteína; evaporação mais lenta.
· Presença de glândulas sudoríparas écrinas nos coxins de equinos e carnívoros;
· A arfagem dos cães, forçando a saída do ar e liberando saliva troca calor com o meio externo através dos vasos na língua. A língua aumenta de tamanho por conta da vascularização. 
 
Glândulas especiais
❖ Gl. Paranais (sebáceas e serosas) – Duas glândulas que produzem secreção lipídica extremamente fedorentas. Quando o animal defeca, as glândulas são comprimidas e a secreção que é produzida é liberada nas fezes para marcar território.
❖ Gl. Caudais (sebáceas e serosas) - cães e gatos possuem uma glândula na cauda que tem a função de produzir secreções que são utilizadas pelos animais para marcar território.
❖ Gl. Periorais (sebáceas) – nos focinhos de felinos, liberam odores se esfregando. 
❖ Gl. mentuais e carpais (apócrinas) – libaram odor para marcar território. (suínos e felinos)
❖ Gl. dos seios infraorbital - Depressão próxima do olho (ajuda a diferenciar ovinos de caprinos). O cheiro do macho estimula o cio da fêmea. (ovinos). 
❖ Gl. do seio interdigital - Conseguem, através dapressão na glândula, marcar o território. (ovinos) 
❖ Gl. Do seio inguinal - Próximos à base do úbere ou escroto de ovinos. O odor pode ajudar o filhote a encontrar o úbere
❖ Gl. Cornuais - Entre os cornos, há glândulas que exalam odores. Além de servirem para atração sexual.
❖ Gl. Ceruminosas (apócrinas e sebáceas) – produz ceras.
Glândula mamária
Suínos: 7 pares (2 torácicos, 3 abdominais e 2 inguinais) 
Cadela: 5 pares (2 torácicos, 2 abdominais e 1 inguinal) 
Gata: 4 pares (2 torácicos, 1 abdominal e 1 inguinal) 
Bovinos: 2 pares (inguinais) – mamam de 30 em 30 min. Aproximadamente – muito leite
Equinos e pequenos ruminantes: 1 par (inguinal)
 
Úbere/glândula mamária 
 
Corpo:
Tende a ser arredondada (ruminantes) ou em forma de cone comprimido lateralmente (carnívoros, suínos e égua). 
 
Papila mamária:
3 a 5 mm e m suínos e cães 
7 a 9 cm e m vacas e cabras 
1,25 e 2,5 cm em ovelhas 
1 a 1,5 em éguas
Parênquima glandular: tecido que forma a glândula em si;
Alvéolos glandulares: responsáveis pela produção do leite (não são visíveis macroscopicamente);
 
Estroma 
- Tecido conjuntivo intersticial; 
- Tecido de sustentação para a glândula; 
- Vasos e nervos; 
- Duas lâminas laterais e uma lâmina mediana. 
Vias de excreção do leite
- Lobos da glândula mamaria: Lóbulos (1 mm): 200 alvéolos; 
- Ductos lactíferos: Levam o leite para as áreas de armazenamento; 
- Seio lactífero: 
Áreas de armazenamento do leite; porção glandular
 P o rçã o glandu la r 
Armazenamento do leite na glândula; porção papilar
 Po rçã o pa p ilar 
Armazenamento do leite na papila;
- Ducto papilar: Localizado entre o seio lactífero papilar e óstio do ducto papilar, há o ducto responsável pela passagem do leite; 
- Óstio do ducto papilar: Local de saída do leite; 
Parênquima glandular: Formado basicamente por lobos. Quanto maior o número de seios, melhor é a distribuição do leite durante a amamentação.
- Aparelho suspensório do úbere: 
- Arcabouço de tecido conjuntivo 
Lâminas suspensórias laterais: 2 
Lâminas suspensória medial: 1 
- Originadas da fáscia que reveste o tronco
Ocitocina – ajuda na saída do leite em bovinos; em equinos auxilia na produção de leite. 
· A ordenha ajuda a acalmar o animal por conta do hormônio.
Coxins
❖ Epiderme e derme espessa, com grande condensação adiposa. 
Função: amortecer impactos, uma vez que o animal apoia o corpo nos coxins.
❖ Corpo papilar; 
❖ Tela subcutânea;
❖ Fibras elásticas e colágenas;
❖ Muita queratina;
❖ Camada lúcida;
· Nos equinos – no talão.
Unhas
Órgão digital 
Função: ferramenta (cavar, rasgar), órgão do sentido (tato), defesa corporal. 
 
Parede córnea: é o que forma a unguícula (carnívoros, animais com parede córnea pequena, por isso tem mais coxim) ou úngula (equino, suíno e ruminante, animais com a parede córnea bem desenvolvida e grande, tendo menos coxim). 
Cório: semelhante ao da pele, está entre o osso e a parede córnea. Corresponde a parte da derme, portanto, é a parte vascularizada. O cório é menor em unguículas e maior em úngula. Limbo: faixa de pele que forma a parte proximal do órgão, cobrindo-o parcialmente. É equivalente à cutícula e cresce continuadamente. Limite da pele com a parede córnea, fornecendo base para a parede . 
Coroa: derme, que juntamente com o limbo, serve de apoio para a extremidade proximal da parede córnea, além de fazer parte da sua constituição. A coroa é constituída de tecido conjuntivo. Limbo + coroa formam a inserção da parede córnea com células de crescimento da parede. 
Sola: tecido queratinizado que está direcionado em direção palmar ou plantar. 
Coxim: semelhante ao visto anteriormente. Tecido queratinizado que serve de apoio para animais que apoiam os membros no solo.
Unguícula
· Presente em carnívoros, mas bem desenvolvido nos felinos. Quando esticado, o felino expõe a unha e quando retesado, a unha recolhe.
· A garra apresente área de parede córnea extremamente pontiaguda, o que a diferencia da unguícula. Felinos têm essa tendência de apresentar unguículas com parede córnea fina.
Úngula
· No caminho da camada basal para a superfície, os queratinócitos passam por uma série de processos de diferenciação (queratinização e cornificação), cujo produto final é a célula cornificada morta. 
· Um ciclo completo desde a célula nova até sua descamação normalmente leva de 20 a 30 dias, dependendo da espécie. A qualidade da queratinização e da cornificação depende em grande parte da nutrição recebida pelas células.
· De modo geral, dois tipos diversos de cornificação podem ser identificados: a cornificação macia e a cornificação dura. A cornificação macia ocorre em associação à camada granulosa e é o processo típico para a pele. O tipo duro é uma modificação do processo de cornificação e é característico para a epiderme da falange distal, como o casco e a garra, onde não há camada granulosa. 
· Queratinócitos totalmente cornificados, as células córneas, são unidos por material de cobertura da membrana (MCM); dessa forma, a estrutura do corno pode ser comparada a um muro de tijolos: as células são os tijolos, o MCM, a argamassa. O MCM inclui lipídeos, como a ceramida, que é responsável pelas propriedades semipermeáveis da camada córnea com relação a água e a moléculas hidrossolúveis, enquanto moléculas lipossolúveis conseguem penetrar a epiderme facilmente.
· linhas de crescimento (de estresse metabólico) – refletem enfermidades;
· 5mm/mês;
· Ausência subcutâneo;
Ranilha: parte macia do casco – estimula a circulação com o movimento do andar;
Laminite – deslocamento do estojo córneo;
Lâminas – irrigação e fixação do casco;
· Bovinos e Caprinos – casco rudimentar mais dorsal; 
Corno e chifre
Corno: processo ósseo cavitário (processo cornual do osso frontal) envolto por pele altamente queratinizada e que permanece por toda a vida do animal. Encontrados em ruminantes (domésticos e silvestres) de ambos os sexos.
Chifre (galhada): é considerado uma característica sexual secundaria de machos da família Cervidae, por ser controlada pela atividade testicular periódica (testosterona). Apresenta um pedículo permanente (processo do osso frontal) que é envolto por pele e pelos e, por uma galhada óssea que, dependendo da época, pode estar coberta por uma epiderme com pelos curtos (veludo). Esses pelos caem depois que o chifre atinge o tamanho máximo. A galhada é compacta e sofre influência dos níveis de testosterona, podendo cair após a época da reprodução. 
O macho, ao entrar na puberdade, ocorre um crescimento muito rápido da epiderme e erme específicas. Com a passagem do tempo, há este crescimento cada vez maior (hormonal)
Velame (veludo) - responsável pelo crescimento.
Coxins palmares e plantares (tori) Os coxins digitais são formados por tegumento comum fortemente modificado e se encontram nos membros dianteiros e traseiros. Eles atuam como amortecedores de choque durante a locomoção e protegem o esqueleto das mãos e dos pés da pressão mecânica. A base dos coxins digitais é formada pelas almofadas digitais, as quais são feitas de tecido adiposo subcutâneo repartido por fibras reticulares, colágenas e elásticas. As fibras do retináculo se projetam da derme para a tela subcutânea e fixam os coxins digitais à fáscia da mão ou do pé. Ligamentos bastante desenvolvidos prendem os coxins metacarpais e metatarsais ao esqueleto. O corpo papilar da derme é particularmente desenvolvido para suportar forças mecânicas significativas. A epiderme dos coxins digitais forma uma camada córnea particularmente espessa, mole e elástica. Há três grupos de coxins digitais: ● Coxins carpais/tarsais (torus carpeus/tarseus) na face mediopalmar/medioplantar do carpo/tarso; ● Coxins metacarpais/metatarsais (torus metacarpeus/ metatarseus) na face palmar/plantar da articulação metacarpofalângica/metatarsofalângica; ● Coxins digitais (torus digitalis) na face palmar/plantar da terceira falange distal. A quantidade de coxins metacarpais/metatarsais e digitais corresponde à quantidade de dedos. Em unguladosapenas os coxins digitais são funcionais e entram em contato com o chão, incorporando-se ao casco e caracterizando o bulbo em ruminantes e no suíno, e a cunha e o calcanhar do equino. Os coxins digitais se encontram no terceiro e no quarto dígitos em ruminantes e no segundo ao quinto dedos no suíno. Essas estruturas são descritas mais adiante neste capítulo. O equino, ao contrário dos outros ungulados domésticos, também apresenta coxins metacarpais/ metatarsais inseridos em um tufo de pelos posterior à articulação do joelho, o esporão, e resquícios de coxins carpais/tarsais, as castanhas (Figs. 18-33 e 18-34). Nos digitígrados cão e gato, apenas os coxins digitais e metacarpais/metatarsais fazem contato com o solo. Eles possuem coxins carpais totalmente desenvolvidos sem uso evidente, mas nenhum coxim tarsal. Os coxins metacarpais/metatarsais dos segundo ao quarto dedo de cada pata são fusionados para formar um único coxim (Fig. 18-32). Os coxins digitais situam-se em cada dedo do cão e do gato, mas o coxim do primeiro dedo não entra em contato com o solo (Fig. 18-32). Os coxins do gato e do cão contêm glândulas sudoríparas écrinas, que fazem com que o animal deixe rastros ao suar.
Órgão digital (organum digitale) O dedo compreende a falange distal, incluindo os componentes musculoesqueléticos e a parte fortemente modificada do tegumento comum que envolve essas estruturas. Em adaptação aos diferentes ambientes e hábitos alimentares, desenvolveram-se três modificações da pele específicas de classe do órgão digital durante a evolução: ● Garra (unguicula) em carnívoros; ● Unha (unguis) em primatas; ● Casco (ungula) em ungulados.
Estojo córneo da falange distal do casco (capsula ungularis) A falange distal dos mamíferos domésticos é envolta pelo estojo córneo ou cápsula ungueal, a qual forma a garra dos carnívoros e o casco dos ungulados. Todos os cinco segmentos participam da formação da cápsula ungueal, mas o coxim não é parte da garra em carnívoros e permanece separado. A cápsula ungueal (casco córneo) pode ser dividida em duas partes (Fig. 18-37): ● Parede ou lâmina (paries corneus, lamina); ● Face solear (facies solearis). Parede (paries corneus, lamina) A parede é formada pelo limbo (limbus), pela coroa (corona) e pelo segmento parietal (paries) e corresponde à unha dos primatas. Ela compõe-se (do exterior para o interior) das seguintes camadas (Fig. 18-38): ● Camada externa (stratum externum, eponychium); ● Camada média (stratum medium, mesonychium); ● Camada interna (stratum internum, hyponychium).
Estojo córneo decíduo (capsula ungulae decidua) O casco de leitões, bezerros, cordeiros e potros recém-nascidos é recoberto por um estojo córneo decíduo que é particularmente bem-desenvolvido na sola e no coxim digital (Fig. 18-40). Sua cor é amarelo-clara e compõe-se de corno epitelial com cornificação incompleta. Sua concentração de água é elevada e possui uma estrutura elástica com contornos arredondados. Ele é formado pelos mesmos cinco segmentos que a cápsula permanente. O estojo córneo decíduo cobre o casco como uma almofada e protege o útero e o canal de parto de lesões durante o parto. Durante os primeiros dias pós-parto, ele se seca rapidamente e se desprende quando o animal começa a caminhar. O estojo córneo permanente já está completamente formado sob o estojo decíduo. No cão ou no gato recém-nascidos, as garras afiadas e pontiagudas também são revestidas por uma epiderme sem cornificação completa. A estrutura correspondente se encontra na unha de bebês recém-nascidos.

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