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FAZER ANÁLISE FUNCIONAL

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Como fazer uma boa Análise Funcional 
Blog Behaviorista em ação 
http://behavioristaemacao.blogspot.com/2013/05/como-fazer-uma-boa-analise-funcional.html 
maio 29, 2013 
Uma das grandes angústias do iniciante em Psicoterapia Analítico-
Comportamental é a realização de uma análise funcional adequada. De acordo 
com Matos (1999) a análise funcional consiste em uma explicação de um 
evento pela descrição de suas relações com outros eventos. A autora explica 
que “as vantagens de uma análise funcional são que, além de identificar as 
variáveis importantes para a ocorrência de um fenômeno e, exatamente por 
isso, permitir intervenções futuras; ela possibilita o planejamento de condições 
para a generalização e a manutenção desse fenômeno” (Matos, 199, p. 13). 
 
 
 
 
A pergunta principal que devemos fazer a nós mesmos ao realizar uma análise 
funcional é: da onde vem o comportamento? Como já vimos anteriormente, 
sabemos que para qualquer tipo de comportamento (respondente ou operante) 
a explicação está sempre na relação do indivíduo com o ambiente, por isso, a 
partir de uma coleta de dados eficiente, podemos identificar de que forma os 
comportamentos-problema foram selecionados. A análise funcional serve para 
que o terapeuta visualize essas relações e consiga planejar uma 
intervenção adequada. Ou seja, é a base para qualquer trabalho do psicólogo. 
 
 
http://behavioristaemacao.blogspot.com/2013/05/como-fazer-uma-boa-analise-funcional.html
http://behavioristaemacao.blogspot.com/2013/05/como-fazer-uma-boa-analise-funcional.html
http://behavioristaemacao.blogspot.com.br/2012/10/por-que-nos-comportamos-da-forma-como-o.html
http://3.bp.blogspot.com/-NcwEo7QtraQ/UaZWVZoftCI/AAAAAAAAAgs/cJWMxEHO6Ss/s1600/musicas-para-escrever.jpg
 
 
 
 
 
 
De acordo com Meyer (2003, p. 76) “uma formulação da interação entre 
organismo e seu ambiente deve sempre especificar a ocasião em que a 
resposta ocorre, a própria resposta e as consequências reforçadoras. As inter-
relações entre elas são as contingências de reforço”. 
 
 
 
Para isso, podemos utilizar o seguinte exercício, que será descrito passo a 
passo, a partir de uma queixa fictícia: 
 
 
Passo 1 – Diferenciar comportamentos e ambiente 
 
J.R. é uma mulher de 32 anos que se queixa de depressão, a qual vem 
ocorrendo desde que terminou uma relação de 9 anos, quando pegou seu 
http://4.bp.blogspot.com/-ksGS7MlFRRQ/UaZYohn1N5I/AAAAAAAAAhE/_XpgRfdkVRA/s1600/macaco-darwin.jpg
namorado com outra. A partir desse fato, ela relata que chora diariamente, 
engordou 12 quilos num período de 3 meses, isolou-se dos amigos e não se 
sente motivada para mais nada. É estudante de Direito e desde o término do 
namoro não consegue mais estudar, o que vem resultando em notas baixas. 
Muitas vezes fica em casa dormindo o dia inteiro, e de vez em quando, relata 
que passa algumas ideias suicidas em sua cabeça. Sua família passou a exigir 
mais dela, e cobra resultados através de muitas críticas, mas sempre que se 
sente triste e sozinha, a família tem ficado presente e consolado suas lamúrias. 
 
 
 
 
Para começar nossa análise funcional, podemos pegar esses dados iniciais e 
separá-los em duas colunas, uma para comportamentos e outra 
para ambiente. Listamos tudo o que podemos coletar e em seguida, podemos 
corrigir possíveis erros de categoria, como mostra a figura a seguir (clique na 
imagem para ampliar). 
 
http://1.bp.blogspot.com/-D_HX45IKmr4/UaZZ8ggYO3I/AAAAAAAAAhc/MZ5KLOwnAto/s1600/Algumas-M%C3%BAsicas-que-Fazem-Chorar.jpg
 
 
 
Passo 2 – Identificar comportamentos de interesse 
 
No caso de J.R., o padrão depressivo consiste em diversas topografias de 
comportamento, que juntos, costumam ser classificados como depressão, por 
exemplo, lamúrias, choro, alimentação excessiva, pensamentos suicidas, 
isolamento social, entre outros. Vamos pegar dois exemplos de 
comportamentos para analisar a seguir. 
 
Passo 3 – Relacionar comportamento e ambiente 
 
Quais são as condições antecedentes a esses comportamentos e que 
consequências os mantêm? Essa é a pergunta inicial que deve ser feita diante 
do contexto em que J. R. se encontra. A figura abaixo apresenta dois exemplos 
de análise funcional. 
 
http://4.bp.blogspot.com/-sIS_LDgayBA/UaZZCRKQ7RI/AAAAAAAAAhM/zZJFG_y7Bvg/s1600/an%C3%A1lise+funcional.png
 
 
Para analisar as consequências, Matos (1999) sugere as seguintes perguntas: 
 
a) É uma consequência reforçadora ou uma condição aversiva? 
 
b) Sua ação se faz por apresentação, remoção ou impedimento? 
 
c) O produto é grande, provável, imediato? 
 
d) Existem produtos a longo prazo? Quais? 
 
e) Os produtos são consequências naturais ou sociais? 
 
As respostas às tais perguntas podem ajudar a entender algumas 
características de comportamentos operantes e, assim, permitem 
a predição e controle de situações nas quais elas ocorrem (Meyer, 2003). Ao 
analisar comportamentos respondentes, como sentimentos, por exemplo, a 
análise deve ser baseada apenas na condição antecedente, a qual controla tais 
respostas emocionais. Por exemplo, J. R. sempre que acessa a página da rede 
social de seu ex-namorado, sente-se triste e chora frequentemente. Diante 
desse fato, pode-se planejar a alteração do ambiente antecedente, que elicia 
respostas de tristeza, como bloquear o acesso a essas informações, por 
exemplo. 
http://2.bp.blogspot.com/-7m5fhnUR4I8/UaZZYQMErwI/AAAAAAAAAhU/Ki829ixwJsQ/s1600/AFs.png
 
 
Concluindo, a análise funcional é o instrumento mais básico do terapeuta 
comportamental. Ao analisar contingências presentes e passadas da vida do 
cliente, as explicações para os comportamentos inadequados se tornam 
evidentes, possibilitando a alteração do controle de estímulos e o treinamento 
de novas habilidades mais adaptativas. 
 
Por: Maíra Matos Costa 
 
Referências Bibliográficas 
 
Matos, M. A., (1999). Análise Funcional Comportamento. Estudos de Psicologia, 
v. 16, n. 3., p. 8 – 18. Campinas. 
 
Meyer, S. (2003). Análise Funcional do Comportamento. Em Costa, C. E., Luzia, 
J. C., & Sant’Anna, H. H. N. (Orgs.). Primeiros Passos em Análise do 
Comportamento e Cognição. (pp. 75-91). Santo André (SP). Ed: ESEtec. 
Por que nos comportamos da forma como o fazemos? 
outubro 25, 2012 
 
Essa não é uma questão recente na história da humanidade, talvez esteja 
presente entre nós desde que o homem passou a ter consciência de si como um 
ser no mundo. A despeito de muitas explicações mitológicas e filosóficas que 
já foram apresentadas ao longo dessa trajetória, a ciência conseguiu apresentar 
ao mundo conceitos concretos sobre o que, ainda hoje, é chamado por muitos 
de “personalidade”. Mas afinal, o que define as diferenças comportamentais 
http://www.psicologabrasilia.com/
http://behavioristaemacao.blogspot.com/2012/10/por-que-nos-comportamos-da-forma-como-o.html
http://3.bp.blogspot.com/-bDvQrgqhLPk/UaZcU1z0brI/AAAAAAAAAho/QY6LzqLA8es/s1600/solidao.jpg
entre as pessoas? Para isso, precisamos entender um pouco sobre os princípios 
comportamentais básicos que regem as ações de todos os seres vivos. 
 
 
 
Segundo Baum (1994), todo o comportamento humano é explicado a 
partir de uma história. Ou seja, diferente de outros tipos de ciência que lidam 
com um evento imediato, a ciência do comportamento precisa de fatores 
históricos para explicar um fenômeno atual. Na história do comportamento, 
este passa por três níveis diferentes de seleção: a filogenética (história 
evolutiva da espécie), a ontogenética (história única do indivíduo) e 
a cultural (comportamentos compartilhados pelo grupo onde o indivíduo se 
insere). 
 
 
 
Para B. F Skinner (1953) o comportamento pode ser divido em dois tipos 
de modelo explicativo: os paradigmas respondente e operante. As principais 
fontes de inspiração para o autor foram o fisiologista animal russo Ivan 
Petrovitch Pavlov (1849-1936), que trouxe contribuições para a elaboração do 
princípiodo condicionamento respondente; e o psicólogo americano Edward 
Lee Thorndike (1874-1949), que foi pioneiro no estudo da aprendizagem e 
contribuiu para a formulação do conceito de condicionamento 
operante (Schultz e Schultz, 1992). 
Para a compreensão do comportamento respondente, vale ressaltar, 
primeiramente, a sua origem no âmbito da filogenia. O ser humano como 
organismo biológico, carrega desde o seu nascimento alguns comportamentos 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ivan_Pavlov
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ivan_Pavlov
http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_L._Thorndike
http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_L._Thorndike
http://3.bp.blogspot.com/-jaqjabT6dRk/UIk5sh71MAI/AAAAAAAAAHw/ku94RgZgkH0/s1600/birra.jpg
http://4.bp.blogspot.com/-fWp1VR76Tak/UIk51gGBAJI/AAAAAAAAAH4/xh3KIzSQ_PI/s1600/evhumana3-size-598.jpg
inatos, como por exemplo, os movimentos de sucção da boca, a dilatação ou 
contração da pupila, a respiração, os batimentos cardíacos e outros. Esses 
comportamentos inatos são herdados de gerações passadas através dos genes 
presentes no DNA das células humanas. Eles são selecionados de acordo com 
a história filogenética do organismo, que por sua vez, prioriza comportamentos 
adaptativos facilitadores da sobrevivência da espécie. Skinner (1953), 
igualmente a outros cientistas, chama tais comportamentos de reflexos. 
Pavlov em seus estudos sobre os comportamentos reflexos, de maneira 
acidental, fez uma grande descoberta relacionada a tais respostas. O cientista 
observou que seus sujeitos experimentais eram capazes de aprender novos 
reflexos, diante de estímulos que anteriormente não eliciavam nada (Skinner, 
1953). Em seu experimento mais famoso, Pavlov observou que na presença de 
um pedaço de carne, o comportamento de salivação era apresentado 
naturalmente por um cachorro. Ao associar a apresentação da carne com o som 
de uma sineta, o cientista percebeu que o som da sineta sozinho passou a eliciar 
o comportamento de salivação, depois de inúmeras associações com os dois 
estímulos. Pavlov então descobriu que os comportamentos reflexos poderiam 
ser aprendidos por associação. O autor nomeou então o alimento como 
estímulo incondicionado (US), o som da sineta como estímulo neutro (NS), a 
resposta de salivação como resposta incondicionada (UR) e a resposta de 
salivação apresentada posteriormente na presença do som, como resposta 
condicionada (CR). De acordo com os dados observados, Pavlov formulou a 
premissa do condicionamento respondente, processo pelo qual um estímulo 
neutro adquire funções similares as de um estímulo incondicionado através de 
emparelhamentos sucessivos prévios (Skinner, 1953). 
 
 
 
Outro trabalho de grande importância para a elaboração dos princípios 
do comportamento foi o trabalho de E. L. Thorndike, em 1898, ao estudar “A 
Lei do Efeito”. Esse autor realizou um experimento em que um gato foi 
colocado dentro de um alçapão no qual só poderia sair se abrisse uma porta. O 
gato, portanto, exibiu uma grande variedade de comportamentos, os quais 
alguns foram bem sucedidos e outros não. 
http://4.bp.blogspot.com/-z0iRaxsogcc/UIk5-6PVQjI/AAAAAAAAAIA/-UGoCuY3sqo/s1600/Pavlov3.gif
Dessa forma, Thorndike percebeu que ao colocar o gato repetidas vezes 
dentro do compartimento, seu comportamento de abrir a porta se estabelecia 
cada vez mais rápido, pois, era seguido sempre da abertura da porta. A esse 
fenômeno, o qual o comportamento se estabelece de acordo com suas 
conseqüências, Thorndike deu o nome de “Lei do Efeito”. Skinner (1953), 
chamou de reforço a todas as conseqüências que seguiam determinadas 
respostas e as fortaleciam depois de algumas exposições repetidas. Para esse 
processo de “fortalecimento” da resposta, Skinner deu o nome de 
condicionamento operante. 
Assim, os dados experimentais mostraram que o comportamento produz 
consequências e que essas consequências podem afetar a probabilidade do 
comportamento voltar a ocorrer. A partir de então, foi possível compreender 
um pouco mais sobre como o comportamento das pessoas pode ser modelado 
diferencialmente pelo ambiente em que se está inserido. Com um potencial 
biológico prévio, o organismo é sensível ao seu meio ambiente, e se adapta a 
este a medida que vai se expondo às consequências. Mais adiante, veremos 
como esses princípios (p. ex. reforço, punição, extinção e etc.) agem no 
organismo, diminuindo ou aumentando a probabilidade de suas respostas. 
 
 
 
Além disso, o fator cultural é outro importante modelador de 
comportamentos. Os seres humanos são criaturas extremamente sociais, 
assim, aprendemos comportamentos ao observar outras pessoas em um grupo. 
Ao sermos criados em determinada cultura, aprendemos a chamar certas coisas 
ou eventos de bons e outros de maus. Lutamos por essas coisas, nos 
empenhamos em certas atividades e a aprovação por nossos semelhantes é um 
http://2.bp.blogspot.com/-UOeVy6lkwjc/UIlADmqaOxI/AAAAAAAAAIY/MnwDc4nvGz8/s1600/bebe_tomada_perigo.jpg
fator determinante na manutenção desses comportamentos. Porém, o que é 
bom ou mau não é intrínseco ao evento, e sim algo determinado culturalmente, 
ou seja, dentro de um grupo (Baum, 1994). 
 
 
 
Por fim, sabemos que o comportamento humano é um evento complexo, 
o qual demanda delicada observação. Diante da dificuldade de mensuração, as 
pessoas tendem a inventar respostas para o que não vêem ou não entendem, ou 
ainda preferem lidar com dados explicativos confusos. Ao estudar a Análise do 
Comportamento, perceberemos que essas explicações de nada adiantam para 
quem precisa lidar com problemas humanos reais, e que utilizar a ciência pode 
ser uma postura mais prática e econômica de intervenção. 
 
Por: Maíra Matos Costa 
Referências Bibliográficas 
Baum, W. M. (1999). Compreender o Behaviorismo: Ciência, Comportamento e 
Cultura. Porto Alegre. Ed: Artmed. 
Schultz, D. P. & Schultz, S. E. (2001). História da Psicologia Moderna. São 
Paulo: Cultrix. 
Skinner, B. F. (1953). Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: 
Martins Fontes. 
 
http://www.psicologabrasilia.com/
http://4.bp.blogspot.com/-3e7nkMo3psA/UIk6HOwYR1I/AAAAAAAAAII/hoH3ZGi3imk/s1600/indios.jpg

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