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4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4 2 HISTÓRICO ...................................................................................................... 5 3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES .......................................................................... 7 3.1 Segurança do Trabalho .............................................................................. 7 3.2 SESMT e CIPA .......................................................................................... 8 3.3 Higiene do trabalho .................................................................................... 9 3.4 Acidente de trabalho ................................................................................ 11 3.5 Comunicação de acidente de trabalho (CAT) .......................................... 13 4 NORMAS REGULAMENTADORAS ............................................................... 14 5 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA .................................................................. 23 5.1 Palavra de Advertência ............................................................................ 28 6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ................................................................ 29 6.1 Equipamento de proteção coletiva ........................................................... 29 6.2 Equipamento de proteção individual ........................................................ 30 7 AMBIENTE E AS DOENÇAS DO TRABALHO ............................................... 32 7.1 Doenças profissionais .............................................................................. 33 7.2 Doenças do trabalho ................................................................................ 35 8 AGENTES AMBIENTAIS ................................................................................ 37 8.1 Agentes físicos ......................................................................................... 37 8.2 Agentes químicos ..................................................................................... 37 8.3 Agentes biológicos ................................................................................... 38 8.4 Agentes ergonômicos ............................................................................... 39 8.5 Agentes mecânicos .................................................................................. 39 9 MAPAS DE RISCOS....................................................................................... 40 9.1 Elaboração do mapa de riscos ambientais ............................................... 41 9.2 Etapas de elaboração do mapa ............................................................... 42 9.3 Exemplos de mapas de riscos: ................................................................ 44 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 45 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 HISTÓRICO O trabalho existe desde os primórdios da humanidade. Antes o homem era nômade e coletor. Depois surgiu o artesanato. Com a Revolução Industrial, surgiram as especialidades (CHIBINSKI, 2011). Em 1700, o italiano Bernardino Ramazzini publicou uma obra na qual descreve cinquenta profissões distintas, e relaciona as doenças que cada uma dessas profissões causa no trabalhador. Com isso, Ramazzini introduziu um conceito de relação das doenças com a ocupação exercida pela pessoa. Devido à importância da obra, Ramazzini ficou conhecido como o “Pai da Medicina do Trabalho” (CHIBINSKI, 2011). Com a revolução industrial e suas jornadas de trabalho (de quatorze horas em média) e a busca de mão de obra barata, ou seja, de crianças, o Parlamento inglês pressionado aprovou em 1802, a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes” que estabeleceu o limite de 12 horas de jornada de trabalho por dia, proibiu o trabalho noturno e introduziu medidas de higiene nas fábricas (CHIBINSKI, 2011). A lei - antes instaurada - não teve seu devido cumprimento, o que obrigou o Parlamento Britânico a criar a “Lei das Fábricas” em 1833. Esta lei previu a inspeção nas fábricas, delimitou que a idade mínima para o trabalho seria de nove anos, proibiu o trabalho noturno aos menores de 18 anos, e limitou para 12 horas a jornada de trabalho sendo que esta não poderia passar de 69 horas semanais (apud CHIBINSKI, 2011). A partir de então, a segurança no trabalho começou a ser alvo da comunidade científica, porém voltado à Medicina. Em 1931, Heirich começou a lançar o conceito prevencionista, buscando não só prevenir acidentes como também assegurar os riscos às lesões. Com essa preocupação, deu-se início a procura da identificação de riscos, ou seja, analisando e avaliando os riscos inerentes a cada atividade, procurando determinar as prováveis perdas, eliminando e controlando os riscos (CHIBINSKI, 2011). 6 De acordo com CHIBINSKI (2011) a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a OMS (Organização Mundial da Saúde), reunidos em Genebra (1957), estabeleceram os seguintes objetivos para a Saúde Ocupacional: a. Promover e manter mais alto grau de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as ocupações. b. Prevenir todo o prejuízo causado à saúde dos trabalhadores pelas condições do trabalho. c. Proteger os trabalhadores contra os riscos de agentes nocivos à saúde. d. Colocar e manter o trabalhador em uma função que convenha às suas aptidões fisiológicas e psicológicas. e. Adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho. No Brasil, até 1930, existiam quatro leis pertinentes ao Seguro Social dos Trabalhadores: - Lei nº. 3724, de 15/01/19, sobre acidentes do trabalho, tornando compulsório o seguro contra o risco profissional; - Decreto nº. 16027, de 30/04/23, que criou o Conselho Nacional do Trabalho; - Lei nº. 4682, de 24/01/23, que instituiu uma Caixa de Aposentadoria e pensões; - Lei nº. 5109, de 20/12/26, que estendeu o regime das Caixas de Aposentadoria às empresas portuárias. Porém, somente em 1941, impulsionado pelo setor privado foi criado a ABPA (Associação Brasileira para a Prevenção de Acidentes). Neste momento começou- se a observar a Segurança do Trabalho de outra maneira. Em 1972, integrando o Plano de Valorização do Trabalhador, os itens higiene e segurança juntamente com os serviços médicos passaram a ser obrigatórias em todas as empresas com cem ou mais trabalhadores (CHIBINSKI, 2011). 7 Em junho de 1978, foram aprovadas as Normas Regulamentadoras no Brasil relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, e por terem efeito de lei obrigam as empresas ao seu efetivo cumprimento (CHIBINSKI, 2011). 3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 3.1 Segurança do Trabalho O estudo da segurança do trabalho abrange várias disciplinas como Introdução à Segurança,Higiene e Medicina do Trabalho, Controle e Prevenção de Riscos em máquinas, Equipamentos e Instalações, ambiente, Legislação, Ergonomia entre outras (LUCENA et al., 2012). Muitas indústrias optam pela implementação da segurança do trabalho por ser imposta por Lei. Na maioria das vezes as empresas agem desta maneira por não saber o quanto é benéfica a segurança do trabalho e o quanto reduz os gastos e evita acidentes. Segundo Lucena (et al., 2012) numa empresa, a equipe que compõe o quadro de Segurança do Trabalho é: Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Esses profissionais formam o chamado SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Há também os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, cujo objetivo é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. O acidente de trabalho, para Lucena (et al., 2012) “é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. 8 Esses acidentes não são restritos apenas ao período em que se está na empresa, mas também quando se presta serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho, quando há viagem a serviço da empresa e quando no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa ocorre o acidente. Casos de doenças provocadas pelo tipo de trabalho ou pelas condições do trabalho também são tratados como acidentes de trabalho (LUCENA et al., 2012). Para LUCENA et al. (2012) basicamente os acidentes de trabalho ocorrem por duas causas: ato inseguro - e abrange todo ato praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está contra as normas de segurança. (Exemplo: uso de ferramentas inadequadas por estarem mais próximas; a limpeza de máquinas em movimento por preguiça de desligá-las; a operação sem um equipamento de proteção); e a condição insegura que engloba a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. (Exemplo: proteção mecânica inadequada; condição defeituosa do equipamento (grosseiro, cortante, escorregadio, corroído, fraturado, de qualidade inferior, etc.), escadas, pisos, tubulações; projeto ou construções inseguras; processos, operações ou disposições perigosas, iluminação inadequada; ventilação inadequada ou incorreta). Deste modo, temos que, eliminando os atos e as condições inseguras são possíveis reduzir os acidentes e as doenças ocupacionais. Também a partir destes benefícios diretos, a empresa pode se organizar, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho. (LUCENA et al., 2012) 3.2 SESMT e CIPA Quando necessário, a estrutura de segurança do trabalho da empresa é formada por uma equipe interdisciplinar composta pelos seguintes profissionais: técnicos de segurança do trabalho, engenheiros de segurança do trabalho, médicos 9 do trabalho, enfermeiros de segurança do trabalho e auxiliares de enfermagem do trabalho. Esses profissionais constituem o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Os representantes do empregador e dos empregados que têm a responsabilidade de auxiliar o SESMT nas atividades prevencionistas compõem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. 3.3 Higiene do trabalho É a ciência que tem como objetivo reconhecer, avaliar e controlar todos os fatores ambientais de trabalho que podem causar doenças ou danos à saúde dos trabalhadores (LUCENA et al., 2012). De acordo com Lucena et al. (2012) as fases da higiene do trabalho se resumem em: o Identificação, Prevenção e Eliminação ou Atenuação dos riscos à saúde, com metas de atuação e responsabilidades; o Controle das áreas Insalubres ou Perigosas (EPI’s); o Epidemiologia das Formas de Adoecimento (rastreamento e diagnóstico precoce); o Educação e Conscientização; o Promoção da Saúde e Qualidade de Vida; o Documentação das ações efetuadas e revisão periódica com análise crítica. A higiene no trabalho envolve três funções que são: 1- Medicina Preventiva Visa estabelecer a prevenção e o controle das principais doenças que costumam se manifestar na população, evitando que os empregados da 10 organização sejam por elas atingidos. Os exames médicos periódicos são um exemplo deste tipo de ação. (LUCENA et al., 2012) 2- Prevenção sanitária Está voltada para a preservação de condições adequadas de higiene no ambiente de trabalho, como combatendo os possíveis focos de contaminação. São exemplos de ações neste sentido o tratamento da água, e a manutenção do asseio nas instalações sanitárias. (LUCENA et al., 2012) 3- Medicina ocupacional Visa à adaptação do empregado à sua função, ao enquadramento do trabalhador em cargo adequado às suas aptidões fisiológicas e a proteção contra riscos resultantes da presença de agentes prejudiciais à saúde. Como exemplo de procedimentos relacionados a essa função, podemos citar a realização de exames médicos admissionais e periódicos e o desenvolvimento de programas de reabilitação e readaptação funcional. (LUCENA et al., 2012) 11 3.4 Acidente de trabalho Fonte: industriahoje.com.br De acordo com o art. 19 da Lei 8.213/91, “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. Os acidentes de trabalho mais frequentes são as quedas e os soterramentos, sendo que as principais causas são: não seguir as regras de segurança estabelecidas e não utilizar os dispositivos de segurança ou utilizá-los de forma inadequada (BARBOSA, 2011). São considerados acidentes do trabalho, os acidentes ocorridos durante o horário de trabalho e no local de trabalho, em consequência de agressão física, ato 12 de sabotagem, brincadeiras, conflitos, ato de imprudência, negligência ou imperícia, desabamento, inundação e incêndio (BARBOSA, 2011). Também são acidentes de trabalho os que ocorrem: o Quando o empregado estiver executando ordem ou realizando serviço sob o mando do empregador. o Em viagem a serviço da empresa. o No percurso da residência para o local de trabalho. o No percurso do trabalho para a casa. o Nos períodos de descanso ou por ocasião da satisfação de necessidades fisiológicas, no local de trabalho. o Por contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade. Podem também contribuir para o surgimento de acidentes de trabalho: o A ingestão de bebidas alcoólicas; o As hipoglicemias, que podem provocar lipotímias (desmaios) por falta de alimentação. Por exemplo, quando os trabalhadores não tomam o pequeno- almoço; o A fadiga, por não se ter dormido o suficiente ou quando se trabalha por turnos, em especial se o trabalho incluir lidar com máquinas perigosas. Estes acidentes de trabalho podem ser classificados em: o Acidente tipo ou típico - que é consagrado no meio jurídico como definição do infortúnio do trabalho originado por causa violenta, ou seja, é o acidente comum, súbito e imprevisto. Exemplos: batidas, quedas, choques, cortes, queimaduras, etc. o Doença do trabalho - É a alteração orgânica que, de modo geral, se desenvolve em consequência da atividade exercida pelo trabalhador o qual esteja exposto a agentes ambientais tais como,ruído, calor, gases, vapores, micro-organismos. Exemplos: pneumoconioses, surdez ocupacional. 13 o Acidente de trajeto - É o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, em horários e trajetos compatíveis. 3.5 Comunicação de acidente de trabalho (CAT) É um formulário que deve ser preenchido quando ocorrer qualquer tipo de acidente de trabalho (mesmo nos casos de doença profissional e acidentes de trajeto) (BARBOSA, 2011). A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata. Isso está baseado na necessidade de que os fatores ocasionais do acidente devem ser investigados o mais rapidamente possível, para que todas as medidas de correção e prevenção sejam prontamente tomadas, além de imediatamente se efetuarem os primeiros socorros ao acidentado (BARBOSA, 2011). A empresa que não informar o acidente de trabalho dentro do prazo legal estará sujeita à aplicação de multa, conforme disposto nos artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999. Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, o dependente, a entidade sindical, o médico ou a autoridade pública (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União e dos Estados ou do Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar) poderão efetivar a qualquer tempo o registro deste instrumento junto à Previdência Social, o que não exclui a possibilidade da aplicação da multa à empresa. 14 Após esse período, contudo, o trabalhador não receberá mais o auxílio- doença acidentário, e sim o auxílio-doença comum. 4 NORMAS REGULAMENTADORAS Além da Constituição Federal e das legislações trabalhistas previstas na CLT, a legislação básica que rege a Segurança do Trabalho está contida nas Normas Regulamentadoras. A Portaria nº 3.214/78 e suas alterações estabeleceram as Normas Regulamentadoras – NR que devem ser observadas por empregadores e empregados regidos pela CLT. NR 1 – Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais: estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras - NR relativas à segurança e saúde no trabalho e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e as medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho - SST. NR 2 – Inspeção prévia: Estabelece as situações em que as empresas deverão solicitar ao Ministério do Trabalho e Emprego – MTE a realização de inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realização. NR 3 – Embargo ou interdição: Estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados pela fiscalização trabalhista na adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e à Medicina do Trabalho. Tanto o EMBARGO quanto a INTERDIÇÃO são procedimentos de urgência de cunho prevencionista, e têm como consequência a paralisação total ou parcial das atividades quando, em procedimento fiscalizatório, o auditor fiscal do trabalho constata situação de grave e iminente risco à segurança, saúde e integridade física dos trabalhadores. (CAMISASSA, 2015) 15 Ainda segundo CAMISASSA (2015) a diferença entre o embargo e a interdição é o objeto que será embargado ou interditado: - O embargo terá como consequência a paralisação total ou parcial de obra; - A interdição terá como consequência a paralisação total ou parcial de estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos. NR 4 – Serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. Como o próprio nome diz, esse é um serviço especializado, o que significa que seus membros devem ser especialistas, ou seja, qualificados para atuarem em atividades relacionadas à segurança e saúde do trabalho. (CAMISASSA, 2015) Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser integrados por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, técnico de Segurança do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, obedecendo o Quadro II da Norma Regulamentadora nº 4. As regras para dimensionamento do SESMT são apresentadas no Quadro II da NR4. De forma geral, o dimensionamento do SESMT se baseia em quatro passos principais: (apud CAMISASSA, 2015) 1.º passo: Identificar a atividade econômica principal do estabelecimento. 2.º passo: Identificar o grau de risco da atividade econômica principal. 3.º passo: Identificar a quantidade de empregados do estabelecimento. 4.º passo: Enquadrar as informações anteriores no Quadro II da NR4. Uma das atribuições dos membros do SESMT é aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de trabalho, 16 incluindo as máquinas e os equipamentos nele presentes, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador. Quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco no ambiente de trabalho e esse persistir, mesmo reduzido, os membros do SESMT devem recomendar ao empregador o Equipamento de Proteção Individual (EPI) a ser usado pelos empregados, de acordo com o que determina a NR6, desde que a concentração, a intensidade ou a característica do agente assim o exijam. (Apud CAMISASSA, 2015) Nos casos de implantação de novas instalações físicas e tecnológicas, os membros de SESMT têm a função de colaboração, exercendo a competência técnica de sua respectiva especialização. (CAMISASSA, 2015) Os membros desse serviço também são responsáveis tecnicamente pela orientação quanto ao cumprimento das normas regulamentadoras, aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos. A norma também determina que o SESMT deve manter permanente relacionamento com a CIPA. Isso significa que não existe nenhuma relação de hierarquia entre esses órgãos, o relacionamento entre eles é de colaboração (CAMISASSA, 2015). As atividades dos profissionais integrantes do SESMT são essencialmente prevencionistas, não sendo vedado o atendimento de emergência, quando se tornar necessário. A norma ressalta que também é responsabilidade do SESMT a elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente (CAMISASSA, 2015). NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA: Estabelece a obrigatoriedade de as empresas públicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, através da apresentação de sugestões e recomendações ao empregador, para que melhore 17 as condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes do trabalho e de doenças ocupacionais. Ela é composta por empregados que se dividem em dois grupos: representantes do empregador e representantes dos próprios empregados, emquantidade paritária, ou seja, a quantidade de membros da representação dos empregados e a do empregador é a mesma (CAMISASSA, 2015). Tanto os representantes dos empregados quanto os representantes do empregador se dividem em membros titulares (ou efetivos) e suplentes. Como exemplifica o esquema abaixo: Fonte: CAMISASSA, 2015. Não é exigido que os membros da CIPA tenham qualquer qualificação na área de Segurança e Medicina do Trabalho, ao contrário do que é requisitado para os membros do SESMT. Os membros da comissão devem receber treinamento com conteúdo programático específico (CAMISASSA, 2015). NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI: Estabelece e define os tipos de EPI a que as empresas estão obrigadas a fornecer aos seus empregados, sempre que as condições de trabalho exigirem, a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. NR 7 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implantação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do 18 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Deve ser elaborado em função dos riscos aos quais eles estarão submetidos durante sua atividade laboral. NR 8 – Edificações: Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. As disposições dessa norma alcançam as edificações já construídas, ocupadas por trabalhadores, e não edificações em construção, ou residenciais já construídas. As edificações em construção são abrangidas pela NR18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. NR-09 - Avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos: estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais. NR 10 – Instalações e serviços em eletricidade: Estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas. Inclui elaboração de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, assim como a segurança de usuários e de terceiros em quaisquer das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, observando-se, para tanto, as normas técnicas oficiais vigentes e, na falta delas, as normas técnicas internacionais. NR 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais: Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. 19 NR 12 – Máquinas e equipamentos: Estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção de acidentes do trabalho. NR 13 – Caldeiras e vasos de pressão: Estabelece todos os requisitos técnico-legais relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de modo a se prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 187 e 188 da CLT. NR 14 – Fornos: Estabelece as recomendações técnico-legais pertinentes à construção, operação e manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho. NR 15 – Atividades e operações insalubres: Descreve as atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, definindo, assim, as situações que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam a caracterização do exercício insalubre e, também, os meios de proteger os trabalhadores de tais exposições nocivas à sua saúde. NR 16 – Atividades e operações perigosas: Regulamenta as atividades e as operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações prevencionistas correspondentes. NR 17 – Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção: Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que objetivem a implantação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção civil. 20 NR 19 – Explosivos: Estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito, manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteção da saúde e integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. NR 20 – Líquidos combustíveis e inflamáveis: Estabelece as disposições regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a integridade física dos trabalhadores em seu ambiente de trabalho. NR 21 – Trabalho a céu aberto: Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, como em minas ao ar livre e em pedreiras. NR 22 – Trabalhos subterrâneos: Estabelece métodos de segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvam trabalhos subterrâneos, de modo a proporcionar aos seus empregados satisfatórias condições de Segurança e Medicina do Trabalho. NR 23 – Proteção contra incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra incêndios, que devem dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. NR 24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho: Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente no que se refere a banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e ao tratamento da água potável, visando à higiene dos locais de trabalho e à proteção da saúde dos trabalhadores. NR 25 – Resíduos industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem observadas pelas empresas no destino final a ser dado aos resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. NR 26 – Sinalização de segurança: Estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. 21 NR 27 – Registro profissional do Técnico em Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho: Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que desejar exercer as funções de Técnico em Segurança do Trabalho, em especial no que diz respeito ao seu registro profissional como tal, junto ao Ministério do Trabalho. NR 28 – Fiscalização e penalidades: Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização em Segurança e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito à concessão de prazos às empresas para a correção das irregularidades técnicas, como também, no que concerne ao procedimento de autuação por infração às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. NR 29 – Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho portuário: Tem por objetivo regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitaros primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. NR 30 – Norma regulamentadora do trabalho aquaviário: Regula a proteção contra acidentes e doenças ocupacionais objetivando melhores condições e segurança no desenvolvimento de trabalhos aquaviários. NR 31 – Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho rural: Regula aspectos relacionados à proteção dos trabalhadores rurais, serviço especializado em prevenção de acidentes do trabalho rural, comissão interna de prevenção de acidentes do trabalho rural, equipamento de proteção individual – EPI e produtos químicos. NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de assistência à saúde: Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implantação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em estabelecimentos de assistência à saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. NR 33 – Norma regulamentadora de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados: Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos 22 mínimos para identificação de espaços confinados, seu reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores. NR 34 - Norma regulamentadora de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, reparação e desmonte naval: Esta Norma Regulamentadora estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção, reparação e desmonte naval. Para a norma são consideradas atividades da indústria da construção e reparação naval todas aquelas desenvolvidas no âmbito das instalações empregadas para este fim ou nas próprias embarcações e estruturas, tais como navios, barcos, lanchas, plataformas fixas ou flutuantes, dentre outras. NR 35 – Trabalho em altura: Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. De acordo com a norma considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. NR 36 - Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados: O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da observância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR do Ministério do Trabalho e Emprego. NR 37 - Segurança e saúde em plataformas de petróleo: Esta Norma Regulamentadora estabelece os requisitos mínimos de segurança, saúde e 23 condições de vivência no trabalho a bordo de plataformas de petróleo em operação nas Águas Jurisdicionais Brasileiras - AJB. 5 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA Fonte: radioprotecaonapratica.com.br A Norma Regulamentadora – NR 26 tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases, e advertindo contra riscos (apud PEIXOTO, 2011). Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. As cores adotadas, de acordo com a Norma Regulamentadora nº 26, são: a) Vermelho 24 O vermelho deverá ser usado para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Não deverá ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa ALERTA) (NR26). É empregado para identificar: - Caixa de alarme de incêndio; - Hidrantes; - Bombas de incêndio; - Sirenes de alarme de incêndio; - Caixas com cobertores para abafar chamas; - Extintores e sua localização; - Indicações de extintores (visível a distância, dentro da área de uso do extintor); - Localização de mangueiras de incêndio (a cor deve ser usada no carretel, suporte, moldura da caixa ou nicho); - Baldes de areia ou água, para extinção de incêndio; - Tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água; - Transporte com equipamentos de combate a incêndio; - Portas de saídas de emergência; - Rede de água para incêndio (sprinklers); - Mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica). A cor vermelha será usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo: - Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias; - Em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência. b) Amarelo 25 O amarelo deverá ser empregado para indicar "Cuidado!", assinalando: - Partes baixas de escadas portáteis; - Corrimões, parapeitos, pisos e partes inferiores de escadas que apresentem risco; - Espelhos de degraus de escadas; - Bordas desguarnecidos de aberturas no solo (poços, entradas subterrâneas, etc.) e de plataformas que não possam ter corrimões; - Bordas horizontais de portas de elevadores que se fecham verticalmente; - Faixas no piso da entrada de elevadores e plataformas de carregamento; - Meios-fios-fios, onde haja necessidade de chamar atenção; - Paredes de fundo de corredores sem saída; - Vigas colocadas a baixa altura; - Cabines, caçambas e gatos-de-pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras, etc.; - Equipamentos de transporte e manipulação de material, tais como empilhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes, vagonetes, reboques, etc.; - Fundos de letreiros e avisos de advertência; - Pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e equipamentos em que se possa esbarrar; - Cavaletes, porteiras e lanças de cancelas; - Bandeiras como sinal de advertência (combinado ao preto); - Comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco; - Para-choques para veículos de transporte pesados, com listras pretas. Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização. c) Branco O branco será empregado em: - Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas (localização e largura); 26 - Direção e circulação, por meio de sinais; - Localização e coletores de resíduos; - Localização de bebedouros; - Áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência; - Áreas destinadas à armazenagem; - Zonas de segurança. d) Preto O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.). O preto poderá ser usado em substituição ao branco, ou combinado a este, quando condições especiais o exigirem. e) Azul O azul será utilizado para indicar "Cuidado!", ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço. - Empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas nos pontos de comando, de partida, ou fontes de energia dos equipamentos. Será também empregado em: - Canalizações de ar comprimido; - Prevenção contramovimento acidental de qualquer equipamento em manutenção; - Avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência. f) Verde O verde é a cor que caracteriza "SEGURANÇA". Deverá ser empregado para identificar: - Canalizações de água; - Caixas de equipamento de socorro de urgência; 27 - Caixas contendo máscaras contra gases; - Chuveiros de segurança; - Macas; - Fontes lavadoras de olhos; - Quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.; - Porta de entrada de salas de curativos de urgência; - Localização de EPI; caixas contendo EPI; - Emblemas de segurança; - Dispositivos de segurança; - Mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica). g) Laranja O laranja deverá ser empregado para identificar: - Canalizações contendo ácidos; - Partes móveis de máquinas e equipamentos; - Partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas; - Faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; - Faces externas de polias e engrenagens; - Botões de arranque de segurança; - Dispositivos de corte, borda de serras, prensas. h) Púrpura A púrpura deverá ser usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares. Deverá ser empregada a púrpura em: - Portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade; - Locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos contaminados; 28 - Recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamentos contaminados; - Sinais luminosos para indicar equipamentos produtores de radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas nucleares. i) Lilás O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes. j) Cinza o Cinza claro - deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo; o Cinza escuro - deverá ser usado para identificar eletrodutos. k) Alumínio O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (ex. óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc.). l) Marrom O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluído não identificável pelas demais cores. A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes, porem estas deverão ter seu uso o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. Sempre que necessário, deverá ser utilizada a indicação em cor, principalmente quando for em área de trânsito para pessoas não familiarizadas com o trabalho, sendo acompanhada dos sinais convencionais ou identificação por palavras. 5.1 Palavra de Advertência De acordo com a NR 26 as palavras de advertência que devem ser usadas são (apud PEIXOTO, 2011): 29 - "PERIGO", para indicar substâncias que apresentem alto risco; - "CUIDADO", para substâncias que apresentem risco médio; - "ATENÇÃO", para substâncias que apresentem risco leve. 6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 6.1 Equipamento de proteção coletiva Fonte: mundodaeletrica.com.br Segundo Tavares (2009) equipamento de proteção coletiva é todo equipamento utilizado para atender a vários trabalhadores ao mesmo tempo, destinado à proteção do trabalhador a riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. É importante saber que o Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) se caracteriza em beneficiar um grupo de trabalhadores indistintamente. Eles eliminam ou reduzem os riscos na própria fonte (TAVARES, 2009). Como exemplos de EPC podem ser citados: 30 o Redes de Proteção (nylon) o Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou fitas zebradas) o Extintores de incêndio o Lava-olhos o Chuveiros de segurança o Exaustores o Kit de primeiros socorros 6.2 Equipamento de proteção individual Equipamento de Proteção Individual é todo produto ou dispositivo que tem por objetivo proteger o trabalhador, individualmente, contra riscos que ameacem sua segurança, saúde e integridade física durante a atividade laboral. É preciso entender muito bem essa definição (apud CAMISASSA, 2015). Lembrando que o EPI protege o trabalhador contra riscos existentes no ambiente de trabalho, mas não evita acidentes. Segundo Alves (2013) a adoção de equipamento de proteção individual será realizada pela Unidade nas seguintes circunstâncias: a. sempre que as medidas de proteção coletiva (EPC) não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes no trabalho ou de doenças profissionais. São exemplos de EPC: sistemas de ventilação ambiental, proteção contra incêndio e explosão, chuveiro de emergência, lava-olhos; b. enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c. em situações de emergência; d. quando a atividade do empregado apresentar risco ocupacional em função do tipo de agente (químico, físico ou biológico), quantidade e tempo de exposição do empregado ao agente, sensibilidade individual do empregado e toxicidade do agente. http://pt.wikipedia.org/wiki/Extintor http://pt.wikipedia.org/wiki/Exaustor http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiros_socorros 31 Como os EPIs existem para proteger a saúde do trabalhador, devem ser testados e aprovados pela autoridade competente para comprovar sua eficácia. O Ministério do Trabalho atesta a qualidade de um EPI por meio da emissão obrigatória do “Certificado de Aprovação” (C.A.). Tipos de equipamento de proteção individual: proteção da cabeça; proteção dos olhos e da face; proteção auditiva; proteção das vias respiratórias; proteção dos membros superiores; proteção dos membros inferiores; proteção do tronco; proteção contra quedas com diferença de nível. Fonte: info.casadoconstrutor.com.br A Norma Regulamentadora referente ao EPI é a NR 6: EPI – Equipamento de Proteção Individual (redação dada pela portaria SIT-MTE n. 25, de 08.12.2011, atualizada pela portaria SIT – MTE n. 194, de 24.10.2018). Está fundamentada juridicamente no Art. 7º, XXII, da CF-1988; Arts. 166 e 167 da CLT; Súmulas TST ns. 80 e 289; e Instrução Normativa SSST-MTb n.1 de 11.04.1994. 32 7 AMBIENTE E AS DOENÇAS DO TRABALHO O ambiente de trabalho deve ser adequado às características e funcionamento dos trabalhadores, quando isso não ocorre, se observa o surgimento de diversas doenças colocando as pessoas em situações penosas. (LUCENA et al., 2012) Segundo Cassou (1991, apud LUCENA et al., 2012), a relação entre o trabalho e a saúde é complexa, destacando três situações principais: A) quando as condições de trabalho ultrapassam os limites toleráveis do organismo, a probabilidade de provocar uma doença no trabalhador é significativa. Neste caso, têm-se uma Doença Profissional que, no sentido restrito, se define como uma doença devido a fatores (físicos, químicos e biológicos) bem determinados do meio de trabalho. Ex: a exposição a um nível elevado de ruído gera uma perda auditiva nos trabalhadores expostos. B) o meio profissional pode também ter um papel importante, porém, associado a outros fatores de risco do ambiente fora do trabalho ou do modo de vida do trabalhador, gerando as doenças do trabalho. Diversos estudos mostram a ocorrência de perturbações digestiva, do sono, do humor com os trabalhadores em turnos alternados. Os horários deslocados; a dificuldade das tarefas efetuadas à noite, no momento de menor resistência do organismo, pode influenciar o desenvolvimento destas patologias. Outros fatores, não profissionais, ligados, por exemplo, ao patrimônio genético, ao estado de saúde ou aos hábitos de vida (alcoolismo, tabagismo) têm também um papel importantena aparição e no progresso destas doenças. C) quando o trabalho é bem adaptado ao homem, não só às suas atitudes e seus limites, mas também os seus desejos e seus objetivos, ele pode ser um trunfo à saúde do trabalhador. Neste sentido, o trabalho nem sempre significa algo patogênico. Ele é, muitas vezes, um poder estruturante em direção a saúde mental. 33 Ao dar ao trabalhador a oportunidade de se realizar em seu trabalho, estar-se-á contribuindo para a sua satisfação e bem-estar. 7.1 Doenças profissionais As doenças profissionais são aquelas que decorrem da exposição a agentes físicos, químicos e biológicos que agridem o organismo humano. Têm no trabalho a sua causa única. São doenças típicas de algumas atividades. (LUCENA et al., 2012) São exemplos de doenças profissionais: o As lesões por esforço repetitivo (LER): São inflamações provocadas por atividades de trabalho que exigem movimentos manuais repetitivos durante longo tempo. As funções mais atingidas têm sido os datilógrafos, digitadores, telefonistas e trabalhadores de linha de montagem. Fonte: feconeste.com.br 34 o Perda auditiva: é a mais frequente doença profissional reconhecida desde a Revolução Industrial, sendo provocada, na maioria das vezes, pelos altos níveis de ruído. Fonte: gvseguranca.com.br o Bissinose: ocorre com trabalhadores que trabalham com algodão. Fonte: agromecanicatatui.wordpress.com 35 o Pneumocarnose (bagaçose): ocorre com trabalhadores com atividades na cana-de-açúcar, as fibras da cana esmagada são assimiladas pelo sistema respiratório. o Siderose: ocorre quando de atividades desenvolvidas com limalha e partículas de ferro, para quem trabalha com o metal. o Asbestose: ocorre com trabalhadores que trabalham com amianto, o que provoca câncer no pulmão. As doenças profissionais podem ser prevenidas respeitando-se os limites de tolerância de cada risco, utilizando-se adequadamente os equipamentos de proteção individual e com formas adequadas de atenuação do risco na fonte (ou seja, maneiras de atacar as causas das doenças nas suas origens), por exemplo, construindo uma parede acústica, caso haja nível elevado de ruído no ambiente de trabalho (LUCENA et al., 2012). 7.2 Doenças do trabalho São doenças adquiridas ou desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e as que se relacionam diretamente. Por serem doenças atípicas exigem a comprovação do nexo causal com trabalho. Atualmente, estas doenças são verificadas, com maior intensidade, nas empresas de pequeno e médio porte, situação que é vivenciada em todos os países, pois os mesmos negligenciam a segurança e as condições dos ambientes, levando os trabalhadores a desenvolverem doenças do trabalho com maior frequência (LUCENA et al., 2012). São exemplos de doenças do trabalho, para Lucena (et. al., 2012): o Alergias respiratórias provenientes de locais com ar-condicionado sem manutenção satisfatória, principalmente limpeza de filtros e dutos de circulação de ar. 36 Fonte: vix.com o Estresse: que é a resposta do organismo a uma situação de ameaça, tensão, ansiedade ou mudança, seja ela boa ou má, pois o corpo está se preparando para enfrentar o desafio. Isto significa que o organismo, em situação permanente de estresse, estará praticamente o tempo todo em estado de alerta, funcionando em condições anormais. Fonte: cidadeverde.com 37 8 AGENTES AMBIENTAIS Os riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores. Ou seja, de acordo com a redação da norma, um agente ambiental será considerado um risco ambiental, sempre que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, for capaz de causar danos à saúde dos trabalhadores (CAMISASSA, 2015). Para alguns autores, os agentes ergonômicos e os agentes mecânicos, apesar de não estarem contemplados na NR 9 como riscos ambientais, devem ser avaliados num ambiente de trabalho, pois também são considerados agentes causadores de danos à saúde do trabalhador (PEIXOTO, 2011). 8.1 Agentes físicos Os agentes físicos são as diversas formas de energia às quais os trabalhadores podem estar expostos, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas (frio intenso, calor intenso), radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. É de ressaltar que a umidade não é um agente físico, e, sim, uma condição existente no ambiente de trabalho. A redação da NR9, acertadamente, não inclui a umidade na lista de agentes físicos (CAMISASSA, 2015). 8.2 Agentes químicos Os agentes químicos são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, 38 névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo por meio da pele ou por ingestão. Ou seja, os agentes químicos são substâncias, produtos ou compostos químicos que penetram no organismo pela inalação, ingestão ou contato com a pele. A penetração no organismo se dará pela via respiratória, caso as substâncias, produtos ou compostos se apresentem na forma de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases e vapores. Dessa feita, não é tecnicamente correto dizer que poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases e vapores são agentes químicos, mas sim a forma como os diversos agentes químicos podem se apresentar no ambiente de trabalho, por exemplo, poeira de manganês, gerada durante atividades de extração, moagem ou transporte desse minério. Manganês é o agente químico que se apresenta na forma de poeira. (CAMISASSA, 2015) A proteção contra inalação de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases e vapores deve ser feita mediante a utilização de respiradores. Estes, por sua vez, devem possuir filtros mecânicos ou químicos que impeçam ou dificultem a passagem dessas partículas. Os filtros mecânicos devem ser usados para proteção contra inalação de poeiras, fumos, névoas, neblinas. Os filtros químicos devem ser utilizados para proteção contra inalação de gases e vapores. 8.3 Agentes biológicos Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. (CAMISASSA, 2015) De acordo com PEIXOTO (2011) os casos mais comuns de manifestação são: o Infecções de ferimentos e machucaduras que podem provocar infecção por tétano, hepatite, tuberculose, micoses da pele, etc., podem ser levados por outros funcionários para o ambiente de trabalho. 39 o Diarreias causadas pela falta de asseio e higiene em ambientes de alimentação. As medidas preventivas que contribuem para reduzir os riscos de exposição aos agentes biológicos são a vacinação e os métodos de controle e uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI). 8.4 Agentes ergonômicos São os relacionados a fatores fisiológicos e psicológicos inerentes à execução das atividades profissionais. Esses agentes podem produzir alterações no organismo e no estado emocional dos trabalhadores, comprometendo sua saúde, segurança e produtividade. (PEIXOTO, 2011) São fatores ergonômicos considerados causadores de prováveis danos à saúde do trabalhador: esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso excessivo, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, jornadas de trabalho prolongadas, repetitividade e outras situações causadoras de stress físico e/ou psíquico, e iluminação inadequada, ruído. 8.5 Agentes mecânicos Os agentes mecânicos geram riscos que, pelo contato físico direto com a vítima,manifestam sua nocividade. (PEIXOTO, 2011) Esses agentes são responsáveis por uma série de lesões nos trabalhadores como cortes, fraturas, escoriações, queimaduras. As máquinas desprotegidas, pisos defeituosos ou escorregadios, os empilhamentos de materiais irregulares são exemplos de fatores de risco. 40 9 MAPAS DE RISCOS Trata-se de uma representação gráfica que identifica, para cada ambiente de trabalho existente na empresa, os agentes físicos, químicos e biológicos, bem como situações que representam risco de acidentes e ergonômicos, com potencial de causar danos à saúde e integridade física dos trabalhadores. (CAMISASSA, 2015) O mapeamento de risco surgiu na Itália no final da década de 60 e no início da década de 70, por meio do movimento sindical, com origem na Federazione dei Lavoratori Metal Meccanici (FLM) que, na época, desenvolveu um modelo de atuação na investigação e controle das condições de trabalho pelos trabalhadores, o conhecido “Modelo Operário Italiano”. (CAMISASSA, 2015) Esse modelo tinha como premissas a formação de grupos homogêneos, a experiência ou subjetividade operária, a validação consensual, e a não delegação, possibilitando, assim, a participação dos trabalhadores nas ações de planejamento e controle da saúde nos locais de trabalho, não delegando tais funções aos técnicos e valorizando a experiência e o conhecimento operário existentes. Naquela época, os movimentos sindicais de vários países começaram a despertar sobre os direitos dos trabalhadores a um ambiente de trabalho saudável. Somente quatorze anos após a publicação da lei italiana é que o Mapa de Riscos passou a constar em nossa legislação, com a publicação da Portaria DSST 5/1992. A responsabilidade de elaboração desse documento foi conferida à CIPA. Tal elaboração deve ser feita com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver. Apesar de a redação atual da NR5 não entrar em detalhes sobre a periodicidade de revisão do Mapa de Riscos, é importante que este seja revisado sempre que houver a introdução de um novo risco ou alteração de riscos já existentes (apud CAMISASSA, 2015). 41 9.1 Elaboração do mapa de riscos ambientais Segundo PEIXOTO (2011) para a elaboração do mapa de riscos, convencionou-se atribuir uma cor para cada tipo e risco e representá-lo em círculos. Para evidenciar o grau de risco, utilizam-se três tamanhos: • Grande: risco grave. • Médio: risco médio. • Pequeno: risco leve Quando num mesmo ponto há a incidência de mais de um risco de igual gravidade, utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes (este procedimento é chamado de critério de incidência). Fonte: PEIXOTO, 2011. 42 9.2 Etapas de elaboração do mapa São etapas de elaboração dos mapas de riscos: a) conhecer o processo de trabalho no local analisado: o Os instrumentos e materiais de trabalho. o As atividades exercidas. o O ambiente. b) identificar os riscos existentes no local analisado. c) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia: o Medidas de proteção coletiva. o Medidas de organização do trabalho. o Medidas de proteção individual. o Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer. d) identificar os indicadores de saúde: o Queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos. o Acidentes de trabalho ocorridos. o Doenças profissionais diagnosticadas. o Causas mais frequentes de ausências ao trabalho. e) conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local. f) elaborar o mapa de riscos, sobre o “layout” da empresa, indicando através de círculo: o O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada. o O número de trabalhadores expostos ao risco, que deve ser anotado dentro do círculo. o A especificação do agente (por exemplo: químico-sílica, hexano, ácido clorídrico, ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do círculo. 43 o A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos. O mapa de risco deve estar em local visível para que as pessoas que trabalham fiquem em alerta sobre os riscos de acidentes do trabalho em cada ponto marcado com os círculos (LUCENA et al., 2012). O objetivo final do mapa é conscientizar sobre os riscos e contribuir para eliminá-los, reduzi-los ou controlá-los. Graficamente, isso significa a eliminação ou diminuição do tamanho/quantidade dos círculos. Também podem ser acrescentados novos círculos, por exemplo, quando se começa um novo processo, se constrói uma nova seção na empresa ou se descobre perigos que não foram encontrados quando se fez o primeiro mapa (LUCENA et al., 2012). 44 9.3 Exemplos de mapas de riscos: Fonte: escd.locaweb.com.br 45 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, Teresa Cristina. Manual de equipamento de proteção individual. — [Recurso eletrônico]. — Dados eletrônicos. __ São Carlos, SP: Embrapa Pecuária Sudeste, 2013. BARBOSA, Eduardo Marinho. Segurança do Trabalho. rev. Bahia: IFBA, 2011. BRASIL. Lei n. 8.213 de 24 de julho de 1991. Lei de Benefícios e Serviços Previdenciários. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art23. Acesso em: 24 abr. 2021. BRASIL. Portaria nº 3214 de 08 de junho de 1978. Aprova as Normas Regulamentadoras do Ministério de Estado do Trabalho, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto no art. 200, da Consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Brasília, 1978. CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e saúde no trabalho: NRs 1 a 36 comentadas e descomplicadas. 1. ed. São Paulo: MÉTODO LTDA, 2015. 886 p. ISBN 978-85-309-5933-3. CHIBINSKI, Murilo. Introdução à Segurança do Trabalho. Instituto Federal do Paraná, 2011. LUCENA, Sérgio et al. Apostila de Engenharia de Segurança. Pernambuco: UFPE, 2012. NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-6 - Equipamento de Proteção Individual. 2018. R, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 2017. 46 NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-26-Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. 2015. Peixoto, Neverton Hofstadler. Curso técnico em automação industrial: segurança do trabalho. – 3. ed. – Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria: Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, 2011. 128 p. TAVARES, Cláudia Régia Gomes. Segurança do Trabalho I: Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamento de Proteção Individual (EPI). Rio Grande do Norte: EQUIPE SEDIS, 2009.
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