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Púrpuras não trombocitopênicas Brigida Púrpuras vasculares · Equimoses espontâneas ou após pequenos traumas, sem alteração hemostática · Púrpuras psicogênicas ou melancólicas, acomete preferencialmente mulheres, geralmente dolorosas, em situações de estresse ou período menstrual · Púrpura senil, preferencialmente em pessoas idosas, predomina no antebraço. Pedir para o paciente tomar um sol fraco e usar hidratante . Esta no anti braço Não tem hemácias Púrpura de Henoch-Schonlein · Caracterizada por lesões purpúricas sobrelevadas, avermelhadas, às vezes com áreas de necrose isquêmica · Vasculite mediada por imunocomplexos · Etiologia · Infecção: estreptococos, CMV, EBV, hepatite B · Medicação: sulfa, alopurinol, penicilina, cimetidina, iodeto · Inseticidas, conservantes alimentares Começa nos pés e vai subindo pernas e coxas · Caracterizada por acometimento inicial em MMII, ascendendo progressivamente, com raras manifestações no abdome e tórax. · Pode haver artralgia, dor abdominal, cefaleia, hematúria, glomerulonefrite (rara) · Não há alteração hemostática · Tratamento: sintomático, resolve de 4-6 semanas, raramente há indicação de corticoide · Pode haver crises recorrentes. Não são equimoses e nem petéquias, são vermelhas e ficam acastanhadas. Pede coagulograma, hemograma, estreptolisina Trombocitopenia Quando é menor que o valor mínimo de normalidade 150.000 ul. Primeira conduta é refazer, para ver se elas estão caindo ou estão flutuante (some, desce). Encaminha quando paciente não esta bem e plaquetas só caindo. · Causas: - Destruição excessiva (imunológica) - Produção diminuída - Sequestro esplênico 1. Aguda ou crônica? 2. Medicamentos, vacinas, agentes tóxicos 3. Doenças que acompanham (dengue) 4. Idade do paciente 5. Análise do hemograma · Púrpura trombocitopênica imunológica · É uma doença de natureza autoimune, devido a auto anticorpos antiplaquetários circulantes, caracterizada pela contagem de plaqueta diminuída (40 mil pra baixo). Mais comum · Pode ser primária ou secundária a uma determinada patologia · Pode ser aguda ou crônica Obs: muito comum criança tomar vacina e fazer uma plaquetopenia. As plaquetas podem voltar ao normal sem remedio · Diagnóstico: - Se apenas Plaquetopenia → PTI - Se Plaquetopenia associada a anemia, leucocitose/leucopenia, mais de 60 anos; fazer mielograma para excluir doença de Medula ossea · Excluir: - Hepatite B, C, HIV - AHAI (anemia hemolítica auto imune) - Colagenase (ai faz o FAN, funciona como teste de triagem para doença autoimune) - Doença autoimune de tireóide - Doença linfoproliferativas - Pós RT, QT e TMO obs: Hiperesplenismo - aumento do baço, o qual faz um sequestro de sangue e ai acaba aumentando de tamanho. Pode ser devido a doenças infecciosas, como na esquistossomose. Ai tem que ver o pq ele ta fazendo esse sequestro · Associada a esplenomegalia de qualquer natureza · Plaquetopenia · Por sequestro de plaquetas e leucócitos · Sangramento é raro · Transfusão de plaqueta não adianta, pq será sequestrada · Avaliar a causa para indicação da esplenectomia Drogas que podem causar trombocitopenia Abciximab Acetaminofen Ácido valpróico A-metildopa Antibiótico b-lactâmico Carbamazepina Cimetidina Cloroquina Clortiazina Clozapina Cocaína Difenilhidantoína Digoxina Etanol Furosemida Heparina Heroína Ibuprofen Indometacina Interferons Noraminopirina Penicilamina Quinidina/quinino Ranitidina Sais de ouro Sulfas Obs: paciente neurológicos não suspende, encaminhamos ao neuro, exolicando que tem uma plaquetopenia e sugerimos que troque a medicação se for grave, se for leve só acompanhar mesmo (nesses casos as plaquetas podem estar baixas mas com um nível de segurança · Quadro clínico - Predomina na infância e é precedida por infecção viral ou vacinação - Quando primária, acomete mulheres, sem história de infecção e evolui bem - Podem ainda ser secundárias e drogas ou patologias - Pode ser um achado ocasional, ou por Plaquetopenia importante e sangramento - Plaquetas < que 30.000 podem sangrar espontaneamente. Raramente SNC (1%) e sistema gastrointestinal e mais frequentemente petéquia (plaqueta < 50.000) equimose, epistaxe, gengivorragia - Geralmente sem organomegalia (sem fígado e baço aumentados), exceto se associado a doença linfoproliferativas · Quadro laboratorial - Plaquetopenia, anemia se houver sangramento - Presença de plaquetas gigantes, que significam trombopoese em resposta a destruição periférica (significa que esta reagindo e fazendo plaquetas mais rápido para tentar compensar) Mielograma se for duvidoso o diagnóstico, caso contrario, só o hemograma já é suficiente · Diagnóstico diferencial Diagnóstico diferencial por exclusão Lúpus, doenças mieloproliferativas, doença autoimune de tireóide, síndrome de anticorpo antifosfolípide 1% apresentam Síndrome de Evans (PTI + AHAI) Trombocitopenia hereditária Pode pedir HIV, Hepatite B e C antes de dar o fator pq se tiver alguma dessas patologias, pode piorar · Exames para diagnóstico diferencial Hemograma HBsAG HCV HIV FAN Coombs (se houver suspeita de hemólise) Bilirrubinas (se necessário) · Tratamento · Plaquetas > 30.000/mm3 sem tratamento, só acompanha · Sangramento com risco de morte, cirurgia de urgência: - Metilprednisolona 1g/dia por 3 dias. Se não responder, administra de novo. Senão melhora: - Ig 400 mg a 1g/kg/dia, EV, por 2-5 dias (imunoglobulina). Se ainda não resolveu: - Transfusão de plaquetas (na maioria das vezes não funciona, pois como é um processo autoimune, elas serão destruídas, mas em casos extremos, pode dar) · Plaquetas < 30.000/mm3 - Prednisona 1-2 mg/kg/dia, 4 a 6 semanas - Caso não haja resposta e sangramento, esplenectomia - Com esse tratamento o paciente come muito, incha e engorda, fica com a pele feia, fácies de Cushing - Quando não houver resposta à medicação tradicional, outros imunossupressores azatioprina, vincristina, ciclofosfamida, danazol, ciclosporina A, rituximab - Última geração eltrombopag – Revolade (oral) e romiplostin – Nplate · Púrpura trombocitopênica trombótica - É uma microangiopatia trombótica, caracterizada pela oclusão difusa de arteríolas terminais e de capilares por trombose rico em plaquetas e F vW, levando a anemia hemolítica e trombocitopenia, sendo o SNC o principal órgão acometido - Incidência 2,2-6,5 casos/milhão. Pico de incidência 30-50anos, 3:1 em mulheres, com predomínio em afro descendentes. · Etiologia · Congênita (síndrome de Upshaw-Schulman) · Adquirida · Secundária Presença de: - Eclampsia (síndrome HELLP) e puerpério - Hemólise autoimune - Hipertensão maligna - Neoplasia - CIVD = coagulação intravascular disseminada - Drogas - Transplantes de órgãos e CPH · Adquirida · Idiopática Ausência de: - Hemólise autoimune - CIVD - Câncer - Eclampsia - Drogas - TMO alogênico - Hipertensão maligna - IR (rara) · Quadro clínico - Anemia hemolítica (palidez e icterícia), Plaquetopenia, alterações neurológicas, comprometimento renal (sem IR) e febre (50%) - Dor abdominal, náusea, vômito, fraqueza e adinamia - Petéquias e equimoses com hemorragia cutânea, epistaxe, gengivorragia - Confusão mental, cefaleia, convulsão, déficit focal, coma - Deterioração clínica rápida # São pacientes gravíssimos · Quadro laboratorial - Anemia normocítica e normocrômica, com reticulocitose, DHL aumentado, bilirrubina indireta aumentada, presença de esquizócitos e eritroblastos no sangue periférico - Plaquetas < 20.000/mm3, com megacariócitos normo ou hipercelular - Hemácias fragmentadas, policromasia (hm azuis), ponteado basófilo, eritroblastos no sg periférico · Diagnóstico - Anemia microangiopática associada a trombocitopenia, são suficientes para se iniciar o tratamento - Não deixar de reavaliar outros diagnósticos e etiologia · Diagnóstico diferencial - Síndrome de Evan (teste de Coombs D+) - CIVD (alteração da coagulação) - Síndrome HELLP (elevação de enzimas hepáticas e trombocitopenia) - HIV, neoplasia, doença autoimune · Tratamento - Plasmaferese terapêutica ereposição de PFC (25-30 ml/Kg/dia) – o coloca numa maquina, tira todo o seu plasma, joga fora e infunde o plasma normal - Corticoide - Ácido fólico - Evitar transfusão de plaqueta · Síndrome hemolítica urêmica - Anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia, com comprometimento renal, sem comprometimento do SNC - Semelhante a PTT I- nduzida por Escherichia coli. · Etiologia => Adquirida · Criança Relacionada a Shiga toxina (E. coli O157:H7 ou Shigella dysenteriae), com antecedentes gastrointestinais Tratamento: medidas gerais e diálise renal quando necessária · Adulto: não necessariamente por infecção Pode ser semelhante a PTT Fatores desencadeantes: infecção pelo vírus HIV, doença autoimune, neoplasia, gravidez, drogas, TCPH – transplante de células trombohematopoieticas, transplantes de órgãos sólidos Tratamento: como da PTT
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