Buscar

Lesões ulcerosas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Lesões ulcerosas 
ESTOMATITE AFTOSA RECORRENTE (AFTA)  
 
➔ A úlcera traumática é representada por 
lesão única, diferente da EAR, e se 
mostra mais extensa e profunda com 
contorno irregular e ciclo clínico mais 
extenso. 
➔ Etiologia:​́ Possível destacar a teoria 
infecciosa, cujo​ fator etiológico seria 
um tipo de estreptococo​, ou a ​teoria 
neuropsicogênica, se- gundo a qual o 
estresse emocional poderia desen- 
cadear a liberação de catecolaminas 
das células de Merckel da mucosa, 
cuja ação vasoconstritora provocaria 
necrose e consequente úlcera. Também 
se aventa a possibilidade de um​ fator 
hereditário na ocorrência de aftas. 
➔ Ao se analisar, então, as várias teorias 
propos-tas para a etiopatogenia da 
EAR, ​pode-se aqui destacar as mais 
convincentes: 
 
Hereditária : predisposição genética. 
 
Fatores hormonais:​ foi observado que 
mulheres que desenvolvem EAR em 
determinadas fases não o fazem durante a 
gravidez, o que indica eventual associação. 
 
Deficiências nutricionais​: Baixa ingestão de 
vitaminas B12 e ácido fólico seriam 
determinantes na eclosão de Estomatite aftosa 
recorrente (EAR). 
 
Fatores pscicossomáticos​: ​: observados na 
clínica diária que pacientes que sofreram 
sustos esporádicos de forma leve podem vir a 
eclodir lesões de EAR, em função de um 
distúrbio emocional. Por vezes agressivas, são 
observadas enquanto durar o processo 
psicológico; uma vez controla- do, os sinais e 
sintomas desaparecem. 
 
Agentes microbiológicos:​Associado ao 
estreptococos L que seriam introduzidos 
através da puntura da anestesia infiltrativa ou 
outro tipo de traumatismo. Citomegavírus, 
HIV, etc. 
 
Fatores imunológicos : pacientes imunologica- 
mente deprimidos em período pós-operatório 
prolongado normalmente apresentam áreas 
ulceradas na mucosa bucal compatíveis com 
EAR. 
 
➔ Perda de equilíbrio patológico seria o 
principal fator para se eclodir essa 
patologia. 
 
➔ Não se sabe exatamente quais 
fatores causam essa doença. As 
teorias citam fatores hereditários, 
psicossomáticos, hormonais e 
infecciosos,​ entre outros. Cremos, 
pelo uso de agentes que interferem 
na melhora da resistência orgânica 
do paciente, que possa haver uma 
interação dos fatores acima ci- 
tados, ​mas sempre com 
participação do complexo 
imunológico. 
 
➔ Em pacientes com baixa resistência, 
por vários motivos, como 
pós-operatório com complicações 
desgastantes, convalescença de 
doenças crônicas consuntivas 
longas, medicação com 
imunossupres- sores ​(caso de 
transplantados, por exemplo), ​apare- 
cem áreas ulceradas na mucosa 
bucal, compatíveis com afta. 
 
Manifestações clínicas: 
➔ Eritema localizado ​uniforme de início, 
que aos poucos apresenta uma​ pápula 
ou mancha amarelada central​. Mais 
tarde, a dor se intensifica e surge uma 
úlcera arredondada , única ou múltipla, 
de contorno regular e uniforme, 
medindo não mais que três milímetros 
de diâmetro, em média, com halo 
eritematoso, exsudato acinzentado ou 
amarelado na porção central, que se 
manifesta sempre em mucosas pouco 
queratinizadas ou mesmo 
desqueratinizadas (pouco espessas), 
como soalho da boca, mucosa labial, 
mucosa jugal, ventre da língua, palato 
mole e orofaringe. 
 
Não ocorre em mucosa 
queratinizada. É menos frequente 
em fumantes, cuja mucosa é, em 
geral, mais queratinizada 
 
São clinicamente classificadas 
como: 
 
➔ Forma menor: ​Afta comum, 
cerca de 80% dos casos. 
Desaparece em até 7 dias. 
Comum em pacientes de 10 
a 14 anos. 
 
➔ ̂ Forma maior​ (periadenite 
mucosa necrótica recorrente 
cicatrizante): ocorre em cerca 
de 10% dos casos, com 
predileção pelo gênero fe- 
minino em idade mais 
avançada. Maiores que a afta 
comum e com contorno 
irregular. A reparação ocorre 
após 20 dias e pode apresentar 
cicatrização fibrótica. 
 
➔ ̂ Forma herpetiforme​: ocorre 
em cerca de 6% dos casos na 
faixa etária entre 20 e 30 anos, 
sob a for-ma de múltiplas 
aftas comuns ​agrupadas 
umas ​próximas às outras. 
 
Critério de diagnóstico: 
 Episódios anteriores que o paciente relate são 
de grande valia, permitindo reconhecer sinais e 
sintomas. A evolução clínica, todavia, será o 
fator definitivo de diagnóstico. 
 
Prognóstico​: 
 Favorável pois desaparece de 5 a 7 dias. 
Geralmente espera-se a cura espontânea ou se 
é administrado algum anti inflamatório, e 
demais medicamentos que tratam os sintomas. 
Novos surtos podem surgir, com graus 
variados de intensidade, mas que deverão 
desaparecer em curto espaço de tempo. A 
doença é benigna. O paciente deve evitar 
estresse e se manter nutrido. 
➔ Pode-se utilizar ​pomadas​ a base de 
triancinolona,​ com função 
anti-inflamatória , e pode-se utilizar 
ainda, na forma de colutório, a 
benzidamida quatro vezes ao dia. 
➔ O uso do ácido ascórbico ( vitamina 
C​), via oral, na dose de duas a quatro 
gramas diárias, ao longo do tempo, 
mostrou-se eficiente como auxiliar 
terapêutico da EAR, fazendo com que 
os​ surtos sejam de menor duração, 
mais brandos e com maior intervalo 
entre um surto e outro. 
➔ O uso da ​vitamina B12​ tem sido 
recomendado como possível agente 
coadjuvante para o tratamento da 
EAR,​ reduzindo a duração dos surtos, 
o número de úlceras e do nível de dor . 
 
Tratamento 
É sintomático, utiliza-se para diminuir a dor e 
o período de manifestação do surto: 
➔ Anestésicos tópicos: Xilocaína e anti 
inflamatórios. 
➔ Pomadas de triancinolona, 
betametasona e hidrocortisona. 
➔ Anti inflamatórios via oral ou parental 
➔ Vitamina C 
➔ Aplicação de laser de baixa potência, 
que auxilia na produção de endorfina e 
na aceleração do processo de divisão 
celular. 
Estomatologia: Bases para o diagnóstico clínico. (Lesões ulcerativas) 
 
A úlcera traumática é causada por uma 
agressão na mucosa bucal.​ Pode 
resultar de uma mordida, irritação por 
próteses, escovação dos dentes, etc. 
Medicamentos a base de ácidos 
também podem causar a úlcera. 
Também há as ​úlceras psicogênicas 
onde pacientes com alguma 
deficiência mental produz uma 
agressão na mucosa de forma não 
acidental contra si mesmo. 
 
Características clínicas: 
São lesões únicas, cobertas por uma 
membrana fibrinosa. A reparação da 
úlcera traumática ocorre em torno de 
15 dias. 
As úlceras crônicas​ ocorrem na borda 
lateral da língua, se assemelha a lesões 
de câncer bucal, entretanto um exame 
físico é suficiente para definir o 
diagnóstico. ​Se a lesão persistir por 
mais de 15 dias​ sem sinais de melhora 
é indicado uma biópsia para 
estabelecer um diagnóstico definitivo. 
 
Ulceração aftosa recorrente 
(UAR) 
 
Se caracteriza por episódios de 
repetição e sintomatologia dolorosa​. É 
uma doença inflamatória crônica, de 
natureza imunológica. Muitos fatores 
locais e sistêmicos como infecções 
virais e bacterianas, hipersensibilidade 
á alimentos, fatores genéticos e 
doenças sistêmicas podem estar 
associadas á patogênese das aftas. 
➔ UAR é o resultado anormal de 
uma resposta imune 
direcionada a mucosa bucal. 
➔ Pode estar envolvida com o 
desequilíbrio imunológico 
desses pacientes, estudos têm 
constatado um aumento no 
número de células CD4 e 
CD8. 
➔ A presença de linfócitos T na 
periferia das úlceras das aftas 
poderia ser uma resposta 
celular mediada por células. 
 
Muitos fatores podem desencadear as aftas 
como estresse, ansiedade, alimentos cítricos, 
trauma, entre outros. 
➔ Com relação aos aspectos hereditários, 
observa-se uma correlação importante 
com as aftas, assim como as 
deficiências nutricionais, ácido fólico, 
ferro, zinco, e vitaminas B1,B2,B6 e 
B12. acomete duas vezes mais os 
pacientes com úlcera aftosa recorrente. 
➔ Podem estar associadas a alguns 
distúrbios gastrointestinais, como 
doença de Crohn, colite ulcerativa e 
doença do celíaco. 
 
Três estágios são observados na UAR: 
Fase pré ulcerativa: ​Linfócitos na lâmina 
própria, degeneração das células epiteliais da 
suprabasal. 
 
Estágio mais avançado:​Aumenta a infiltração 
nos tecidos, particularmente no epitélio, 
presença de edemae degeneração epitelial 
progredindo para uma ulceração com uma 
membrana de fibrina recobrindo a úlcera. 
 
Fase de reparação:​ Regeneração do epitélio. 
 
Ocorrem em pacientes com 
imunodesregulação sistêmica, como por 
exemplo aidéticos. 
 
Doença de Behçet 
Doença sistêmica, tem uma base 
imunogenética confirmada​, assim como nas 
aftas a desordem parece ser uma 
imunodesregulação, pode ser primária ou 
secundária a outros fatores desencadeadores. 
➔ Sua maior prevalência ocorre no Japão 
e oriente médio, no sexo masculino, 
faixa etária de 20 e 30 anos. 
➔ Ulceração genital recorrente, e lesões 
inflamatórias oculares e em pele são 
manifestações que devem estar 
presentes para o diagnóstico da 
doença. 
➔ Há ulcerações recorrentes na mucosa 
bucal, na região do palato mole e 
orofaringe. 
➔ Manifestações cutâneas, artrite nos 
joelhos, cotovelos, punhos e 
tornozelos podem ocorrer. 
 
O tratamento é feito à base de corticoterapia 
tópica ou sistêmica. 
 
Granulomatoses orofaciais 
não-infecciosas (GOF) 
 
Ocorre inchaço na face, lábios e tecidos bucais 
numa associação de evidências histológicas de 
um processo inflamatório crônico dentro dos 
tecidos. 
➔ Está associada com intolerância a 
alimentos específicos, suplementos 
alimentares, aromatizantes, 
condimentos e alguns componentes 
das pastas de dentes. 
➔ A associação entre a GOF e a doença 
de Crohn tem sido estudada. 
 
Doença de Crohn e colites 
ulcerativas. 
 
São doenças inflamatórias do intestino. ​A 
doença de Crohn apresenta muitas lesões 
bucais que podem surgir com essas doenças 
gastrointestinais, essas lesões, 
aproximadamente 30% dos pacientes à 
manifestam. Clinicamente as úlceras bucais 
apresentam um aspecto linear em região de 
fundo de sulco e ao redor da lesão aspecto 
hiperplásico.

Continue navegando