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Prof.ª Glauciéry Lugarinho SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL Julho/2020 PROFESSORA • Pós-Graduada em Gerenciamento de Projetos - Fundação Getúlio Vargas (FGV)/2014. • Pós-Graduada em Segurança do Trabalho - Universidade Federal Fluminense (UFF)/2008. • Graduada em Arquitetura e Urbanismo - Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)/2005. • Certificada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - Curso de Extensão da Abordagem Ergonômica do Trabalho Portuário. • Certificada pela Autoridade Marítima Brasileira - Curso de Técnicas de Ensino. • 3 anos atuando com consultoria em treinamentos na área de Saúde e Segurança do Trabalho com foco no ambiente portuário. • 2 anos atuando como Coordenadora de Saúde e Segurança do Trabalho na Libra Terminais, onde era responsável pelos processos referentes à QSSMA, acompanhando com visão sistêmica e garantindo o cumprimento da legislação vigente, incluindo normas regulamentadoras e demais, analisando indicadores e práticas para elaboração de planos de ação e transformação de diretrizes estratégicas do grupo em ações operacionais da área. • 4 anos atuando como Eng. de Segurança do Trabalho no OGMO - Santos, desenvolvendo projetos relacionados a Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, elaborando procedimentos e fiscalizando o cumprimento das normas de Segurança do Trabalho nas operações portuárias envolvendo trabalhadores avulsos do Porto de Santos. Prof.ª Glauciéry Lugarinho. SEGURANÇA DO TRABALHO OBJETIVO: Compreender a importância de preservar a saúde e a integridade física do trabalhador. FINALIDADE: Promover acesso à informação sobre segurança e saúde no ambiente de trabalho. SEGURANÇA DO TRABALHO HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NO MUNDO Dados históricos mostram que a preocupação com a SST existe desde o século IV a.C., quando Hipócrates (considerado pai da medicina) descobriu a origem das enfermidades dos trabalhadores das minas, que mais tarde, Aristóteles veio a cuidar do atendimento e da prevenção dessas doenças. Platão ainda no século IV a.C. descobriu algumas doenças do esqueleto comuns a determinados trabalhadores no exercícios de sua profissão. No século I d.C., Plínio publicou a História Natural (primeira obra - ST) onde recomendava uso de máscara aos que trabalhavam com chumbo, mercúrio e poeiras. SEGURANÇA DO TRABALHO HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NO MUNDO Avicena (980-1037) conseguiu relacionar o saturnismo (intoxicação devida exposição elevada ao chumbo - cólicas) às pinturas feitas com tintas à base de chumbo. Paracelso (1493-1541) estudou as afecções dos mineiros. Ele divulgou seus 1.567 estudos relacionados às doenças pulmonares (toxicologia) que matavam os mineiros. “Todas as substâncias são venenos. É a dose que diferencia os venenos dos remédios”. Georgius Agrícola (1494-1555) publicou seu livro em latim “De re metallica” e no último capítulo ele falara sobre os acidentes de trabalho e às doenças mais comuns dos mineiros. SEGURANÇA DO TRABALHO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURANÇA DO TRABALHO EUROPA Dentre os séculos XVII e XX destacam-se na Europa: • Em 1601, na Inglaterra, cria-se a Lei dos Pobres (ajuda social), dois séculos depois, em 1833 substituída a Lei das Fábricas (trabalho das crianças). • Em 1666, em Londres, após um grande incêndio, as casas obrigatoriamente deveriam ser construídas com paredes de pedras ou tijolos, as ruas deveriam ser alargadas, para evitar a propagação do fogo. • Em 1700, acontece a publicação do livro “De Morbis Artificium Diatriba” ou “Doença dos Artífices”, escrito por Bernardino Ramazzini, considerado o pai da Medicina Ocupacional, o estudo aborda doenças relacionadas com o trabalho e que inclui cerca de 50 profissões exercidas na época. SEGURANÇA DO TRABALHO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURANÇA DO TRABALHO EUROPA • Em 1802, na Inglaterra, aprovada a 1ª Lei de proteção aos trabalhadores , a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes” (reduziu a jornada de trabalho para 12 horas, proibiu o trabalho noturno e regulamentou a idade mínima para trabalhar). • Entre 1844 e 1848, na Inglaterra, foram aprovadas as primeiras Leis de Segurança no Trabalho e Saúde Pública (regulamentar problemas de saúde e doenças profissionais). • Em 1862, na França, foram regulamentada a higiene e a segurança no trabalho. • Em 1865, na Alemanha, foi aprovada a Lei de Indenização Obrigatória aos Trabalhadores, responsabilizando o Empregador por eventuais acidentes. • Em 1919, em Genebra, foi criada a OIT (Organização Internacional do Trabalho). SEGURANÇA DO TRABALHO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURANÇA DO TRABALHO ESTADOS UNIDOS • Em 1903, foi promulgada a primeira lei sobre indenização aos trabalhadores. Entretanto, ela era limitada apenas aos trabalhadores federais. Posteriormente, em 1921, seus benefícios foram estendidos a todos os trabalhadores. SEGURANÇA DO TRABALHO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURANÇA DO TRABALHO BRASIL • 1919 - criada a lei de Acidentes do Trabalho, tornando compulsório o seguro contra o risco profissional. • 1923 - criação da caixa de aposentadorias e pensões para os empregados das empresas ferroviárias, marco da Previdência Social. • 1930 - criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, atual MTPS. • 1943 - o Decreto-lei n. 5.452, de 01 de maio, regulamenta o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que trata da Segurança e Medicina do Trabalho. • 1977 - a Lei n. 6.514, de 22 de dezembro, altera o Capítulo V do |Título II da CLT. • 1978 - é publicada a Portaria n. 3.214, de 08 de junho, que aprova as Normas Regulamentadoras – NR. SEGURANÇA DO TRABALHO LEGISLAÇÃO REFERENTE A SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO As Normas Regulamentadoras (NR), são obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho. Existem hoje 37 NR, sua observância é obrigatória para toda empresa ou instituição que admite empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), isso inclui tanto empresas privadas quanto públicas. A elaboração/revisão das NR é realizada pelo Ministério do Trabalho adotando o sistema tripartite paritário por meio de grupos e comissões compostas por representantes do governo, de empregadores e de empregados. SEGURANÇA DO TRABALHO LEGISLAÇÃO REFERENTE A SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO As NR’s são elaboradas/revisadas a partir das seguintes necessidades: – Demandas da sociedade; – Bancadas de empregadores e trabalhadores; – Órgãos governamentais; – Necessidades apontadas pela inspeção do trabalho; – Estatísticas de acidentes e doenças. SEGURANÇA DO TRABALHO LEGISLAÇÃO REFERENTE A SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO 37 Plataforma Petróleo SEGURANÇA DO TRABALHO SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho ) NR-4 É uma equipe que reúne profissionais de segurança e saúde visando proteger a integridade física do trabalhador no seu local do trabalho, evitando a ocorrência de acidentes e doenças nas empresas. Os profissionais que constituem o SESMT são: Médico do Trabalho Engenheiro de Segurança do Trabalho; Enfermeiro do Trabalho Técnico em Segurança do Trabalho Auxiliar de Enfermagem do Trabalho SEGURANÇA DO TRABALHO SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho ) NR-4 Quantos profissionais são necessários no SESMT da empresa? Para saber a quantidade é preciso fazer o dimensionamento cruzando o Grau de Risco e número de funcionários da empresa, conforme determina os Quadros I e II da NR 4. Qual a importância do SESMT? O SESMT avalia os setores da empresa, elabora projetos de melhoria para deixar o ambiente seguro, evitando acidentes de trabalho e o desenvolvimento de doenças ocupacionais, aumentando a qualidade dos processos e a produtividade, reduzindo custos para a organização, e o trabalhador se sente mais valorizado pela empresao que o torna mais produtivo. SEGURANÇA DO TRABALHO SESSTP (Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário) NR-29 É composto também por uma equipe que reúne profissionais de segurança e saúde com a responsabilidade de realizar uma gestão do ambiente de trabalho do trabalhador portuário, que acarrete a redução ou eliminação dos riscos ali existentes. As competências são as descritas pela NR-29, e as contidos na NR-4 (SESMT). SESSTP SEGURANÇA DO TRABALHO SESSTP (Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário) NR-29 Como deve ser composto o SESSTP? Por empregados do OGMO ou empregadores, podendo ser firmados convênios entre os terminais privativos, os operadores portuários e administrações portuárias, compondo com seus profissionais o SESSTP local, que deverá ficar sob a coordenação do OGMO. Como deve ser feito o custeio do SESSTP? Será dividido proporcionalmente de acordo com o número de trabalhadores utilizados pelos operadores portuários, empregadores, tomadores de serviço e pela administração do porto, por ocasião da arrecadação dos valores relativos à remuneração dos trabalhadores. SEGURANÇA DO TRABALHO SESSTP (Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário) NR-29 Como deve ser o dimensionamento? O SESSTP deve ser dimensionado de acordo com a soma dos seguintes fatores: a) média aritmética obtida pela divisão do número de trabalhadores avulsos tomados no ano civil anterior e pelo número de dias efetivamente trabalhados; b) média do número de empregados com vínculo empregatício do ano civil anterior. Nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo em início de operação, o dimensionamento terá por base o número estimado de trabalhadores a serem tomados no ano. SEGURANÇA DO TRABALHO CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) NR-5 OBJETIVO: observar e relatar as condições de risco no ambiente de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos. MISSÃO: preservar a saúde e integridade física dos trabalhadores. SEGURANÇA DO TRABALHO CIPA NR-5 Como a CIPA é constituída? É formada por representantes dos empregadores e dos empregados de forma paritária. Representantes do empregador: São indicados por ele. Representantes dos empregados: São eleitos por eles através de eleição feita na própria empresa. (Estabilidade 1 ano após o fim do mandato). Os membros devem realizar reuniões mensais para debaterem questões relacionados à segurança do trabalho. O mandato da CIPA tem duração de um ano. E é permitida uma reeleição. SEGURANÇA DO TRABALHO CIPA NR-5 Funções dos envolvidos na CIPA Presidente: Representante do empregador e indicado por ele; Vice-Presidente: Representante dos empregados, é escolhido dentre os que foram eleitos por voto direto; Secretário e Vice-Secretário: São escolhidos em comum acordo entre os representantes dos empregados (votados) e do empregador (indicados); Membros da CIPA: Representantes dos empregados (votados) e do empregador (indicados). SEGURANÇA DO TRABALHO CIPA NR-5 Principais atribuições da CIPA Discutir e ajudar na investigação dos acidentes ocorridos; Sugerir medidas de prevenção e neutralização dos riscos no ambiente de trabalho; Promover a divulgação e zelar pela observância das NR e normas internas da empresa; Realizar inspeções de segurança nos locais de trabalho, relatar os riscos encontrados ao empregador e SESMT para que os mesmos tomem as medidas de correção necessárias; Promover anualmente em conjunto com o SESMT (onde houver) a Semana Interna de Prevenção de Acidentes – SIPAT; Elaborar Mapa de Riscos da empresa em parceria com o SESMT (onde houver), na ocasião entrevistar funcionários sobre riscos encontrados no ambiente de trabalho; SEGURANÇA DO TRABALHO MAPA DE RISCO O que é um Mapa de Risco? É uma maneira eficiente de proteger seus funcionários, mostrando claramente os riscos que o ambiente de trabalho pode apresentar. Para isto, é preciso estudar a empresa de forma efetiva e assim, chegar a um diagnóstico sobre os perigos de cada de setor. SEGURANÇA DO TRABALHO CPATP (Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário) NR-29/29.2.2 OBJETIVOS a) Observar e relatar condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar ou neutralizar os riscos existentes; b) Discutir os acidentes ocorridos, encaminhando ao SESSTP, ao OGMO ou empregadores, o resultado da discussão, solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e ainda, orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes; SEGURANÇA DO TRABALHO CIPA x CPATP Diferenças entre as comissões • A CPATP é regulamentada com foco específico, voltado para o regimento da segurança e saúde do trabalhador portuário. • A duração do mandato será de 2 (dois) anos, permitida uma reeleição, sendo um ano com a presidência da comissão exercida por representante dos operadores portuários e outro ano, pelos trabalhadores. (não há estabilidade por se tratar de trabalhadores avulsos, os eleitos). • A composição da CPATP será proporcional ao número médio de trabalhadores portuários utilizados no ano anterior. • O OGMO, os empregadores e as instalações portuárias de uso privativo, ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento a CPATP. SEGURANÇA DO TRABALHO ACIDENTES DO TRABALHO CONCEITO LEGAL É o acidente que acontece no exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. SEGURANÇA DO TRABALHO ACIDENTES DO TRABALHO TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO • O acidente que ocorre quando você está em horário de serviço, executando tarefas dentro ou fora da empresa. • O acidente que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa. • Doença profissional (provocadas pelo tipo de trabalho). a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade. (Silicose) • Doença do trabalho (causada pelas condições do trabalho) a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais, em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. (LER). SEGURANÇA DO TRABALHO CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO “Causas de Acidentes é qualquer fator que, se removido, a tempo evitará a ocorrência do Acidente”. Todo acidente de trabalho é multifatorial, ou seja, não ocorre apenas por uma causa. Através das pirâmides de desvios, podemos entender melhor esta ideia. SEGURANÇA DO TRABALHO CONCEITOS: INCIDENTES - QUASE ACIDENTES - ACIDENTES INCIDENTE EX: Queda de uma marreta sobre seu posto de trabalho. Considerando que não houve dano pessoal algum e não teria a possibilidade de te atingir, pois você não estava no local, então dizemos que isso foi um INCIDENTE. SEGURANÇA DO TRABALHO CONCEITOS: INCIDENTES - QUASE ACIDENTES - ACIDENTES QUASE ACIDENTE EX: A mesma cena acima se repete, porém, desta vez você estava ao lado de seu posto de trabalho. Por questões de segundos ou de centímetros, a marreta não te acertou. O evento foi o mesmo, mas neste caso, havia alguém próximo da ocorrência e que poderia ser atingido. SEGURANÇA DO TRABALHO CONCEITOS: INCIDENTES - QUASE ACIDENTES - ACIDENTES ACIDENTE EX: O evento se repete, mas desta vez você estava em seu posto de trabalho e, obviamente foi atingido pela marreta. SEGURANÇA DO TRABALHO CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO – Lei de Heinrich O Primeiro Conceito Da Pirâmide Foi Criado Nos Anos 30, quando em 1931 Herbert William Heinrich, apresentou uma pirâmide para ilustrar um conceito do seu livro “Industrial Accident Prevention, A Scientific Approach”. Foram analisados 75 mil acidentes de trabalho para chegar ao parâmetro 1-29-300. Ou seja, para cada 1 lesão séria haveria 29 lesões menores e 300 acidentes sem lesões, de 330 acidentes, um teria gravidadeconsiderada. https://en.wikipedia.org/wiki/Herbert_William_Heinrich SEGURANÇA DO TRABALHO CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO – 1ª Pirâmide de BIRD De 1959 a 1966 o engenheiro Frank Bird analisou cerca de 90 mil acidentes (de trabalho). A proporção da Pirâmide de Bird ficou a seguinte proporção, 1-100-500. Ou seja, para cada 1 lesão séria haveria 100 lesões menores e 500 acidentes sem lesões, mas com perdas patrimoniais. Ao contrário de Heinrich, Bird levou em conta também os acidentes envolvendo perdas de patrimônio e meio ambiente. SEGURANÇA DO TRABALHO CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO – 2ª Pirâmide de BIRD Em 1969 Frank Bird apresentou seu novo estudo, onde analisou cerca 1750 mil acidentes de 297 empresas, de 21 tipos diferentes. Com dados de cerca de 3 bilhões de Horas Homens de Exposição ao Risco. A proporção dessa nova Pirâmide ficou assim, 1-10-30-600. Ou seja, para cada 1 lesão séria haveria 10 lesões menores e 30 acidentes sem lesões, mas com perdas patrimoniais (danos a propriedade), 600 incidentes ou quase acidentes. Ele considerou na obra 4 aspectos importantes para o controle de perdas e danos: informação, investigação, análise e revisão do processo. SEGURANÇA DO TRABALHO CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO – Pirâmide Dupont Uma vez que Heinrich e Bird voltavam a atenção a perdas indenizatórias, a DuPont focou na prevenção de riscos. A pirâmide ficou maior, e passou a considerar os desvios na proporção 1-30-300-3.000-30.000. 30 mil desvios levam à: • 3 mil incidentes. • 300 acidentes sem afastamento. • 30 acidentes com afastamento. • 1 acidente fatal. As três pirâmides de desvios têm dois fatores em comum: seus valores crescem multiplicados por dez e a prevenção é a primeira medida a ser tomada para se impedir acidentes. SEGURANÇA DO TRABALHO CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO Ato Inseguro ou Falha de Percepção de Risco: Toda forma incorreta de trabalhar, ou seja, ações conscientes ou inconscientes que possam causar acidentes ou ferimentos. Tipos de atos inseguros: • Ignorar as regras de segurança. • Usar máquinas sem habilitação ou permissão. • Transportar ou empilhar inseguramente. • Tentar ganhar tempo. • Imprimir excesso de velocidade. • Improvisar ou fazer uso de ferramenta inadequada. • Manipulação inadequada de produtos químicos. • Fumar em lugar proibido. • Não utilizar EPI. • Consumir drogas, ou bebidas alcoólicas durante o expediente. SEGURANÇA DO TRABALHO CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO Condição Insegura: São falhas no local de trabalho que podem levar a um acidente. Tipos de condições inseguras: • Falta de proteção em máquinas e equipamentos • Passagens perigosas • Instalações elétricas inadequadas ou defeituosas • Nível de ruído elevado • Má arrumação/falta de limpeza SEGURANÇA DO TRABALHO CONSEQUÊNCIAS DOS ACIDENTES DE TRABALHO Os acidentes podem trazer consequências graves aos trabalhadores, gerando incapacidades temporárias ou permanentes, levando até mesmo a morte do acidentado. Por isso é extremamente importante a abordagem das equipes de Saúde e Segurança auxiliarem no desenvolvimento da consciência preventiva, dentro e fora da empresa, disseminando conhecimentos que propiciem ao trabalhador a capacidade de assumir sua parcela de responsabilidade com sua segurança de forma integral. SEGURANÇA DO TRABALHO INVESTIGAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO Todos os acidentes devem ser investigados, para descobrir suas causas e assim buscar eliminá-las ou controlá-las, prevenindo novas ocorrências. O local do acidente deve ser isolado, o serviço paralisado, até que ocorra a liberação pelos órgãos locais do MTE, pela Capitania dos Portos e, internamente, pelo SESSTP (Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário) ou SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho). O registro dos acidentes deve ser feito por meio do preenchimento da CAT (Comunicado de Acidente do Trabalho) pela empresa contratante, sindicato, médico que atendeu o acidentado, ou autoridades públicas como o Ministério Público do Trabalho. SEGURANÇA DO TRABALHO INVESTIGANDO ACIDENTES DE TRABALHO Ouvir todos os envolvidos, inclusive o acidentado; Não modificar o cenário até que se realize a inspeção detalhada; Realizar a simulação do acidente; Definir as causas que levaram a ocorrência do acidente. SEGURANÇA DO TRABALHO INVESTIGAÇÃO DAS CAUSAS DOS ACIDENTES DO TRABALHO Todos os acidentes devem ser investigados, analisados e discutidos pela CPATP (Comissão de prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário) ou CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). A fim de se estabelecer procedimentos que possam prevenir ou evitar outros acidentes semelhantes. É missão da CPATP/CIPA/SESSTP/SESMT procurar encontrar as causas da ocorrência dos acidentes e apontar soluções para que um determinado tipo de acidente não ocorra novamente. Acidentes graves ou fatais, a comissão deverá se reunir, no prazo máximo de 48 horas (CPATP/CIPA). SEGURANÇA DO TRABALHO HIGIENE OCUPACIONAL – CONCEITOS (PERIGO x RISCO) A principal diferença entre Perigos e Riscos está na exposição. Perigo é toda fonte, situação ou ato com potencial para provocar danos humanos em termos de lesão ou doença. Pode ser um produto químico, uma máquina rotativa, uma superfície quente, um chão escorregadio, uma área ruidosa, uma área com carga suspensa, área energizada, entre outros. Situações potenciais para acontecer uma lesão. Contudo, essa lesão só acontece se houver exposição do trabalhador a esses Perigos. Essa exposição tem a ver com a proximidade do trabalhador à fonte de perigo. O Risco só aparece com a aproximação do trabalhador ao perigo. Se não houver aproximação do trabalhador, não haverá Risco de ocorrer qualquer dano sobre ele. SEGURANÇA DO TRABALHO HIGIENE OCUPACIONAL – CONCEITOS (PERIGO x RISCO) SEGURANÇA DO TRABALHO HIGIENE OCUPACIONAL OBJETIVO: reconhecer, avaliar e controlar os riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho, que podem causar doenças e danos à saúde dos trabalhadores. 1. Antecipação aos riscos: realizar a avaliação de riscos potenciais e tomar medidas preventivas; 2. Reconhecimento dos riscos: avaliação qualitativa em relação à identificação dos agentes presentes no ambiente de trabalho. Um estudo deve ser realizado sobre as matérias primas, produtos e serviços, métodos e procedimentos de rotina, processos, instalações e equipamentos. 3. Avaliação dos riscos: a avaliação quantitativa, levando em conta os limites de tolerância estabelecidos pela NR 15. Limite de tolerância: “Concentração ou intensidade, máxima ou mínima relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador durante sua vida laboral.” 4. Controle dos riscos: por fim, a última fase está ligada à eliminação ou mitigação dos riscos ocupacionais que foram antecipados, reconhecidos e avaliados no ambiente. SEGURANÇA DO TRABALHO HIGIENE OCUPACIONAL- FATORES DE RISCOS SEGURANÇA DO TRABALHO HIGIENE OCUPACIONAL- FATORES DE RISCOS EXEMPLOS DE SITUAÇÕES DE RISCO DE ACIDENTES: Pisos irregulares Máquinas sem manutenção Acessórios de estivagem não certificados ou danificados Iluminação deficiente Atividades que causem demandas fisiológicas ou psíquicas, como: • trabalho físico pesado • exigências de postura inadequada • repetição de movimentos • trabalho por turnos • por produção • excesso de jornada. SEGURANÇA DO TRABALHO HIGIENE OCUPACIONAL- FATORES DE RISCOS Para controlarmos os RISCOS podemos fazer de duas formas: eliminando o perigo ou reduzindo a exposição a ele. Segundo a OHSAS 18001, as medidas de controle de riscos devem seguir a seguinte sequência hierárquica: 1. Eliminação; (Fonte do Perigo) 2. Substituição; (Fonte do Perigo) 3. Controles de Engenharia; (Diminuir a exposição) 4. Sinalização / alertas e/ou controle administrativos; (Diminuir a exposição) 5.Equipamentos de Proteção Individual - EPI. (Diminuir a exposição) Se analisarmos profundamente estas medidas de controle sugeridas pela OHSAS 18001, perceberemos que elas se resumem em atuações para eliminar o perigo ou limitar a exposição a ele. SEGURANÇA DO TRABALHO HIGIENE OCUPACIONAL- FATORES DE RISCOS Se analisarmos profundamente estas medidas de controle sugeridas pela OHSAS 18001, perceberemos que elas se resumem em atuações para eliminar o perigo ou limitar a exposição a ele. SEGURANÇA DO TRABALHO HIGIENE OCUPACIONAL- PPRA (NR-9) A NR-9 através do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA – disciplina o mapeamento e o controle dos riscos ambientais sendo obrigatório para todo e qualquer negócio que possua empregados, tendo como principal objetivo proteger a saúde do trabalhador e sua integridade física através do reconhecimento interno dos riscos ambientais que venham a existir no trabalho. A empresa é a responsável pela avaliação e controle das ocorrências, e tem que levar em consideração também a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais usados nas suas operações. SEGURANÇA DO TRABALHO ELABORAÇÃO DO PPRA Quem pode elaborar o PPRA? Normalmente o SESSTP/SESMT é responsável pela elaboração do PPRA, embora a NR 9 no item 9.3.1.1 mostre que qualquer pessoa indicada pelo empregador poderá fazer o PPRA. Se a empresa não tiver SESSTP/SESMT o empregador poderá optar pela contratação de uma empresa ou um profissional qualificado para elaborar, implantar e avaliar, o cumprimento das ações do PPRA. SEGURANÇA DO TRABALHO ELABORAÇÃO DO PPRA Qual a periodicidade do PPRA? O PPRA tem validade de 1 ano, entretanto caso se durante esse ano, surgirem novos riscos no ambiente de trabalho, ou novas funções na empresa deve ser reavaliado. Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos. Onde guardar o PPRA, quem deve ter acesso a ele? O PPRA deve ficar no estabelecimento e estar á disposição dos trabalhadores, bem como aos demais interessados. SEGURANÇA DO TRABALHO ELABORAÇÃO DO PPRA Existe um modelo de PPRA? Não, o que existe são as diretrizes para o PPRA que a NR 9 determina, que devem ser seguidas. Cronograma de ações do PPRA No Cronograma devem estar listadas as situações que não estão em conformidade com a Legislação, deve-se propor uma data para regularização das irregularidades encontradas no ambiente de trabalho durante a elaboração do programa. Deve-se existir também o nome do responsável pelo cumprimento de cada item a ser regularizado. SEGURANÇA DO TRABALHO HIGIENE OCUPACIONAL- PCMSO (NR-7) O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) refere-se a um conjunto de iniciativas da empresa, de forma ampla, relacionados à saúde do trabalhador regulamentada pela NR-7, trata-se de uma prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce de agravantes à saúde que estejam relacionados ao trabalho. SEGURANÇA DO TRABALHO HIGIENE OCUPACIONAL- PCMSO (NR-7) A NR-7 também dispõe sobre os exames médicos obrigatórios que o PCMSO deve incluir, sendo: Exame Admissional; Exames Periódicos; Exame de retorno ao trabalho; Exame de mudança de função; Exame Demissional. E através do PCMSO também é possível e indicado, o controle de algumas doenças que não tem relação com o trabalho necessariamente, mas se agravadas podem prejudicar a saúde do trabalhador e afetar seu trabalho, que é o caso de doenças crônicas como a hipertensão. SEGURANÇA DO TRABALHO ELABORAÇÃO DO PCMSO Quem pode elaborar o PCMSO? A NR 7 item 7.3.1 diz que o empregador deverá indicar um Médico responsável pelo desenvolvimento do PCMSO. Estando a empresa desobrigada a contratar um Médico do Trabalho de acordo com o dimensionamento previsto na NR 4, o empregado deverá contratar um serviço médico terceirizado para elaborar o programa. Como ocorre a elaboração do PCMSO? Elaborado com base no PPRA, usa os dados coletados na análise do ambiente levantados no PPRA para definir sua estratégia. SEGURANÇA DO TRABALHO ELABORAÇÃO DO PCMSO - PPRA e PCMSO O PPRA deve ser elaborado primeiro, e através do PPRA que é feita a base do PCMSO NR 7 item 7.2.4. SEGURANÇA DO TRABALHO ELABORAÇÃO DO PCMSO Qual a validade do PCMSO? Deverá obedecer a um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser revisadas, pelo menos uma vez ao ano. Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos. A partir de quantos funcionários devo ter o PCMSO? Assim como o PPRA o PCMSO deve ser elaborado para todos tipos e tamanhos de empresas. PCMSO precisa de relatório anual? NR 7.4.6 Deverá ter um relatório anual, onde deverão ser observados alguns itens: – Discutir o relatório na CIPA. Sendo uma cópia dele anexado a de ata de reunião; – Poderá ser mantido em arquivo eletrônico, desde que seja de fácil acesso por parte do agente de inspeção. SEGURANÇA DO TRABALHO EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (NR-6) De acordo com a NR-6 considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI: “Todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos susceptíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.” SEGURANÇA DO TRABALHO EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (NR-6) Só poderá ser adquirido/fornecido o EPI que possuir: Certificado de Aprovação (CA) validado pelo TEM CA e selo do INMETRO Gravados no EPI. Responsabilidades do EMPREGADO Usá-lo apenas para a finalidade que se destina. Responsabilizar-se por sua guarda e conservação. Comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para o uso. Cumprir as determinações do Empregador sobre o uso adequado. SEGURANÇA DO TRABALHO EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (NR-6) Responsabilidades do EMPREGADOR Adquirir o tipo adequado a atividade do empregado. Treinar o trabalhador sobre seu uso adequado. Tornar obrigatório seu uso. Substituí-lo quando danificado ou extraviado. Responsabilidades da GRTE Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI; Recolher amostras de EPI; Aplicar as penalidades cabíveis pelo descumprimento da NR-6. SEGURANÇA DO TRABALHO EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (NR-6) A recusa do empregado em utilizar EPI, pode ser considerada ato faltoso! • Lei 6514, 22/12/1977 - Art. 158 Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. SEGURANÇA DO TRABALHO EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (NR-6) Os EPI podem ser de Uso Permanente quando fornecidos pela empresa aos trabalhadores em função da atividade ou ambientes de trabalho. SEGURANÇA DO TRABALHO EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (NR-6) Os EPIs não evitam acidentes, mas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de acidentes. SEGURANÇA DO TRABALHO EPC - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (NR-6) Os EPCs são dispositivos instalados e utilizados no ambiente de trabalho para a proteção dos trabalhadores, só que em relação aos riscos coletivos existentes nos processos. A vantagem dos equipamentos de proteção coletiva é que não dependem da atitude do funcionário para que seja eficaz, sendo as medidas de proteção coletiva prioridade em qualquer empresa. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) OBJETIVOS: regular os procedimentos que permitam uma gestão adequada dos fatores de riscos presentes no ambiente de trabalho portuário, identificando os atores sociais e econômicos que são responsáveis por esta gestão. * Em consonância com a legislação que regula as atividades portuárias, passa a dar esta responsabilidade aos operadores portuários, tomadores de serviços ou empregadores pela gestão de segurança e saúde dos trabalhadores, tanto em atividades em terra, como nos navios ou embarcações. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO(NR-29) ATIVIDADES PORTUÁRIAS: As atividades de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações nos portos organizados serão realizadas por trabalhadores portuários com vínculo empregatício e por trabalhadores portuários avulsos (TPA). O trabalhador portuário, sendo registrado no OGMO pode ser cedido em caráter permanente a operador portuário ou tomador de mão de obra na forma de vínculo empregatício a prazo indeterminado. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) ÓRGÃO GESTOR DE MÃO DE OBRA (OGMO): Gerencia toda a mão de obra avulsa, sendo responsável entre outras coisas por zelar pelas normas de saúde, higiene e segurança no trabalho portuário avulso. A requisição de mão de obra, é realizada pelos operadores portuários e tomadores de serviço diretamente ao OGMO, a quem compete efetuar o controle rodiziário da escala diária de trabalhadores avulsos. (Lei nº 12.815/13) A escalação é feita através da “parede”, onde todos os trabalhadores disputam as oportunidades de trabalho. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) ATIVIDADES PORTUÁRIAS: a) Capatazia: é a atividade de movimentação de mercadorias, como o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, carregamento e a descarga de embarcações, quando efetuadas por aparelhamento portuário de guindar de TERRA. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) b) Estiva: é a atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como a operação de carregamento e a descarga, quando realizados com equipamentos de BORDO. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) c) Conferência de carga: esta atividade consiste na contagem de volumes, anotação de suas características (espécie, peso, número, marcas e contramarcas), procedência ou destino, verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e demais serviços correlatos nas operações de carregamento e descarga de embarcações. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) d) Conserto de carga: é a atividade de reparo ou restauração das embalagens de mercadorias avariadas nas operações de carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, carimbagem, etiquetagem e abertura de volumes para vistoria e posterior recomposição. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) e) Vigilância de embarcações: é a atividade de fiscalização de entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentação de mercadorias em portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e outros locais da embarcação na área do porto organizado. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) f) O bloco: é a atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços correlatos. Os trabalhadores de bloco realizam também peação e despeação de cargas, apesar de serem inerentes ao serviço de estiva. (acordo 50%). SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) g) Amarradores e atracadores: atividade de atracação e desatracação de navios. Esta atividade não estava prevista na Lei nº 8.630/93, nem na atual Lei nº 12.815/13, entretanto, em alguns portos, existem sindicatos de trabalhadores avulsos para a realização deste trabalho. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) COMPETÊNCIAS: a) Compete aos operadores portuários, empregadores, tomadores de serviço e OGMO: • cumprir e fazer cumprir esta NR no que tange à prevenção de riscos de acidentes do trabalho e doenças profissionais nos serviços portuários; • fornecer instalações, equipamentos, maquinários e acessórios em bom estado e condições de segurança, responsabilizando-se pelo correto uso; • cumprir e fazer cumprir a norma de segurança e saúde no trabalho portuário e as demais Normas Regulamentadoras expedidas pela Portaria MTb n.º 3.214/78 e alterações posteriores; • fazer a gestão dos riscos à segurança e à saúde do trabalhador portuário, de acordo com as recomendações técnicas do SESSTP e aquelas sugeridas e aprovadas pela CPATP. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) COMPETÊNCIAS: b) Compete ao OGMO ou ao empregador: • proporcionar a todos os trabalhadores formação sobre segurança, saúde e higiene ocupacional no trabalho portuário; • responsabilizar-se pela compra, manutenção, distribuição, higienização, treinamento e zelo pelo uso correto de EPI e EPC; • elaborar e implementar o PPRA no ambiente de trabalho portuário; • elaborar e implementar o PCMSO, abrangendo todos os trabalhadores portuários; SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) COMPETÊNCIAS: c) Compete aos trabalhadores: • cumprir a presente NR bem como as demais disposições legais de segurança e saúde do trabalhador; • informar ao responsável pela operação de que esteja participando as avarias ou deficiências observadas que possam constituir risco para o trabalhador ou para a operação; • utilizar corretamente os dispositivos de segurança, EPI e EPC, que lhes sejam fornecidos, bem como as instalações que lhes forem destinadas. Compete às administrações portuárias, dentro dos limites da área do porto organizado, zelar para que os serviços se realizem com regularidade, eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) INSTRUÇÕES PREVENTIVAS DE RISCOS NAS OPERAÇÕES PORTUÁRIAS Para adequar os equipamentos e acessórios necessários à manipulação das cargas, deverá ser de conhecimento prévio dos operadores portuários, empregadores e tomadores de serviços tais características: • peso dos volumes, unidades de carga e suas dimensões; • tipo e classe do carregamento a manipular; • características específicas das cargas perigosas a serem movimentadas ou em trânsito. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) PLANO DE CONTROLE DE EMERGÊNCIA - PCE E PLANO DE AJUDA MÚTUA - PAM Cabe à administração do porto, ao OGMO e aos empregadores, montar PCE e PAM, entre as empresas que atuam na área portuária, prevendo recursos necessários, para atuação conjunta e organizada, contemplando as situações abaixo e estabelecendo uma periodicidade para realização de simulados. a) incêndio ou explosão; b) vazamento de produtos perigosos; c) queda de homem ao mar; d) condições adversas de tempo que afetem a segurança das operações portuárias; e) poluição ou acidente ambiental; f) socorro a acidentados. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) A NR-1 diz que cabe ao EMPREGADOR fazer a gestão dos riscos no trabalho, obviamente nos serviços portuário tal responsabilidade é do operador portuário, do tomador de serviço, do empregador ou da administração das instalações portuárias de uso privativo que executam a operação de carga e descarga nos portos e na retroárea. Esta gestão é realizada através do Serviço Especializado em Saúde e segurança do Trabalhador Portuário (SESSTP) e da Comissão de prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário (CPATP). SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) GESTÃO DOS RISCOS: PPRA; Procedimentos Operacionais (padronização dos processos/atividades) Código de conduta (conjunto de regras que estabelece valores e orienta as ações dos colaboradores para atingir resultados positivos nas organizações) O plano de manutenção (preventiva e corretiva) Sistema de Gestão Integrada (SGI) é a combinação de processos,procedimentos e práticas adotadas por uma organização, para implementar suas políticas e atingir seus objetivos de forma mais eficiente, ISO 9001 (SGQ); ISO 14001 (SGA); OHSAS 18001 (SGSSO) e ISO 45001 (2018, 3 anos para migrarem da OHSAS). SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) NR-33 - Trabalho em locais confinados Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Na área portuária estes locais são comuns em tanques de lastro ou de combustível de navios e embarcações, mas podem ocorrer também nos armazéns, silos ou em terminais que tenham tanques de combustível. As escadas dos agulheiros também podem ser consideradas espaços confinados quando contaminados por gases produzidos por granéis, contenham poeiras ou deficiência de oxigênio. SEGURANÇA DO TRABALHO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) NR-33 - Trabalho em locais confinados Recomendações de Segurança: 1) Inspeção prévia •Estabelecer normas internas para o acesso de trabalhadores nestes locais; •Solicitar uma inspeção prévia (APR), para a liberação da área de trabalho; •Sinalizar os locais de trabalho, proibir o acesso de pessoas não autorizadas; 2) Monitoramento da atmosfera (avaliação quantitativa) 3)Ventilação (natural ou forçada) •Quando o contaminante é mais pesado que o ar (extração), menos densos (insuflação); •O oxigênio de 22%, torna a atmosfera potencialmente inflamável. •Os equipamentos devem ser instalados fora do espaço confinado, estendendo-se até ao local apenas uma tubulação por onde será feita a exaustão ou insuflação de ar. Equipamento de ventilação forçada SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) Exaustor SEGURANÇA DO TRABALHO Equipamento de extração localizada NR-33 - Trabalho em locais confinados Recomendações de Segurança: 1) Inspeção prévia •Estabelecer normas internas para o acesso de trabalhadores nestes locais; •Solicitar uma inspeção prévia (APR), para a liberação da área de trabalho; •Sinalizar os locais de trabalho, proibir o acesso de pessoas não autorizadas; 2) Monitoramento da atmosfera (avaliação quantitativa) 3)Ventilação (natural ou forçada) •Quando o contaminante é mais pesado que o ar (extração), menos densos (insuflação); •O oxigênio de 22%, torna a atmosfera potencialmente inflamável. •Os equipamentos devem ser instalados fora do espaço confinado, estendendo-se até ao local apenas uma tubulação por onde será feita a exaustão ou insuflação de ar. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO NR-33 - Trabalho em locais confinados Recomendações de Segurança: 4) Resgate e primeiros socorros • Vigia na entrada para controle do acesso (preparado para salvamento ou acionar a equipe responsável pelo resgate e primeiros socorros); • Equipe de salvamento em alerta durante a execução dos serviços; • Equipamentos de salvamento (cordas, cabos, cinturões de segurança, tripés ou suporte de içamento, tanques de ar mandado ou autônomo e macas) disponíveis próximo ao local; SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO NR-35 - Trabalho em Altura Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e autorizado. Trabalhador autorizado= capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO NR-35 - Trabalho em Altura No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia: a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução; b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma; c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO NR-35 - Trabalho em Altura Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade. Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no respectivo procedimento operacional. As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante Permissão de Trabalho. É obrigatória a utilização de sistema de proteção contra quedas sempre que não for possível evitar o trabalho em altura. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO NR-35 - Trabalho em Altura Riscos Potenciais do Trabalho em Altura e Medidas de Prevenção e Controle SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO NR-35 - Trabalho em Altura Fatores Clínicos/Comportamentais que contribuem para a queda Epilepsia, vertigem e tonteira, problemas cardiovasculares, otoneurológico e psicológico (ansiedade e fobia a altura – acrofobia). Outros fatores: consumo de bebida alcoólica, alimentação inadequada, noites mal dormidas e uso de medicamentos que atuam sobre o sistema nervoso central. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO NR-35 - Trabalho em Altura SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO NR-35 - Trabalho em Altura SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO PRIMEIROS SOCORROS Primeiros socorros nas atividades portuárias 29.5.1 Todo porto organizado, instalação portuária de uso privativo e retroportuária deve dispor de serviço de atendimento de urgência, próprio ou terceirizado, mantido pelo OGMO ou empregadores, possuindo equipamentos e pessoal habilitado a prestar os primeiros socorros e prover a rápida e adequada remoção de acidentado. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO PRIMEIROS SOCORROS Primeiros socorros nas atividades portuárias Resgate do acidentado Ao longo do cais e dos armazéns, devem ser disponibilizadas macas para que não haja transporte de pessoas acidentadas de forma inadequada (29.5.2). Para acidentes no interior de porões, recomenda-se a construção de uma gaiola específica para resgate de acidentados com espaço suficiente para abrigar uma maca na horizontal e mais uma pessoa para amparar ou continuar prestando socorro à vítima. Esta gaiola deverá ter uma porta para acesso ao seu interior, estar pré-lingada através de laços de cabo de aço e ser facilmente deslocada através de empilhadeiras ou outros equipamentos adequados para transportá-la. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO PRIMEIROS SOCORROS Primeiros socorros nas atividades portuárias Resgate do acidentado Ao longo do cais e dos armazéns, devem ser disponibilizadas macas para que não haja transporte de pessoas acidentadas de forma inadequada (29.5.2). Para acidentes no interior de porões, recomenda-se a construção de uma gaiola específica para resgate de acidentados com espaço suficiente para abrigar uma maca na horizontal e mais uma pessoa para amparar ou continuar prestando socorro à vítima. Esta gaiola deverá ter uma porta para acesso ao seu interior, estar pré-lingada através de laços de cabo de aço e ser facilmente deslocada através de empilhadeiras ou outros equipamentos adequados para transportá-la. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO PRIMEIROS SOCORROS Tipo de maca para içar trabalhadores acidentados no porão Gaiola com maca SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHOOPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Definição “Cargas perigosas são quaisquer cargas que, por serem explosivas, gases comprimidos ou liquefeitos, inflamáveis, oxidantes, venenosas, infecciosas, radioativas, corrosivas ou poluentes, possam representar riscos aos trabalhadores e ao ambiente”. Esta definição é a utilizada pela International Maritime Organization (IMO), uma agência da ONU, especializada em assuntos técnicos relativos ao transporte marítimo. O termo Carga Perigosa engloba ainda qualquer embalagem que tenha anteriormente contido carga perigosa e esteja sem a devida limpeza e descontaminação. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Classificação Para manuseio de cargas perigosas é necessário o perfeito conhecimento do aspecto perigoso e sua classificação. Essa classificação, adotada mundialmente, é resultado de um trabalho conjunto e publicado pela IMO visando a segurança do trabalhador e a preservação do meio ambiente. A classificação seleciona as cargas perigosas em nove classes. Classe 1 Explosivos, Classe 2 Gases, Classe 3 Líquidos Inflamáveis, Classe 4 Sólidos Inflamáveis, Classe 5 Oxidantes e Peróxidos Orgânicos, Classe 6 Tóxicos, Classe 7 Radioatividade, Classe 8 Corrosivos e Classe 9 Diversos. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Classe 1 - Explosivos •Transformação química extremamente rápida; •Produzem gases e calor; •Ocasionam aumento de pressão, provocando deslocamento de ar elevado; •Podem provocar danos a edificações e ruptura de tímpano . SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Classe 2 - Gases CONCEITO Gases: São substâncias químicas que a temperatura e pressão ambiente se encontram no estado gasoso. Exemplos: Oxigênio e gás carbônico. Vapores: São as fases gasosas de substâncias químicas que a temperatura e pressão ambiente se encontram no estado líquido ou sólido. Exemplos: Vapores de gasolina e álcool. Os gases podem ser transportados sob diferentes aspectos físicos: comprimido, liquefeito, liquefeito refrigerado e em solução (comprimido dissolvido em um solvente). SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Classe 2 - Gases Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis. Exemplo: GLP, butano, propano; Subclasse 2.2 - Gases não-inflamáveis, não-tóxicos. Exemplo: oxigênio líquido refrigerado ou comprimido, nitrogênio líquido refrigerado ou comprimido; Subclasse 2.3 - Gases tóxicos. Exemplo: cloro, amônia, sulfeto de hidrogênio SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Classe 3 - Líquidos inflamáveis As substâncias desta classe podem ser definidas como líquidos, misturas de líquidos, ou líquidos contendo sólidos em solução ou suspensão (como tintas, vernizes, lacas etc.), que produzem vapores inflamáveis a temperaturas de até 60,5°C, em teste de vaso fechado, ou até 65,6°C em teste de vaso aberto. Estes valores são conhecidos como valor limite do ponto de fulgor. O ponto de fulgor de um líquido é a menor temperatura em que este líquido produz vapores em quantidade suficiente para iniciar uma queima na sua superfície. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Classe 3 - Líquidos inflamáveis Para que as substâncias inflamáveis, sejam elas em forma de gás ou vapor, entrem em combustão, é necessário, além de uma fonte de ignição, a existência de uma mistura ideal do ar atmosférico com a concentração do combustível. A concentração de oxigênio na atmosfera é constante em torno de 21% em volume. Os explosímetros são aparelhos que podem facilmente medir tal percentagem em volume de um gás ou vapor combustível. Não é o líquido que queima e sim a fase vapor SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Classe 4 - Sólidos inflamáveis Tipo 4.1 - Sólidos sujeitos à rápida combustão imediata e sólidos que podem causar ignição mediante fricção: auto-reativos (sólidos e líquidos) e substâncias relacionadas: explosivos neutralizados (reação exotérmica). Exemplos: cânfora, resíduos de borracha e enxofre e as fibras de origem vegetal. Tipo 4.2 - Substâncias sujeitas à combustão espontânea. Exemplos: carvão, alguns tipos de plásticos, farinha de peixe e algodão. Tipo 4.3 - Substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis. Exemplos: derivados em pó de alumínio e cálcio, produtos do magnésio e do potássio, rubídeo, sódio e zinco. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Classe 5 - Substâncias oxidantes, peróxidos orgânicos. Tipo 5.1 - Substâncias (agentes) oxidantes. Exemplos: brometo de potássio, percloreto de sódio. Tipo 5.2 - Peróxidos orgânicos (oxidação no mais alto grau). Exemplos: salitre, cloratos, cloritos, permanganatos de cálcio e de potássio. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Classe 6 - Substâncias venenosas (tóxicas) e substâncias infectantes. Tipo 6.1 - Substâncias venenosas (tóxicas) são absorvidas por inalação ou em contato com a pele. Exemplos: fluoreto de amônia, acetato de chumbo e ácido arsênico líquido. Tipo 6.2 - Substâncias infectantes podem conter microrganismos patogênicos, como bactérias, vírus, fungos, parasitas. Exemplo: gases provenientes de derivados de petróleo. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Classe 7 - Materiais radioativos. São materiais fisicamente instáveis que sofrem modificações espontaneamente na sua estrutura, emitindo energia sob a forma de radiação. Exemplo: urânio Classe 8 - Substâncias corrosivas. Exemplos: soda cáustica, ácido sulfúrico, etc. Classe 9 - Substâncias perigosas e adversas: misturas de material perigoso ou qualquer outro que a experiência tenha mostrado o seu caráter perigoso, de tal modo que se enquadre nas classes anteriores. Exemplo: estopa embebida em óleo ou graxa. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Identificação SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Sinalização e Rotulagem Sinalizações e rotulagens Todos os contêineres, embalagens e armazéns de estocagem de produtos perigosos devem ser identificados com placas ou quadros a classe e a substância perigosa que neles estão contidas, conforme as recomendações da IMO, obedecendo aos padrões do anexo VI da NR-29. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Sinalização e Rotulagem SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO PORTUÁRIO (NR-29) SEGURANÇA DO TRABALHO OPERAÇÕES COM CARGAS PERIGOSAS Armazenamento de cargas perigosas A administração portuária deve dispor de um plano de estocagem de produtos perigosos que obedeça às recomendações de segregação (Anexo IX), respeite a legislação pertinente dos órgãos ambientais e as recomendações do item 29.6.5. O armazenamento de produtos perigosos nas áreas portuárias e retroportuárias deve ser limitado em volume e pelo tempo de estocagem. Os pátios devem ser construídos de acordo com as características do produto a fim de contê-los em caso de avarias e vazamentos. O terminal deve dispor de um Plano de Controle de Emergência (PCE), para cada tipo de substância que for operada ou estocada em sua área. Equipes devem estar treinadas e ter os recursos necessários para uma ação rápida em caso de acidentes. Se o acidente for a bordo, o comandante da embarcação deve estar preparado para as manobrasde emergência. Alguns produtos não podem permanecer estocados nas áreas portuárias, como é o caso dos EXPLOSIVOS. SEGURANÇA DO TRABALHO O investimento em SEGURANÇA NO TRABALHO não apenas protege os funcionários, como garante o futuro da empresa! Atuando na prevenção, investindo constantemente para melhorar as condições de trabalho, mantendo uma fiscalização ativa das normas e processos de segurança e saúde, os retornos serão garantidos! OBRIGADA!
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