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Julgado STJ1777

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Ementa e Acórdão
25/10/2019 SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.171.254 PARAÍBA
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
AGTE.(S) :ESTADO DA PARAÍBA 
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA 
AGDO.(A/S) :VERONICA MARIA DE ARAUJO MACIEL 
ADV.(A/S) :MANOEL ALEXANDRE CAVALCANTE BELO 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO EM 05.12.2018. MANDADO DE 
SEGURANÇA. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS. NATUREZA 
DO CARGO. LCE 96/2010. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. 
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. PRECEDENTES. 
1. É inadmissível o extraordinário quando para se chegar a 
conclusão diversa daquela a que chegou o Tribunal de origem, quanto à 
natureza do cargo em face das funções desempenhadas pela servidora, 
exija-se o reexame de legislação local aplicável à espécie (LCE 96/2010). 
Incidência da Súmula 280 do STF.
2. Agravo regimental a que se nega provimento, com previsão de 
aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC. Incabível a fixação 
de honorários advocatícios em mandado de segurança, nos termos da 
Súmula 512 do STF.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da 
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, em sessão virtual de 18 a 
24 de outubro de 2019, sob a Presidência da Senhora Ministra Cármen 
Lúcia, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, 
por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, 
com imposição de multa (art. 1.021, § 4º, do CPC), e entendeu incabível a 
fixação de honorários advocatícios em mandado de segurança, em face do 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 91B4-E9FF-92D0-24DF e senha B5DD-DF33-46D7-9415
Supremo Tribunal FederalSupremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13
Ementa e Acórdão
RE 1171254 AGR / PB 
que dispõe a Súmula 512 do STF, nos termos do voto do Relator. 
Brasília, 25 de outubro de 2019.
Ministro EDSON FACHIN
Relator
2 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 91B4-E9FF-92D0-24DF e senha B5DD-DF33-46D7-9415
Supremo Tribunal Federal
RE 1171254 AGR / PB 
que dispõe a Súmula 512 do STF, nos termos do voto do Relator. 
Brasília, 25 de outubro de 2019.
Ministro EDSON FACHIN
Relator
2 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 91B4-E9FF-92D0-24DF e senha B5DD-DF33-46D7-9415
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13
Relatório
25/10/2019 SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.171.254 PARAÍBA
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
AGTE.(S) :ESTADO DA PARAÍBA 
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA 
AGDO.(A/S) :VERONICA MARIA DE ARAUJO MACIEL 
ADV.(A/S) :MANOEL ALEXANDRE CAVALCANTE BELO 
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Cuida-se 
de agravo regimental (eDOC 10) interposto em 05.12.2018 (eDOC 11) em 
face de decisão monocrática em que neguei provimento ao recurso 
extraordinário, nos seguintes termos (eDOC 9, p. 1-4):
 “Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de 
acórdão do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, assim 
ementado (eDOC 4, p. 2):
‘CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO – 
Mandado de segurança – Pretensão à acumulação de cargos 
públicos – Técnico Judiciário – Cargo que exige conhecimentos 
jurídicos específicos – Previsão na LOJE de desempenho das 
funções do cargo de analista judiciário - Enquadramento no 
conceito de cargo técnico - Compatibilidade de horários 
demonstrada – Possibilidade de acumulação remunerada com o 
cargo de Professor - Intelecção do art. 37, XVI, “b”, da CF – 
Jurisprudência dominante desta Corte de Justiça – Concessão da 
segurança. 
- O mandado de segurança é ação constitucionalizada 
instituída para proteger direito líquido e certo, sempre que 
alguém sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por 
ilegalidade ou abuso de poder, exigindo-se prova pré-constituída 
como condição essencial à verificação da pretensa ilegalidade, 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
25/10/2019 SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.171.254 PARAÍBA
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
AGTE.(S) :ESTADO DA PARAÍBA 
PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA 
AGDO.(A/S) :VERONICA MARIA DE ARAUJO MACIEL 
ADV.(A/S) :MANOEL ALEXANDRE CAVALCANTE BELO 
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): Cuida-se 
de agravo regimental (eDOC 10) interposto em 05.12.2018 (eDOC 11) em 
face de decisão monocrática em que neguei provimento ao recurso 
extraordinário, nos seguintes termos (eDOC 9, p. 1-4):
 “Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de 
acórdão do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, assim 
ementado (eDOC 4, p. 2):
‘CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO – 
Mandado de segurança – Pretensão à acumulação de cargos 
públicos – Técnico Judiciário – Cargo que exige conhecimentos 
jurídicos específicos – Previsão na LOJE de desempenho das 
funções do cargo de analista judiciário - Enquadramento no 
conceito de cargo técnico - Compatibilidade de horários 
demonstrada – Possibilidade de acumulação remunerada com o 
cargo de Professor - Intelecção do art. 37, XVI, “b”, da CF – 
Jurisprudência dominante desta Corte de Justiça – Concessão da 
segurança. 
- O mandado de segurança é ação constitucionalizada 
instituída para proteger direito líquido e certo, sempre que 
alguém sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por 
ilegalidade ou abuso de poder, exigindo-se prova pré-constituída 
como condição essencial à verificação da pretensa ilegalidade, 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código C21C-D2C9-87BA-EB14 e senha 3DBF-B821-2600-F742
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13
Relatório
RE 1171254 AGR / PB 
sendo a dilação probatória incompatível com a natureza dessa 
ação constitucional (art. 5, LXIX, CF/88). 
- A Carta Magna admite a acumulação remunerada 
apenas nas situações que expressamente excepciona, e, seja qual 
for a hipótese de permissividade, fica ela condicionada à 
comprovação de compatibilidade de horários. 
- O caso em comento subsume-se perfeitamente à hipótese 
de acumulação permitida pela Constituição Federal prevista na 
alínea “b” do inciso XVI do art. 37 da CF, haja vista que o cargo 
de técnico judiciário enquadra-se no conceito de cargo técnico, já 
que exige daquele que exerce as funções a ele inerentes 
conhecimentos específicos da área do Direito, especialmente 
direito processual civil, bem como é substituto legal do Analista 
Judiciário. 
- Dúvidas não há de que a impetrante possui direito 
líquido e certo à acumulação remunerada do cargo de técnico 
judiciário com o de professor, eis que além de observado o 
enquadramento do referido cargo no conceito de cargo técnico, 
há compatibilidade de horários entre as atividades dos cargos em 
testilha.’
Não foram opostos embargos de declaração.
Norecurso extraordinário, com fundamento no art. 102, 
III, a, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa ao art. 37, 
XVI, b, da Constituição Federal.
Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, a ilegalidade 
da acumulação ‘uma vez que o cargo exercido de técnico 
administrativo não se enquadra como cargo técnico’ (eDOC 5, p. 5).
A Presidência do TJ/PB admitiu o extraordinário (eDOC 
7).
É o relatório. Decido.
A irresignação não merece prosperar.
Verifica-se que o Tribunal de origem, quando do 
julgamento do mandado de segurança, asseverou (eDOC 4, p. 
8): 
2 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 1171254 AGR / PB 
sendo a dilação probatória incompatível com a natureza dessa 
ação constitucional (art. 5, LXIX, CF/88). 
- A Carta Magna admite a acumulação remunerada 
apenas nas situações que expressamente excepciona, e, seja qual 
for a hipótese de permissividade, fica ela condicionada à 
comprovação de compatibilidade de horários. 
- O caso em comento subsume-se perfeitamente à hipótese 
de acumulação permitida pela Constituição Federal prevista na 
alínea “b” do inciso XVI do art. 37 da CF, haja vista que o cargo 
de técnico judiciário enquadra-se no conceito de cargo técnico, já 
que exige daquele que exerce as funções a ele inerentes 
conhecimentos específicos da área do Direito, especialmente 
direito processual civil, bem como é substituto legal do Analista 
Judiciário. 
- Dúvidas não há de que a impetrante possui direito 
líquido e certo à acumulação remunerada do cargo de técnico 
judiciário com o de professor, eis que além de observado o 
enquadramento do referido cargo no conceito de cargo técnico, 
há compatibilidade de horários entre as atividades dos cargos em 
testilha.’
Não foram opostos embargos de declaração.
No recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, 
III, a, do permissivo constitucional, aponta-se ofensa ao art. 37, 
XVI, b, da Constituição Federal.
Nas razões recursais, sustenta-se, em suma, a ilegalidade 
da acumulação ‘uma vez que o cargo exercido de técnico 
administrativo não se enquadra como cargo técnico’ (eDOC 5, p. 5).
A Presidência do TJ/PB admitiu o extraordinário (eDOC 
7).
É o relatório. Decido.
A irresignação não merece prosperar.
Verifica-se que o Tribunal de origem, quando do 
julgamento do mandado de segurança, asseverou (eDOC 4, p. 
8): 
2 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13
Relatório
RE 1171254 AGR / PB 
 ‘Assim, seja de nível superior ou médio, os cargos cujas 
atribuições lhes emprestem características de técnico, poderão 
ser acumulados com outro de magistério. 
Impende assinalar, neste ponto, que o Supremo Tribunal 
Federal, no julgamento do MS n. 28497/DF, enfatizou que a 
aferição da natureza do cargo é de ser feita a partir da análise 
concreta das funções desempenhadas pelo servidor. Confira-se: 
“Para a identificação da natureza do cargo, se técnico ou 
científico, não basta a sua denominação, mas a análise concreta 
das funções desempenhadas, o que pode suscitar profundas 
controvérsias”. (STF. RMS nº 28.497/DF. Relª do Acórdão Min. 
Cármen Lúcia. J. em 20/05/2014) 
A partir disso, entendo que o cargo de técnico judiciário 
enquadra-se no conceito de cargo técnico, eis que exige daquele 
que exerce as funções a ele inerentes conhecimentos específicos 
da área do Direito, especialmente direito processual civil. 
Importante registrar, ademais, que a LC n. 96/2010 
(LOJE) prevê em seu art. 269, inciso I, como função do técnico 
judiciário, “substituir o analista judiciário, quando não houver 
mais de um designado para o respectivo cartório de justiça, nos 
seus impedimentos, suspeições e outros afastamentos”, cabendo-
lhe, portanto, ter ciência de todas as atribuições inerentes àquela 
função (analista judiciário), situação que corrobora a 
necessidade de utilização de conceitos especializados de uma área 
de saber.’
 
Como se depreende desses fundamentos, eventual 
divergência em relação ao entendimento adotado pelo juízo a 
quo, quanto à natureza do cargo em face das funções 
desempenhadas pelo servidor, demandaria o exame da 
legislação local aplicável à espécie (Lei Complementar Estadual 
96/2010), o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, 
tendo em vista a vedação contida na Súmula 280 do STF. Nesse 
sentido:
‘EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário 
3 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 1171254 AGR / PB 
 ‘Assim, seja de nível superior ou médio, os cargos cujas 
atribuições lhes emprestem características de técnico, poderão 
ser acumulados com outro de magistério. 
Impende assinalar, neste ponto, que o Supremo Tribunal 
Federal, no julgamento do MS n. 28497/DF, enfatizou que a 
aferição da natureza do cargo é de ser feita a partir da análise 
concreta das funções desempenhadas pelo servidor. Confira-se: 
“Para a identificação da natureza do cargo, se técnico ou 
científico, não basta a sua denominação, mas a análise concreta 
das funções desempenhadas, o que pode suscitar profundas 
controvérsias”. (STF. RMS nº 28.497/DF. Relª do Acórdão Min. 
Cármen Lúcia. J. em 20/05/2014) 
A partir disso, entendo que o cargo de técnico judiciário 
enquadra-se no conceito de cargo técnico, eis que exige daquele 
que exerce as funções a ele inerentes conhecimentos específicos 
da área do Direito, especialmente direito processual civil. 
Importante registrar, ademais, que a LC n. 96/2010 
(LOJE) prevê em seu art. 269, inciso I, como função do técnico 
judiciário, “substituir o analista judiciário, quando não houver 
mais de um designado para o respectivo cartório de justiça, nos 
seus impedimentos, suspeições e outros afastamentos”, cabendo-
lhe, portanto, ter ciência de todas as atribuições inerentes àquela 
função (analista judiciário), situação que corrobora a 
necessidade de utilização de conceitos especializados de uma área 
de saber.’
 
Como se depreende desses fundamentos, eventual 
divergência em relação ao entendimento adotado pelo juízo a 
quo, quanto à natureza do cargo em face das funções 
desempenhadas pelo servidor, demandaria o exame da 
legislação local aplicável à espécie (Lei Complementar Estadual 
96/2010), o que inviabiliza o processamento do apelo extremo, 
tendo em vista a vedação contida na Súmula 280 do STF. Nesse 
sentido:
‘EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário 
3 
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13
Relatório
RE 1171254 AGR / PB 
com agravo. Administrativo. Natureza dos cargos acumulados. 
Legislação local. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Inadmissível, 
em recurso extraordinário, a análise da legislação local e o exame 
de ofensa reflexa à Constituição. Incidência da Súmula nº 
280/STF. 2. Agravo regimental não provido.”(ARE 846524 
AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 18.3.2015)
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO 
DE INSTRUMENTO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS 
PÚBLICOS. CARÁTER TÉCNICO. REEXAME DE 
MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 279 DO STF. A discussão 
sobre o caráter técnico do cargo que se pretende acumular com o 
de professor, nos termos da norma da alínea b do inciso XVI do 
art. 37 da Constituição Federal, exige o exame das provas 
constantes dos autos e da legislação infraconstitucional 
pertinente, o que é inviável nesta esfera. Agravo regimental a 
que se nega provimento.’ (AI 512663 AgR, Rel. Min. Joaquim 
Barbosa, Segunda Turma, DJe 19.12.2011)
‘Ementa: AGRAVO INTERNO NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. 
SERVIDOR PÚBLICO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS 
PÚBLICOS. NATUREZA DO CARGO. 
INCURSIONAMENTO NO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO 
STF. DECADÊNCIA. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE 
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. 
RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. MAJORAÇÃO DOS 
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. AGRAVO INTERNO 
DESPROVIDO.’ (ARE 1038463 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, 
Primeira Turma, DJe 4.8.2017)
Ante o exposto, nego provimento ao recurso, nos termos 
do art. 932, IV, a e b, do CPC.
Sem honorários, por se tratar de mandado de segurança 
4 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 1171254 AGR / PB 
com agravo. Administrativo. Natureza dos cargos acumulados. 
Legislação local. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Inadmissível, 
em recurso extraordinário, a análise da legislação local e o exame 
de ofensa reflexa à Constituição. Incidência da Súmula nº 
280/STF. 2. Agravo regimental não provido.” (ARE 846524 
AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 18.3.2015)
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO 
DE INSTRUMENTO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS 
PÚBLICOS. CARÁTER TÉCNICO. REEXAME DE 
MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 279 DO STF. A discussão 
sobre o caráter técnico do cargo que se pretende acumular com o 
de professor, nos termos da norma da alínea b do inciso XVI do 
art. 37 da Constituição Federal, exige o exame das provas 
constantes dos autos e da legislação infraconstitucional 
pertinente, o que é inviável nesta esfera. Agravo regimental a 
que se nega provimento.’ (AI 512663 AgR, Rel. Min. Joaquim 
Barbosa, Segunda Turma, DJe 19.12.2011)
‘Ementa: AGRAVO INTERNO NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. 
SERVIDOR PÚBLICO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS 
PÚBLICOS. NATUREZA DO CARGO. 
INCURSIONAMENTO NO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO 
STF. DECADÊNCIA. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE 
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. 
RECURSO INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO NOVO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. MAJORAÇÃO DOS 
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. AGRAVO INTERNO 
DESPROVIDO.’ (ARE 1038463 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, 
Primeira Turma, DJe 4.8.2017)
Ante o exposto, nego provimento ao recurso, nos termos 
do art. 932, IV, a e b, do CPC.
Sem honorários, por se tratar de mandado de segurança 
4 
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13
Relatório
RE 1171254 AGR / PB 
(Súmula 512/STF e art. 25 da Lei 12.016/2009)”.
Nas razões do recurso, sustenta-se que a decisão agravada não 
merece prosperar, com apoio nos seguintes argumentos (eDOC 10, p. 2-
7)
 
“O acórdão vergastado viola os dispositivos 
constitucionais, tendo em vista que a controvérsia versa sobre a 
possibilidade ou não de acumulação de o cargo de professor da 
rede pública com o cargo de técnico administrativo do Tribunal 
de Justiça do Estado da Paraíba. 
(...)
No Estado da Paraíba o cargo exercido de Técnico 
Judiciário do Estado da Paraíba não se enquadra como cargo 
técnico, notadamente porque se exige do ocupante apenas 
escolaridade de nível médio. Nesse sentido, a Lei de 
Organização Judiciária do Estado da Paraíba (LOJE), Lei 
Complementar Estadual nº 96/2010 (...).
(...)
Ora, aduzindo os fundamentos de reforma do acórdão 
guerreado e a efetiva violação à Constituição da República, 
restou demonstrado que a questão em análise é de direito. Ao 
contrário do que afirma a r. decisão ora agravada, a questão 
atinente ao recurso extraordinário não refere-se a ofensa a 
direito local. Nota-se que a pretensão recursal, neste sentido, 
não refere-se a analise a direito local, mas a decisão sobre a 
aplicação da legislação invocada pelo Recurso Extraordinário 
afastando-se, destarte, do âmbito de abrangência da Súmula nº 
280 do STF”. 
A parte Agravada, regularmente intimada, não apresentou 
manifestação (eDOC 13).
É o relatório.
5 
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Supremo Tribunal Federal
RE 1171254 AGR / PB 
(Súmula 512/STF e art. 25 da Lei 12.016/2009)”.
Nas razões do recurso, sustenta-se que a decisão agravada não 
merece prosperar, com apoio nos seguintes argumentos (eDOC 10, p. 2-
7)
 
“O acórdão vergastado viola os dispositivos 
constitucionais, tendo em vista que a controvérsia versa sobre a 
possibilidade ou não de acumulação de o cargo de professor da 
rede pública com o cargo de técnico administrativo do Tribunal 
de Justiça do Estado da Paraíba. 
(...)
No Estado da Paraíba o cargo exercido de Técnico 
Judiciário do Estado da Paraíba não se enquadra como cargo 
técnico, notadamente porque se exige do ocupante apenas 
escolaridade de nível médio. Nesse sentido, a Lei de 
Organização Judiciária do Estado da Paraíba (LOJE), Lei 
Complementar Estadual nº 96/2010 (...).
(...)
Ora, aduzindo os fundamentos de reforma do acórdão 
guerreado e a efetiva violação à Constituição da República, 
restou demonstrado que a questão em análise é de direito. Ao 
contrário do que afirma a r. decisão ora agravada, a questão 
atinente ao recurso extraordinário não refere-se a ofensa a 
direito local. Nota-se que a pretensão recursal, neste sentido, 
não refere-se a analise a direito local, mas a decisão sobre a 
aplicação da legislação invocada pelo Recurso Extraordinário 
afastando-se, destarte, do âmbito de abrangência da Súmula nº 
280 do STF”. 
A parte Agravada, regularmente intimada, não apresentou 
manifestação (eDOC 13).
É o relatório.
5 
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13
Voto - MIN. EDSON FACHIN
25/10/2019 SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.171.254 PARAÍBA
VOTO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): As razões 
recursais são insuficientes para infirmar a conclusão da decisão agravada.
No caso em exame, o Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, após 
analisar a Lei Complementar Estadual 96/2010, concluiu que “o cargo de 
técnico judiciário enquadra-se no conceito de cargo técnico”, para fins de 
acumulação de cargos permitida pela ConstituiçãoFederal (art. 37, XVI, 
b, da CF), nestes termos (eDOC 4, p. 7-10):
“(...) Como é cediço, a Constituição Federal prevê, como 
regra, a vedação a acumulação remunerada de cargos públicos. 
Contudo, a Carta Magna admite a acumulação nas situações 
que expressamente excepciona, e, seja qual for a hipótese de 
permissividade, fica ela condicionada à comprovação de 
compatibilidade de horários. 
(...)
Para deslinde da presente contenda, mostra-se 
imprescindível aferir se o cargo de técnico judiciário enquadra-
se no conceito de cargo técnico. 
Sobre a definição de “cargo técnico”, não há ainda um 
consenso a seu respeito, em face da ausência no texto 
constitucional de conceituação expressa. O Superior Tribunal de 
Justiça entende que “cargo técnico é o conjunto de atribuições cuja 
execução reclama conhecimento específico de uma área do saber”.
Acerca do tema, dita Corte Superior também já decidiu 
que, ainda que de nível médio, deve ser considerado cargo 
técnico aquele cujo exercício requeira conhecimentos 
específicos. 
(...)
Impende assinalar, neste ponto, que o Supremo Tribunal 
Federal, no julgamento do MS n. 28497/DF, enfatizou que a 
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25/10/2019 SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.171.254 PARAÍBA
VOTO
O SENHOR MINISTRO EDSON FACHIN (RELATOR): As razões 
recursais são insuficientes para infirmar a conclusão da decisão agravada.
No caso em exame, o Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, após 
analisar a Lei Complementar Estadual 96/2010, concluiu que “o cargo de 
técnico judiciário enquadra-se no conceito de cargo técnico”, para fins de 
acumulação de cargos permitida pela Constituição Federal (art. 37, XVI, 
b, da CF), nestes termos (eDOC 4, p. 7-10):
“(...) Como é cediço, a Constituição Federal prevê, como 
regra, a vedação a acumulação remunerada de cargos públicos. 
Contudo, a Carta Magna admite a acumulação nas situações 
que expressamente excepciona, e, seja qual for a hipótese de 
permissividade, fica ela condicionada à comprovação de 
compatibilidade de horários. 
(...)
Para deslinde da presente contenda, mostra-se 
imprescindível aferir se o cargo de técnico judiciário enquadra-
se no conceito de cargo técnico. 
Sobre a definição de “cargo técnico”, não há ainda um 
consenso a seu respeito, em face da ausência no texto 
constitucional de conceituação expressa. O Superior Tribunal de 
Justiça entende que “cargo técnico é o conjunto de atribuições cuja 
execução reclama conhecimento específico de uma área do saber”.
Acerca do tema, dita Corte Superior também já decidiu 
que, ainda que de nível médio, deve ser considerado cargo 
técnico aquele cujo exercício requeira conhecimentos 
específicos. 
(...)
Impende assinalar, neste ponto, que o Supremo Tribunal 
Federal, no julgamento do MS n. 28497/DF, enfatizou que a 
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13
Voto - MIN. EDSON FACHIN
RE 1171254 AGR / PB 
aferição da natureza do cargo é de ser feita a partir da análise 
concreta das funções desempenhadas pelo servidor (...). 
A partir disso, entendo que o cargo de técnico judiciário 
enquadra-se no conceito de cargo técnico, eis que exige daquele 
que exerce as funções a ele inerentes conhecimentos específicos 
da área do Direito, especialmente direito processual civil. 
Importante registrar, ademais, que a LC n. 96/2010 
(LOJE) prevê em seu art. 269, inciso I, como função do técnico 
judiciário, ‘ substituir o analista judiciário, quando não houver mais 
de um designado para o respectivo cartório de justiça, nos seus 
impedimentos, suspeições e outros afastamentos’, cabendo-lhe, 
portanto, ter ciência de todas as atribuições inerentes àquela 
função (analista judiciário), situação que corrobora a 
necessidade de utilização de conceitos especializados de uma 
área de saber. 
Finalmente, é de se ressaltar que não há que se falar em 
incompatibilidade de horários, eis que a impetrante já obteve 
aposentadoria no cargo de professora. 
(...)
Desta feita, dúvidas não há de que a impetrante possui 
direito líquido e certo à acumulação remunerada do cargo de 
técnico judiciário com o de professor, sendo, portanto, ilegal e 
abusivo o ato coator, motivo pelo qual não há como se esquivar 
o Poder Judiciário de tutelar o direito da requerente, 
lidimamente alcançado”. 
Desse modo, conforme consignado na decisão ora agravada, para se 
divergir do entendimento do Colegiado de origem que entendeu pelo 
enquadramento do cargo em questão “no conceito de cargo técnico” (eDOC 
4, p. 8), seria necessário proceder ao reexame de legislação local, 
providência vedada pela Súmula 280 do STF.
A respeito, além dos precedentes citados na decisão ora atacada, 
aponto os seguintes julgados: 
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. 
Administrativo. Acumulação. Natureza dos cargos acumulados. 
2 
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 1171254 AGR / PB 
aferição da natureza do cargo é de ser feita a partir da análise 
concreta das funções desempenhadas pelo servidor (...). 
A partir disso, entendo que o cargo de técnico judiciário 
enquadra-se no conceito de cargo técnico, eis que exige daquele 
que exerce as funções a ele inerentes conhecimentos específicos 
da área do Direito, especialmente direito processual civil. 
Importante registrar, ademais, que a LC n. 96/2010 
(LOJE) prevê em seu art. 269, inciso I, como função do técnico 
judiciário, ‘ substituir o analista judiciário, quando não houver mais 
de um designado para o respectivo cartório de justiça, nos seus 
impedimentos, suspeições e outros afastamentos’, cabendo-lhe, 
portanto, ter ciência de todas as atribuições inerentes àquela 
função (analista judiciário), situação que corrobora a 
necessidade de utilização de conceitos especializados de uma 
área de saber. 
Finalmente, é de se ressaltar que não há que se falar em 
incompatibilidade de horários, eis que a impetrante já obteve 
aposentadoria no cargo de professora. 
(...)
Desta feita, dúvidas não há de que a impetrante possui 
direito líquido e certo à acumulação remunerada do cargo de 
técnico judiciário com o de professor, sendo, portanto, ilegal e 
abusivo o ato coator, motivo pelo qual não há como se esquivar 
o Poder Judiciário de tutelar o direito da requerente, 
lidimamente alcançado”. 
Desse modo, conforme consignado na decisão ora agravada, para se 
divergir do entendimento do Colegiado de origem que entendeu pelo 
enquadramento do cargo em questão “no conceito de cargo técnico” (eDOC 
4, p. 8), seria necessário proceder ao reexame de legislação local, 
providência vedada pela Súmula 280 do STF.
A respeito, além dos precedentes citados na decisão ora atacada, 
aponto os seguintes julgados: 
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. 
Administrativo. Acumulação. Natureza dos cargos acumulados. 
2 
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
RE 1171254 AGR / PB 
Legislação local. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. 
Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso 
extraordinário, a análise da legislação local e do conjunto fático-
probatório da causa. Incidência das Súmulas nº 280 e 279/STF. 2. 
Agravo regimental não provido” (ARE 663.339-AgR, Rel. Min. 
Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 28.11.2013). 
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. 
ACUMULAÇÃO REMUNERADA DECARGOS. 
VERIFICAÇÃO DA NATUREZA TÉCNICA. 1. Saber se o cargo 
de taquígrafo, que se pretende acumular com o de professor, 
possui caráter técnico exige o reexame dos fatos e provas da 
causa e a apreciação das normas locais em que se baseou o 
aresto impugnado. Logo, o recurso extraordinário encontra 
óbice nas Súmulas STF nºs 279 e 280. 2. Precedentes. 3. Agravo 
regimental improvido” (RE 246.859-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, 
Segunda Turma, DJ 12.12.2003). 
“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO EM 13.09.2016. 
ACUMULAÇÃO DE CARGOS. NATUREZA DO CARGO. 
INCOMPATIBILIDADE. LEGISLAÇÃO 
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E 
PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279. 1. É inadmissível 
o extraordinário quando para se chegar a conclusão diversa 
daquela a que chegou o Tribunal de origem, exija-se o reexame 
de fatos e provas e o da legislação infraconstitucional aplicável 
à espécie. Incidência da Súmula 279 do STF. 2. Agravo 
regimental a que se nega provimento, com previsão de 
aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC” (RE 
988.779-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 
21.03.2017).
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REITERAÇÃO DA TESE 
DO RECURSO INADMITIDO. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO 
3 
Supremo Tribunal Federal
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RE 1171254 AGR / PB 
Legislação local. Ofensa reflexa. Fatos e provas. Reexame. 
Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso 
extraordinário, a análise da legislação local e do conjunto fático-
probatório da causa. Incidência das Súmulas nº 280 e 279/STF. 2. 
Agravo regimental não provido” (ARE 663.339-AgR, Rel. Min. 
Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 28.11.2013). 
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. 
ACUMULAÇÃO REMUNERADA DECARGOS. 
VERIFICAÇÃO DA NATUREZA TÉCNICA. 1. Saber se o cargo 
de taquígrafo, que se pretende acumular com o de professor, 
possui caráter técnico exige o reexame dos fatos e provas da 
causa e a apreciação das normas locais em que se baseou o 
aresto impugnado. Logo, o recurso extraordinário encontra 
óbice nas Súmulas STF nºs 279 e 280. 2. Precedentes. 3. Agravo 
regimental improvido” (RE 246.859-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, 
Segunda Turma, DJ 12.12.2003). 
“AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO EM 13.09.2016. 
ACUMULAÇÃO DE CARGOS. NATUREZA DO CARGO. 
INCOMPATIBILIDADE. LEGISLAÇÃO 
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE FATOS E 
PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279. 1. É inadmissível 
o extraordinário quando para se chegar a conclusão diversa 
daquela a que chegou o Tribunal de origem, exija-se o reexame 
de fatos e provas e o da legislação infraconstitucional aplicável 
à espécie. Incidência da Súmula 279 do STF. 2. Agravo 
regimental a que se nega provimento, com previsão de 
aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC” (RE 
988.779-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 
21.03.2017).
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REITERAÇÃO DA TESE 
DO RECURSO INADMITIDO. SUBSISTÊNCIA DA DECISÃO 
3 
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
RE 1171254 AGR / PB 
AGRAVADA. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS. 
NATUREZA DA FUNÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS 
E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. 
SÚMULAS/STF 279 E 280. AGRAVO A QUE SE NEGA 
PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE MULTA. I - As razões 
do agravo regimental são inaptas para desconstituir os 
fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm 
hígidos. II - Conforme a Súmula 279/STF, é inviável, em recurso 
extraordinário, o reexame do conjunto fático-probatório 
constante dos autos. III - É inadmissível o recurso 
extraordinário quando sua análise implica a revisão da 
interpretação de normas infraconstitucionais locais. Incidência 
da Súmula 280/STF. IV - Agravo regimental a que se nega 
provimento, com aplicação da multa ( art. 1.021, § 4°, do CPC)” 
(ARE 1.126.461-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda 
Turma, DJe 06.12.2018). 
Nesse mesmo sentido, registre-se que, em recente julgamento, a 
Primeira Turma desta Corte, ao analisar o ARE 1.176.341-AgR/PB, de 
relatoria do Min. Luiz Fux, DJe 08.04.2019, em caso análogo ao dos 
presentes autos, envolvendo a acumulação de cargos de oficial de justiça, 
de nível médio, e o de professor da rede pública de ensino do Estado da 
Paraíba, assim se fundamentou:
“Em que pesem os argumentos expendidos no agravo, 
resta evidenciado das razões recursais que a parte agravante 
não trouxe nenhum capaz de infirmar a decisão hostilizada, 
razão pela qual deve ela ser mantida, por seus próprios 
fundamentos. 
Conforme asseverado, o Tribunal de origem consignou 
que o cargo de oficial de justiça se enquadra no conceito de 
técnico, uma vez que exige daquele que o exerce a aplicação de 
conhecimento específico, notadamente no campo da ciência 
jurídica. 
(...)
Assim, verifica-se que a controvérsia acerca da natureza 
4 
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Supremo Tribunal Federal
RE 1171254 AGR / PB 
AGRAVADA. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS. 
NATUREZA DA FUNÇÃO. REEXAME DE FATOS E PROVAS 
E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. 
SÚMULAS/STF 279 E 280. AGRAVO A QUE SE NEGA 
PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE MULTA. I - As razões 
do agravo regimental são inaptas para desconstituir os 
fundamentos da decisão agravada, que, por isso, se mantêm 
hígidos. II - Conforme a Súmula 279/STF, é inviável, em recurso 
extraordinário, o reexame do conjunto fático-probatório 
constante dos autos. III - É inadmissível o recurso 
extraordinário quando sua análise implica a revisão da 
interpretação de normas infraconstitucionais locais. Incidência 
da Súmula 280/STF. IV - Agravo regimental a que se nega 
provimento, com aplicação da multa ( art. 1.021, § 4°, do CPC)” 
(ARE 1.126.461-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda 
Turma, DJe 06.12.2018). 
Nesse mesmo sentido, registre-se que, em recente julgamento, a 
Primeira Turma desta Corte, ao analisar o ARE 1.176.341-AgR/PB, de 
relatoria do Min. Luiz Fux, DJe 08.04.2019, em caso análogo ao dos 
presentes autos, envolvendo a acumulação de cargos de oficial de justiça, 
de nível médio, e o de professor da rede pública de ensino do Estado da 
Paraíba, assim sefundamentou:
“Em que pesem os argumentos expendidos no agravo, 
resta evidenciado das razões recursais que a parte agravante 
não trouxe nenhum capaz de infirmar a decisão hostilizada, 
razão pela qual deve ela ser mantida, por seus próprios 
fundamentos. 
Conforme asseverado, o Tribunal de origem consignou 
que o cargo de oficial de justiça se enquadra no conceito de 
técnico, uma vez que exige daquele que o exerce a aplicação de 
conhecimento específico, notadamente no campo da ciência 
jurídica. 
(...)
Assim, verifica-se que a controvérsia acerca da natureza 
4 
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Voto - MIN. EDSON FACHIN
RE 1171254 AGR / PB 
do cargo de oficial de justiça foi decidida pelo Tribunal de 
origem a partir de interpretação e aplicação da norma 
infraconstitucional pertinente (Código de Processo Civil e Lei 
de Organização Judiciária do Estado da Paraíba) e do conjunto 
fático-probatório constante dos autos, o que torna inviável o 
apelo extremo, além de atrair a incidência da Súmula 279 do 
STF de seguinte teor, in verbis: “Para simples reexame de prova não 
cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido, aliás, é a 
jurisprudência desta Corte, como se infere dos seguintes 
julgados (...). 
No mesmo sentido, em casos análogos ao dos autos, 
destaco as seguinte decisões: RE 896.999, Rel. Min. Edson 
Fachin, DJe de 18/04/2016; RE 1.161.702, Rel. Min. Marco 
Aurélio, DJe de 13/11/2018; RE 1.171.250, Rel. Min. Alexandre 
de Moraes; RE 1.169.023, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 
25/10/2018; e RE 1.167.403, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 
de 25/10/2018”. 
Ante o exposto, voto pelo não provimento do recurso e, diante da 
manifesta improcedência do agravo, nos termos da fundamentação acima 
declinada, voto por aplicar à parte Agravante multa de 5% (cinco por 
cento) sobre o valor da causa, nos termos do art. 1.021, § 4º, do CPC, na 
hipótese de deliberação unânime desta Turma, condicionando-se a 
interposição de qualquer outro recurso ao depósito prévio da quantia 
fixada, observado o disposto no art. 1.021, § 5º, do CPC. Inaplicável o 
artigo 85, § 11, do CPC, em face do que dispõe a Súmula 512 do STF.
É como voto.
5 
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RE 1171254 AGR / PB 
do cargo de oficial de justiça foi decidida pelo Tribunal de 
origem a partir de interpretação e aplicação da norma 
infraconstitucional pertinente (Código de Processo Civil e Lei 
de Organização Judiciária do Estado da Paraíba) e do conjunto 
fático-probatório constante dos autos, o que torna inviável o 
apelo extremo, além de atrair a incidência da Súmula 279 do 
STF de seguinte teor, in verbis: “Para simples reexame de prova não 
cabe recurso extraordinário”. Nesse sentido, aliás, é a 
jurisprudência desta Corte, como se infere dos seguintes 
julgados (...). 
No mesmo sentido, em casos análogos ao dos autos, 
destaco as seguinte decisões: RE 896.999, Rel. Min. Edson 
Fachin, DJe de 18/04/2016; RE 1.161.702, Rel. Min. Marco 
Aurélio, DJe de 13/11/2018; RE 1.171.250, Rel. Min. Alexandre 
de Moraes; RE 1.169.023, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe de 
25/10/2018; e RE 1.167.403, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 
de 25/10/2018”. 
Ante o exposto, voto pelo não provimento do recurso e, diante da 
manifesta improcedência do agravo, nos termos da fundamentação acima 
declinada, voto por aplicar à parte Agravante multa de 5% (cinco por 
cento) sobre o valor da causa, nos termos do art. 1.021, § 4º, do CPC, na 
hipótese de deliberação unânime desta Turma, condicionando-se a 
interposição de qualquer outro recurso ao depósito prévio da quantia 
fixada, observado o disposto no art. 1.021, § 5º, do CPC. Inaplicável o 
artigo 85, § 11, do CPC, em face do que dispõe a Súmula 512 do STF.
É como voto.
5 
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Extrato de Ata - 25/10/2019
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.171.254
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
AGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S) : VERONICA MARIA DE ARAUJO MACIEL
ADV.(A/S) : MANOEL ALEXANDRE CAVALCANTE BELO (5366/PB)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo 
regimental, com imposição de multa (art. 1.021, § 4º, do CPC), e 
entendeu incabível a fixação de honorários advocatícios em mandado 
de segurança, em face do que dispõe a Súmula 512 do STF, nos 
termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 
18.10.2019 a 24.10.2019.
Composição: Ministros Cármen Lúcia (Presidente), Celso de 
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin.
Ravena Siqueira
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.171.254
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. EDSON FACHIN
AGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S) : VERONICA MARIA DE ARAUJO MACIEL
ADV.(A/S) : MANOEL ALEXANDRE CAVALCANTE BELO (5366/PB)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo 
regimental, com imposição de multa (art. 1.021, § 4º, do CPC), e 
entendeu incabível a fixação de honorários advocatícios em mandado 
de segurança, em face do que dispõe a Súmula 512 do STF, nos 
termos do voto do Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 
18.10.2019 a 24.10.2019.
Composição: Ministros Cármen Lúcia (Presidente), Celso de 
Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin.
Ravena Siqueira
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
	Ementa e Acórdão
	Relatório
	Voto - MIN. EDSON FACHIN
	Extrato de Ata - 25/10/2019

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