Planejamento do treinamento físico no handebol

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HANDEBOL – Planejamento do treinamento físico no handebol
	
	
	
	
	
	1 INTRODUÇÃO
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	2 REFERENCIAL TEORICO
	05
	3 METODOLOGIA
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	4 CONCLUSÃO
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	5 REFERÊNCIAS
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1 INTRODUÇÃO
	O handebol é um esporte de quadra jogado por duas equipes de sete jogadores, é um esporte complexo que exige de seus atletas movimentos de corrida salto e arremesso, para chegar em seu objetivo que é o gol, de acordo com Espanhol Junior (2012) é preciso combinar técnicas de passe, recepção e finta para chegar ao objetivo final. 
	Vale ressaltar que por ser um esporte onde os recursos se valem necessariamente de quadra e bola, e consegue chamar atenção do mais variado público por sua versatilidade, na escola é um excelente componente nas aulas de educação física por seu caráter ambivalente, e a possibilidade de atrelar ao lúdico com jogos como queima, pega-pega, bobo, etc.
	Sabe-se também que se exige no campo profissional do atleta de handebol um excelente desenvolvimento físico e motor, e a atuação e conhecimento do profissional de educação física nesta modalidade são impar objetivando melhor rendimento para o praticante. 
Com isto o presente trabalho tem como objetivo, conhecer e entender como ocorre o planejamento e o desenvolvimento do treinamento físico no handebol. 
2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 Histórico
O handebol foi criado pelo em 1919 pelo atleta e professor de educação física alemão Karl Schelenz (1890-1956). Nesse ano, ele e outros parceiros de trabalho reformularam um esporte para deficientes visuais chamado de torball.
Desde sua criação, o handebol tal qual o conhecemos hoje sofreu algumas modificações. O local de jogo, por exemplo, era ao ar livre (em gramados) e os espaços eram menores. Agora, o esporte é executado em quadras fechadas de 40 por 20 metros. Além disso, no início o handebol era um jogo exclusivo para mulheres.
Mais tarde e com sua inclusão nos esportes olímpicos, ele passou a ser jogado por ambos os sexos. No Brasil, o handebol passou a ser reconhecido a partir dos anos 30. Em 1940 foi fundada em São Paulo a Federação Paulista de Handebol. Esse momento foi um importante passo para a consolidação do esporte no país.
Após a I Guerra Mundial, um grande número de imigrantes alemães veio para o Brasil, estabelecendo-se na região sul do país por conta das semelhanças climáticas que a mesma possuía com aquele país europeu. Dessa forma, os brasileiros passaram a ter um maior contato com a cultura e tradição folclórica e, por extensão, com as atividades recreativas e desportivas por eles praticadas, dentre os quais o então Handebol de Campo. No entanto foi em São Paulo que a modalidade teve seu maior desenvolvimento, principalmente quando, em 26 de fevereiro de 1940, foi fundada a Federação Paulista de Handebol, tendo como seu primeiro presidente Otto Schemelling.
O Handebol de Salão somente foi oficializado em 1954, quando a Federação Paulista de Handebol instituiu o I Torneio Aberto de Handebol, que foi jogado em campo improvisado ao lado do campo de futebol do Esporte Clube Pinheiros.
Contudo, a grande difusão do Handebol em todos os estados veio com a sua inclusão nos III Jogos Estudantis Brasileiros - JEB's/71, realizados em Belo Horizonte-MG, em julho de 1971, e também nos Jogos Universitários Brasileiros, realizados em FortalezaCE, em julho de 1972. Nos JEB's/71 o Handebol teve a participação de aproximadamente 10 equipes femininas e 12 masculinas. Já em 1973, nos IV JEB's, em Maceió-AL, cerca de 16 equipes femininas e 20 masculinas (CBHb, 2006) participaram do jogos.
Em 1979 foi fundada a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) com sede na cidade de Aracaju (Sergipe). Esse órgão é responsável pelos eventos de handebol que ocorrem no país.
2.2 Preparação física no Handebol de quadra
	O handebol é um esporte no qual demanda de seu atleta um alto gasto energético, dentro de quadra pode-se identificar um trabalho de potência, e quando se trata de sistema energético o uso principal é o sistema ATP-CP.
2.3 Capacidades Físicas determinantes no Handebol
	O handebol com sua característica dinâmica, necessita de várias valências físicas, e vai variar de acordo com a posição que cada atleta ocupa em quadra. De acordo com Costa (2017) “Os atletas de handebol utilizam as valências físicas em todo espaço da quadra tais como a coordenação, a força dinâmica e explosiva, a resistência aeróbica e muscular localizada, a velocidade de reação e a de deslocamento, a flexibilidade e a agilidade.”.
	Em relação ao armador central, por esta no centro do ataque deve saber arremessar com força e ter um grande repertório de passes e visão periférica do jogo. Os meias possuem os mais fortes arremessos e são, geralmente, os mais altos, utilizam do arremesso em suspensão com muita potência. Os pontas são velozes e ágeis, para isso a capacidade de arremessar em ângulos fechados devem ser bem trabalhadas, bem como a habilidade e pontaria. O pivô tem como objetivo abrir espaço na defesa adversária para que seus companheiros possam arremessar de uma distância menor, ou se posicionar estrategicamente para que ele mesmo possa receber a bola e arremessar em direção ao gol, deve possui o maior repertório de arremessos do time. O goleiro é o responsável pela defesa da meta e em servir os atacantes no contra-ataque.
2.4 Planejamento do treinamento Físico
	O planejamento do treinamento do handebol obedece a uma organização de todos os estímulos de forma apropriada, com todos os objetivos previamente determinados no sentido proporcionar a otimização da performance através de um equilíbrio entre os esforços de treinamento e o tempo de recuperação necessário para o restabelecimento das reservas orgânicas.
	Com isto o treinamento deve observar basicamente 04 principios: o princípio da sobrecarga, da especificidade, das diferenças individuais e da reversibilidade. Princípio da sobrecarga - Baseia-se em uma série de adaptações realizadas pelo organismo a uma sequência de estímulos realizada em determinados períodos com intensidades diferenciadas. Princípio da especificidade - Seria a adaptação dos sistemas metabólicos e fisiológicos diante de estímulos relacionados diretamente com a característica desportiva realizada, sua frequência, intensidade e tipo de exercício empregado. Princípio das diferenças individuais - Cada indivíduo responde de forma diferente ao mesmo estímulo fornecido. Esta individualidade está relacionada à sua característica genética e especificamente no handebol à sua posição de jogo. Princípio da reversibilidade - Refere-se à necessidade da continuidade no treinamento sabendo-se que, ao cessar este estímulo, as adaptações geradas serão perdidas.
	A periodização é a técnica de planejar os processos de treinamento e competição de forma que o plano de treinamento anual seja uma sucessão de períodos. Dentro desta descrição encontramos um modelo básico de treinamento composto por 3 períodos distintos: preparatório, de competição e de transição. Com isto é preciso também a determinação das cargas de treinamento, onde são consideradas as características técnicas e táticas de cada atleta. Para se determinar esta carga são utilizados testes específicos de cada valência física que direciona o treinamento para os atletas de handebol.
2.5 Testes de aptidão física no handebol
	Os testes e suas avaliações tem por finalidade complementar a prescrição de exercícios e direcionar todo processo de melhora do desempenho.
	Dentro deste princípio para a modalidade do handebol temos como valências físicas a serem avaliadas a potência de membros superior e inferior, velocidade de deslocamento e agilidade. 
	Para isso Costa (2017) sugere alguns testes como: Teste de Potência de Membro Superior: Teste de Arremesso de Medicine Ball, Neste teste é solicitado ao indivíduo que arremesse uma bola de medicine Ball o mais distante possível. Posição do avaliado: Sentado em uma cadeira a 45º, o atleta segura a medicine ball (3 quilos) com as duas mãos contrao tórax e logo abaixo do queixo com os cotovelos o mais próximo do tronco. Uma corda é posicionada na altura do tórax do atleta para mantê-lo na cadeira e eliminar a ação do impulso corporal durante o arremesso. Execução do teste: Solicita-se que o avaliado arremesse a medicine ball com esforço dos braços e cintura escapular, evitando-se ajuda de qualquer outra parte do corpo. São realizadas 3 tentativas. Resultado do teste: É computada a distância, em centímetros, da melhor das três tentativas executadas pelo atleta. 
	Teste de Potência de Membro Inferior: Teste de impulsão horizontal. Neste teste o atleta é solicitado a saltar para frente o mais longe possível. Posição do avaliado: Em pé com pés paralelos em uma linha demarcada no solo com 1 metro de fita adesiva. Execução do teste: Solicita-se que o avaliado salte o mais longe possível para frente a partir da linha demarcada. Não é permitida a corrida antes do salto. A distância do salto é medida e registrada a partir de uma fita adesiva colocada atrás do calcâneo no final do salto. Resultado do teste: Podem ser feitas mais de 1 tentativa e utiliza-se o maior valor obtido das tentativas realizadas.
Teste de Velocidade de Deslocamento: Shuttle Run de Velocidade (Eurofit, 1988) Neste teste é medida a velocidade de corrida. Posição do avaliado: O avaliado deverá estar em pé, atrás da linha de saída com os pés em afastamento antero-posterior. Ao ser dado o comando “Vai”, deve correr o mais rápido possível para a outra linha demarcada a uma distância de 5 metros e retornar a linha inicial, cruzando ambas as linhas com os dois pés. Ambas as linhas possuem 1,20 metros de comprimento. Esta movimentação é considerada 1 ciclo e o avaliado deve realizar 5 ciclos. Resultado: É computado o tempo gasto (em décimos de segundo) para completar os 5 ciclos.
Teste de Agilidade: Teste de agilidade de SEMO (Modified Southeast Missouri Agility Drill) Neste teste é medida a agilidade geral do corpo se movendo para frente, para trás e lateralmente. Posição do avaliado: O avaliado inicia o teste na posição em pé atrás da linha de partida de costas para o cone A ao ser dado o comando ele desloca-se lateralmente até o cone B passando por fora do cone e corre de costas até o cone D, dando a volta por dentro deste. A seguir, corre de frente até o cone A, passando por fora; corre depois de costas até o cone C passando por dentro. Depois corre de frente do cone C até o cone B, passando por fora do cone B e finalmente corre lateralmente do cone B até a linha de partida. Resultado do teste: São realizadas 2 tentativas e utiliza-se o melhor resultado das tentativas realizadas.
3 METODOLOGIA
O estudo caracteriza-se como qualitativo, através de revisão e pesquisa bibliográfica. 
REFERÊNCIAS
HESPANHOL JUNIOR, Luiz Carlos et al . Principais gestos esportivos executados por jogadores de handebol. Rev. Bras. Ciênc. Esporte,  Porto Alegre ,  v. 34, n. 3, p. 727-739,  Sept.  2012 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32892012000300014&lng
MONTEIRO, Renan Neo; GALANTE, Regiane Cristina; INICIAÇÃO EM HANDEBOL: UMA ESTRATÉGIA LÚDICA PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Disponível em: http://www.eefe.ufscar.br/upload/11.pdf
COSTA, JULIO VICENTE NETO. Metodologia do ensino do Handebol. Rio de Janeiro: 1° ed. SESES, 2017.