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reportagem - A2 2020- Altamira

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22-05-2020 / / brusque / / 0001
	22-05-2020 / / SEXTA-FEIRA / / 0001
	Jornal
	O MUNICÍPIO
	
USINA DE BELO MONTE
ALTAMIRA COM A USINA DE BELO MONTE E A TRANSAMAZÔNICA
NOME (s) DO (S) Aluno (S): rOBSON ARLAM DOS REIS GUEDES
RU: 1718114
POLO: BRUSQUE-SC
 Altamira teve origem nas missões dos Jesuítas, na primeira metade do séc. XVIII, quando ainda integrava o gigantesco município de Souzel. Através da excursão do Jesuíta Roque de Hunderfund deu-se o primeiro registro histórico de colonização praticada nesse território, onde foi fundada às margens do Igarapé dos Panelas, uma missão catequética destinada aos índios que habitavam toda a região.
A floresta densa ocupava toda extensão terrestre. Muitas pedras, verdadeiras rochas, que fechavam os percursos fluviais, foram obstáculos aos navegantes, que tiveram de suportar muitas dificuldades para atingir a colonização.
Com auxílio da mão-de-obra indígena, os freis italianos Capuchinhos conseguiram abrir um pequeno atalho o baixo ao médio Xingu. O projeto foi acelerado com a adequação do trabalho escravo africano na selva amazônica. Em 1880, época em que houve imigração proveniente de várias partes do mundo, começou o povoamento da região entre os igarapés Ambé e Panelas, que posteriormente fomentaria a criação do Município de Altamira, em 6 de Novembro de 1911, já de acordo com a Lei Estadual nº 1.234.
Ao longo dos anos, a intensificação do comércio e o progresso econômico traçaram o perfil de uma cidade ativa, que passou a ter agências bancárias, hospitais, aeroporto, correios, além de crescimento demográfico e comercial. Altamira vivenciou a vinda de dois Presidentes da República. O primeiro foi Emílio Garrastazu Médice, que em 1970 deu início a construção da Rodovia Transamazônica. Em junho de 1998, o Presidente Fernando
Henrique Cardoso e demais parlamentares inauguraram o projeto Tramoeste, que trouxe para o município a energia firme de Tucuruí.
O grande ponto de referência geográfica da cidade, é a rodovia Transamazônica (BR-230), que corta o seu território pelos dois extremos e liga-o ao resto do Brasil. Aberta em 1970, no governo do Presidente Médice, a rodovia proporcionou um grande fluxo migratório para a região.
A rodovia ainda não foi pavimentada. Com a chegada da energia elétrica de Tucuruí, em junho de 1998, a população agora reivindica junto ao Governo Federal o asfaltamento da rodovia para o desenvolvimento da região.
Altamira é cidade pólo e dá suporte aos municípios de Uruará, Brasil Novo, Medicilândia, Vitória do Xingu e Senador José Porfírio em setores diversos como saúde, educação, agricultura e comércio. O território altamirense é dividido em dois distritos: Princesa do Xingu, distante de Altamira 25Km, e Castelo de Sonhos, a 1100Km de Altamira, na divisa com Mato Grosso. Devido a essa imensidão territorial, temos dois fusos horários no município. Em Castelo de Sonhos, a diferença é de 1 hora para Altamira.
 Altamira é a cidade do Rio Xingu, da pesca esportiva, do turismo, da agricultura, do artesanato, da pecuária, do comércio e das tribos indígenas.
	CIDADE DE ALTAMIRA NO ESTADO DO PARÁ
	
	Com o empreendimento hidrelétrico, a cidade de Altamira passa por um processo de redefinição urbana, com a requalificação de áreas localizadas às margens dos igarapés, criação de novos loteamentos para fins de reassentamento urbano e alterações estruturais importantes. Nesse contexto, é importante considerar, por um lado, o papel da Norte Energia S.A (NESA) e dos agentes públicos no processo de reassentamento e requalificação urbana, a fim de se entender as interferências diretas do empreendimento nas redefinições espaciais que se processam na cidade e na região. Por outro lado, é relevante entender o papel dos agentes privados na dinâmica de reorganização na área de influência direta do projeto, especialmente os agentes imobiliários, os quais possuem a capacidade de determinar o nível de renda necessário para se ocupar determinados pontos e, ao mesmo tempo, forçar o deslocamento da população para áreas ainda mais periféricas.
No que tange a dinâmica atual de Altamira, partimos da hipótese de que se trata de uma cidade média em processo de ampliação de suas funções intermediárias na rede urbana. A população situada no núcleo urbano está estimada em 79.622 habitantes (IBGE, 2010), no entanto, com o aumento significativo de trabalhadores atraídos para o início das obras da usina Hidrelétrica de Belo Monte, esse número neutralizados pela proximidade em relação à Belém. Com base nesse exemplo, se pode adotar a linha teórica de que maior será a importância de uma cidade média quanto mais afastada estiver das regiões metropolitanas.
Quanto ao tamanho populacional, o número de habitantes do núcleo urbano de Altamira está estimado pelo IBGE (2010) em 79.193 habitantes. Porém, existe divergência entre dados oficiais do IBGE e as informações da Secretaria de Planejamento do Município de Altamira (SEPLAN), que tem percebido diferenças significativas no acesso de bens e serviços a partir do recente processo migratório. Segundo a Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Altamira, os dados do censo demográfico obtidos pela amostra de domicílios em 2010 não servem para estabelecer a projeção atual da população, dado o grande deslocamento de trabalhadores ligados direta e indiretamente à obra da usina hidrelétrica, deste modo estima a população no ano de 2012 em 148.224 habitantes (SEPLAM, 2012). Tendo em vista que a concentração populacional decorrente das migrações que se dirigem ao centro urbano, tal previsão poderia chegar a 128 mil habitantes para a cidade-sede.pode estar para além das estatísticas oficiais. Seu papel de centralidade é historicamente estabelecido na região enquanto oferta de bens e serviços para as cidades menores, além de constituir o centro de decisões políticas, congregando organizações sindicais, representações comerciais, fóruns de representação e núcleos partidários. Pode-se afirmar que a posição conferida à cidade de Altamira se difere de outras de porte médio no Pará, como Ananindeua e Castanhal, pois no caso dessas últimas os papéis intermediários são 
	Ponte Hercílio Luz.
O projeto é de autoria dos engenheiros norte-americanos Robinson e Steinmann e todo o material nela empregado foi trazido dos Estados Unidos, tendo sido construída por uma equipe composta de dezenove técnicos norte-americanos e operários catarinenses.
Boa parte da projeção e da construção da obra deu-se durante o governo de Hercílio Luz, que tinha a intenção de consolidar Florianópolis como capital de Santa Catarina. Àquela altura, as outras cidades consideravam a Ilha muito distante para ser o centro administrativo e político do Estado e, em consequência, havia um movimento pregando a mudança da capital para Lages.
No entanto, o idealizador não viu seu sonho ser concluído, pois morreu em 1924, doze dias depois de inaugurar uma ponte pênsil de madeira, construída na Praça XV especialmente para um ato simbólico.
Depois de obter empréstimo equivalente a dois orçamentos anuais do Estado de Santa Catarina, o governo finalmente iniciou a construção da ponte, em 1922. O pagamento dos empréstimos, feitos com bancos norte-americanos, só foi concluído em 1978, mais de 50 anos após a inauguração.
Desde o princípio, o processo de financiamento foi complicado. O primeiro banco que havia emprestado os 20 mil contos de réis ao governo catarinense faliu. Assim, um novo empréstimo teve que ser obtido, atrasando as obras.
Além disso, uma manobra dos banqueiros norte-americanos fez com que o Estado de Santa Catarina se responsabilizasse por dívidas da instrução da instituição falida. Ao final, o custo atingiu 14 milhões, 478 mil, 107 contos e 479 réis, praticamente o dobro do orçamento do Estado à época.
Sua inauguração, numa tarde chuvosa de maio de 1926, acabou com um antigo sofrimento dos 40 mil habitantes de Florianópolis: depender de balsas para atravessar da Ilha ao Continente ou vice-versa. Monopolizado, o serviço era tão ruim quesequer oferecia cobertura para proteger os passageiros do sol ou da chuva. Por este motivo, seu nome da obra seria Ponte da Independência, mas foi mudado após a morte do idealizador da obra.
Desde que foi fechada por medida de segurança, em 1982, a ponte Hercílio Luz serve apenas como cartão postal, ponto de referência e para o embelezamento da cidade.
O pesadelo do desabamento tornou-se constante na vida das pessoas. Esse temor, entretanto, foi eliminado justamente no dia em que a ponte completou 71 anos de idade. A obra clássica da engenharia internacional foi tombada como patrimônio histórico e artístico.
Então finalmente em dezembro de 2019 as obras de reforma da ponte, que já duravam quase duas décadas, passando por vários governos, foram concluídas pelo governador Carlos Moisés. Após 28 anos o símbolo da capital dos catarinense volta a ser utilizado pela população, em um momento crítico pelo qual passa a mobilidade urbana da cidade.
O mirante situado à cabeceira insular proporciona uma das mais belas vistas panorâmicas do centro de Florianópolis. Na área também estão situados o Museu da Ponte e o Parque da Luz.
	
	Referências:
https://guiafloripa.com.br/turismo/patrimonios-historicos/ponte-hercilio-luz
https://journals.openedition.org/confins/11284
http://altamira.pa.gov.br/site/historia/
https://www.folhadobico.com.br/altamira-populacao-do-xingu-apresenta-propostas-em-audiencia-publica-do-ppa-2020-2023/
https://matematicaeafins.com.br/blog/2018/04/12/usina-de-belo-monte-producao-de-energia-impactos-ambientais-e-sociais/
LINK VIDEO: https://www.youtube.com/watch?v=vFhb7geP-1k
	
	
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