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9º ACÓRDÃO - Principio dA identidade fisíca do juíz

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Ementa e Acórdão
21/02/2020 PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 176.058 PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) :SERGIO ROBERTO LAPORTE ALVES DA SILVA 
ADV.(A/S) : JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO 
AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. 
HOMICÍDIO QUALIFICADO. PROCEDIMENTO RELATIVO AOS 
CRIMES SUBMETIDOS AO TRIBUNAL DO JÚRI. ALEGADA 
VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. TEMA 
NÃO EXAMINADO PELAS INSTÂNCIAS ANTECEDENTES. 
INVIABILIDADE. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. SUBSTITUIÇÃO DE 
ALEGAÇÕES FINAIS ORAIS POR MEMORIAIS ESCRITOS. DECISÃO 
PROFERIDA COM AMPARO NO ART. 403, § 3º, DO CÓDIGO DE 
PROCESSO PENAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE. 
LAUDO PERICIAL JUNTADO AOS AUTOS APÓS A CONCLUSÃO DA 
INSTRUÇÃO CRIMINAL. CERCEAMENTO DE DEFESA. 
INOCORRÊNCIA. PREJUÍZO NÃO DEMONSTRADO.
1. Temas não examinados pelas instâncias antecedentes não podem 
ser conhecidos originariamente por esta SUPREMA CORTE, sob pena de 
indevida supressão de instância e violação das regras constitucionais de 
repartição de competências. 
2. Não há falar em ilegalidade na decisão do magistrado de origem 
que determina a substituição dos debates orais pela apresentação de 
memoriais escritos quando o advogado do réu, embora devidamente 
intimado acerca de tal ato, não demonstra qualquer irresignação. Ainda, a 
decisão está lastreada no art. 403, § 3º, do Código de Processo Penal, 
segundo o qual o juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o 
número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias 
sucessivamente para a apresentação de memoriais.
3. O indeferimento do pedido de designação de nova audiência de 
instrução para oitiva de peritos não implica cerceamento de defesa, 
considerando que o fim da primeira etapa do procedimento do Júri não 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código C3AE-0DC2-B35C-3498 e senha 8B32-E304-713F-F90B
Supremo Tribunal FederalSupremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14
Ementa e Acórdão
HC 176058 AGR / PE 
significa que a instrução probatória esteja encerrada. Além disso, a defesa 
trouxe argumentação genérica, sem demonstrar qualquer prejuízo 
efetivamente sofrido, capaz de nulificar o julgado.
4. Agravo regimental a que se nega provimento. 
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência da Senhora 
Ministra ROSA WEBER, em conformidade com a ata de julgamento e as 
notas taquigráficas, por maioria, acordam em negar provimento ao 
agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro 
MARCO AURÉLIO. 
Brasília, 21 de fevereiro de 2020. 
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
2 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código C3AE-0DC2-B35C-3498 e senha 8B32-E304-713F-F90B
Supremo Tribunal Federal
HC 176058 AGR / PE 
significa que a instrução probatória esteja encerrada. Além disso, a defesa 
trouxe argumentação genérica, sem demonstrar qualquer prejuízo 
efetivamente sofrido, capaz de nulificar o julgado.
4. Agravo regimental a que se nega provimento. 
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, os Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência da Senhora 
Ministra ROSA WEBER, em conformidade com a ata de julgamento e as 
notas taquigráficas, por maioria, acordam em negar provimento ao 
agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro 
MARCO AURÉLIO. 
Brasília, 21 de fevereiro de 2020. 
Ministro ALEXANDRE DE MORAES
Relator
2 
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14
Relatório
21/02/2020 PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 176.058 PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) :SERGIO ROBERTO LAPORTE ALVES DA SILVA 
ADV.(A/S) : JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO 
AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR): 
Trata-se de Agravo Regimental interposto contra decisão que 
indeferiu a ordem de Habeas Corpus.
Consta dos autos, em síntese, que o agravante foi denunciado pela 
suposta prática do crime previsto no art. 121, § 2°, I e II, do Código Penal 
(Doc. 17). 
A denúncia foi recebida em 23/8/2011 (Doc. 16 – Processo 0044333- 
06.2011.8.17.0001). 
Irresignada com o deferimento (Doc. 9) do pedido ministerial de 
juntada aos autos da perícia tanatoscópica da vítima (Doc. 10) em 
momento posterior à instrução de audiência, e também com a 
substituição dos debates orais por memorais, a defesa impetrou Habeas 
Corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, que 
indeferiu a ordem em acórdão assim ementado (Doc. 4): 
HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE 
QUALIFICADO. CERCEAMENTO DE DEFESA. PERÍCIA 
TANATOSCÓPICA JUNTADA POSTERIORMENTE À 
INSTRUÇÃO. NULIDADE POR NÃO MANIFESTAÇÃO DA 
DEFESA. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE FATOS NOVOS. 
MATERIALIDADE DELITIVA JÁ COMPROVADA. 
NULIDADE DAS ALEGAÇÕES FINAIS APRESENTADAS EM 
MEMORAIS. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE E DE 
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http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código F063-75B0-F179-8A78 e senha 9BA9-C975-6B52-F89D
Supremo Tribunal Federal
21/02/2020 PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 176.058 PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) :SERGIO ROBERTO LAPORTE ALVES DA SILVA 
ADV.(A/S) : JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO 
AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR): 
Trata-se de Agravo Regimental interposto contra decisão que 
indeferiu a ordem de Habeas Corpus.
Consta dos autos, em síntese, que o agravante foi denunciado pela 
suposta prática do crime previsto no art. 121, § 2°, I e II, do Código Penal 
(Doc. 17). 
A denúncia foi recebida em 23/8/2011 (Doc. 16 – Processo 0044333- 
06.2011.8.17.0001). 
Irresignada com o deferimento (Doc. 9) do pedido ministerial de 
juntada aos autos da perícia tanatoscópica da vítima (Doc. 10) em 
momento posterior à instrução de audiência, e também com a 
substituição dos debates orais por memorais, a defesa impetrou Habeas 
Corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, que 
indeferiu a ordem em acórdão assim ementado (Doc. 4): 
HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE 
QUALIFICADO. CERCEAMENTO DE DEFESA. PERÍCIA 
TANATOSCÓPICA JUNTADA POSTERIORMENTE À 
INSTRUÇÃO. NULIDADE POR NÃO MANIFESTAÇÃO DA 
DEFESA. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE FATOS NOVOS. 
MATERIALIDADE DELITIVA JÁ COMPROVADA. 
NULIDADE DAS ALEGAÇÕES FINAIS APRESENTADAS EM 
MEMORAIS. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE E DE 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14
Relatório
HC 176058 AGR / PE 
DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO. FACULDADE DO JUIZ 
SINGULAR. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME. 
I - Não há falar em cerceamento de defesa, tendo em vista 
que o laudo pericial juntado aos autos em momento posteriornão traz qualquer fato novo, sendo de teor idêntico aos demais 
documentos no que se refere à causa da morte, já constantes do 
processo, inexistindo situação que abarque excludente de 
ilicitude, culpabilidade ou inimputabilidade penal do paciente. 
Não se pode olvidar, ainda, que, em sendo pronunciado, caberá 
ao Paciente, nos termos do art. 422 do CPP, requerer diligências, 
caso assim deseje. 
II - O Juiz singular, na audiência de instrução ocorrida no 
dia 07/08/2017, intimou pessoalmente o advogado do Paciente, 
ora Impetrante, "acerca da substituição dos debates orais por 
memorais, não constando no termo da audiência nenhum 
protesto relativo à tal substituição", frisando, ainda "que as 
testemunhas arroladas pelas partes foram ouvidas em três datas 
diferentes (28.03.2017, 17.07.2017 e 07.08.2017) e todas através 
do sistema de gravação de audiência", de modo que entendeu o 
Juízo ser cabível a substituição das alegações finais orais por 
memoriais, para evitar qualquer prejuízo às partes. Assim, no 
que pese a oralidade ser a regra no nosso ordenamento jurídico, 
é facultado ao Juiz o afastamento de tal regra, como ocorre no 
presente caso, nos termos do art. 403, § 3° do CPP, inexistindo, 
dessa forma, o reconhecimento de qualquer nulidade, nem 
qualquer prejuízo ao Paciente. 
III - Ordem denegada, cassando-se a liminar concedida. 
devolvendo a devida marcha processual a ação penal originária 
n° 0044333-06.2011.8.17.0001. Decisão unânime. 
Ainda inconformada, a defesa promoveu nova impetração, desta vez 
dirigida ao Superior Tribunal de Justiça, cuja ordem foi denegada pela 
Ministra relatora (Doc. 18), em decisão mantida pela Sexta Turma, ao 
negar provimento ao subsequente Agravo Regimental. Eis a ementa do 
julgado (Doc. 22): 
2 
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Supremo Tribunal Federal
HC 176058 AGR / PE 
DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO. FACULDADE DO JUIZ 
SINGULAR. ORDEM DENEGADA. DECISÃO UNÂNIME. 
I - Não há falar em cerceamento de defesa, tendo em vista 
que o laudo pericial juntado aos autos em momento posterior 
não traz qualquer fato novo, sendo de teor idêntico aos demais 
documentos no que se refere à causa da morte, já constantes do 
processo, inexistindo situação que abarque excludente de 
ilicitude, culpabilidade ou inimputabilidade penal do paciente. 
Não se pode olvidar, ainda, que, em sendo pronunciado, caberá 
ao Paciente, nos termos do art. 422 do CPP, requerer diligências, 
caso assim deseje. 
II - O Juiz singular, na audiência de instrução ocorrida no 
dia 07/08/2017, intimou pessoalmente o advogado do Paciente, 
ora Impetrante, "acerca da substituição dos debates orais por 
memorais, não constando no termo da audiência nenhum 
protesto relativo à tal substituição", frisando, ainda "que as 
testemunhas arroladas pelas partes foram ouvidas em três datas 
diferentes (28.03.2017, 17.07.2017 e 07.08.2017) e todas através 
do sistema de gravação de audiência", de modo que entendeu o 
Juízo ser cabível a substituição das alegações finais orais por 
memoriais, para evitar qualquer prejuízo às partes. Assim, no 
que pese a oralidade ser a regra no nosso ordenamento jurídico, 
é facultado ao Juiz o afastamento de tal regra, como ocorre no 
presente caso, nos termos do art. 403, § 3° do CPP, inexistindo, 
dessa forma, o reconhecimento de qualquer nulidade, nem 
qualquer prejuízo ao Paciente. 
III - Ordem denegada, cassando-se a liminar concedida. 
devolvendo a devida marcha processual a ação penal originária 
n° 0044333-06.2011.8.17.0001. Decisão unânime. 
Ainda inconformada, a defesa promoveu nova impetração, desta vez 
dirigida ao Superior Tribunal de Justiça, cuja ordem foi denegada pela 
Ministra relatora (Doc. 18), em decisão mantida pela Sexta Turma, ao 
negar provimento ao subsequente Agravo Regimental. Eis a ementa do 
julgado (Doc. 22): 
2 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14
Relatório
HC 176058 AGR / PE 
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. 
PROCESSUAL PENAL. TESE DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA 
IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. MATÉRIA NÃO APRECIADA 
PELA CORTE DE ORIGEM. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 
ARGUMENTO DE NULIDADE POR AUSÊNCIA DE 
CONTRADITÓRIO QUANTO AO LAUDO PERICIAL. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 
1. O inconformismo referente à suposta ofensa ao 
princípio da identidade física do juiz não foi apreciado pelo 
Tribunal de origem, de modo que não pode ser conhecido 
originariamente por esta Corte, sob pena de supressão de 
instância.
2. O Tribunal de origem destacou que "o laudo pericial 
juntado aos autos em momento posterior não traz qualquer fato 
novo, sendo de teor idêntico aos demais documentos no que se 
refere à causa da morte", de modo que "não ocasionou 
modificação ou alteração quanto à prova da materialidade do 
fato". Assim, não há prejuízo apto à caracterização da nulidade 
ora alegada, sobretudo porque "caberá ao Paciente, na fase do 
art. 422 do CPP, requerer diligências, caso assim deseje".
3. Agravo regimental desprovido. 
Nesta ação, a defesa alega, em suma: (a) a substituição do debate oral 
pelo formato de memoriais deve, casuística e fundamentadamente, atender a 
complexidade do caso ou a pluralidade de acusados – o que ali não se vislumbrou; 
(b) houve afronta à regra da identidade física do juiz, pois, por meio da 
Instrução Normativa nº 08 de 16/03/2010, publicada DJe 08/06/2010 (anexa ao 
doc. 04), foi regulamentada a ‘Competência Funcional’ para o processo e 
julgamento de processos antigos em tramitação […], nos casos em que, na mesma 
unidade judiciária, se verificar a atuação concomitante de juiz titular ou juiz 
substituto respondendo na condição de titular e juiz auxiliar, o processo e 
julgamento dos processos antigos em tramitação com dígitos verificadores pares 
caberão ao juiz titular ou substituto respondendo na condição de titular; 
competindo ao juiz auxiliar o processo e julgamento dos processos antigos em 
3 
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Supremo Tribunal Federal
HC 176058 AGR / PE 
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. 
PROCESSUAL PENAL. TESE DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA 
IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. MATÉRIA NÃO APRECIADA 
PELA CORTE DE ORIGEM. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 
ARGUMENTO DE NULIDADE POR AUSÊNCIA DE 
CONTRADITÓRIO QUANTO AO LAUDO PERICIAL. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 
1. O inconformismo referente à suposta ofensa ao 
princípio da identidade física do juiz não foi apreciado pelo 
Tribunal de origem, de modo que não pode ser conhecido 
originariamente por esta Corte, sob pena de supressão de 
instância.
2. O Tribunal de origem destacou que "o laudo pericial 
juntado aos autos em momento posterior não traz qualquer fato 
novo, sendo de teor idêntico aos demais documentos no que se 
refere à causa da morte", de modo que "não ocasionou 
modificação ou alteração quanto à prova da materialidade do 
fato". Assim, não há prejuízo apto à caracterização da nulidade 
ora alegada, sobretudo porque "caberá ao Paciente, na fase do 
art. 422 do CPP, requerer diligências, caso assim deseje".
3. Agravo regimentaldesprovido. 
Nesta ação, a defesa alega, em suma: (a) a substituição do debate oral 
pelo formato de memoriais deve, casuística e fundamentadamente, atender a 
complexidade do caso ou a pluralidade de acusados – o que ali não se vislumbrou; 
(b) houve afronta à regra da identidade física do juiz, pois, por meio da 
Instrução Normativa nº 08 de 16/03/2010, publicada DJe 08/06/2010 (anexa ao 
doc. 04), foi regulamentada a ‘Competência Funcional’ para o processo e 
julgamento de processos antigos em tramitação […], nos casos em que, na mesma 
unidade judiciária, se verificar a atuação concomitante de juiz titular ou juiz 
substituto respondendo na condição de titular e juiz auxiliar, o processo e 
julgamento dos processos antigos em tramitação com dígitos verificadores pares 
caberão ao juiz titular ou substituto respondendo na condição de titular; 
competindo ao juiz auxiliar o processo e julgamento dos processos antigos em 
3 
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14
Relatório
HC 176058 AGR / PE 
curso com dígitos verificadores ímpares; (c) considerando o atual momento 
processual originário e os fatos que se sucederam após o interrogatório do 
acusado (art. 400, CPP), cumpre destacar que a juntada aos autos da Perícia 
Tanatoscópica (doc. 03) trouxe consigo a imprescindibilidade da produção de 
prova – qual seja o esclarecimento dos peritos quanto ao seu conteúdo; (d) 
A decisão que indeferiu a reabertura da instrução processual (doc. 05) acabou por 
cercear a defesa, que não teve a possibilidade de esclarecer fatos novos trazidos 
pelos peritos após o término da instrução. Mais: impediu a formulação de 
quesitos ou, ainda, a inquirição dos subscritores daquela prova de materialidade 
que deve e merece ser submetida ao crivo do insubstituível e irrenunciável 
contraditório.
Requereu, enfim:
3. em respeito ao princípio da verdade real, que seja 
facultada à defesa o questionamento da prova não submetida 
ao contraditório, por meio da consequente designação de 
audiência com esta finalidade pelo juízo de piso e após a 
devida intimação do Dr. JOZILDO BARBOSA DE SOUZA, 
supervisor de apoio à gerência do IMLAPC, bem como do Sr. 
ALMIRO GOMES DA SILVEIRA DE SÁ FILHO, comissário de 
polícia (mat. 151.771-6), a fim de serem esclarecidas as 
informações trazidas no Ofício nº 4585/2017 IMLAPC – ADM 
(doc. 03), sobretudo no tocante à contradição desta com a 
perícia tanatoscópica que a segue e por este encaminhada ao 
juízo de 1º grau;
4. Em respeito ao direito à última palavra, seja determinada 
a designação de audiência de instrução e julgamento, em 
obediência ao que exige a lei (art. 411 do CPP) e em respeito ao 
princípio da oralidade, dada a simplicidade do caderno 
processual e a não fundamentação da necessidade de serem as 
mesmas oferecidas em memoriais e inexistindo pluralidade de 
acusados, com o objetivo de ser garantida a ampla defesa e o 
contraditório (art. 5º, LV, da Constituição Federal), 
considerando a anterior e imprescindível necessidade de ouvir 
os peritos (art. 159, § 5º, do CPP);
4 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Supremo Tribunal Federal
HC 176058 AGR / PE 
curso com dígitos verificadores ímpares; (c) considerando o atual momento 
processual originário e os fatos que se sucederam após o interrogatório do 
acusado (art. 400, CPP), cumpre destacar que a juntada aos autos da Perícia 
Tanatoscópica (doc. 03) trouxe consigo a imprescindibilidade da produção de 
prova – qual seja o esclarecimento dos peritos quanto ao seu conteúdo; (d) 
A decisão que indeferiu a reabertura da instrução processual (doc. 05) acabou por 
cercear a defesa, que não teve a possibilidade de esclarecer fatos novos trazidos 
pelos peritos após o término da instrução. Mais: impediu a formulação de 
quesitos ou, ainda, a inquirição dos subscritores daquela prova de materialidade 
que deve e merece ser submetida ao crivo do insubstituível e irrenunciável 
contraditório.
Requereu, enfim:
3. em respeito ao princípio da verdade real, que seja 
facultada à defesa o questionamento da prova não submetida 
ao contraditório, por meio da consequente designação de 
audiência com esta finalidade pelo juízo de piso e após a 
devida intimação do Dr. JOZILDO BARBOSA DE SOUZA, 
supervisor de apoio à gerência do IMLAPC, bem como do Sr. 
ALMIRO GOMES DA SILVEIRA DE SÁ FILHO, comissário de 
polícia (mat. 151.771-6), a fim de serem esclarecidas as 
informações trazidas no Ofício nº 4585/2017 IMLAPC – ADM 
(doc. 03), sobretudo no tocante à contradição desta com a 
perícia tanatoscópica que a segue e por este encaminhada ao 
juízo de 1º grau;
4. Em respeito ao direito à última palavra, seja determinada 
a designação de audiência de instrução e julgamento, em 
obediência ao que exige a lei (art. 411 do CPP) e em respeito ao 
princípio da oralidade, dada a simplicidade do caderno 
processual e a não fundamentação da necessidade de serem as 
mesmas oferecidas em memoriais e inexistindo pluralidade de 
acusados, com o objetivo de ser garantida a ampla defesa e o 
contraditório (art. 5º, LV, da Constituição Federal), 
considerando a anterior e imprescindível necessidade de ouvir 
os peritos (art. 159, § 5º, do CPP);
4 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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Relatório
HC 176058 AGR / PE 
5. Que seja determinado o retorno dos autos ao juiz 
natural da causa, ou seja, àquele que concluiu a instrução, em 
respeito à identidade física do juiz, a fim de presidir a audiência 
requerida nos itens anteriores, em atendimento ao disposto no 
art. 411 do CPP – oportunidade em que serão oferecidas as 
derradeiras alegações finais orais;
Indeferi o Habeas Corpus.
Inconformada, a Defesa agora apresenta Agravo Regimental, em que 
reforça as alegações anteriormente expendidas e pugna pela 
reconsideração da decisão agravada ou, caso assim não se entenda, seja o 
presente agravo submetido a julgamento pelo Colegiado de maneira presencial, 
afastando a possibilidade impessoal e não democrática de submissão do presente a 
julgamento por meio eletrônico trazida no art. 317, § 5º do RISTF (incluído pela 
Emenda Regimental nº 51, de 22/06/16), para que presentes fisicamente os 
integrantes desta r. 1ª Turma, seja reformada a r. decisão agravada e, como 
corolário, conhecer e prover o Habeas Corpus impetrado.
É o relatório. 
5 
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Supremo Tribunal Federal
HC 176058 AGR / PE 
5. Que seja determinado o retorno dos autos ao juiz 
natural da causa, ou seja, àquele que concluiu a instrução, em 
respeito à identidade física do juiz, a fim de presidir a audiência 
requerida nos itens anteriores, em atendimento ao disposto no 
art. 411 do CPP – oportunidade em que serão oferecidas as 
derradeiras alegações finais orais;
Indeferio Habeas Corpus.
Inconformada, a Defesa agora apresenta Agravo Regimental, em que 
reforça as alegações anteriormente expendidas e pugna pela 
reconsideração da decisão agravada ou, caso assim não se entenda, seja o 
presente agravo submetido a julgamento pelo Colegiado de maneira presencial, 
afastando a possibilidade impessoal e não democrática de submissão do presente a 
julgamento por meio eletrônico trazida no art. 317, § 5º do RISTF (incluído pela 
Emenda Regimental nº 51, de 22/06/16), para que presentes fisicamente os 
integrantes desta r. 1ª Turma, seja reformada a r. decisão agravada e, como 
corolário, conhecer e prover o Habeas Corpus impetrado.
É o relatório. 
5 
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
21/02/2020 PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 176.058 PERNAMBUCO
V O T O
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR): 
Não obstante o esmero do subscritor da peça recursal, as razões 
apresentadas não se mostram suficientes para alteração do julgado. 
Inicialmente, ponderou a Corte Superior que o “princípio da 
identidade física do juiz não foi apreciado pelo Tribunal de origem, de 
modo que não pode ser conhecido originariamente por esta Corte, sob 
pena de supressão de instância” (Doc. 21 – fl. 6). Desse modo, é inviável a 
esta SUPREMA CORTE conhecer da temática originariamente, sob pena 
de dupla supressão de instância e violação às regras constitucionais de 
repartição de competências (HC 139.864-AgR, Rel. Min. ALEXANDRE DE 
MORAES, Primeira Turma, DJe de 6/6/2018; HC 132.864-AgR, Rel. Min. 
DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, DJe 18/3/2016; HC 136.452-ED, Rel. Min. 
ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 10/2/2017; HC 135.021-AgR, Rel. 
Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe 6/2/2017; HC 135.949, 
Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 24/10/2016). 
Adiante, o Superior Tribunal de Justiça afastou a suposta nulidade 
decorrente da apresentação das alegações finais na forma de memoriais, 
pelos fundamentos seguintes (Doc. 21 – fls. 5-6): 
A Corte de origem também consignou que 'o advogado do 
Paciente, ora Impetrante, foi intimado pessoalmente acerca da 
substituição dos debates orais por memorais, não constando no 
termo da audiência nenhum protesto relativo à tal substituição' 
e, ainda, que 'as testemunhas arroladas pelas partes foram 
ouvidas em três datas diferentes (28.03.2017, 17.07.2017 e 
07.08.2017) e todas através do sistema de gravação de 
audiência, de modo que entendeu [...] ser cabível a substituição 
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Supremo Tribunal Federal
21/02/2020 PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 176.058 PERNAMBUCO
V O T O
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES (RELATOR): 
Não obstante o esmero do subscritor da peça recursal, as razões 
apresentadas não se mostram suficientes para alteração do julgado. 
Inicialmente, ponderou a Corte Superior que o “princípio da 
identidade física do juiz não foi apreciado pelo Tribunal de origem, de 
modo que não pode ser conhecido originariamente por esta Corte, sob 
pena de supressão de instância” (Doc. 21 – fl. 6). Desse modo, é inviável a 
esta SUPREMA CORTE conhecer da temática originariamente, sob pena 
de dupla supressão de instância e violação às regras constitucionais de 
repartição de competências (HC 139.864-AgR, Rel. Min. ALEXANDRE DE 
MORAES, Primeira Turma, DJe de 6/6/2018; HC 132.864-AgR, Rel. Min. 
DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, DJe 18/3/2016; HC 136.452-ED, Rel. Min. 
ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 10/2/2017; HC 135.021-AgR, Rel. 
Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe 6/2/2017; HC 135.949, 
Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 24/10/2016). 
Adiante, o Superior Tribunal de Justiça afastou a suposta nulidade 
decorrente da apresentação das alegações finais na forma de memoriais, 
pelos fundamentos seguintes (Doc. 21 – fls. 5-6): 
A Corte de origem também consignou que 'o advogado do 
Paciente, ora Impetrante, foi intimado pessoalmente acerca da 
substituição dos debates orais por memorais, não constando no 
termo da audiência nenhum protesto relativo à tal substituição' 
e, ainda, que 'as testemunhas arroladas pelas partes foram 
ouvidas em três datas diferentes (28.03.2017, 17.07.2017 e 
07.08.2017) e todas através do sistema de gravação de 
audiência, de modo que entendeu [...] ser cabível a substituição 
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
HC 176058 AGR / PE 
das alegações finais orais por memoriais, para evitar qualquer 
prejuízo às partes'. 
Como se vê, a Defesa quedou-se inerte em relação à 
decisão que substituiu os debates orais por memoriais e, no 
caso, o Magistrado entendeu que as alegações finais por 
memoriais seria mais benéfico às partes em razão da 
complexidade da ação penal, já que 'as testemunhas arroladas 
pelas partes foram ouvidas em três datas diferentes (28.03.2017, 
17.07.2017 e 07.08.2017) e todas através do sistema de gravação 
de audiência', de modo que não há nulidade da referida decisão 
Sendo esse o quadro constante dos autos, em que já assinalada pelas 
instâncias antecedentes a inércia da defesa, neste particular, não cabe 
falar em constrangimento ilegal a ser sanado. Além disso, a decisão está 
lastreada no art. 403, § 3º, do Código de Processo Penal, segundo o qual o 
juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de 
acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente 
para a apresentação de memoriais. 
Por outro lado, o pedido de designação de nova audiência de 
instrução para oitiva de peritos foi rechaçado pelo Tribunal de Justiça do 
Estado de Pernambuco pelos fundamentos seguintes (Doc. 2 – fls. 2-):
Quanto à alegação do Impetrante de que fora cerceado ao 
Paciente o direito de se manifestar acerca da perícia 
tanatoscópica juntada a posteriori, não merece prosperar. Como 
bem asseverou a autoridade apontada coatora, nas informações 
prestadas nas mencionadas fls. 58/63, "a juntada da perícia 
tanatoscópica após o fim da instrução criminal não ocasionou 
modificação ou alteração quanto à prova da materialidade do 
fato, haja vista que já existia nos autos cópia da certidão de 
óbito da vítima, com conteúdo idêntico ao Laudo Pericial 
Tanatoscópico no que se refere a causa morte". E quanto à 
possível "obscuridade" na mencionada perícia, no tocante às 
fotografias, esclareceu "que foram feitas as documentações 
2 
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Supremo Tribunal Federal
HC 176058 AGR / PE 
das alegações finais orais por memoriais, para evitar qualquer 
prejuízo às partes'. 
Como se vê, a Defesa quedou-se inerte em relação à 
decisão que substituiu os debates orais por memoriais e, no 
caso, o Magistrado entendeu que as alegações finais por 
memoriais seria mais benéfico às partes em razão da 
complexidade da ação penal, já que 'astestemunhas arroladas 
pelas partes foram ouvidas em três datas diferentes (28.03.2017, 
17.07.2017 e 07.08.2017) e todas através do sistema de gravação 
de audiência', de modo que não há nulidade da referida decisão 
Sendo esse o quadro constante dos autos, em que já assinalada pelas 
instâncias antecedentes a inércia da defesa, neste particular, não cabe 
falar em constrangimento ilegal a ser sanado. Além disso, a decisão está 
lastreada no art. 403, § 3º, do Código de Processo Penal, segundo o qual o 
juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de 
acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente 
para a apresentação de memoriais. 
Por outro lado, o pedido de designação de nova audiência de 
instrução para oitiva de peritos foi rechaçado pelo Tribunal de Justiça do 
Estado de Pernambuco pelos fundamentos seguintes (Doc. 2 – fls. 2-):
Quanto à alegação do Impetrante de que fora cerceado ao 
Paciente o direito de se manifestar acerca da perícia 
tanatoscópica juntada a posteriori, não merece prosperar. Como 
bem asseverou a autoridade apontada coatora, nas informações 
prestadas nas mencionadas fls. 58/63, "a juntada da perícia 
tanatoscópica após o fim da instrução criminal não ocasionou 
modificação ou alteração quanto à prova da materialidade do 
fato, haja vista que já existia nos autos cópia da certidão de 
óbito da vítima, com conteúdo idêntico ao Laudo Pericial 
Tanatoscópico no que se refere a causa morte". E quanto à 
possível "obscuridade" na mencionada perícia, no tocante às 
fotografias, esclareceu "que foram feitas as documentações 
2 
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
HC 176058 AGR / PE 
fotográfica e dactiloscópica e esquema anatômico. Enquanto 
no ofício n° 4585/2017- IMLAPC, consta apenas a informação 
de que as ilustrações fotográficas solicitadas por este Juízo, 
quando da requisição da remessa da perícia tanatoscópica, 
não foram realizadas por problemas técnicos, ou seja, a 
documentação fotográfica foi feita quando realizada a perícia, 
no entanto, aquele órgão não dispunha de material e/ou 
equipamento técnico para enviá-las quando requeridas". 
Informou, também, que requisitará, mais uma vez, a remessa 
das ditas ilustrações fotográficas. 
Assim, inexiste falar em qualquer nulidade ou 
constrangimento ilegal a ser combatido, nem qualquer prejuízo 
à defesa do Paciente, tendo em vista que o laudo pericial 
juntado aos autos em momento posterior não traz qualquer fato 
novo, sendo de teor idêntico aos demais documentos no que se 
refere à causa da morte, já constantes do processo, "inexistindo 
algo ou situação que abarque excludente de ilicitude, 
culpabilidade ou inimputabilidade penal do paciente. 
Ocorrências estas sequer ventiladas pela defesa do réu ao 
longo da instrução criminal", como bem ressaltou o douto 
procurador em seu parecer de fls. 86/90. 
Além desses fundamentos, ressalte-se que o fim da primeira etapa 
do procedimento do Júri não significa que a instrução probatória esteja 
encerrada. É o que estabelece, por exemplo, a regra do art. 422 do Código 
de Processo Penal, segundo a qual, caso pronunciado o paciente, o 
Presidente do Tribunal do Júri ordenará a intimação do Ministério 
Público e da defesa para apontarem as testemunhas que irão depor em 
plenário, oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer 
diligências. Ou seja: ao contrário do que faz parecer a defesa, não está 
fechado o campo probatório que embasará eventual absolvição ou 
condenação do agravante. 
Portanto, não foi demonstrada, de forma cabal, a existência de 
cerceamento de defesa a comprometer o devido processo legal. 
Não se pode ignorar, ainda, que a defesa trouxe argumentação 
3 
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HC 176058 AGR / PE 
fotográfica e dactiloscópica e esquema anatômico. Enquanto 
no ofício n° 4585/2017- IMLAPC, consta apenas a informação 
de que as ilustrações fotográficas solicitadas por este Juízo, 
quando da requisição da remessa da perícia tanatoscópica, 
não foram realizadas por problemas técnicos, ou seja, a 
documentação fotográfica foi feita quando realizada a perícia, 
no entanto, aquele órgão não dispunha de material e/ou 
equipamento técnico para enviá-las quando requeridas". 
Informou, também, que requisitará, mais uma vez, a remessa 
das ditas ilustrações fotográficas. 
Assim, inexiste falar em qualquer nulidade ou 
constrangimento ilegal a ser combatido, nem qualquer prejuízo 
à defesa do Paciente, tendo em vista que o laudo pericial 
juntado aos autos em momento posterior não traz qualquer fato 
novo, sendo de teor idêntico aos demais documentos no que se 
refere à causa da morte, já constantes do processo, "inexistindo 
algo ou situação que abarque excludente de ilicitude, 
culpabilidade ou inimputabilidade penal do paciente. 
Ocorrências estas sequer ventiladas pela defesa do réu ao 
longo da instrução criminal", como bem ressaltou o douto 
procurador em seu parecer de fls. 86/90. 
Além desses fundamentos, ressalte-se que o fim da primeira etapa 
do procedimento do Júri não significa que a instrução probatória esteja 
encerrada. É o que estabelece, por exemplo, a regra do art. 422 do Código 
de Processo Penal, segundo a qual, caso pronunciado o paciente, o 
Presidente do Tribunal do Júri ordenará a intimação do Ministério 
Público e da defesa para apontarem as testemunhas que irão depor em 
plenário, oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer 
diligências. Ou seja: ao contrário do que faz parecer a defesa, não está 
fechado o campo probatório que embasará eventual absolvição ou 
condenação do agravante. 
Portanto, não foi demonstrada, de forma cabal, a existência de 
cerceamento de defesa a comprometer o devido processo legal. 
Não se pode ignorar, ainda, que a defesa trouxe argumentação 
3 
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
HC 176058 AGR / PE 
genérica, sem demonstrar qualquer prejuízo efetivamente sofrido, capaz 
de nulificar o julgado. Ora, não se pode ignorar a regra segundo a qual 
não haverá declaração de nulidade quando não demonstrado o efetivo 
prejuízo causado à parte (pas de nullité sans grief). Pertinentes, a propósito 
dessa temática, as lições de ADA, SCARANCE e MAGALHÃES: Sem 
ofensa ao sentido teleológico da norma não haverá prejuízo e, por isso, o 
reconhecimento da nulidade nessa hipótese constituiria consagração de 
um formalismo exagerado e inútil, que sacrificaria o objetivo maior da 
atividade jurisdicional (As nulidades no processo penal, p. 27, 12ª ed., 
2011, RT). 
Nesse mesmo sentido é a jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal: HC 130.433, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Rel. p/ Acórdão Min. 
ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, DJe de 19/4/2018; HC 
132.149-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 16/6/2017; RE 
971.305-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 
13/3/2017; RHC 128.827,Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda 
Turma, DJe de 13/3/2017; HC 120.121-AgR, Rel. Min. ROSA WEBER, 
Primeira Turma, DJe de 9/12/2016; HC 130.549-AgR, Rel. Min. EDSON 
FACHIN, Primeira Turma, DJe de 17/11/2016; RHC 134.182, Rel. Min. 
CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 8/8/2016; HC 132.814, Rel. 
Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 1º/8/2016; AP 481-EI-ED, 
Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, DJe de 12/8/2014; RHC 129.663- 
AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe de 16/5/2017, 
este último assim ementado: 
[...] 
A disciplina normativa das nulidades processuais, no 
sistema jurídico brasileiro, rege-se pelo princípio segundo o 
qual “Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não 
resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa” (CPP, art. 
563 – grifei). Esse postulado básico – “pas de nullité sans grief” 
– tem por finalidade rejeitar o excesso de formalismo, desde 
que eventual preterição de determinada providência legal não 
tenha causado prejuízo para qualquer das partes. Precedentes. 
4 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 0862-82A9-29D7-B0B6 e senha 42AB-D903-0E63-E423
Supremo Tribunal Federal
HC 176058 AGR / PE 
genérica, sem demonstrar qualquer prejuízo efetivamente sofrido, capaz 
de nulificar o julgado. Ora, não se pode ignorar a regra segundo a qual 
não haverá declaração de nulidade quando não demonstrado o efetivo 
prejuízo causado à parte (pas de nullité sans grief). Pertinentes, a propósito 
dessa temática, as lições de ADA, SCARANCE e MAGALHÃES: Sem 
ofensa ao sentido teleológico da norma não haverá prejuízo e, por isso, o 
reconhecimento da nulidade nessa hipótese constituiria consagração de 
um formalismo exagerado e inútil, que sacrificaria o objetivo maior da 
atividade jurisdicional (As nulidades no processo penal, p. 27, 12ª ed., 
2011, RT). 
Nesse mesmo sentido é a jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal: HC 130.433, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Rel. p/ Acórdão Min. 
ALEXANDRE DE MORAES, Primeira Turma, DJe de 19/4/2018; HC 
132.149-AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe de 16/6/2017; RE 
971.305-AgR, Rel. Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, DJe de 
13/3/2017; RHC 128.827, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda 
Turma, DJe de 13/3/2017; HC 120.121-AgR, Rel. Min. ROSA WEBER, 
Primeira Turma, DJe de 9/12/2016; HC 130.549-AgR, Rel. Min. EDSON 
FACHIN, Primeira Turma, DJe de 17/11/2016; RHC 134.182, Rel. Min. 
CÁRMEN LÚCIA, Segunda Turma, DJe de 8/8/2016; HC 132.814, Rel. 
Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, DJe de 1º/8/2016; AP 481-EI-ED, 
Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, DJe de 12/8/2014; RHC 129.663- 
AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJe de 16/5/2017, 
este último assim ementado: 
[...] 
A disciplina normativa das nulidades processuais, no 
sistema jurídico brasileiro, rege-se pelo princípio segundo o 
qual “Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não 
resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa” (CPP, art. 
563 – grifei). Esse postulado básico – “pas de nullité sans grief” 
– tem por finalidade rejeitar o excesso de formalismo, desde 
que eventual preterição de determinada providência legal não 
tenha causado prejuízo para qualquer das partes. Precedentes. 
4 
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Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES
HC 176058 AGR / PE 
[...] 
Diante do exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. 
É o voto.
5 
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Supremo Tribunal Federal
HC 176058 AGR / PE 
[...] 
Diante do exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. 
É o voto.
5 
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Voto Vogal
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 176.058 PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) :SERGIO ROBERTO LAPORTE ALVES DA SILVA 
ADV.(A/S) : JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO 
AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
V O T O
 
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O habeas corpus é ação 
constitucional voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão. O 
processo que o veicule, devidamente aparelhado, deve ser submetido ao 
julgamento de Colegiado. Descabe observar quer o disposto no artigo 21 
do Regimento Interno, no que revela a possibilidade de o Relator negar 
seguimento a pedido manifestamente improcedente, quer o artigo 932 do 
Código de Processo Civil. Ante o fato de atuar na sessão virtual, quando 
há o prejuízo da organicidade do Direito, do devido processo legal, 
afastada a sustentação da tribuna, provejo o agravo para que o habeas 
corpus tenha sequência.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 72D7-2F75-F1B2-D086 e senha ECA6-A8AF-DB71-27EC
Supremo Tribunal Federal
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 176.058 PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) :SERGIO ROBERTO LAPORTE ALVES DA SILVA 
ADV.(A/S) : JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO 
AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
V O T O
 
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O habeas corpus é ação 
constitucional voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão. O 
processo que o veicule, devidamente aparelhado, deve ser submetido ao 
julgamento de Colegiado. Descabe observar quer o disposto no artigo 21 
do Regimento Interno, no que revela a possibilidade de o Relator negar 
seguimento a pedido manifestamente improcedente, quer o artigo 932 do 
Código de Processo Civil. Ante o fato de atuar na sessão virtual, quando 
há o prejuízo da organicidade do Direito, do devido processo legal, 
afastada a sustentação da tribuna, provejo o agravo para que o habeas 
corpus tenha sequência.
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 21/02/2020
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 176.058
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : SERGIO ROBERTO LAPORTE ALVES DA SILVA
ADV.(A/S) : JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO (26291/PE)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo 
regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro 
Marco Aurélio. Primeira Turma, Sessão Virtual de 14.2.2020 a 
20.2.2020.
 Composição: Ministros Rosa Weber (Presidente), Marco Aurélio, 
Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. 
João Paulo Oliveira Barros
Secretário da Primeira Turma 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o código 416F-597E-FDFA-2172 e senha DD48-54DF-14BE-2B6C
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS176.058
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. ALEXANDRE DE MORAES
AGTE.(S) : SERGIO ROBERTO LAPORTE ALVES DA SILVA
ADV.(A/S) : JOSE RAFAEL FONSECA DE MELO (26291/PE)
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por maioria, negou provimento ao agravo 
regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro 
Marco Aurélio. Primeira Turma, Sessão Virtual de 14.2.2020 a 
20.2.2020.
 Composição: Ministros Rosa Weber (Presidente), Marco Aurélio, 
Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. 
João Paulo Oliveira Barros
Secretário da Primeira Turma 
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001. O documento pode ser acessado pelo endereço
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