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HIV - fases, diagnóstico, imunoensaios, testes, pré-natal, fluxogramas

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MIP – UC8 
VICTORIA CHAGAS
HIV 
 Família Retrovírus - transcriptase reversa (faz DNA a partir de RNA) 
 Gênero: lentivírus; medida de 100 nm. 
 GENES: 
o Gene GAG → codifica P55, que forma as proteínas do capsídeo (p24 e p17) 
o Gene POL → codifica subunidades da integrase, transcriptase reversa e proteases 
o Gene ENV → codifica glicoproteínas do envelope 
 
 HÁ DOIS TIPOS DE HIV: 
o HIV1: esférico, com centro eletrodenso em 
forma de cone, com envoltório lipídico 
derivado da membrana do hospedeiro Gp41 
o HIV2: na África; Gp36 ao invés de Gp41 
- HIV-1 tem relação filogenética com SIV cpz 
(chimpanzé) e o HIV-2 com o SIB SM (mangabey) 
 
o TRANSMISSÃO: 
- Sexo desprotegido 
- Transfusão de sangue 
- Gravidez 
- Parto e amamentação 
- Trabalho em hospital 
- Injetar drogas 
 
o CICLO REPLICATIVO 
- Entrada na célula, usando como receptor o CD4 → liga a GP120, e correceptores CCR5 e CXCR → 
GP41 muda a conformação e expõe peptídeos de fusão → Desnudamento → Transcrição reversa → 
Importação para o núcleo → Integração dos materiais genéticos → Transcrição → Exportação para 
fora do núcleo → Tradução → Montagem → Brotamento → Liberação → Maturação 
o CONTROLADORES DE ELITE: Infectado, mas não expressa carga viral 
- Paciente controlador de elite é aquele que possui sorologia positiva para HIV, não realiza tratamento 
para o vírus (antirretrovirais), mas mantém o número de vírus no sangue abaixo dos limites detectáveis 
pelos exames e níveis estáveis de linfócitos CD4 (inferior a 50 cópias/mL). 
- Tendem a apresentar uma menor ativação do sistema imune quando comparados aos controladores 
de viremia. 
- Após mais ou menos 8 anos de infecção esses pacientes deixam de ser controladores de elite e, caso 
não se trate, há evolução da infecção por HIV. 
- A importância do paciente controlador de elite é: 
(1) exploração dos meios pelos quais o sistema imune permite tal controle 
(2) fornecimento de informações acerca da relação vírus-hospedeiro 
(3) possibilidade de novos alvos para fármacos ou vacinas. 
 
 
FASE AGUDA FASE 2 FASE 3 
- Em semanas → carga viral ↑ e os níveis de 
CD4 ↓; enquanto isso, níveis de anticorpos ↑ 
paulatinamente 
- Em 1 ou 2 dias → o vírus pode ser encontrado 
nos tecidos linfáticos 
- Em 5 ou 6 dias → o vírus pode ser encontrado 
nos linfonodos 
- Em 10-14 dias → pode ser encontrado em 
todos os tecidos, inclusive SNC 
- Sintomatologia pode aparecer entre 3-6 
semanas → febre baixa, linfonodomegalia 
generalizada, rash discreto e sintomas 
gastrointestinais; pode persistir por até 6 
semanas 
 
- Os níveis de CD4 caem 
em meses ou até anos 
- Pode haver períodos de 
boa saúde, seguidos de 
infecções oportunistas 
- Carga viral se torna 
crescente e os níveis de 
CD4 muito baixos 
- Favorece infecções 
oportunistas graves e 
frequentes, bem como 
neoplasias, como o 
Sarcoma de Kaposi 
OMS E CDC → FASE A FASE B FASE C 
 
- Assintomática CD4>500/microlitro 
 
 
- Sintomas leves CD4 
entre 499-200/microlitro 
 
 
- SIDA/AIDS instalada 
< 200/microlitro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RNA VIRAL É O 1º 
A SER DETECTADO
PROTEÍNA P24
IgM
IgG
 
❖ RECURSOS DIAGNÓSTICOS 
 
 Manual técnico para o diagnóstico da 
infecção pelo HIV em adultos e crianças → 
descreve as estratégias de testagem com o 
objetivo de melhorar a qualidade do 
diagnóstico da infecção recente pelo HIV, 
bem como assegura um diagnóstico 
conclusivo 
 Estágios de Fiebig → entender em qual fase 
o paciente se encontra; sistema de 
estadiamento laboratorial da infecção 
recente pelo HIV 
 Ensaios de 3ª geração → detecção de IgM 
e IgG 
 Ensaios de 4ª geração → detecção combinada de antígenos e anticorpos, diminuindo o 
período de janela imunológica 
 Testes complementares convencionais (western blot e imunoblot) → por serem menos 
sensíveis, não são adequados para detecção de infecções recentes 
 Controladores de elite → pacientes positivos que mantém viremia baixa, ou mesmo 
indetectável em testes moleculares; só os testes convencionais podem fechar o diagnóstico 
 
 SENSIBILIDADE: capacidade de dar positivo em 
pacientes que tem a doença. 
- Mais falso positivo. 
- Mais usado em rastreamento, quando se quer afastar 
um diagnóstico, pois se der negativo há poucas 
chances de ser falso negativo. 
 
 ESPECIFICIDADE: capacidade de dar negativo em 
pacientes que não tem a doença. 
- Mais falso negativo. 
- Mais usado em teste confirmatório, pois se der + tem grandes chances de ser verdadeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ IMUNOENSAIOS (DIAGNÓSTICO) – baseiam em anticorpos anti-HIV 
 
 1ª geração (menos sensíveis e específicos) 
- Indireto, pois detecta os anticorpos contra o vírus, e 
não o vírus propriamente dito (direto → 4ª geração) 
- Detecta IgG, sendo ↓ específico e pouco sensível. 
- Ocorre cultura do HIV, diferente do de segunda, 
que não faz cultura (usa epítopos imunodominantes) 
- Janela de soroconversão: 35 a 45 dias. 
 
 2ª geração (maior sensibilidade) 
- Parecido com o primeiro 
- Detecta IgG, mas não faz cultura, selecionando 
Epítopos Imunodominantes, selecionando as partes 
mais imunogênicas, sendo + sensível e específico. 
- Janela de soroconversão: 25-35 dias. 
 
 
 
 
 
 3ª geração → maior sensibilidade e 
especificidade (IgM e IgG) 
- Mais específico e mais sensível 
- Detecta IgM e IgG 
- Janela de soroconversão: 20-30 dias 
 
 
 4ª geração → maior sensibilidade e especificidade (IgM, IgG E P24) 
- Detecta os 3 marcadores (RNA, IgG e IgM) + mais P24 
- Direto e indireto 
- Janela de soroconversão: 15 dias 
- Usados em infecções mais recentes 
 
 
 
❖ TESTES RÁPIDOS (TRs) 
 
 São imunoensaios simples que podem ser feitos fora do laboratório (na UBS), com amostra de sangue 
(soro ou plasma) ou fluido oral → resultado em até 30 minutos 
 Detecta anticorpos anti-HIV IgM e IgG 
 Teste de triagem → parcerias de pessoas vivendo com HIV/AIDS; 
acidentes biológicos ocupacionais; gestantes que não tenham 
sido testadas durante o pré-natal ou cuja idade gestacional não 
assegure o recebimento do resultado do teste antes do parto; 
parturientes e puérperas que não tenham sido testadas no pré-natal 
ou quando não se conhece o resultado do teste no momento do 
parto; abortamento espontâneo, independentemente da idade 
gestacional; pessoas em situação de violência sexual, para fins de 
profilaxia da infecção pelo HIV; pacientes com diagnóstico de TB 
e hepatites virais. 
 
 
 
❖ TESTES COMPLEMENTARES 
 
 Utilizam diferentes formatos e princípios 
 Custo mais elevado 
 Detectam anticorpos → exceto o teste molecular (RNA) 
 Western Blot (WB), imunoblot (IB), imunoensaios de lia (LIA), incluindo imunoblot rápido (IBR) e 
imunofluorescência indireta (IFI) 
 Fazer Western Blot quando há desconfiança de o paciente ser um controlador de elite, após 
imunoensaios de 3ª ou 4ª geração. 
 São menos sensíveis que imunoensaios de 3-4ª gerações, não sendo usados para infecções recentes. 
 
❖ HIV E PRÉ-NATAL 
 
 Transmissão vertical (mãe para filho) 
- Gestação → 24% (principalmente no 3º trimestre) 
- Durante o parto → 65% 
- Amamentação → 7-20% 
 
 Fatores que influenciam a transmissão vertical 
- Fatores virais: carga viral e genótipo viral 
- Fatores maternos: estado clínico e 
imunológico, DST e outras coinfecções, 
estado nutricional, tempo de uso de 
antirretrovirais 
- Fatores comportamentais: uso de drogas, 
prática sexual desprotegida 
- Fatores obstétricos: via de parto, 
presença de hemorragia intraparto 
- Fatores inerentes ao recém-nascido: 
prematuridade e baixo peso ao nascer. 
- Fatores relacionados ao aleitamento materno 
 Importância do pré-natal 
- O diagnóstico do HIV é idealmente realizado antes da gestação, como planejamento, mas pode ser 
realizado durante a gestação, nos três trimestres.- Nas gestantes com anti HIV não reagente e forte suspeita de infecção recente, em que os testes 
podem ser falso negativo devido ao período de janela imunológica, deve-se realizar carga viral do HIV 
(ex.: parceiros HIV+ com carga viral detectável, gestante com sintomas de síndromes retroviral aguda 
→ adenomegalia, febre, exantema, linfocitose atípica) 
Figura 1 - teste positivo 
Figura 2 - teste negativo 
Notificação obrigatória!! 
Portaria nº 993 de 
04/09/2000 
 
❖ FLUXOGRAMAS DE TESTAGEM PARA HIV 
 
 2 testes → triagem e confirmatório (1º teste mais sensível e 2º mais específico – eliminar FP) 
 Em infecções mais crônicas, faz teste de 3ª ou 4ª geração seguido de testes complementares 
 Em infecções mais recentes, faz o teste de 4ª geração e testes complementares (fluxograma 3) 
 Em controladores de elite faz-se 4ª geração e complementar Western Blot. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os fluxogramas de número 1, 2 e 3 são os preferenciais, pois combinas: 
- Testes mais modernos 
- Agilidade no diagnóstico 
- Melhor custo-efetividade

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