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Fonte: www.sxc.hu 
 
 
 
 
1 
 
DESENHO TÉCNICO 
Luciene Abdala Antinori 
 
Curso Técnico em Cafeicultura 
 7 
 Meta 
 Apresentar de forma clara as diferenças entre o Desenho 
técnico do desenho Artístico. 
 
 
 
 
 
 
 Objetivos 
 
 Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: 
 Ler e identificar o desenho técnico; 
 Conhecer as etapas de elaboração do desenho 
 Técnico Arquitetônico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
Introdução 
 
Nesta aula 1 você irá ter noções do Desenho técnico que é de 
fundamental importância para a realização de projetos. 
O Desenho Técnico é uma linguagem básica, onde possibilita ao 
educando o entendimento da inter-relação do desenho em diferentes áreas 
profissionais e de estudo como: Agrimensura (mapas, croquis, representações 
cartográficas, divisão de áreas, demarcação de divisas, estradas, etc.); 
Construções Rurais (galpões, casas, armazéns, silos estruturas de irrigação e 
drenagem, açudes, barragens, etc.); Máquinas e mecanização agrícola 
(funcionamento de máquinas, construção de equipamentos, motores, 
implementos, etc.); Parques e jardins. 
 Uma coisa muito importante que você, sem dúvida, já deve ter 
percebido é que o desenho técnico está presente em praticamente todas as 
atividades do nosso dia-a-dia nas formas de vários objetos, nas dimensões dos 
ambientes e etc. 
É a linguagem gráfica em que se expressa e registra as idéias e dados 
para a construção de máquinas e estruturas. Distingue-se do desenho de 
finalidade meramente artística, embora em algumas vezes em desenhos 
artísticos, existam elementos do rigor do desenho técnico. 
Enquanto que o desenho artístico limita-se a representação de formas 
em que predominam as cores, luzes e sombra no desenho técnico limita-se 
unicamente ao contorno dos objetos, não só insinuando a sua intenção mas 
dando informação exata sobre o mesmo. Ou seja, é uma linguagem gráfica 
completa, por meio da qual pode descrever minuciosamente cada operação e 
guardar um registro completo do objeto, para reprodução ou reparos. 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
A evolução do desenho técnico... 
Quando alguém quer transmitir um recado, pode utilizar a fala ou passar seus 
pensamentos para o papel na forma de palavras escritas. 
Quem lê a mensagem fica conhecendo os pensamentos de quem a escreveu. 
Quando alguém desenha, acontece o mesmo: passa seus pensamentos para o 
papel na forma de desenho. 
A escrita, a fala e o desenho representam idéias e pensamentos. 
Desde épocas muito antigas, o desenho é uma forma importante de comunica- 
ção. E essa representação gráfica trouxe grandes contribuições para a 
compreensão da História, porque, por meio dos desenhos feitos pelos povos 
antigos, podemos conhecer as técnicas utilizadas por eles, seus hábitos e até 
suas idéias. 
As atuais técnicas de representação foram criadas com o passar do tempo, à 
medida que o homem foi desenvolvendo seu modo de vida, sua cultura. 
 Veja algumas formas de representação da figura humana, criadas em 
diferentes épocas históricas. 
 SAIBA MAIS... 
 Representação esquemática da figura humana 
de acordo com o passar dos tempos... 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 Desenho das cavernas no período Pré-histórico 
http://www.wiki/
 10 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
Representação egípcia do túmulo do escriba Nakht, século XIV a.C. 
Representação plana que destaca o contorno da figura humana. 
 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
Nu, desenhado por Miguelangelo Buonarroti (1475-1564). 
Aqui, a representação do corpo humano transmite a idéia de volume. 
 
 Esses exemplos de representação gráfica são considerados desenhos 
artísticos. 
 
http://www.wiki/
http://www.wiki/
 11 
Embora não seja artístico, o desenho técnico também é uma forma de 
representação gráfica, usada, entre outras finalidades, para ilustrar plantas de 
construções, peças de marcenaria, projetos elétrica, em instrumentos de 
trabalho, como máquinas, peças e ferramentas. E esse tipo de desenho 
também sofreu modificações, com o passar do tempo. 
 
Desenho Técnico X Desenho Artístico 
Por enquanto, é importante que você saiba as diferenças que existem 
entre o desenho técnico e o desenho artístico. Para isso, é necessário 
conhecer bem as características de cada um. 
Observe a seguir algumas obras de Tarsila do Amaral: 
 
 Fonte: www.tarsiladoamaral.com.br 
 Tela de Tarsila do Amaral - Abaporu - 1928 
 12 
 
 Fonte: www.tarsiladoamaral.com. br 
 Tela Paisagem 
com touro - 1925 
 
 
 
 
 
Estes são exemplos de desenhos artísticos. 
A artista transmitiu suas idéias e seus sentimentos de maneira pessoal. 
Um artista não tem o compromisso de retratar fielmente a realidade. 
O desenho artístico reflete o gosto e a sensibilidade do artista que o criou. 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: www.tarsiladoamaral.com.br 
 Tela - Auto-retrato - 1924 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.tarsiladoamaral.com. BR 
Tela O Pescador - 1925 
 
http://www.tarsiladoamaral.c/
http://www.tarsiladoamaral.com.br/
http://www.tarsiladoamaral.c/
 13 
 
 
 
 
 
 
 
Já o desenho técnico, ao contrário do artístico, deve transmitir com 
exatidão todas as características do objeto que representa. Para conseguir 
isso, o desenhista deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de 
Normas Técnicas. Assim, todos os elementos do desenho técnico obedecem 
às Normas Técnicas, ou seja, são normalizados. Cada área ocupacional tem 
seu próprio desenho técnico, de acordo com normas específicas. 
 
Observe alguns exemplos: 
 
Fonte: www.sxc.hu 
Desenho Técnico de Arquitetura 
 
 
 
ATENÇÃO! 
O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por 
finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de 
acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas 
modalidades de engenharia e também da arquitetura. 
Normas Técnicas 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável 
pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base necessária ao 
desenvolvimento tecnológico brasileiro. Trata-se de uma entidade privada e sem 
fins lucrativos e de utilidade pública, fundada em 1940. 
http://www.sxc.hu/31323141
http://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_t%C3%A9cnica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/1940
 14 
 
 Fonte: www.sxc.hu 
 Projeto Arquitetônico - Planta baixa 
 
 
 Fonte: www.sxc.hu 
 Projeto Arquitetônico Residencial - Perspectiva 
 
 Fonte: Coletânea de Croquis de Oscar Niemeyer 
 Croquis: Obras em Brasília - DF _ Arquiteto Oscar Niemeyer 
http://www.sxc.hu/1071720
http://www.sxc.hu/1071720
 15 
 O Desenho técnico é a linguagem gráfica em que se expressa e 
registra as idéias e dados para a construção de máquinas e estruturas. 
Distingue-se do desenho de finalidade meramente artística, embora em 
algumas vezes em desenhos artísticos, existam elementos do rigor do desenho 
técnico. 
Enquanto que o desenho artístico limita-se a representação de formasem que predominam as cores, luzes e sombra, o desenho técnico limita-se 
unicamente ao contorno dos objetos, não só insinuando a sua intenção, mas 
dando informação exata sobre o mesmo. Ou seja, é uma linguagem gráfica 
completa, por meio da qual pode descrever minuciosamente cada operação e 
guardar um registro completo do 
 
 
Elaboração do Desenho Técnico 
A elaboração do desenho técnico envolve várias etapas descritas a 
seguir: 
A primeira é através do croqui as idéias são colocadas por meio de um 
esboço, isto é, um desenho técnico à mão livre. 
O esboço serve de base para a elaboração do desenho preliminar. 
O Projeto Arquitetônico é um desenho preliminar ou anteprojeto que 
corresponde a uma etapa intermediária do processo de elaboração do projeto, 
que ainda pode sofrer alterações, mas contém todos os elementos necessários 
a sua compreensão. Depois de aprovado, o desenho que corresponde à 
solução final do projeto será executado pelo desenhista técnico. 
O desenho técnico definitivo, também chamado de Projeto executivo, 
contém todos os elementos e detalhes técnicos necessários à sua execução. 
O desenho para execução, tanto pode ser feito na prancheta como no 
computador e deve atender rigorosamente a todas as normas técnicas que 
dispõem sobre o assunto. 
O desenho técnico chega pronto às mãos do profissional que vai 
executar a uma obra ou uma peça. Esse profissional deve ler e interpretar o 
desenho técnico para que possa executar. Quando o profissional consegue ler 
e interpretar corretamente o desenho técnico, ele é capaz de imaginar 
 16 
exatamente como será a obra ou a peça, antes mesmo de executá-la. Para 
tanto, é necessário conhecer as normas técnicas em que o desenho se baseia 
e os princípios de representação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURIOSIDADE! 
O desenho técnico, tal como nós o entendemos hoje, foi 
desenvolvido graças ao matemático francês Gaspar Monge 
(1746-1818). 
Os métodos de representação gráfica que existiam até 
aquela época não possibilitavam transmitir a idéia dos 
objetos de forma completa, correta e precisa. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Wikipédia 
A enciclopédia livre 
 
 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta aula você aprendeu a as diferenças que existem entre o desenho 
técnico e o desenho artístico. 
O desenho artístico reflete o gosto e a sensibilidade do artista que o criou. 
O desenho técnico, ao contrário do artístico, deve transmitir com exatidão todas 
as características do objeto que representa. Para conseguir isso, o desenhista 
deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de Normas Técnicas. 
Distingue-se do desenho de finalidade meramente artística, embora em algumas 
vezes em desenhos artísticos, existam elementos do rigor do desenho técnico. 
O profissional deve ler e interpretar o desenho técnico para que possa executar 
a obra ou peças de máquinas e etc. 
A elaboração do desenho técnico envolve várias etapas descritas a seguir: 
 Croqui: quando as idéias são colocadas por meio de um esboço, isto é, 
um desenho técnico à mão livre. O esboço serve de base para a 
elaboração do desenho preliminar 
 Desenho preliminar ou anteprojeto: corresponde a uma etapa 
intermediária do processo de elaboração do projeto, que ainda pode 
sofrer alterações. 
 Desenho para execução: pode ser feito na prancheta como no 
computador, deve atender rigorosamente a todas as normas técnicas que 
dispõem sobre o assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMINDO... 
 
 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 INEDI. Cursos profissionalizantes – Noções de desenho 
Aquitetônico e Construção Civil. Brasília, 2005. 
 IZIDORO, N. Apostila de desenho Técnico. USP. 2010. Disponível 
em: HTTP: < www.eel.usp.br/na_apostila/pdf/capitulo1>. Disponível 
em 20 jul 2011. 
 SILVA, S.F.da. A linguagem do desenho técnico. Rio de Janeiro: 
LTC – Livros técnicos e científicos editora S.A. 1984.151p. 
 TELECURSO. Leitura e Interpretação de Desenho Técnico - 
Apostilas e Vídeo Aulas Telecurso 2000. Disponível em: HTTP: < 
http://www.4shared.com/file/1WNZuCdf/Telecurso_2000_-
_Leitura_e_Int.html>. Disponível em 10 jun 2010. 
 WIKIPEDIA – A enciclopédia Livre. Disponível em: HTTP: < 
http:www.wikipedia.com.br>. Disponível em 10 mai 2010. 
http://www.eel.usp.br/na_apostila/pdf/capitulo1
http://www.4shared.com/file/1WNZuCdf/Telecurso_2000_-_Leitura_e_Int.html
http://www.4shared.com/file/1WNZuCdf/Telecurso_2000_-_Leitura_e_Int.html
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 
 
2 
 
INSTRUMENTOS DE 
DESENHO TÉCNICO 
Luciene Abdala Antinori 
 
Curso Técnico em Cafeicultura 
 
http://www.wiki/
 20 
 
 Meta 
 
 Apresentar de forma abrangente o Desenho técnico e seus 
instrumentos; 
 
 
 
 
 
 
 Objetivos 
 
 Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: 
 Conhecer os vários instrumentos na elaboração do Desenho 
Técnico convencional; 
 Utilizar adequadamente os instrumentos; 
 Zelar pela conservação dos instrumentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
Introdução 
Na aula anterior apresentamos o conceito de Desenho Técnico. 
Dando continuidade, nesta aula 2 Instrumento de Desenho Técnico vamos 
conhecer os instrumentos utilizados na confecção do Desenho Técnico 
convencional. 
Hoje em dia o desenho técnico está em uma era totalmente 
informatizada, com uma disponibilidade de diversos programas gráficos e o 
instrumental ficou reduzido a um micro computador e a uma impressora ou 
plotter. 
Mesmo assim utilizamos as técnicas do desenho técnico tradicional, mesmo 
em um escritório ou empresa totalmente informatizados, há a necessidade do 
instrumental básico para o desenho convencional. 
Prancheta, régua paralela ou régua T, par de esquadros, transferidor, 
escalímetro e lapiseiras são os equipamentos mais utilizados. 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 Figura 1: Desenho técnico convencional com instrumentos 
http://www.wiki/
 22 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
Figura 2: Desenho técnico informatizado com auxílio de programas gráficos 
 
 
VOCÊ SABIA? 
 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 
 
Plotter 
A Plotter é uma impressora destinada a 
imprimir desenhos em grandes dimensões, 
com elevada qualidade e rigor, como por 
exemplo, plantas arquitetônicas, mapas 
cartográficos, projetos de engenharia e 
grafismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.wiki/
http://www.wiki/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Impressora
 23 
 
Instrumentos para o Desenho Técnico convencional 
Foi mencionado anteriormente que ha vários instrumentos para se 
confeccionar um Desenho Técnico convencional. Nos textos a seguir você terá 
oportunidade de aprofundar seus conhecimentos em cada um deles. 
 
1. Lápis e lapiseiras 
Os lápis e lapiseiras são classificados 
por meio de letras ou números seguindo 
o grau de dureza da grafite. 
Quanto maior for o número ou classificação 
de sua letra maior será a sua rigidez. 
 
Classificação: Grafites macios: 7B,6B,5B,4B, 3B,2B 
 Grafites duros: H, 2H, 3H, 5H, 6H 
 Grafites com dureza intermediária: B, HB, F 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
Para desenhos preliminares, usa-se geralmente o lápis HB ou grafite 
equivalente para uso em lapiseira. 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 
Classificação Numérica: 
 Número 1 = 3B 
 Número 2 = B 
 Número 3 = F 
 Número 4 = 2H 
 Número 5 = 4H 
 Número 6 = 6H 
 
 
A série B compreende, de 
forma geral, os lápis com 
grafites macias e série F 
para lápis com grafites 
duras. 
 
http://www.wiki/
http://www.wiki/
 24 
2. Pranchetas – Mesas de desenho 
As pranchetas para desenho geralmente são de madeira, em forma 
retangular, nela se fixam os papéis de desenho e podem ser simplesmente 
apoiadas em cavalete com altura e inclinação reguláveis. 
É importante que a prancheta bem como o banco possibilitem ao aluno 
uma correta postura ergonômica. A iluminação adequada também é importante 
para um bom trabalho. 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 Figura 3: Posição-postura ergonômica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As pranchetas podem ser fabricadas de diversas espécies de madeira como o 
Cedro, Pinho e Eucalipto ou madeira processada mecanicamente como MDF. 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
Figura 4: Prancheta 
MAIS 
 
Ergonomia 
É o estudo do relacionamento 
entre o homem e seu trabalho, 
equipamento e ambiente, e 
particularmente a aplicação dos 
conhecimentos de anatomia, 
fisiologia e psicologia na solução 
de problemas surgidos desse 
relacionamento. 
 
http://www.wiki/
http://www.wiki/
 25 
 O tampo pode ser forrado material de cor clara, para evitar a fadiga dos 
olhos do desenhista. 
Para cobrir as pranchetas, pode-se usar o seguinte: 
1. Coberturas de vinil, que fornecem uma superfície de desenho suave e 
uniforme. Furos de alinhamento e cortes ficam naturalmente encobertos. 
2. Revestimento em fórmica ou material resistente similar, sem imperfeições de 
superfície. 
 As dimensões mais comuns que encontramos as pranchetas são: 
0.60 x 0.80m, 0.80 x1.00m, 1.00x1.20m. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURIOSIDADE! 
MDF 
 
Em português a designação 
correta é placa de fibra de 
madeira de Média 
Densidade de Fibra. 
O MDF é fabricado através 
da junção de fibras de 
madeira com resinas 
sintéticas e outros aditivos. 
O material é moldado em 
painéis lisos sob alta 
temperatura e pressão.As 
chapas de MDF são 
fabricadas com diferentes 
características, que variam 
em função de sua utilização 
final. 
 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_de_madeira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_de_madeira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resina
http://www.wiki/
 26 
3. Régua T e régua Paralela 
Régua T é um instrumento próprio para desenho técnico. Assim como 
a régua paralela é uma régua utilizada para apoiar o esquadro ou para traçar 
horizontais e linhas paralelas quando apoiada na mesa de desenhos, possui 
em média 80 cm e normalmente é de madeira com detalhes em acrílico. 
Combinadas com esquadros permitem traçar com rapidez e precisão 
uma infinidade de ângulos e paralelas em todas as direções. 
 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
Figura 4: Régua T 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 Figura 5: Régua Paralela 
 
Cabeçote fixo 
Fica presa à prancheta 
através de um sistema de fios 
e roldanas, que promovem 
seu deslizamento paralelo 
sobre a mesa de desenho. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Instrumento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenho_t%C3%A9cnico
http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9gua
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paralela
http://pt.wikipedia.org/wiki/Acr%C3%ADlico
http://www.wiki/
http://www.wiki/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenho
 27 
 
Fonte: Livro Desenho Técnico Básico 
Figura 6: Manejo da Régua T 
 
4. Esquadros 
Esquadro é um instrumento de desenho que também pode ser usado 
para fazer linhas retas verticais com o apoio de uma régua T ou régua paralela 
e para formar ângulos principais como 30º, 45º, 60º, 90º e combinações de 
ângulos utilizando dois esquadros, contudo a principal função dos esquadros é 
fazer transferência de ângulos. 
Existem 2 tipos de esquadros básicos: 
O primeiro com o formato de um triângulo retângulo escaleno de 30º-60º-90º; 
O segundo com o formato de um triângulo retângulo isósceles de 45º-45º-90º. 
 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 Figura 7: Par de esquadros 
http://www.wiki/
 28 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 Figura 8: Esquadro apoiado na régua 
 
Manejo dos esquadros na régua T 
 
 
 Fonte: Livro Desenho Técnico Básico 
http://www.wiki/
 29 
 
 Fonte: Livro Desenho Técnico Básico 
 
Manejo de um par de esquadros 
 
 Fonte: Livro Desenho Técnico Básico 
 
 30 
5. Transferidor 
Transferidor é um instrumento utilizado para medida e marcação de 
ângulos. 
 É composto basicamente por uma escala circular, ou de seções de 
círculo, dividida e marcada em ângulos espaçados regularmente, tal qual numa 
régua. 
Os transferidores podem ser de diversos tipos sendo os mais comuns: 
 Transferidor de 360° 
 Transferidor de 180° 
 Transferidor de 90° (ou quadrante) 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 Figura 9: Transferidor 360° 
 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 Figura 10: Transferidor 180° 
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82ngulo
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADrculo
http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9gua
http://www.wiki/
http://www.wiki/
 31 
6. Escalímetro ou Escala Triangular 
O Escalimetro ou régua tridimensional é um instrumento que possui 6 réguas 
com diferentes escalas e nos possibilita criar desenhos de projetos, ou 
representar objetos em uma escala ampliadas ou reduzidas, dentro das 
medidas medidas necessárias, conservando a proporção entre a representação 
do objeto e o seu tamanho real. 
No escalímetro tridimensional podemos observar seis tipos de escalas 
diferentes: 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: 
Não deve ser utilizado para o traçado de linhas, apenas para obter medidas. 
Ex: 
A escala 1:100 pode ser usado como 1:1 ou ainda 1:1000, dependendo do 
caso. 
Para se aprender a trabalhar com o Escalimetro, basta aprender um pouco 
sobre as escalas e suas aplicações. 
Portanto você verá a seguir, algumas noções de escala. 
 
 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 
 
Existem três tipos de escalas: 
 
1: 20 - um para 20 
1: 25 - um para 25 
1: 50 - um para 50 
1:75 - um para 75 
1:100- um para 100 
1:125- um para 125 
 
 MAIS 
Escala 
É a relação que existe entre o 
tamanho de um objeto de um 
projeto, por exemplo, e o seu 
tamanho real. 
Utilizamos a escala para ampliar 
ou reduzir o desenho de um 
objeto conservando suas 
proporções. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9gua
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala
http://www.wiki/
 32 
ESCALA NATURAL 
Escala natural é aquela utilizada quando o tamanho do desenho do objeto é 
igual ao tamanho real do mesmo, isto é, do mesmo tamanho que o objeto for 
construído, será também feito o seu desenho. 
É representada da seguinte forma: 
Escala 1:1 (lê-se, escala um por um). 
 
ESCALA DE REDUÇÃOEscala de redução é a utilizada para representar um objeto em tamanho menor 
do que o tamanho real. Para a aplicação da escala de redução, basta dividir o 
valor da medida indicada no desenho do objeto, pelo valor numérico da escala. 
Essa escala é bastante utilizada em mapas e em plantas de construções civis. 
É representada da seguinte forma: 
Escala 1:2, 1:3, 1:4, 1:5, 1:10, 1:20, 1:30, 1:40, 1:50, 1:100, etc. 
 
ESCALA DE AMPLIAÇÃO 
Escala de ampliação é utilizada para representar um objeto em tamanho maior 
do que o tamanho real. 
É representada da seguinte forma: 
Escala 2:1 (lê-se, escala dois por um). 
As escalas de ampliação mais utilizadas são: 2:1, 3:1, 4:1, 5:1, 10:1, 20:1, etc.. 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 Figura 11: Escalímetro Figura 12: Detalhe – Graduação do Escalímetro 
 
 
 
 
http://www.wiki/
http://www.wiki/
 33 
7. Gabaritos 
São placas de material plástico, transparente ou opaco, vazados nos 
formatos de figuras geométricas como círculos, quadrados, elipses e 
equipamentos sanitários/hidráulicos e mobiliário e etc. 
 
Veja alguns modelos: 
 
 
 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 Figura 13: Modelo de Gabarito para Layout (vasos, pias e móveis) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
 
Layout 
O Layout (ou leiaute) é um esboço mostrando a distribuição física como, por 
exemplo, de um ambiente (disposição dos móveis), tamanhos de elementos como 
texto, gráficos ou figuras num determinado espaço. 
Pode ser apenas formas rabiscadas numa folha para depois realizar o projeto ou 
pode ser o projeto em fase de desenvolvimento. 
VASO SANITÁRIO 
PIA 
MESA 
CADEIRA 
http://www.wiki/
http://dicionario.babylon.com/texto#!!9G2CGKRAUE
http://dicionario.babylon.com/gr%C3%A1fico#!!9G2CGKRAUE
 34 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
Figura 14: Modelo de Gabarito para peças sanitárias 
 
 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 Figura 15: Modelo de Gabarito de círculos 
 
 
 
 
http://www.wiki/
http://www.wiki/
 35 
8. Compasso 
Um compasso é um instrumento de desenho para desenhar arcos de 
circunferência, composto de duas hastes articuladas numa extremidade 
encontra-se uma ponta-seca (ponta de metal) e a outra será com grafite, 
destinado a traçar circunferências, arcos ou a tirar medidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PONTA-SECA 
PONTA DE GRAFITE 
Fonte: www.sxc.hu 
Figura 17: Detalhe das pontas do Compasso 
Usa-se o compasso 
da seguinte forma: aberto 
com o raio desejado fixa-se 
a ponta seca no centro da 
circunferência a traçar e, 
segurando-se o compasso 
pela parte superior com os 
dedos indicador e polegar, 
imprime-se um movimento 
de rotação até completar a 
circunferência. 
 
Fonte: www.sxc.hu 
Figura 16: Compasso 
 
Fonte: www.sxc.hu 
VOCÊ SABIA? 
 
O Compasso parabólico que 
conhecemos hoje foi inventado 
por Leonardo da Vinci. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenho
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_(matem%C3%A1tica)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Circunfer%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonardo_da_Vinci
 36 
9. Curva Francesa e Régua Flexível 
As curvas francesas são gabaritos para curvas, recortadas por 
inúmeros arcos destinados àqueles desenhos em que o não se pode usar o 
compasso. 
As curvas francesas transparentes são melhores porque facilita a 
visualização de pontos e eixos de simetria nos desenhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 
A régua flexível é utilizada em grandes curvas traçadas principalmente 
nos esboços a mão-livre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURVA FRANCESA 
RÉGUA FLEXÍVEL 
MAIS 
 
O eixo de simetria em 
geometria é uma linha que divide 
uma figura em duas partes 
simétricas, isto é, como se 
fossem o objeto e a sua imagem 
num espelho. 
 
http://www.wiki/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Simetria
 37 
10. Borracha 
É utilizada para apagar os traços de um desenho quando feitos a lápis 
ou a lapiseira. Os traços feitos com grafites macias, a borracha deve ser macia 
e de grão fino; para traços a grafite dura ou feitos a tinta, a borracha deve ser 
dura, áspera e de consistência arenosa. 
Para traços muito finos em desenhos muito pequenos deve se usar a 
borracha tipo caneta com um refil de borracha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
Figura 18: Borracha macia de grão fino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURIOSIDADE! 
 
 
 
 
 
O Theatro da Paz é o maior e um 
 dos luxuosos edifícios construídos 
 com as fortunas da borracha. 
Localizado na cidade de Belém, 
 no estado do Pará 1869 – 1874. 
 
Fonte: www.sxc.hu 
Figura 20: Borracha dura, áspera de grãos arenosos 
 
 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
Figura 19: Borracha tipo caneta 
 
 
Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 
http://www.wiki/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bel%C3%A9m
http://pt.wikipedia.org/wiki/Par%C3%A1
http://www.wiki/
http://www.wiki/
 38 
11. Papel 
De acordo com a Norma Técnica Brasileira NBR5984, o papel deverá 
seguir alguns padrões de dimensões, que chamamos de formatos da série A. 
Esta Norma padroniza as características dimensionais das folhas em 
branco e pré-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos. 
As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto na posição horizontal como 
na vertical. 
As folhas em que se desenha o projeto arquitetônico é denominada 
prancha. 
O formato do papel tem origem em um retângulo com área de (1m²) e 
cujos lados medem 0,841 x 1,189 m ( 841 x 1189 mm), denominando de 
formato A0. 
Deste formato originam por bipartição, ou duplicação, os demais formatos. 
Vamos conferir: 
 
 Figura 21: Origem dos formatos 
Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos 
e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a 2A0 
corresponde ao dobro da A0). 
Do formato A0 resultarão os demais formatos de papéis: 
Referência 
X (mm) Y (mm) a (mm) 
 2 A0 1189 1682 15 
A0 841 1189 10 
1189 mm 
841 mm 
 39 
A1 594 841 10 
A2 420 594 7 
A3 297 420 7 
A4 210 297 7 
A5 148 210 5 
 
 Fonte: Luciene Abdala Antinori 
 Figura 22: Formatos da série A 
 
12. Conservação dos Instrumentos 
Para aumentar a vida útil dos instrumentos devemos manuseá-los com o 
máximo cuidado possível e armazená-los sempre em seus estojos. 
 A limpeza da régua, dos esquadros e do transferidor deve ser feita sempre 
com água e sabão neutro. 
 
 
 
Nunca utilizar substâncias corrosivas ou derivados de petróleo 
 40 
Precauções mínimas que devem ser seguidas: 
 
 Evitar choques ou queda dos instrumentos; 
 Nunca desenhar com a aresta inferior da régua T; 
 Não colocar qualquer das extremidades na boca; 
 Nunca trabalhar com o lápis com ponta grossa; 
 Nunca lubrificar as articulações do compasso; 
 Nunca traçar uma linha voltando para traz; 
 Nunca passar a borracha por todo o desenho depois de terminado; 
 Deve-se limpar a mesa antes de começar os trabalhos; 
 Manter os instrumentos sempre limpos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMINDO... 
 
Nesta aula você que o desenho técnico está em uma era totalmente 
informatizada, com uma disponibilidade de diversos programase o instrumental 
ficou reduzido a um micro computador e a uma impressora ou plotter, mas mesmo 
assim utilizamos as técnicas do desenho técnico tradicional, há a necessidade do 
instrumental básico para o desenho convencional. 
Podendo ser citados: 
1. Lápis e lapiseiras; 
2. Pranchetas - mesas pra desenho; 
3. Régua T e Régua Paralela; 
4. Esquadros; 
5. Transferidor; 
6. Escalímetro ou escala triangular; 
 Os lápis e lapiseiras são classificados por meio de letras ou números seguindo 
o grau de dureza do grafite. 
 As pranchetas para desenho geralmente são de madeira, em forma retangular, 
nela se fixam os papéis de desenho. 
 As réguas T e paralela são réguas utilizadas para apoiar o esquadro ou para 
traçar horizontais e linhas paralelas quando apoiada na mesa de desenhos. 
 A principal função dos esquadros é fazer transferência de ângulos como 30º, 
45º, 60º, 90º e combinações de ângulos utilizando dois esquadros. 
 O Transferidor é um instrumento utilizado para medida e marcação de ângulos. 
 O Escalímetro ou régua tridimensional é um instrumento que possui 6 réguas 
com diferentes escalas,mas só pode ser utilizado para obter medidas e não traçar. 
 Os Gabaritos são placas de material plástico, vazados nos formatos de figuras e 
equipamentos. 
 O Compasso é um instrumento de desenho para desenhar arcos de 
circunferência. 
 As curvas francesas são gabaritos para curvas e a régua flexível é utilizada em 
grandes curvas traçadas principalmente nos esboços a mão-livre. 
 A Borracha é utilizada para apagar os traços de um desenho quando feitos a 
lápis ou a lapiseira. 
 O Papel deverá seguir alguns padrões de dimensões, que chamamos de 
formatos da série A. 
 
 
7. Gabaritos; 
8. Compasso; 
9. Curva Francesa e Régua 
Flexível 
10. Borracha 
11. Papel 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9gua
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paralela
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%82ngulo
http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A9gua
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desenho
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_(matem%C3%A1tica)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Circunfer%C3%AAncia
 42 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 ABNT. Coletânea de normas de desenho técnico. São Paulo: SENAI 
– DTE-DMD. 1990. 86p 
 ALVARENGA, L.M.deS.L.; SODRÉ, J.B. Manual de desenho de 
Arquitetura. Belo Horizonte: ULTRAMIG – Fundação de Educação para 
o Trabalho de Minas Gerais, 1977. 
 MARMO, C. Curso de desenho. São Paulo, 1997. 
 MONTENEGRO, G.A. Desenho arquitetônico: para cursos técnicos 
de 2º grau e faculdades de arquitetura. São Paulo: Edgard Blucher, 
1978. 
 OBERG, L.. Desenho arquitetônico. Ed. 22. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira. 1979. 156p. 
 PENTEADO, J.de A. Curso de desenho. ed.4. São Paulo: Nacional, 
1967. 349p. 
 SPECK, H.J.; PEIXOTO, V.V. Manual básico de desenho técnico. 
Ed.3. Florianópolis: UFSC, 2004. 180 p (Série Didática). 
 TELECURSO. Leitura e Interpretação de Desenho Técnico - Apostilas 
e Vídeo Aulas Telecurso 2000. Disponível em: HTTP: < 
http://www.4shared.com/file/1WNZuCdf/Telecurso_2000_-
_Leitura_e_Int.html>. Disponível em 10 jun 2010. 
http://www.4shared.com/file/1WNZuCdf/Telecurso_2000_-_Leitura_e_Int.html
http://www.4shared.com/file/1WNZuCdf/Telecurso_2000_-_Leitura_e_Int.html
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 
 
3 
 
NORMAS DE 
DESENHO TÉCNICO 
Luciene Abdala Antinori 
 
Curso Técnico em Cafeicultura 
http://www.wiki/
 44 
 Meta 
 Apresentar as características das principais exigências 
estabelecidas pela ABNT para o desenho técnico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Objetivo 
 Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: 
 Conhecer as normas técnicas mais utilizadas e a existência de 
outras normas que também auxiliam a realizar um projeto com precisão 
e clareza; 
 Realizar com desenvoltura atividades referentes a escala , espaçamento 
entre os desenhos , formato e dobramento de folhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
Introdução 
Nas duas aulas anteriores (aulas 1 e 2) , estudamos como se identifica 
um desenho técnico e quais os instrumentos utilizados com e sem a 
informatização isto é a confecção através de mecanismos modernos e 
mecanismos tradicionais. 
Nesta aula 3 Normas de Desenho Técnico iremos avançar o nosso 
estudo com o objetivo de oportunizá-lo a conhecer normas e/ou padrões na 
elaboração de projetos que garantam sua qualidade, que permitam a sua 
compreensão e execução por profissionais diferentes daquele que o concebeu. 
Sendo assim para transformar o desenho técnico em uma linguagem 
gráfica foi necessário padronizar seus procedimentos de representação gráfica. 
Essa padronização é feita por meio de normas técnicas seguidas e respeitadas 
internacionalmente. 
As normas técnicas são resultantes do esforço cooperativo dos 
interessados em estabelecer códigos técnicos que regulem relações entre 
produtores e consumidores e clientes. Cada país elabora suas normas técnicas 
e estas são aceitas em todo o seu território por todos os que estão ligados, 
direta ou indiretamente, a este setor. 
No Brasil as normas são aprovadas e editadas pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, fundada em 1940. 
As normas técnicas que regulamentam o desenho técnico são normas editadas 
pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial) como normas brasileiras - NBR e estão 
juntamente ligadas com as normas internacionais aprovadas pela ISO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ISO 
International Organization for Standardization (International Organization 
for Standardization), criada em 1947 para favorecer o desenvolvimento da 
padronização internacional e facilitar o intercâmbio de produtos e serviços entre 
as nações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAIS 
 
 46 
Finalidade e importância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Normas da ABNT 
A execução de desenhos técnicos é inteiramente normalizada pela 
ABNT. 
Os procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em 
normas gerais que abordam desde a denominação e classificação dos 
desenhos até as formas de representação gráfica, como é o caso da NBR 5984 
– NORMA GERAL DE DESENHO TÉCNICO (Antiga NBR 8) como em normas 
específicas que tratam os assuntos separadamente, conforme os exemplos 
que iremos observar: 
 
 A Associação Brasileira de Normas Técnicas é sistema de 
 Padronização que garante a qualidade de um projeto. Para 
 Facilitar a compreensão do projeto em nível nacional, todos 
os componentes que envolvem o desenho de arquitetura e engenharia são 
padronizados e normalizados em todo o país. Para isto existem normas 
específicas para cada elemento do projeto, assim como: caligrafia, 
formatos do papel, e outros. 
O objetivo é conseguir melhores resultados a partir do uso de 
padrões que permitem a sua compreensão e execução do projeto por 
profissionais diferentes independente da presença daquele que o 
concebeu. 
As Normas técnicas contribuem em quatro aspectos. 
Vamos observar quais são: 
1. Qualidade: fixando padrões que levam em conta necessidades e 
os desejos dos usuários. 
2. Produtividade: padronizando produtos, processos e 
procedimentos. 
3. Tecnologia: estabelecendo parâmetros entre os produtores, 
consumidores e especialistas, colocando os resultados à disposição 
da sociedade. 
4. Marketing: regulando de forma equilibrada as relações de compra 
e venda. 
 
 
 47 
 NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL, cujo objetivo é 
definir os termos empregados em desenho técnico. A norma define os 
tipos de desenho quanto aos seus aspectos geométricos, quanto aograu de elaboração (Esboço, Desenho Preliminar e Definitivo), quanto 
ao grau de detalhes (Desenho de Detalhes e Conjuntos) e quanto à 
técnica de execução (À mão livre ou utilizando computador); 
 
 NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAYOUT E DIMENSÕES, cujo 
objetivo é padronizar as dimensões das folhas utilizadas na execução de 
desenhos técnicos e definir seu layout com suas respectivas margens e 
legenda. As folhas podem ser utilizadas tanto na posição vertical como 
na posição horizontal. 
 NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO 
TÉCNICO, que normaliza a distribuição do espaço da folha de desenho, 
definindo a área para texto, o espaço para desenho etc.. Como regra 
geral deve-se organizar os desenhos distribuídos na folha, de modo a 
ocupar toda a área, e organizar os textos acima da legenda junto à 
margem direita, ou à esquerda da legenda logo acima da margem 
inferior. 
 
 NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS, que 
fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho: 
para facilitar a fixação em pastas, eles são dobrados até as dimensões 
do formato A4. 
 
 NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM 
DESENHOS TÉCNICOS que, visando à uniformidade e à legibilidade 
para evitar prejuízos na clareza do desenho e evitar a possibilidade de 
interpretações erradas, fixou as características de escrita em desenhos 
técnicos. 
A legenda deve conter todos os dados para identificação do desenho 
(número, origem, título, executor etc.) e sempre estará situada no canto 
inferior direito da folha, conforme mostra a figura 1. 
 
 48 
Além das normas citadas acima, como exemplos, também 
encontramos as seguintes normas da ABNT: 
 
 NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE 
LINHAS – LARGURAS DAS LINHAS 
 
 NBR10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM 
DESENHO TÉCNICO 
 
 NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS 
 
 NBR 12298 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE 
HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO 
 
 NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO 
 
 NBR8404 – INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIE EM 
DESENHOS TÉCNICOS 
 
 NBR 6158 – SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES 
 
 NBR 8993 – REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL DE PARTES 
ROSCADAS EM DESENHO TÉCNICO. 
Vamos aprofundar nossos estudos na NBR 10.647/1989, NBR 10.582/1988, 
NBR 13.142/1999, pois são as Normas mais conhecidas. 
 
NBR 10.647/1989 – Desenho técnico 
1. Objetivo 
Esta Norma define os termos empregados em desenho técnico. 
 
2. Definições 
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições: 
2.1 Quanto ao aspecto geométrico 
 49 
2.2 Quanto ao grau de elaboração 
2.3 Quanto ao grau de pormenorização 
2.4 Quanto ao material empregado 
2.5 Quanto à técnica de execução 
2.6 Quanto ao modo de obtenção 
 
 
2.1. Quanto ao aspecto geométrico 
 Desenho projetivo: desenho resultante de projeções do objeto sobre um 
ou mais planos que fazem coincidir com o próprio desenho, 
compreendendo: 
a) vistas ortográficas: figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do 
objeto, sobre planos convenientemente escolhidos, de modo a representar, 
com exatidão, a forma do mesmo com seus detalhes; 
b) perspectivas: figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um 
único plano, com a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do 
objeto. 
 Desenho não projetivo: desenho não subordinado à correspondência, 
por meio de projeção, entre as figuras que constituem e o que é por ele 
representado, compreendendo larga variedade de representações 
gráficas, tais como: 
a) Diagrama: desenho no qual valores funcionais são representados em um 
sistema de coordenadas; 
b) Esquema: figura que representa não a forma dos objetos, mas as suas 
relações e funções; 
c) Ábaco ou nomograma: gráfico com curvas apropriadas, mediante o qual se 
podem obter as soluções de uma equação determinada pelo simples traçado 
de uma ou mais retas; 
d) Fluxograma: representação gráfica de uma seqüência de operações. 
e) Organograma: quadro geométrico que representa os níveis hierárquicos de 
uma organização, ou de um serviço, e que indica os arranjos e as inter-
relações de suas unidades constitutivas; 
f) Gráfico: representado por desenho ou figuras geométricas. É um conjunto 
finito de pontos e de segmentos de linhas que unem pontos distintos. 
 50 
2.2. Quanto ao grau de elaboração 
a) Esboço: representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais 
de elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à 
representação de elementos existentes ou à execução de obras; 
b) Desenho preliminar: representação gráfica empregada nos estágios 
intermediários da elaboração do projeto sujeita ainda a alterações e que 
corresponde ao anteprojeto; 
c) Croqui: desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado 
normalmente à mão livre e contendo todas as informações necessárias à sua 
finalidade; 
d) Desenho definitivo: desenho integrante da solução final do projeto, contendo 
os elementos necessários à sua compreensão. 
 
2.3. Quanto ao grau de pormenorização 
a) Desenho de componente: desenho de um ou vários componentes 
representados separadamente; 
b) Desenho de conjunto: desenho mostrando reunidos componentes, que se 
associam para formar um todo; 
c) Detalhe: vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo 
complexo. 
2.4. Quanto ao material empregado 
Desenho executado com lápis, tinta, giz, carvão ou outro material adequado. 
 
2.5. Quanto à técnica de execução 
Desenho executado manualmente (à mão livre ou com instrumento) ou à 
máquina. 
 
2.6. Quanto ao modo de obtenção 
a) Original: desenho matriz que serve para reprodução. 
b) Reprodução: desenho obtido, a partir do original, por qualquer processo, 
compreendendo: 
I) cópia - reprodução na mesma escala do original; 
II) ampliação - reprodução maior que o original; 
III) redução - reprodução menor que o original. 
 51 
NBR 10.582/1988 – Apresentação da Folha para Desenho 
Técnico 
Esta Norma fixa as condições exigíveis para a localização e disposição do 
espaço para desenho, espaço para texto e espaço para legenda, e respectivos 
conteúdos, nas falhas de desenhos técnicos. 
A folha para o desenho deve conter: 
a) espaço para desenho; 
b) espaço para texto; 
c) espaço para legenda. 
 
 
 
 
 Figura 4: Posição: desenho, texto e legenda 
 
A legenda é usada para informação, indicação e identificação do 
desenho e deve ser traçada conforme a NBR 10068. 
 
As informações contidas na legenda são as seguintes: 
 52 
a) designação da firma; 
b) projetista, desenhista ou outro, responsável pelo conteúdo do desenho; 
c) local, data e assinatura; 
d) nome e localização do projeto; 
e) conteúdo do desenho; 
f) escala (conforme NBR 8196); 
g) número do desenho; 
h) designação da revisão; 
i) indicação do método de projeção (conforme NBR 10067); 
j) unidade utilizada no desenho conforme a NBR 10126. 
 
Espaço para desenho 
Os desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical. 
O desenho principal, se houver, é colocado acima e à esquerda, no espaço 
para desenho. 
 Os desenhos são executados, se possível, levando em consideração o 
dobramento das cópias do padrão de desenho, conforme formato A4. 
 Espaço para texto 
 Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do 
espaço para desenho são colocados no espaço para texto e escritas 
conforme NBR 8402. 
 O espaço para texto é colocado a direita ou na margem inferior do 
padrão de desenho. 
 A largura de espaço para texto é igual a da legenda ou no mínimo 100 
mm. 
 O espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas 
de forma que possível, leve em consideração o dobramento da cópia do 
padrão de desenho, conforme formato A4. 
 
NBR 13.142/1999 – Folha de Desenho – Layout e DimensõesEsta Norma padroniza as características dimensionais das folhas em 
branco e pré-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos e 
também apresenta o layout da folha do desenho técnico com relação: 
 53 
a) posição e dimensão da legenda; 
b) margem e quadro; 
c) marcas de centro; 
d) escala métrica de referência; 
e) sistema de referência por malhas; 
f) marcas de corte. 
 
Condições específicas 
Formatos 
Seleção e designação de formatos: 
a) O original deve ser executado em menor formato possível, desde que não 
prejudique a sua clareza; 
b) A escolha do formato no tamanho original e sua reprodução são feitas nas 
séries mostradas em Formatos da série “A”; 
c) As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto na posição horizontal 
como na vertical. 
 
Formatos da série "A" 
Os tamanhos das folhas seguem os Formatos da série “A”, e o 
desenho deve ser executado no menor formato possível, desde que não 
comprometa a sua interpretação. 
 
 Figura 1: Posição das folhas de desenho 
 
 Figura 2: Tabela Formato das folhas série A 
A legenda deve conter todos os 
dados para identificação do projeto 
(número, origem, título, executor 
etc.) e sempre estará situada no 
canto inferior direito da folha, 
conforme mostra ao lado. 
 
 54 
Formato especial 
Sendo necessário formato fora dos padrões, recomenda-se a escolha 
dos formatos de tal maneira que a largura ou o comprimento corresponda ao 
múltiplo ou submúltiplo ao do formato padrão. 
 
 
 Figura 3: Formato das folhas de desenho- derivados do formato A0 
 
Você adquiriu conhecimentos do formato das folhas de desenho e verá 
em seguida a posição e dimensões da Legenda. 
 
 
Legenda 
É um texto explicativo que acompanha uma ilustração, um projeto. 
Conforme vimos anteriormente ela deve conter todos os dados para 
identificação do projeto e canto inferior direito da folha, 
 A posição da legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal 
forma que contenha a identificação do desenho (número de registro, 
título, origem, etc.); deve estar situado no canto inferior direito, tanto nas 
folhas posicionadas horizontalmente como verticalmente. 
 55 
 A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho. Por 
conveniência, o número de registro do desenho pode estar repetido em 
lugar de destaque, conforme a necessidade do usuário. 
 A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, 
e 175 mm nos formatos A1 e A0. 
 
 
 Figura 4: Largura das e Linhas e das margens 
 A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no 
arquivamento. 
 
 
NBR 13.142/1999 – Folha de Desenho – Dobramento de cópia 
Esta Norma fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópia de 
desenho técnico. 
Definições: 
Para os efeitos desta Norma aplicam-se as definições da NBR 10647. 
Requisitos gerais 
 O formato final do dobramento de cópias de desenhos formatos A0, A1, 
A2 e A3 deve ser o formato A4; 
 As dimensões do formato A4 devem ser conforme a NBR 10068 
(210 x 297mm); 
 As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda 
(NBR 10582); 
 O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais, 
de acordo com as medidas indicadas nas figuras 1 a 4; 
 Quando as cópias de desenho formato A0, A1 e A2 tiverem que ser 
perfuradas para arquivamento, deve ser dobrado, para trás, o canto 
superior esquerdo, conforme as figuras 1 a 4; 
 56 
 Para formatos maiores que o formato A0 e formatos especiais, o 
dobramento deve ser tal que ao final esteja no padrão do formato A4. 
 
Vamos ver como devemos fazer o dobramento dos Formatos da série 
A: 
 
 
Figura 5: Forma de dobramento e dimensões (mm) para a folha tamanho A0. 
 
 
 
 Figura 6: Forma de dobramento e dimensões (mm) para a folha tamanho A1. 
 
 57 
 
 
 Figura 7: Forma de dobramento e dimensões (mm) para a folha tamanho A2. 
 
 
 
 
 
Figura 8: Forma de dobramento e dimensões (mm) para a folha tamanho A3 
 
 
 
 
Na aula 2 (INSTRUMENTOS DE DESENHO TÉCNICO) você 
aprendeu o que é escala, como se utiliza o Escalímetro , pois é um instrumento 
que nos auxilia a medi - lá. Nesta aula você terá a oportunidade de aprofundar 
seus conhecimentos sobre a escala é a relação que indica a proporção entre 
cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto,portanto é 
imprescindível o seu entendimento. 
 
 
 
 58 
Escalas 
Através do Desenho Arquitetônico o arquiteto, engenheiro ou o 
desenhista gera os documentos necessários para as construções. Esses são 
reproduzidos em "pranchas", isto é, folhas de papel com dimensões 
padronizadas, por norma técnica, onde o espaço utilizável é delimitado por 
linhas chamadas de margens. Uma prancha "A4", por exemplo, tem 21 cm de 
largura por 29,7cm de altura e espaço utilizável de 17,5 cm de largura por 27,7 
cm de altura. Desta forma se tivermos que desenhar a planta, o corte e a 
fachada de uma edificação, nesta prancha, estes deverão estar em ESCALA. 
As escalas são encontradas em réguas próprias, chamadas de Escalímetros. 
 
 
 
 
 
Assim, a escala é a relação que indica a proporção entre cada 
medida do desenho e a sua dimensão real no objeto. 
Um dos fatores que determina a escala de um desenho é a 
necessidade de detalhe da informação. Normalmente, na etapa de projeto 
executivo, quando elementos menores e cheios de detalhes da construção 
estão sendo desenhados para serem executados, como, por exemplo, as 
esquadrias (portas, janelas, etc.), normalmente as desenhamos em escalas 
mais próximas do tamanho real (1:20 ou 1:25). Outro fator que influencia a 
escolha da escala é o tamanho do projeto. 
Prédios muito longos ou grandes extensões urbanizadas em geral são 
desenhados nas escalas de 1:500 ou 1:1000. Isto visando não fragmentar o 
projeto, o que quando ocorre, dificulta às vezes a sua compreensão. A escolha 
da escala geralmente determina também o tamanho da prancha que se vai 
utilizar. 
Com a prática do desenho, a escolha da escala certa se torna um 
exercício extremamente simples. À medida que a produção dos desenhos 
acontece, a escolha fica cada vez mais acertada. 
 
 59 
Só uma dica: um prédio com 100 metros de comprimento (10.000 cm) para ser 
desenhado na escala de 1:100, precisa de 1 metro (100 cm) de espaço 
disponível na folha de papel para ser desenhado. Na de 1:50 o dobro. Assim 
você pode determinar a prancha a ser utilizada. 
Por exemplo, um projeto pequeno desenhado na escala de 1:100 (ou 
1/100), talvez possa utilizar uma prancha A4, ou A3. Um projeto nesta escala 
significa que o desenho estará 100 vezes menor que a verdadeira 
dimensão/grandeza (VG). Então, se estamos desenhando uma porta de 
nosso projeto, com 1 metro de largura (VG), ela aparecerá no desenho, em 
escala, com 1 centímetro de comprimento. Se escolhermos 1:50 (ou 1/50) o 
desenho será 50 vezes menor, e assim por diante. Como podemos observar, o 
tamanho do desenho produzido é inversamente proporcional ao valor da 
escala. Por exemplo: um desenho produzido na escala de 1:50 é maior do que 
ele na escala de 1:200. 
 
Escalas recomendadas: 
 Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10 - Detalhamentos em geral; 
 Escala 1:20 e 1:25 - Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros 
compartimentos; 
 Escala 1:50 - É a escala mais indicada e usada para desenhos de 
plantas, cortes e fachadas de projetos arquitetônicos; 
 Escala 1:75 - Juntamente com a de 1:25, é utilizada apenas em 
desenhos de apresentação que não necessitem ir para a obra – maior 
dificuldade de proporção. 
 Escala 1:100 - Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável 
o uso de 1:50; plantas de situação e paisagismo; também para 
desenhos de estudos que não necessitem de muitos detalhes; 
 Escala 1:175 - Para estudos ou desenhos que não vão para a obra; 
 Escala 1:200 e 1:250 - Para plantas, cortes e fachadasde grandes 
projetos, plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e 
desenho urbano; 
 Escala 1:500 e 1:1000 - Planta de localização, paisagismo, urbanismo e 
topografia; 
 60 
 Escala 1:2.000 e 1:5.000 - Levantamentos aerofotogramétricos, projetos 
de urbanismo e zoneamento. 
 
As escalas são classificadas em dois tipos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veja a seguir, as escalas recomendadas pela ABNT, através da norma Técnica 
NBR 8196 / 1983. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Numérica 
Escalas 
Gráfica 
Redução 
Ampliação 
Real ou natural 
 61 
Escala Numérica: 
A escala numérica pode ser de redução ou de ampliação. 
É chamada de ampliação quando a representação gráfica é maior do que o 
tamanho real do objeto. Exemplo: 3:1, 5:1, 10:1 
A escala de redução é mais utilizada em projetos arquitetônicos. 
Quando o desenho é sempre realizado em tamanho inferior ao que o objeto 
real. Exemplo: 1:25, 1:50, 1:100 
Ex. Escala 1:5 – cada 1 cm do desenho representa 5cm da peça. 
Para desenhar nesta escala divide-se por 5 a verdadeira grandeza das 
medidas. 
D 
R 
 
 Nas escalas de redução o número 1 representa a escala real 
e o segundo número representa quantas vezes foi reduzido. 
 EX: 1:100 ( se lê UM PARA CEM),ou seja, o desenho é 100 
vezes menor que a realidade. 
 
 Nas escalas de ampliação o primeiro representa a escala 
quantas vezes foi ampliado e o segundo número a escala 
real. 
EX: 10:1 ( se lê DEZ PARA UM),ou seja, o desenho é 10 vezes 
maior que a realidade. 
 
 
 Na escala real 1:1 ( se lê UM PARA UM),ou seja, o desenho é 
igual o real. 
 
 
 
 
 
Uma medida no desenho 
A mesma medida feita no desenho 
(Medida real) 
 62 
Escala Gráfica 
É a representação através de um gráfico proporcional à escala 
utilizada. 
É utilizada quando for necessário reduzir ou ampliar o desenho por 
processo fotográfico. Assim, se o desenho for reduzido ou ampliado, a escala o 
acompanhará em proporção. Para obter a dimensão real do desenho basta 
copiar a escala gráfica numa tira de papel e aplicá-la sobre a figura. 
Ex.: A escala gráfica correspondente a 1:50 é representada por 
segmentos iguais de 2cm, pois 1 metro/50= 0,02 = 2cm. 
 
 
 
 
 
 
Como vimos no início desta aula as Normas Técnicas exigem também 
que o sistema de Cotagem (NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO 
TÉCNICO) seja precisa, pois a sua ausência trará problemas para quem 
executa o projeto. A seguir você terá a oportunidade de aprender a 
Importância da utilização das cotas. 
 
Dimensionamento/Cotagem – Colocação de Cotas no Desenho 
As cotas indicadas nos desenhos determinam 
a distância entre dois pontos, que pode ser a distância 
entre duas paredes, a largura de um vão de porta ou 
janela, a altura de um degrau de escada, o pé direito 
de um pavimento, etc.. 
A ausência das dimensões provocará dúvida para quem executa, e na 
dificuldade de saná-las, normalmente o responsável pela obra, extrai do 
desenho, a informação, medindo com o metro, a distância desejada. Portanto, 
-1 0 1 32
metros
MAIS 
Cada folha de desenho ou prancha deve ter indicada em seu título as escalas 
utilizadas nos desenhos ficando em respectiva escala indicada junto dele . 
 Além disto, cada desenho terá a sua. 
 
MAIS 
 
Cotas são os números 
que correspondem às 
medidas reais no 
desenho. 
 63 
não são indicadas, para os desenhos de projetos executivos, as escalas de 
1:25, 1:75, 1:125, difíceis de se transformar com a utilização do “metro” de 
obra. 
É a forma pela qual passamos nos desenhos, as informações 
referentes às dimensões de projeto. São normalmente dadas em centímetros. 
Isso porque nas obras, os operários trabalham com o "metro" (trena dobrável 
com 2 metros de comprimento), que apresenta as dimensões em centímetros. 
Assim, para quem executa a obra, usuário do "metro", a visualização e 
aplicação das dimensões se torna mais clara e direta. Isso não impede que 
seja utilizada outra unidade, desde que mantida em todo o desenho a mesma 
unidade. Normalmente, para desenhos de alguns detalhes, quando a execução 
requer rigorosa precisão, as dimensões podem ser dadas em milímetros. 
Na hora de cotar, deve-se ter o cuidado de não apresentar num mesmo 
desenho, duas unidades diferentes, centímetros e metros por exemplo. 
As áreas podem e devem ser dadas em metros quadrados. Assim, 
procurar sempre informar através de uma "nota de desenho" as unidades 
utilizadas, como por exemplo: "cotas dadas em centímetros" e "áreas em 
metros quadrados". 
Os desenhos de arquitetura, bem como todo desenho técnico, devem 
ter as suas medidas indicadas corretamente. 
 
 Indicar a medida da cota errada ou uma má indicação costuma 
trazer prejuízos e aborrecimentos. 
 
As cotas, sempre que possível devem estar margeando os desenhos, 
ou seja, fora do limite das linhas principais de uma planta, corte, ou qualquer 
COTA 
 64 
outro desenho. Isso não impede que algumas cotas sejam dadas no interior, 
mas deve-se evitar, a fim de não dificultar a leitura das informações. Na sua 
representação, são utilizadas linhas médias-finas para traçado das "linhas de 
cota" - que determina o comprimento do trecho a ser cotado; "linhas de 
chamada" - que indicam as referências das medidas; e o "tick" - que determina 
os limites dos trechos a serem dimensionados. Nos desenhos, a linha de cota, 
normalmente dista 2,5cm (em escala 1/1) da linha externa mais próxima do 
desenho. Quando isso não for possível admite-se que esteja mais próxima ou 
mais distante, conforme o caso. A distância entre linhas de cota deve ser de 
1,0 cm (escala 1/1). As linhas de chamada devem partir de um ponto próximo 
ao local a ser cotado (mas sem tocar – deixar 0,5 cm em escala 1/1), cruzar a 
linha de cota e se estender até um pouco mais além desta (0,5 cm em escala 
1/1). O tick, sempre a 45º à direita, ou uma circunferência pequena cheia, que 
cruza a interseção entre a linha de cota e a de chamada. 
Este deve ter um traçado mais destacado, através de uma linha mais 
grossa ou circunferência cheia para facilitar a visualização do trecho cotado. 
O texto deve estar sempre acima da linha de cota, sempre que possível 
no meio do trecho cotado e afastado aproximadamente 2 mm da linha de cota. 
Caracteres com 3 mm de altura. 
 
 
 
 
 
Princípios Gerais: 
 As cotas de um desenho ou projeto devem ser expressas em uma única 
unidade de medida; 
 As cotas devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida 
 (m, mm ou cm); 
 As cotas devem ser escritas acompanhando a direção das linhas de 
cota; 
 Qualquer que seja a escala do desenho, as cotas representam a 
verdadeira grandeza das dimensões (medidas reais); 
 
 65 
 As linhas de cota devem ser contínuas e os algarismos das cotas devem 
ser colocados ACIMA da linha de cota; 
 Quando a peça for muito grande deve-se interromper a peça e não a 
linha de cota: 
 
 Uma cota não deve ser cruzada por uma linha do desenho; 
 Não traçar linha de cota como continuação de linha da figura; 
 Os ângulos serão medidos em graus, exceto nas coberturas e rampas 
que se indicam em porcentagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cotas 
horizontais 
As cotas 
verticais 
devem 
acompanhar 
a linha de 
cota, como se 
o observador 
estivesse à 
direita do 
desenho. 
 
As cotas oblíquas 
devem acompanhar 
as linhas de cotas e 
estas devem ser 
paralelas à face 
cotada. 
 66 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta aula você aprendeu que o Órgão responsável pela normalização 
técnica é a ABNT. As normas definem os tipos de desenho quanto aos seus 
aspectos geométricos, quanto ao grau de elaboração. 
As normas fixam padrões de qualidade, padronizam produtos e 
estabelecem parâmetros entre produtores, consumidores e especialistas, bem 
como regulam as relações de compra e venda. 
Foramcitadas as Normas Técnicas: 
NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAYOUT E DIMENSÕES, cujo objetivo é 
padronizar as dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos técnicos 
e definir seu layout com suas respectivas margens e legenda. 
NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO, que 
normaliza a distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para 
texto, o espaço para desenho etc.. 
NBR 10.647/1989 – Desenho técnico esta Norma define os termos empregados 
em desenho técnico, quanto ao aspecto geométrico , de elaboração, de 
pormenorização, material empregado,à técnica de execução e ao modo de 
obtenção. 
NBR 13.142/1999 – Folha de Desenho – Layout e Dimensões esta Norma 
padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré-impressas a 
serem aplicadas em todos os desenhos técnicos e normatiza a Série A com os 
tamanhos: A0, A1, A2, A3 e A4. 
Nos desenhos temos que utilizar escalas na qual é a relação que indica a 
proporção entre cada medida do desenho e a sua dimensão real no objeto. 
Um dos fatores que determina a escala de um desenho é a necessidade de 
detalhe da informação. As escalas são classificadas em dois tipos: 
1. Numérica que podem ser de redução, ampliação e real ou natural 
2. Gráfica no qual é a representação através de um gráfico proporcional à escala 
utilizada. 
A legenda deve conter todos os dados para identificação do desenho (número, 
origem, título, executor, etc.) e sempre estará situada no canto inferior direito da 
folha. 
As Cotas são os números que correspondem às medidas reais no desenho. 
Elas determinam a distância entre dois pontos, que pode ser a distância entre 
duas paredes, a largura de um vão de porta ou janela, a altura do pé direito, etc.. 
 
 
RESUMINDO... 
 
 67 
 BIBLIOGRAFIA 
 
 ABNT. Coletânea de normas de desenho técnico. São Paulo: SENAI – 
DTE-DMD. 1990. 86p. 
 FRENCH, T.E. Desenho técnico e tecnologia gráfica. Ed.8. São Paulo: 
globo, 2005.109 p. 
 MENICUCCI, E; RODARTE, J.F.; SILVA, N.F.da. Apostila de desenho 
técnico I. Lavras: ESAL, 1988. 33p. 
 OBERG, L. Desenho arquitetônico. Ed.22. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira. 1979. 156p. 
 PEREIRA, A. Desenho Técnico Básico. Rio de Janeiro: Editora Livraria 
Francisco Alves. 1976. 128 p. 
 SILVA, S.F.da. A linguagem do desenho desenho técnico. Rio de 
Janeiro: LTC – Livros técnicos e científicos editora S.A. 1984. 151p. 
 SPECK, H.J.; PEIXOTO, V.V.. Manual básico de desenho técnico. 
Ed.3. Florianópolis: UFSC, 2004. 180 p (Série Didática). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Wikipédia A enciclopédia livre 
 
 
 
4 
 
SÍMBOLOS 
E 
CONVENÇÕES 
Luciene Abdala Antinori 
 
Curso Técnico em Cafeicultura 
http://www.wiki/
 69 
 
 Meta 
 
 Apresentar as convenções utilizadas no Desenho técnico 
arquitetônico. 
 
 
 
 
 
 
 
 Objetivos 
 Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: 
 Identificar a espessura de traços para a diferenciação de planos, 
tipos de linhas, de cotas, de letras e números; 
 Conhecer as técnicas de Graficação e Caligrafia Técnica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 70 
Introdução 
Nas aulas precedentes você estudou o que é um Desenho técnico, 
seus instrumentos e normas que propiciam um trabalho claro, preciso dentro de 
um padrão estabelecido pela ABNT facilitando a interpretação dos dados 
informados. 
Nesta aula 4 trataremos da questão dos Símbolos e Convenções que 
estão intimamente ligados aos temas estudados. 
Sabemos que vários fatores colaboram e asseguram a qualidade do 
desenho de um projeto, por isso a utilização de Símbolos e Convenções vêm 
para complementar uma boa apresentação do desenho. 
Desta forma sempre que possível o desenho deve estar bem paginado, 
dentro de pranchas padronizadas com margens e legenda ou carimbo com as 
informações necessárias. Deve estar limpo e sem rasuras. Conter traços 
homogêneos, com espessuras diferenciadas que identifiquem e facilitem a 
compreensão dos elementos desenhados. 
Textos com caracteres claros que não gerem dúvidas ou dupla interpretação. 
Dimensões e demais indicações que permitam a boa leitura e perfeita 
execução da obra. Sempre que possível seguir uma norma de desenho 
estabelecida pela ABNT. 
A base para a maior parte do Desenho Técnico é a linha, cuja essência 
é a continuidade. Em um desenho constituído somente de linhas, a informação 
arquitetônica transmitida (espaço volumétrico; definição dos elementos planos, 
sólidos e vazios; profundidade) depende das diferenças do peso visual dos 
tipos de linhas usados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 71 
1. LINHAS 
 
As linhas são os principais elementos do Desenho Técnico. Além de 
definirem o formato, dimensão e posicionamento das paredes, portas, janelas, 
pilares, vigas, objetos e etc, determinam as dimensões e informam as 
características de cada elemento projetado. Sendo assim, estas deverão estar 
perfeitamente representadas dentro do desenho. 
As linhas de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis 
(visíveis) e devem possuir contraste umas com as outras. 
Nas plantas, cortes e fachadas, para sugerir profundidade, as linhas 
sofrem uma gradação no traçado em função do plano onde se encontram. 
As linhas em primeiro plano – mais próximo – serão sempre mais 
grossas e escuras, enquanto as do segundo e demais planos visualizados 
– mais afastados – serão menos intensas. 
TRAÇO GRAFITE TIPO DE LINHA USO 
 
 
GROSSO, FORTE 
ESCURO 
HB 
Principais/ 
secundárias 
Linhas que estão sendo 
cortadas 
 
 
MÉDIO 
H Secundárias 
Linhas em 
vista/elevações 
 
 
FINO, FRACO, 
CLARO 
 2H / 4H 
Layout ou 
mobiliário 
Linhas de construção/ 
cotas/representação de 
material 
 
Traço forte: As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas 
plantas baixas e cortes, as paredes e todos os demais elementos interceptados 
pelo plano de corte. No desenho a lápis pode-se utilizar a lapiseira 0,5 e 
retraçar a linha diversas vezes, até atingir a espessura e tonalidade desejadas, 
ou então utilizar-se o grafite 0,9, traçando com a lapiseira bem vertical. Com o 
uso de tinta nanquim a pena pode ser 0.6; 
 72 
Traço médio: As linhas médias, ou seja, finas e escuras, representam 
elementos em vista ou tudo que esteja abaixo do plano de corte, como peitoris, 
soleiras, mobiliário, ressaltos no piso, paredes em vista, etc. É indicado o uso 
do grafite 0,5, num traço firme, com a lapiseira um pouco inclinada, procurando 
girá-la em torno de seu eixo, para que o grafite desgaste homogeneamente 
mantendo a espessura do traço único. Para o desenho a tinta pode-se usar as 
penas 0,2 e 0,3. 
 
Traço fino: Para linhas de construção do desenho – que não precisam ser 
apagadas – utiliza-se linha bem fina. Nas representações de piso ou parede 
(azulejos, cerâmicas, pedras, etc), as juntas são representadas por linhas finas. 
Também para linhas de cota, auxiliares e de projeção. Utiliza-se normalmente o 
grafite 0,3, ou o grafite 0,5 exercendo pequena pressão na lapiseira. Para tinta, 
usa-se as penas 0,2 ou 0,1. 
 
 Textos e outros elementos informativos podem ser 
representados com traços médios. 
 Títulos ou informações que precisem de destaque 
poderão aparecer com traço forte. 
 
Tipos de Linhas 
 contínua larga – contornos visíveis 
 contínua estreita – cotagem, linhas auxiliares, hachuras, linha de 
chamada, 
 linhas de centro curtas 
 contínua estreita à mão livre – limites ou interrupções 
 contínua estreita em zique-zague – limites ou interrupções 
 tracejada estreita – contornos não visíveis 
 traço e ponto estreita – linhas de centro, simetria 
 traço e ponto estreita, mas larga nas extremidades e nas mudanças de 
direção 
 planos de cortes 
 73 
Vamos observar as representações de cada uma:1. Linhas de Contorno – contínuas 
A espessura varia com a escala e a natureza do desenho, exemplo: 
 ± 0,6 mm 
 
2. Linhas Internas – Contínuas 
Firmes, porém de menor valor que as linhas de contorno, exemplo: 
 ± 0,4 mm 
 
3. Linhas situadas além do plano do desenho – Tracejadas. 
Mesmo valor que as linhas de eixo. 
 ± 0,2 mm 
 
4. Linhas de projeção – traço e dois pontos 
Quando se tratar de projeções importantes, devem ter o mesmo valor que as 
linhas de contorno. São indicadas para representar projeções de pavimentos 
superiores, marquises, balanços, etc. 
 ± 0,2 mm 
 
5. Linhas de eixo ou coordenadas – traço e ponto 
Firmes, definidas, com espessura inferior às linhas internas e com traços 
longos. 
 ± 0,2 mm 
6. Linhas de cotas – contínuas 
Firmes, definidas, com espessura igual ou inferior à linha de eixo ou 
coordenadas 
 ± 0,2 mm 
7. Linhas auxiliares – contínuas 
Para construção de desenho, guia de letras e números, com traço; o mais leve 
possível. 
 ± 0,1 mm 
 74 
 
8. Linhas de indicação e chamadas – contínuas. Mesmo valor que as linhas 
de eixo. 
 
 
 
 
 
 
± 0,2 mm 
 
 
 
 ± 0,2 mm 
 
 
 
 ± 0,2 mm 
 
 
 
 
 ± 0,2 mm 
 
2. TIPOS DE LETRAS E NÚMEROS 
As características mais importantes para a graficação das letras são 
LEGIBILIDADE e CONSISTÊNCIA, tanto em estilo quanto em espaçamento. 
 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z 0,5cm 
 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z 
0,3 cm 
 
NÚMEROS 
 
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0,5 cm 
 75 
 
 
Letras de Mão 
Na década de 60, quando os desenhos de arquitetura passaram a ser feitos a 
lápis em papel, foi introduzida nas normas de desenho, que praticamente 
aposentou os normógrafos. 
A Letra de Mão se difundiu por todos os demais e passou a ser chamada de 
"Letra de Arquiteto". É composta por caracteres próprios, que apresentam 
pequenas inclinações em elementos que os compõem, determinando assim a 
sua personalidade. São utilizadas na transmissão das informações contidas 
nos desenhos, sob forma de textos ou números. Normalmente elas aparecem 
nos desenhos, entre "linhas guia", em três dimensões: 2mm (dois milímetros) 
para locais onde o espaço para a escrita seja bastante restrito; 
3mm (três milímetros) a mais utilizada; e 5mm para títulos, designações ou 
qualquer outro texto ou número que necessite de destaque. São representadas 
sempre em "caixa alta" (letras maiúsculas). 
O uso de linhas guia é obrigatório para que as letras sejam consistentes na 
altura. 
 
 
 
 
CUIDADO! 
 A dimensão das entrelinhas não deve ser inferior a 2 mm. 
 As letras cifras das coordenadas devem ter altura de 3 mm. 
 
 
 76 
As letras devem comunicar e não distrair ou prejudicar o desenho em si. 
Desta forma, algumas dicas: 
1. As letras devem ser sempre maiúsculas e não inclinadas – letras 
inclinadas geralmente são direcionais, distraindo a visão em um 
desenho retilíneo. 
2. Para manter as letras verticais, um pequeno esquadro ajuda a manter os 
traços verticais das letras. 
3. Mantenha a proporção de áreas iguais para cada letra, para que seu 
texto seja mais estável. 
 
Caligrafia Técnica 
A linguagem escrita de desenho técnico é feita através de uma 
Caligrafia estabelecida por estudos de legibilidade de execução: as letras e 
algarismos do tipo denominado bastão. 
Recomendado pela Associação Brasileira das Normas Técnicas 
(ABNT), o tipo bastão é a representação mais simples dos diversos tipos de 
letras. Esta padronização facilita o entendimento do projeto em qualquer lugar 
do país. 
 
 
 
 
 
 
 77 
 
 
Veja algumas representações de letras tipo bastão maiúsculas, 
minúsculas e números. 
 
 
 Fonte: Livro: Desenho Técnico Básico – Aldemar Pereira 
 
 
 
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3. COTAS 
Este assunto não é novidade para você, já foi comentado na aula 3 
(NORMAS DE DESENHO TÉCNICO em caso de dúvida releia o item 
Dimensionamento/Cotagem – Colocação de Cotas no Desenho). 
 O processo de colocação das dimensões de um desenho para 
informação das suas medidas é chamado de Cotagem. 
Vamos observar alguns exemplos de colocação de linhas de cota para 
retângulos e triângulos: 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Luciene Abdala Antinori 
 
 
 
 
 
 
Elementos de Linhas de Cota 
 
As cotas horizontais são registradas da esquerda para a direita; as 
verticais de baixo para cima e as inclinadas, de modo a facilitar a leitura. 
Vamos observar alguns exemplos de direção da escrita dos números 
em linhas de cota: 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Luciene Abdala Antinori 
.
.
.
.
.
10
.0
0
20.00
 79 
 Linhas de cota – Horizontal e Vertical 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos observar alguns exemplos de substituição das setas nas 
extremidades por pontos. 
 
 
 Fonte: Luciene Abdala Antinori 
 PONTO NA EXTREMIDADE 
20.00
25.0
0.
5.
00
20.00
1
0
.0
0
 
 Fonte: Luciene Abdala Antinori 
Linhas de cota – Inclinadas 
 
 
 80 
 
 
 
 
 Fonte: Luciene Abdala Antinori 
 
 
Vamos observar um exemplo de substituição das setas nas 
extremidades por traços inclinados. 
 
 Fonte: Luciene Abdala Antinori 
 
 
 
 
 
TRAÇO INCLINADO NA EXTREMIDADE 
 81 
Cotagem de Ângulos 
Vamos observar um exemplo de cotagem de ângulos 
 
 
 
 Fonte: Luciene Abdala Antinori 
 
 
 Fonte: Luciene Abdala Antinori 
 
 
 
COTA NO INTERIOR 
COTA NO CENTRO 
COTA NO EXTERIOR 
 82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMINDO 
 
Nesta aula você aprendeu que as linhas são os principais elementos do 
Desenho Técnico, cuja essência é a continuidade. 
Em um desenho constituído somente de linhas, a informação 
arquitetônica transmitida depende das diferenças do peso visual dos tipos de 
linhas usados. 
As linhas em primeiro plano – mais próximo – serão sempre mais 
grossas e escuras, enquanto as do segundo e demais planos visualizados – 
mais afastados – serão menos intensas. 
A linguagem escrita de desenho técnico é feita através de uma 
Caligrafia estabelecida pela Associação Brasileira das Normas Técnicas (ABNT), 
é o tipo bastão porque é a representação mais simples dos diversos tipos de 
letras. Esta padronização facilita o entendimento do projeto em qualquer lugar do 
país. 
O processo de colocação das dimensões de um desenho para 
informação das suas medidas é chamado de Cotagem. 
As cotas horizontais são registradas da esquerda para a direita; as 
verticais de baixo para cima e as inclinadas, de modo a facilitar a leitura. 
 
 
 
 
 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-10126: 
Cotagem em desenho técnico. ABNT. Rio de Janeiro. 1987. 13 p. 
 MONTENEGRO, G.A. Desenho Arquitetônico. São Paulo: Editora 
Edgard Blucher Ltda. 1978. 
 PEREIRA, A.. Desenho Técnico Básico. 128 p. Rio de Janeiro: Editora 
Livraria Francisco Alves.. 1976.

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