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MIOPATIAS – GABRIEL A CÉLULA MUSCULAR · Sarcomeros · Unidade contrátil · Actina + miosina · Proteínas de sustentação (distrofina) · Une sarcomero à membrana celular (sarcolema) e matriz extracelular · Músculo · Tecido com alto metabolismo MECANISMO DE LESÃO MIOPÁTICA · Canais (canulopatias) · Paralisia periódica. · Metabolismo · Glicogenoses · Lipogenoses · Mitocondriais · Estruturais · Distrofias – distrofinopatias, lamininopatias, sarcoglicanas · Inflamatórias OUTRA CLASSIFICAÇÃO DAS MIOPATIAS Distrofias · Distrofinopatias – Duchene, Becker · Distrofia de cinturas · Distrofias congênitas Congênitas · Nemalínica · Central core, centro nuclear Metabólicas · Glicogenoses – Glicogenose tipo V (McArdle), tipo II (POMPE) · Lipogenoses · Mitocondriais Tóxicas · Estatina ou Induzidas por outras drogas – TARV, QT Relacionada a doenças sistêmicas · Tireóide, Paratireóide (ambas hipo) · Miopatia do doente crítico · Hipocalemia e Hipercalemia Inflamatória · Polimiosite e Dermatomiosite · IBM · Necrotizante ABORDAGEM DO PACIENTE SINTOMAS · Negativos · Intolerância ao exercício, fadiga, atrofia muscular, FRAQUEZA · Positivos · Contratura, caibras, rigidez, mialgia, mioglobinúria FRAQUEZA – principal sintoma · Sintoma negativo mais comum no paciente com miopatia · Em doenças neuromusculares é importante estabelecer padrões de fraqueza · PROXIMAL É O PADRÃO (cinturas) de apresentação mais frequente das miopatias · Existem miopatias distais, · Proximal · MMSS – elevar braços acima dos ombros, pentear cabelo, estender roupa · MMII – levantar de lugares baixos, subir escadas · Valorizar limitações funcionais mesmo que exame por grupamento muscular esteja normal FADIGA · Não é especíifco. · Mais relacionado com saúde geral, status cardiopulmonar, estado emocional, condicionamento físico e hábitos de sono. · Importante relacionar com exercícios físicos – intensidade e duração da fadiga · Atenção para miopatias metabólicas MIALGIA · Não é específico de miopatia. Principal causa – ortopédica, reumato · Contínua – inflamatória · Episódica e relacionada com exercício – metabólica SINTOMAS INESPECÍFICOS – mialgia, fadiga – na ausência de alterações ao exame físico – fraqueza, ou limitações funcionais – são improváveis de serem por miopatia. MIOTONIAS · Dificuldade de relaxamento após contração voluntária forçada · Resulta da despolarização espontânea da membrana muscular · Mais comum nas mãos e pálpebras · Melhora com repetição do movimento EXAMES COMPLEMENTARES CK ou CPK · Elevada na maioria dos paciente com miopatia · Pode estar normal nas miopatias de progressão lenta (em estado crônico/↓ da massa musc). · Baixa por lenta progressão ou certos fatores: uso de corticoide, atrofia muscular · Elevação da CK pode ajudar em diferentes formas de distrofia · Duchene: ck até 100x LSN · Pode elevar-se em outras doenças que não a miopatia · Doença do neurônio motor (< 10x LSN) · Guillain Barre, Charcot-Marie-Tooth. · Hipotiroidismo, hipoparatiroidismo · Exercícios extenuantes, infecção viral, trauma muscular (injeção IM, queda), eletroneuromiografia com agulha, crises convulsivas · Geralmente até 5x o LSN e elevação não sustentada. · Raça e sexo influenciam (negros tem CPK ↑) ELETRONEUROMIOGRAFIA · Condução sensitiva e motora · EMG (Agulha) – padrão de potenciais pequenos e curtos O QUE AVALIAR Tamanho e formato das fibras Distribuição das fibras Citoarquitetura – vacúolos Depósito de substâncias – glicogênio, lipídios Necrose, infiltrado inflamatório Tecido conjuntivo BIÓPSIA · Diante da suspeita clínica e eletrodiagnóstica, realiza-se a biópsia muscular. · Biopsiar músculo que está fraco, mas não muito comprometido · Deltoideus · Bíceps brachii · Vastus lateralis · Em alguns casos, não se faz necessária · Distrofias · Padrão ouro – teste genético TESTE GENÉTICO CASO CLÍNICO 2 · Sexo masculino, 6 anos · “Quedas frequentes” · Segundo a mãe, aos 4 anos, notou que criança tinha dificuldades em subir escadas, levantar de lugares baixos. Passou a andar na ponta dos pés. · Entrou na escola aos 5 anos e mãe notou que sempre ficava para trás ao correr com colegas da mesma idade. Caia com frequência. Não pulava. À época, notou “batata da perna grande” · Aos 6 anos, mãe notou dificuldade em elevar os braços. Ao exame físico · Hipertrofia de panturrilha, retração tendínea – aquileu, bíceps · Tetraparesia · Predomínio proximal, de apresentação simétrica · Gowers · Sem alterações sensitivas · CK – 13.500 · Rx tórax – aumento de área cardíaca e Eco – cardiomiopatia dilatada · ENMG – À agulha (EMG) achados compatíveis com miopatia · Mãe com CK de 1200. DISCUSSÃO · Início na infância · Sexo masculino · Fraqueza de predomínio proximal. Retração. Hipertrofia de panturrilha. Cardiomiopatia · CK muito elevada · Distrofia – distrofinopatias, calpaínopatia · Congênita · Teste genético · Deleção dos exóns 58-67 do cromossomo X DISTROFINOPATIAS – DISTROFIA DE DUCHENE E BECKER ESPECTRO DAS DISTROFINOPATIAS · HiperCKemia assintomática · Caibra, rabdomiólise · Miopatia isolada do quadríceps · Becker · Duchene Distrofinopatia é uma dç ligada ao X. mãe é carrreadora do gene – pode haver hiperckemia, cardiomiopatia, por vezes, fraqueza discreta. · Cardiomiopatia dilatada · Desordens cognitivas · Atraso do desenvolvimento, espectro autista, TDAH, declínio cognitivo · Carreadoras EPIDEMIOLOGIA · DUCHENE · Incidência: 1 a cada 3500 (sexo masculino) · Prevalência: 1 a cada 18000 (Sexo masculino) · BECKER · Incidência: 1 a cada 20.000 DUCHENE INTRODUÇÃO · Garotos com atraso do desenvolvimento motor no primeiro ano de vida. · Pode haver dificuldade em extender a cabeça. Pode não engatinhar – só arrastar a perna. · Muitos não correm, não pulam. · Fraqueza progressiva inicialmente em membros inferiores. · Em seguida membros superiores. · Comprometimento bilateral e simétrico. · Musculatura respiratória · Marcha · Ponta dos pés (hipertrofia panturrilha), base alargada, hiperlordose, bascula de quadril. · Piora progressiva SINAL GOWERS · Levanta inicialmente as nádegas · Usa os braços para “escalar as pernas” · Nádegas permanecem elevadas · Hipertrofia de panturrilha · Se torna evidente a partir dos 4-5 anos. · Definida clinicamente, em garotos sem uso de corticoesteróides, como aqueles que param de deambular antes dos 13 anos. · Anda aos 16 anos - Becker · Contraturas · Limita amplitude do movimento · Aquileu quadril joelho MMSS COMPROMETIMENTO DE OUTROS SISTEMAS · Esquelético · Osteopenia, cifose, escoliose · Respiratório · Fraqueza diafragmática, dificuldade de expectoração · Hipoventilação noturna sono insatisfatório. · Principal causa de óbito · Cardíaco · Comprometimento miocárdico · Alteração de ritmo cardíaco · Comprometimento cognitvo em 30% EXPECTATIVA DE VIDA · Iniciamente – 16-18 anos · Atualmente – manejo cardiopulmonar · Média de sobrevida – 25 anos. · Alguns vivem até 4ª década. BECKER INTRODUÇÃO · Apresentação mais tardia · Início variável: 5 anos até 5ª - 6ª décadas (Sempre pensar em Becker em padrão de cinturas em paciente do sexo masculino) · Deambulam pelo menos até os 16 anos. · Média de 30 anos. · Caibras e mialgia – podem preceder fraqueza. · CK, Transaminases elevadas (muitas vezes é o que motiva investigação) · Pseudohipertrofia geralmente é evidente ao momento do diagnóstico · Comprometimento cardíaco desproporcional ao miopático · IC com discreta fraqueza proximal · Comprometimento respiratório mais leve que DMD · Funções intelectuais habitualmente normais, embora tenha mais dificuldade de aprendizado que população normal. EXAMES CK · Sempre elevada. Em todas as formas. Já no período perinatal. · Ck cai 9-20% ao ano após o pico – DMD aos 3 anos. · Pode haver flutuações · Aumento após exercícios e estatina BIÓPSIA · Modificações progressivas na musculatura – padrão distrófico · Variação no tamanho de fibras – achados difusos · Atrofia, hipertrofia. Achados nos dois tipos de fibras · Fibras arredondadas · Proliferação de tecido conjuntivo– endo e perimisial. · Correlação clínica – maior comprometimento funcional, maior anormalidade à biópsia. · Não marca (Duchene) ou marca fraco (Becker) a DISTROFINA IMAGEM · Variação no calibre das fibras · Núcleos internos · Proliferação de tecido conjuntivo · Proliferação de tecido adiposo · Fibras pálidas – estágio de fibra necrótica · Fibra hipercontrátil – muito sugestivo de distrofinopatia. Parece representar um estágio de dano muscular precedendo a necrose. · Com a evolução da doença a regeneração se sobrepõe a necrose e há substituição gradual de tecido muscular por tecido conectivo e adiposo. GENÉTICA · EXAME PADRÃO OURO para diagnóstico das distrofinopatias · Deleção de uma porção do gene da Distrofina (Cromossomo X) Deleção “out of frame” – relacionado com duchene Deleção “in frame”- relacionado com becker TRATAMENTO · Corticóide · Melhora da fraqueza · Diminui risco de escoliose · Estabiliza função pulmonar · Suporte ventilatório · Suporte cardiovascular · IECA · Marcapasso 4
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