Buscar

Modernidade e Racionalismo: Questões Centrais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Questões centrais das Unidades II e III 2018
Avaliação Global – 
Disciplina: Filosofia: Razão e Modernidade
Prof(a): Valéria Lima Bontempo
1. O que é a modernidade e quais são as suas principais características. Explique cada uma delas.
Modernidade é o modo de ser e de pensar que começa a se configurar no Renascimento e na Idade Moderna. O conceito de Modernidade sempre relaciona-se com algo novo, àquilo que rompe com a tradição. 
Características:
1. Racionalismo: o critério da fé e da revelação é substituído pelo poder exclusivo da razão. Dogmatismo X dúvida.
2. Antropocentrismo: antropocentrismo X teocentrismo.
O homem moderno descobre a subjetividade. Enquanto que o pensamento antigo e medieval parte da realidade inquestionada do objeto e da capacidade do homem de conhecer, surge na idade Moderna a preocupação com a consciência da consciência. O problema central é o problema do sujeito que conhece, não mais do objeto. Antes se perguntava: Existe alguma coisa? Isto o que existe é o que? Na modernidade o problema não é saber como as coisas são, mas se nos eventualmente podemos conhecer qualquer coisa. 
3. saber ativo: Na modernidade o conhecimento não parte apenas de noções e principios, mas da própria realidade observada e submetida a experimentações. Da mesma forma este saber deve retornar ao mundo para transforma-lo. Dá-se a aliança da ciência com a técnica. 
2. Quem foi René Descartes? 
Filosofo francês René Descartes (1596-1650) conhecido como pai do racionalismo se colocou como tarefa aglutinar todas as ideias, até então produzidas, com o único objetivo: descobrir um método que pudesse assegurar o verdadeiro conhecimento. 
3. O que é o racionalismo?
O racionalismo é uma teoria filosófica que dá a prioridade à razão, como faculdade de conhecimento relativamente aos sentidos.
O racionalismo pode ser dividido em diferentes vertentes: a vertente metafísica, que encontra um caráter racional na realidade e indica que o mundo está ordenado de forma lógica e sujeito a leis; a vertente epistemológica ou gnosiológica, que contempla a razão como fonte de todo o conhecimento verdadeiro, sendo independente da experiência; e a vertente ética, que acentua a relevância da racionalidade, respetivamente, à ação moral.
4. Qual é o método proposto por Descartes? 
Para Descartes, a confiança nos sentidos é a principal fonte de nossos erros. Em sua obra o “Discurso do Método” mostrou como evita-los. O procedimento consiste em seguir metodicamente 4 regras ou princípios, quais sejam: 
· Admitir como verdade somente o que for evidente;
· Desmembrar o problema em questão para ser resolvido por partes;
· Conduzir o pensamento de forma ordenada, começando sempre pelas coisas simples até chegar nas mais complexas; e 
· Controlar e revisar todos os nossos passos, de tal forma que nada nos passe despercebido. 
5. Explique a afirmativa: “Penso, logo existo!”
 Descartes usa aqui a razão para entender as coisas do mundo, pois salienta que “os nossos sentidos nos enganam às vezes”. Diz ele que se posso me enganar com as impressões de meus sentidos ou de pensamentos que tenho quando estou acordado (pois posso ter os mesmos pensamentos quando estou dormindo), tudo que tenho em concreto são ilusões. Mas, uma coisa é verdade: se estou pensando, eu existo (eu penso, logo existo)”. 
Assim, constata, que era ele “uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de nenhum lugar, nem depende de qualquer coisa material”. E se não depende de coisa material, não depende do corpo pois o que pensa é a alma. Então, para Descartes, a alma é “inteiramente distinta do corpo e, mesmo, que é mais fácil de conhecer do que ele, e, ainda que este nada fosse, ela não deixaria de ser tudo o que é”.
6. O que é a dúvida metódica?
A dúvida metódica é aquela que René Descartes (um filosofo francês) afirma ser uma dúvida sem falhas, com respostas extremamente exatas sem nenhuma possibilidade de dúvida, em outras palavras, a dúvida metódica foi o meio pelo qual Descartes se valeu para chegar a um conhecimento firme e seguro. Foi a dúvida levada ao extremo para se extrair uma verdade incontestável, uma primeira verdade.
7. Quais são as máximas da moral cartesiana?
Dividiu-as em:
 – obedecer às leis e aos costumes de meu país, seguindo a religião que Deus lhe deu e a qual foi criado desde criança, bem como abandonar por um instante as próprias opiniões para poder revê-las;
 – ser o mais firme e o mais resoluto possível em suas ações. Não ter dúvidas. 
 – antes de vencer a si próprio, “habituar e a acreditar que nada existe que esteja completamente em nosso poder, salvo os nossos pensamentos, de maneira que, após termos feito o melhor possível no que se refere às coisas que nos são exteriores, tudo em que deixamos de nos sair bem é, em relação a nós, absolutamente impossível”. 
– decidiu “passar em revista as diferentes ocupações que os homens exercem nesta vida, para procurar escolher a melhor; e, sem pretender dizer nada a respeito das dos outros, achei que o melhor a fazer seria continuar naquela mesma em que me encontrava, ou seja, utilizar toda a minha existência em cultivar minha razão, e progredir o máximo que pudesse no conhecimento da verdade, de acordo com o método que me determinara”. 
8. O que é o empirismo?
Empirismo: Corrente filosófica para a qual a experiência é critério ou norma da verdade. A palavra empirismo vem do grego empeiria, que significa “experiência”. O Empirismo não nega a razão. A diferença é que seu ponto de partida para o conhecimento são as sensações.
9. Explique a teoria dos ídolos de Francis Bacon?
Elabora uma crítica através de sua teoria dos ídolos – os ídolos são distorções ou ilusões que bloqueiam a mente – Esses ídolos podem ser de quatro tipos.
 1) ídolos da tribo = decorrem da própria espécie humana, que por natureza não tem uma relação com o universo que garanta o seu conhecimento – “ O homem não é um microcosmo que reflete em si as características do macrocosmo.
2) ídolos da caverna = “...são conseqüências das características individuais de cada homem, de sua constituição física e mental, das influências que sofre de seu meio...”
3) ídolos do foro ( ou do mercado) = decorrem das relações entre os homens, da comunicação e do discurso, sendo que as palavras forçam o intelecto e o perturba. Esses ídolos levam a fantasias –; e
 4) ídolos do teatro= são as antigas e novas doutrinas filosóficas que são fictícias e teatrais, pois não expressam verdades. 
10. Considerando o capítulo I, do livro Ensaio Acerca do Entendimento Humano, de John Locke quais são as fontes das ideias? Explique como esse processo ocorre?
Todas as ideias derivam da sensação ou da reflexão. 
Sensação, ou sentido externo: é a percepção de objetos sensíveis e particulares, como o gosto de.
Reflexão ou sentido interno: é a percepção da operação de nossas mentes com as ideias já ali depositadas uma maçã, a sensação de uma xícara quente de café, o som da voz de nossa mãe ou a visão de um pôr do sol. pela sensação, derivando as dúvidas, crenças, vontades e o conhecimento propriamente dito.
É somente com o segundo estágio, da reflexão, que atingimos o entendimento das coisas; mas, sem as janelas abertas para a luz vinda da experiência, nossa mente permanece como um quarto escuro. Os limites do que podemos conhecer, desse modo, são as ideias. Não podemos ir além delas. 
11. Por que o filósofo Hume é apontado como um pensador cético?
Hume era também cético a respeito de uma fundamentação para o que aprendemos com base na experiência. Seu ceticismo decorre do questionamento da noção de causalidade e da noção de identidade pessoal. 
12. Qual é a crítica que Kant faz aos filósofos empiristas e aos filósofos racionalistas?
Kant condena os empiristas porque não somos folhas em branco, sobre as quais os objetos deixam suas impressões. Diferentemente dos empiristas, Kant não concorda que todo conhecimento vem dos sentidos. Como sujeitos do conhecimento, ajudamos a construí-lo.Kant também não concorda com os racionalistas, pois é errado julgar que tudo o que conhecemos provém de nossa razão. 
13. O que é o conhecimento para Kant?
O conhecimento da realidade é fenomênico, ou seja, a maneira como o sujeito do conhecimento organiza de modo universal e necessário os dados da experiência, graças às formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo) e dos conceitos a priori do entendimento (as categorias). 
14. Considerando o texto “Resposta à pergunta : Que é esclarecimento?”, o que é esclarecimento (ou iluminismo) de acordo com Kant?
O Iluminismo é a saída dos homens do estado de menoridade devido a eles mesmos. Menoridade é a incapacidade de utilizar o próprio intelecto sem a orientação de outro. Essa menoridade será devida a eles mesmos se não for causada por deficiência intelectual, mas por falta de decisão e coragem para utilizar o intelecto como guia. 
Esclarecimento (Aufklärung) significa a saída do homem de sua menoridade, pela qual ele próprio é responsável. A menoridade é a incapacidade de se servir de seu próprio entendimento sem a tutela de um outro. É a si próprio que se deve atribuir essa menoridade, uma vez que ela não resulta da falta de entendimento, mas da falta de resolução e de coragem necessárias para utilizar seu entendimento sem a tutela de outro. Sapere aude! Tenha a coragem de te servir de teu próprio entendimento, tal é portanto a divisa do Esclarecimento
15. Quando um governo é esclarecido? Segundo Kant, nossa sociedade é esclarecida? Justifique a resposta.
Sobre o monarca – sua autoridade repousa justamente no fato de reunir a vontade de todo o povo na sua. Não, para kant NÃO vivemos numa época de esclarecimento, e , que ainda falta muito para isso. Na matéria religiosa a humanidade não faz um uso seguro e bom de seu próprio entendimento sem a direção de outrem. 
16. No referido texto o que é a razão privada e o que é a razão pública?
Denomino uso privado aquele que o sábio pode fazer de sua razão em um cargo público ou função a ele confiado. 
O uso público de sua própria razão é aquele que “qualquer homem, enquanto sábio, faz dela diante do grande público do mundo letrado.” O uso público de sua razão deve ser sempre livre e só ele pode realizar o esclarecimento. 
17. Qual é a crítica de Rousseau as ciências e as artes?
Rousseau tenta demonstrar que a ciência e as artes ajudaram a crescente depravação dos homens. Para ele, a ciência e as artes corromperam a alma dos homens. 
18. Qual é a crítica de Rousseau ao ensino e ao luxo?
Rousseau considera que o luxo, assim como as ciências e as artes, corrompe o homem. Segundo ele: “Outros males, piores ainda acompanham as letras e as artes. Tal é o luxo, como elas nascido da ociosidade e da vaidade dos homens. O luxo, raramente, apresenta-se sem as ciências e as artes, e estas jamais andam sem ele. [...] De que precisamente se trata, pois, nessa questão de luxo? Trata-se de saber o que é mais importante, para os impérios- serem brilhantes e momentâneos, ou virtuosos e duráveis”.
19. Qual era a visão de Rousseau sobre Sócrates?
Para Rousseau, Sócrates não fez elogios, apenas pretendeu somente confundir a presunção dos sofistas. Ainda diz que: “Sócrates começou em Atenas, o velho Catão continuou em Roma a deblaterar contra esses gregos artificiosos e sutis que seduziam a virtude e afrouxaram a coragem de seus concidadãos. Mas continuaram a prevalecer as ciências, as artes e a dialética Roma encheu-se de filósofos e de oradores, descuidou-se da disciplina militares, desprezou-se a agricultura, adotaram-se certas seitas e esqueceram-se da pátria”. 
20. Exponha as características da ética das virtudes defendida por Rousseau. 
A simplicidade e as virtudes militares dão origens as principais virtudes e seus efeitos, que são a inocência, a rusticidade, a masculinidade, a coragem, a fidelidade, a pobreza, a ignorância, a disciplina, o patriotismo e a verdade.
21. Considerando as ideias do texto: “A Lógica atormentada”, de Adauto Novaes explique o que é a crise da razão? (exponha o significado etimológico dos termos razão e crise. Pág.11 do texto ).
Crise: do latim crisis – “ momento de decisão, de mudança súbita” • Crise: do grego krísis – “ ação ou faculdade de distinguir”; “momento decisivo, difícil”, “julgamento” • Razão (logos): “julgar”, “faculdade de raciocinar, de ponderar”; “capacidade de avaliar com correção, com discernimento”; “bom senso, juízo”.
22. Qual é a visão do filósofo Merleau-Ponty e do poeta Paul Valéry sobre a ciência?
Merleau-Ponty e Valéry, afirmam que a ciência resulta do acaso, dos ócios, da imaginação, dos desejos ... • Segundo Valéry , o mundo moderno de posse de um capital técnico não soube se dar uma política, uma moral , um ideal , nem leis civis ou penais que estivessem em harmonia com o desenvolvimento científico.
 
23. Quais são as origens da crise da razão de acordo com o filósofo, Heiddeger, conforme citado por Adauto Novaes. 
24. Qual é a proposta de Adauto Novaes em relação a ciência na atualidade. Qual é a referência ele faz a Fernando Pessoa.
25. O que é conhecimento para Nietzsche?
Para N. não existe um conhecimento verdadeiro. Tudo é interpretação. “Os fatos são sempre estúpidos: eles necessitam de intérprete. Por isso, só as teorias são inteligentes.” O homem cria os conceitos para nomear e designar as coisas. • Isso requer a universalização • dos conceitos. O conceito “... ostenta a regularidade...” padroniza o objeto.
26. Qual é a crítica de Nietzsche à religião Cristã e à moral?
N. faz uma intensa crítica aos valores morais. • As concepções morais surgem com os homens , a partir de suas necessidades e portanto, eles são produtos da história humana. O homem foi atingido pela doença da cultura e pelo ressentimento contra a vida e o devir. Assim, sua proposta é mostrar o ser humano como uma transição para o Übermensch/ super-homem/Além do Homem, o qual pode ser definido como aquele que consegue criar seus próprios valores, transcendendo as fronteiras estabelecidas pelas religiões, classes sociais e nacionalidades.
Sua conclusão é que não existem as noções absolutas de bem e de mal. A ideia de Deus como garantidor de todo o bem não passa de uma ilusão.
“ No cristianismo, nem a moral e tampouco a religião têm qualquer ponto de contato com a realidade. Ela oferece apenas causas imaginárias (‘Deus’, ‘alma’, ‘eu’, ‘espírito’. ‘ vontade livre’ – ou mesmo ‘não livre’) e efeitos puramente imaginários (‘pecado’, ‘salvação’, ‘graça’, ‘castigo’, ‘remissão dos pecados’”. Uma convivência entre seres imaginários...” Nietzsche anuncia a morte de Deus. • “Outrora, o delito contra Deus era o maior dos delitos; mas Deus morreu e, assim, morreram também os delinquentes dessa espécie. O mais terrível, agora, é delinquir contra a terra e atribuir mais valor às entranhas do imperscrutável do que ao sentido da terra!”(Assim Falou Zaratrusta, p. 30) Essa ideia aparece também em Gaia da Ciência. O cristianismo considerou pecado tudo o que é valor e prazer na terra....fez um ideal da contradição contra os instintos de conservação da vida forte...” Contudo, N. faz uma diferença entre Cristo e o cristianismo. 
27. Qual é a crítica de Nietzsche a moral kantiana? 
“No âmbito teórico , Kant negava que o munido podia ser apreendido diretamente pelos sentidos, acessar o mundo numênico, mas apenas o mundo fenomênico, Isso já bastaria para Nietzsche acusar Kant de ter sangue teológico correndo nas veias, porque Kant nega que podemos conhecer o mundo como ele realmente é, como coisa em si. Mas o filósofo da décadence não para por aí, segundo. Nietzsche, no terreno da moralidade Kant vai mais longe. No âmbito prático, no lugar de um Deus inacessível pela percepção, Kant coloca o imperativo categórico para justificar a moralidade. Quer dizer , sendo impossível formular um conceito de Deus , o que fundamenta nossas ações é um “tu deves” universal”, ou seja, válido para todos os homens.”( O Anticristo, p.13) • Enfim, essa ideia seria inadmissível para Nietzsche , pois os indivíduossão diferentes e devem seguir sua vontade. Sobre Kant , Nietzsche afirma: “ O que quer que não pertença à vida é uma ameaça para ela: uma virtude que se origina meramente no respeito ao conceito de ‘virtude’, como Kant a desejava , é perniciosa.. A ‘virtude’ , o ‘dever’, o ‘bem em si mesmo’, o bem baseado na impessoalidade ou na noção de validade universal – são quimeras, e nelas encontra-se apenas a expressão da decadência, a exaustão final da vida (...) Exatamente o contrário é exigido pelas leis mais básicas da autopreservação e do crescimento: isto é, que cada homem encontre sua própria virtude, seu próprio imperativo categórico. Um povo perece quando confunde seu dever com o conceito geral de dever.”(O Anticristo, p. 33) • “ E imaginar que que ninguém jamais pensou no imperativo categórico de Kant como um perigo à vida!” (...) O que destrói um homem mais Rapidamente do que trabalhar , pensar e sentir sem uma necessidade interna, sem qualquer escolha pessoal profunda, sem prazer – como um simples autômato do ‘dever’? Essa é quase a receita da décadence , e até mesmo do idiotismo...Kant se tornou um idiota.” ((O Anticristo, p. 33)
28. Qual é a crítica de Nietzsche a ideia de modernidade?
Uma das preocupações de Nietzsche é investigar por que nossa civilização é um prolongamento do cristianismo. (E esse é o seu esforço na obra O Anticristo) • Na apresentação dessa obra, Gabriel F. Rodrigues afirma que para Nietzsche um “dos mais importantes ideais de nossa civilização é o ideal de ‘progresso’, o ideal segundo o qual a humanidade caminha rumo a um ‘melhoramento’, a um ‘aprimoramento’. No século XIX, quando as filosofias do vir a ser estavam em alta consideração, de Voltaire a Darwin, a história humana compreendida sem qualquer fundamentação como evolução otimista parecia dominar o cenário intelectual.” p. 8 Contudo, Nietzsche avalia que o ‘progresso’ é apenas uma ideia moderna e como tal, é uma ideia falsa. “ Ideia falsa porque o que é bom • o que é ‘melhor’ para a humanidade, é o que traz consigo mais resultados, mais consequências, ‘maior sucesso.’O problema que a intelectualidade do século XIX não coloca para si mesma é questionar o que é melhor para quem, melhor de qual perspectiva, e qual é o valor dessa perspectiva para a humanidade. (...) Em contraposição ao pretendido ideal de progresso, Nietzsche considera as ideias modernas sintomas de décadence, porque elas levariam às últimas consequências os ideais dogmáticos cristãos.”( O Anticristo, p.8)
29. Nietzsche afirma que o intelecto humana é o mestre do disfarce. Explique essa afirmativa. (Apostila, p. 302)
30. Qual é a visão de Nietzsche sobre a linguagem e o conceito? (apostila , p.303)
31. Explique em que medida o livro O Holocausto Brasileiro se relaciona com a crise da razão.
32. Quando o hospital Colônia foi criado e como era o tratamento oferecido pelo referido Hospital?
O Hospital Colônia de Barbacena foi um hospital psiquiátrico fundado em 12 de outubro de 1903 na cidade de Barbacena, Minas Gerais. Fazia parte de um grupo de sete instituições psiquiátricas edificadas na cidade que, segundo alguns, recebeu o epíteto de "Cidade dos Loucos", por esse motivo. Atualmente, desses sete hospitais, só três estão em funcionamento. os tratamentos oferecidos como “hydrotherapia, eletricidade, massagem, gymnastica, tratamento de convalescentes e doentes de febres, beribéri e de moléstias nervosas, mentaes e broncho-pulmonares”.
33. Faça um breve resumo de uma da história dos pacientes do Hospital Colônia. 
Uma mulher, internada aos 14 anos após ser estuprada e engravidar de seu patrão, conta como conseguiu reencontrar o filho que teve dentro do hospício mais de 30 anos após o garoto nascer e ser afastado dela. Há também relatos de p essoas com deficiência mental que vivem até hoje em abrigos, muito mais humanizados. 
O que é o movimento da luta antimanicomial e qual é a sua proposta?
No fim da década de 70, muitos movimentos ligados à saúde denunciaram abusos cometidos em instituições psiquiátricas, além da precarização das condições de trabalho, reflexo do caráter autoritário do governo no interior de tais instituições. A partir daí, surgiram movimentos de trabalhadores de saúde mental, que colocaram em evidência a necessidade de uma reforma psiquiátrica no Brasil. O Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM) – que contou com a participação popular, inclusive de familiares de pacientes – e o Movimento Sanitário foram dois dos maiores responsáveis por essa iniciativa.
Em 18 de Maio em 1987, foi realizado um encontro de grupos favoráveis a políticas antimanicomiais. Nesse encontro, surgiu a proposta de reformar o sistema psiquiátrico brasileiro. Pela relevância daquele encontro, a data de 18 de maio tornou-se o dia de Luta Antimanicomial.
Com o intuito de acabar com os manicômios, o projeto de reforma psiquiátrica no Brasil visava substituir, aos poucos, o tratamento dado até então por serviços comunitários. O paciente seria encorajado a um exercício maior de cidadania, fortalecendo seus vínculos familiares e sociais, e nunca sendo isolado destes. A partir da reforma, o Estado não poderia construir e nem mesmo contratar serviços de hospitais psiquiátricos. Em substituição às internações, os pacientes teriam acesso a atendimentos psicológicos, atividades alternativas de lazer, e tratamentos menos invasivos do que aqueles que eram dados. A família, aqui, teria papel fundamental na recuperação do paciente, sendo a principal responsável por ele.
O Movimento de Luta Antimanicomial consistiu em um diálogo de conscientização com as instituições legais e com os cidadãos ao elaborar o discurso de que os portadores de transtornos mentais não representam ameaça ou risco ao círculo social. Ao contrário, este seria um grande componente para sua recuperação. Por outro lado, seria necessário uma reeducação no modo de compreender os transtornos mentais, não como um estigma, mas um modo alternativo de ver e estar no mundo. O respeito e a conscientização seriam armas necessárias para reformular o modo como os pacientes eram tratados até aquele momento, dentro e fora de instituições responsáveis pelo tratamento.
É importante ressaltar que a reforma psiquiátrica teve início nos anos 80 e ainda hoje não foi completada. A luta pela reforma e a garantia de que a nova legislação (mais abaixo falamos dela) seja aplicada ainda é uma questão a ser discutida e constantemente relembrada, uma vez que ainda existem muitos hospitais psiquiátricos no Brasil, acumulando relatos de abusos, e inúmeros casos de mortes por negligência.  Entre os anos de 2006 e 2009 foram notificadas 233 mortes em lugares como esse apenas em Sorocaba (SP). 102 delas ocorreram no Hospital Vera Cruz, cujo fechamento está previsto para o fim de 2016.
34. Cite as principais personagens e suas respectivas ações no processo de denúncias e mudanças no atendimento e na assistência aos portadores de sofrimento mental?. Ex ; Basaglia....
35. Considerando o tópico “ A grande internação”, extraído do livro A História da Loucura, de Michel Foucault , quais eram as características e a função dos Hospitais Gerais?
Durante um século e meio os loucos foram postos sob o regime desse internamento, e que depois foram descobertos nas salas do Hospital Geral nas celas das “casas de força”. Nesses locais ficavam misturados com a população das workhouses (locais onde ficavam aqueles que não tinham como se sustentar, nem trabalhar).
O Hospital Geral não era um estabelecimento médico e sim, uma estrutura semijurídica, que tinha autoridade para decidir, julgar e executar.
Por isso, o dito Hospital Geral possuía postes, golilhas de ferro, prisões e celas.
Em caso de oposição ou apelações não era concedido nenhuma defesa. 
36. Qual a relação do fenômeno da grande internação na Europa no século XVII com a crise econômica dessa época?
37. Qual era a função das workhouses na Inglaterra?
As Workhouses (casas de trabalho) foram criadas na Inglaterra no século XVII, um de seus objetivos era introduzir ou reintroduziras pessoas que eram destituídas de direitos na sociedade, oferecia moradia, educação e trabalho para aqueles que eram aptos a oferecer sua mão-de-obra. Eram locais onde as pessoas pobres, sem qualquer distinção, recebiam um auxílio para amparar suas necessidades e aprender um ofício, assim quando saíssem poderiam ser útil a sociedade que a ajudou. As workhouses foram determinas pela Lei dos Pobres como um “direito” dos desamparados, neste grupo se incluía os pobres, bastardos, órfãos, doentes, velhos, mulheres solteiras e grávidas que haviam sido abandonas pela família, ou seja, todas aquelas pessoas incapazes de sustentar a si próprias.
· Na Inglaterra, as workhouses, cuja função era receber os pobres oferecendo-lhes alimentação e abrigo , mas também educação religiosa e vigilância dos costumes, aliam-se as indústrias e ao comércio local.
38. Na perspectiva de Foucault qual era a visão da igreja católica e dos protestantes sobre a grande internação?
· Alguns anos mais tarde, toda a Igreja aprova a grande internação prescrita por Luis XIV. A partir daí, os miseráveis não mais são reconhecidos como o pretexto enviado por Deus para suscitar a caridade do cristão e com isso dar-lhe a oportunidade para sua salvação...”p. 60 O mundo da Idade Média que santificava a miséria mostra-se dividido. De um lado, haverá a região do bem, onde a pobreza é submissa e conforme a ordem. Essa aceita o internamento. De outro, a pobreza que procura escapar da ordem. São os pobres do demônio. Esses são os vagabundos, mentirosos, bêbados...p. 61 Há os BONS POBRES e os MAUS POBRES.
Entretanto, Foucault discorda da ideia de que o louco na Idade Média era considerado como uma personagem sagrada. Para ele, se era sagrado é porque , para a caridade medieval, ele participava dos obscuros poderes da miséria. 
	
39. Considerando o tópico “ A grande internação”, extraído do livro A História da Loucura, de Michel Foucault , qual é a visão do referido filósofo sobre a loucura e sobre o pensamento de Descartes?
· Foucault começa o capítulo mostrando que na Idade Clássica, Descartes encontra a loucura ao lado do sonho e do erro. Mas para Descartes a loucura era ainda mais perigosa que os erros e ilusões, pois esses últimos sempre deixam um resíduo de verdade.
· “Nunca se tem certeza de não estar sonhando, nunca existe uma certeza de não ser louco.” (Descartes, p. 47)
· Descartes buscou exilar a loucura.
· Não é possível mais uma razão irrazoável ou um razoável desatino. P. 48
· O entendimento era que a não-razão do século XVI era uma ameaça que poderia comprometer as relações de subjetividade e da verdade. 
· 
40. Explique o processo da grande internação , segundo Foucault, no capítulo II da História da Loucura ? ( na apostila)
41. Qual é definição de dispositivo de Agamben e Foucault?
conjunto absolutamente heterogêneo que implica discursos, instituições, estruturas arquitetônicas, decisões regulamentares, leis, medidas administrativas, enunciados científicos, proposições filosóficas, morais e filantrópicas, em resumo:tanto o dito como o não dito (...) O dispositivo é a rede que se estabelece entre esses elementos,” (Foucault, Ditos e Escritos, p.299-300)
· Foucault ressalta ainda que o dispositivo tem sempre uma função estratégica; e por fim, destaca que o dispositivo resulta do cruzamento das relações de poder e das relações de saber. (p.29) O dispositivo condiciona certos tipos de saber e por ele são condicionados. Resumo da visão de Foucault sobre dispositivo está na pág. 29
· ( o dispositivo tem uma certa manipulação de relações de força, ele está sempre inscrito numa relação de poder.)
· Segundo Agamben, podemos, de fato, considerar dispositivo um “termo técnico decisivo na estratégia do pensamento de Foucault” (AGAMBEN, 2009, p. 27) porque se refere aos meios pelos quais o poder investiu-se nas individualidades, de tal forma que a captura de uma parte da existência do indivíduo produzida pelo dispositivo constitui uma perda que é compensada pela construção da sua própria subjetividade. Por isso Agamben defende que o “dispositivo é, antes de tudo, uma máquina que produz subjetivações e somente enquanto tal é também uma máquina de governo.
· Generalizando posteriormente a já bastante ampla classe dos dispositivos foucaultianos, chamarei literalmente de dispositivo qualquer coisa que tenha de algum modo a capacidade de capturar, orientar, determinar, interceptar, modelar, controlar e assegurar os gestos, as condutas, as opiniões e os discursos dos seres viventes
1. O que é o contemporâneo?
· Contemporâneo é aquele que mantém fixo o olhar no seu tempo, para nele perceber não as luzes, mas o escuro. Quem experimenta a contemporaneidade consegue ver a obscuridade de seu tempo, sendo capaz de escrever mergulhando a pena nas trevas do presente. No caso da contemporaneidade, ver o escuro implica em perceber que o escuro não é uma forma de inércia ou de passividade, mas implica em uma atividade/habilidade em neutralizar as luzes que provêm da época.p.63
· “Pode-se dizer-se contemporâneo apenas quem não se deixa cegar pelas luzes do século e consegue entrever nessas a parte da sombra, a sua íntima obscuridade.”p.64 
· Porque o contemporâneo é aquele que percebe o escuro de seu tempo como algo que lhe concerne e não cessa de interpelá-lo. Contemporâneo é aquele que recebe em pleno rosto o facho de trevas que provém de seu tempo. P.64
1. O que é a profanação?
A profanação é vista por Agamben como uma operação que desativa os dispositivos do poder e devolve ao uso comum os espaços que a religião capitalista, ou o capitalismo enquanto religião, ou mesmo as esferas econômica ou jurídica, haviam confiscado.
A profanação é apresentada então por Agamben como a estratégia que devemos usar para fazer frente a essa situação, onde tudo é capturado por meio dos dispositivos.
“Profanar não significa simplesmente abolir e cancelar as separações, mas aprender a fazer delas um uso novo, a brincar com elas. A sociedade sem classes não é uma sociedade que aboliu e perdeu toda memória das diferenças de classe, mas uma sociedade que soube desativar seus dispositivos, a fim de tornar possível um novo uso, para transformá-las em meios puros”.
· “ Profanar – conceito originalmente romano -significa tirar do templo (fanum) onde algo foi posto, ou retirado inicialmente do uso e da propriedade dos seres humanos. Por isso, a profanação pressupõe a existência do sagrado (sacer) , o ato de retirar do uso comum. Profanar significa , assim, tocar no consagrado para libertá-lo ( e libertar-se) do sagrado. Contudo, a profanação não permite que o uso antigo possa ser recuperado na íntegra, como se pudéssemos apagar impunemente o tempo durante o qual o objeto esteve retirado do seu uso comum. O que se pode fazer é apenas um novo uso.
1. Qual é o conceito de sujeito de Agamben?
Para Agamben sujeito é o que resulta da relação e por assim dizer, do corpo a corpo entre os vivente e os dispositivos. 
1. Qual é o conceito de contradispositivo de Agamben?
Contradispositivo é o que restitui ao uso comum aquilo que o sacrifício tinha separado e dividido
1. Explique os processos de subjetivação e de dessubjetivação?
“O termo dispositivo nomeia aquilo em que e por meio do qual se realiza uma pura atividade de governo sem fundamento no Ser. Por isso os dispositivos devem sempre implicar um processo de subjetivação, isto é, devem produzir o seu sujeito” (2009: 38). Uma vez que ao dispositivo é dado o direito de dizer e velar, ele ignora a necessidade de se fundamentar no Ser e se fundamenta na sua própria necessidade de existir. Um poder que tanto pode gerar subjetivação, enquanto motiva a criação do novo, quanto produzir o seu sujeito, por meio do mascaramento do velho. O sujeito criado por meio desse processo deve ser pensado como um corpo dócil, capaz de funcionar melhor como engrenagem da máquina governamental, que como um ser individual e livre.
O que define os dispositivos com os quais temos que lidar na atual fase docapitalismo é que estes não agem mais tanto pela produção de um sujeito quanto por meio de processos que podemos chamar de dessubjetivação. 
1. Qual é a ideia central do capítulo intitulado “Amigo”, na obra de Agamben? 
Agamben inicia o ensaio destacando a proximidade entre filosofia e amizade no mundo clássico, basta ver o termo philos – amor – philia – amizade. 
Porém, hoje essa relação caiu em descrédito, pois às vezes uma relação muito próxima dificulta o diálogo. Para ser feliz é preciso ter amigos virtuosos
1. Por que Agamben retoma a ideia de amizade de Aristóteles?
Aristóteles em sua obra Ética à Nicômaco (livro VIII e IX), assinala o estatuto ontológico e político da amizade. Para Agamben o texto aristotélico tem equivalências, por assim dizer, sensitivas entre ser e viver, entre um sentir-se existir e sentir-se viver. Agamben diz: “Nessa sensação de existir insiste uma outra sensação, especificamente humana, que tem a forma de um com-sentir a existência do amigo. A amizade é a instância desse com-sentimento da existência do amigo no sentimento da existência própria. Isto significa que a amizade tem um estatuto ontológico e, ao mesmo tempo, político.
Pode-se dizer que as 2 teses do texto de Aristóteles são: 1) não se pode viver sem amigos ; 2) é preciso “...distinguir a amizade fundada sobre a utilidade ou sobre o prazer da amizade virtuosa, na qual o amigo é amado como tal, que não é possível ter muitos amigos, que a amizade a distância tende a produzir o esquecimento etc. 
1. De acordo com Freud como surgem as ideias religiosas?
Para Freud a verdadeira fonte da religião é o desamparo infantil e o anseio pelo pai que essa situação causa. Ou seja, a religião surge da necessidade de encontrar uma proteção para o desamparo do indivíduo.
1. Como Freud define a civilização?
Civilização – “ soma integral das realizações e regulamentos que distinguem nossas vidas das de nossos antepassados animais, e que servem a dois intuitos, a saber: o de proteger os homens contra a natureza e o de ajustar os seus relacionamentos mútuos.”
Para Freud, civilização é tudo aquilo que se distingue o homem da vida animal, afastando-o da natureza. Dessa maneira, p conceito engloba tanto o controle do homem perante a natureza, quanto o conjunto de normas que regem sob os seus relacionamentos.
1. Quais são as principais características da civilização?
A civilização possui como principais características: beleza; estima; repulsa pela sujeira, ordem asseio, natureza, justiça felicidade e por fim, incentivo as atividades mentais e ao conhecimento. 
1. Qual é a visão de Freud sobre a agressividade humana?
O mandamento ‘Ama a teu próximo como a ti mesmo’ constitui a defesa mais forte contra a agressividade humana e um excelente exemplo dos procedimentos não psicológicos do superego cultural. É impossível cumprir esse mandamento; uma inflação tão enorme de amor só pode rebaixar seu valor, sem se livrar da dificuldade. A civilização não presta atenção a tudo isso; ela meramente nos adverte que quanto mais difícil é obedecer ao preceito, mais meritório é proceder assim. Contudo, todo aquele que, na civilização atual, siga tal preceito, só se coloca em desvantagem frente à pessoa que despreza esse mesmo preceito. Que poderoso obstáculo à civilização a agressividade deve ser, se a defesa contra ela pode causar tanta infelicidade quanto a própria agressividade! A ética ‘natural’, tal como é chamada, nada tem a oferecer aqui, exceto a satisfação narcísica de se poder pensar que se é melhor do que os outros. 
A despeito de todos os esforços, esses empenhos da civilização até hoje não conseguiram muito. Espera-se impedir os excessos mais grosseiros da violência brutal por si mesma, supondo-se o direito de usar a violência contra os criminosos; no entanto, a lei não é capaz de deitar a mão sobre as manifestações mais cautelosas e refinadas da agressividade humana. 
1. Por que Freud afirma que as ideias religiosas são ilusões? (ler p. 107 e 108)
Algo importante a se destacar é que, segundo o próprio Freud, nem todos estão preparados para um ateísmo, uma vez que a religião é um meio de proteção e apoio as neuroses. Vemos isso, por exemplo, no processo de sublimação e também na tentativa de uma resolução harmonia ao conflito entre pai e filhos dado desde o Complexo de Édipo. Mas, se por um lado, Freud reconhecia uma devida importância à religião, por outro, entendida como algo contrário à razão, uma farsa e uma ilusão, segundo ele, o abandono da religião irá se cumprir com a fatalidade implacável de um processo de crescimento. 
1. No final da parte VII, Freud afirma que quanto mais o conhecimento se manifesta mais o afastamento da crença religiosa ocorre. Considerando o texto explique por que isto ocorre?
1. Quais são as principais fontes de sofrimento do homem? 
Para Freud nossas possibilidades de felicidade sempre são restringidas por nossa própria constituição. Já a infelicidade é muito mais fácil de ocorrer. Ela pode surgir de três aspectos:
 1)do próprio corpo(condenado a dissolução); 2)do mundo externo(forças destruidoras); 3)de relacionamentos com os outros homens.
1. Qual é a visão de Freud sobre a felicidade?
Felicidade no sentido estrito é a satisfação ( de preferência, repentina) de necessidades represadas em alto grau, sendo por sua natureza, possível apenas como uma manifestação episódica. Para Freud nossas possibilidades de felicidade sempre são restringidas por nossa própria constituição. 
1. Quais as principais estratégias utilizadas para diminuir o sofrimento?
Vários são os métodos para fugir do desprazer e adquirir a felicidade. 
Isolamento involuntário; intoxicação (é possível que haja substancias da química de nossos próprios corpos e que apresentam efeitos semelhantes, afastando-se da realidade, encontrando refugio no mundo próprio o que poderá causar danos); produção de prazer a partir das fontes de trabalho (não é geralmente o aplicavel, pois é somente acessível as pessoas , pressupõe a troca da dotes e disposiçoes especiais alem, disso e falho quando a fonte de sofrimento é o próprio corpo da pessoa; aniquilamento dos instintos (sacrifício da vida); ilusões- vida da imaginação (apenas ocasiona um afastamento passageiro, não sendo suficiente forte para nos fazer esquecer a aflição real); afastamento da realidade (geralmente esse caminho não leva a nada, pois a realidade pode torna-se uma louca); amor como a base para tudo (o amor nos torna indefesos, pois nos tornamos desamparados e infelizes quando perdemos o objeto amado); fruição da beleza (oferece pouca proteção quanto a ameaça do sofrimento . 
1. O que é o mal estar na civilização?
Título da famosa obra do grande médico e fundador da psicanálise, Freud, discute o fato de os seres humanos padecerem de um mal-estar, uma angustia refletida nos relacionamentos humanos e nas neuroses desenvolvidas por eles. O “homem civilizado” vive marcado pelo sentimento de abandono, de culpa, de remorsos, de por acentuadas cobranças culturais para que seja perfeito “nos moldes sociais”, o que gera emoções fortes, denominado por ele como emoções OCEÂNICAS. Dimensão tão vasta que O “CIVILIZADO” se perde na procura da sua própria felicidade.
1. Exponha as considerações de David Thoreau, na sua obra Desobediência Civil, nas páginas 8 , 9 e 16 sobre o governo.
Thoreau começa dizendo que o melhor governo é o que governa menos. O governo em si, que é apenas a maneira escolhida pelo povo para executar sua vontade, está igualmente sujeito ao abuso e a perversão antes que o povo possa agir por meio dele. 
Os governos demonstram até que ponto os homens podem ser enganados, ou enganar a si mesmos, para seu próprio beneficio. O governo é uma convenciencia pela qual os homens conseguem, de bom grado, deixar-se em paz uns aos outros, e como já disse, quanto mais conveniente ele for tanto mais deixara em paz seus governados. 
1. Exponha as considerações do autor sobre a lei na p.11 do livro Desobediência Civil.
Para ele a não é desejável cultivar pelalei o mesmo respeito que cultivamos pelo direito. A única obrigação que tenho com o direito de assumir é a de fazer a qualquer tempo aquilo que considero direito. 
A lei jamais tornou os homens mais justos, e, por meio de seu respeito por ela mesmo os mais bens intencionados transforma-se diariamente em agentes da injustiça. 
1. Em que medida Thoreau defende a desobediência civil?
 Pois bem, considerada a obrigatoriedade de obedecer a lei, torna-se fácil entender o conceito de desobediência civil: trata-se de não obedecer uma lei, uma regra do ordenamento jurídico do país (todos os códigos legais, a começar da Constituição ) com o objetivo de mostrar publicamente que ela é injusta e levar os legisladores a modifica-la. 
1. A partir das ideias de Thoreau, quais as reflexões podemos fazer sobre a afirmativa de Confúcio citada nas páginas 35 e 36? 
Confucio diz: que se o Estado for governado pelos princípios da razão a pobreza e a miséria serão objetos de vergonha, se o Estado não for governado pelo principio da razão, a riqueza e as honrarias serão motivos de vergonha.
1. Qual o motivo da prisão de Thoreau? Cite algumas das reflexões feitas pelo autor nesse momento. (páginas 40 a 47) .
Thoreau recusou-se a pagar a capitação, já que significava colaborar com um governo imoral, e em julho foi mandado à cadeia de Concord na Mill Dam Road. Alguém (provavelmente sua Tia Maria) pagou seus tributos e ele ficou preso somente por uma noite – ele esperava ficar mais tempo como protesto contra a guerra e a escravidão. 
1. Quais as considerações de Thoreau sobre os estadistas, legisladores e a verdade do advogado nas páginas 52 e 53 . Qual a sua avaliação sobre as referidas considerações?
Para Thoreau os estadistas e legisladores, situam-se de tao dentro da instituição, nunca cotemplam nitidamente e abertamente. Falam de uma sociedade em movimento, mas fora dela não tem nenhuk lugar para descansar. Podem ser homens de certas experiências e de discernimento, e sem duvida inventaram sistemas engenhosos e mesmo uteis, pelos quais sinceramente agradecemos. 
A verdade do advogado não é verdade, mas coerência, ou uma conveniência coerente. A verdade esta sempre com harmonia consigo própria e não se preocupa com primordialmente em exibir a justiça que possa condizer com o mal. 
1. Qual a conclusão final de Thoreau sobre o Estado? 
Para Thoreau jamais haverá um Estado realmente livre e esclarecido até que este venha reconhecer o individuo como um poder mais alto e independente, do qual deriva do seu próprio poder e autoridade, e o trate de maneira adequada. Agrada-me imaginar um Estado que, afinal, possa permitir-se ser justo com todos os homens e tratar o individuo com respeito como um seu semelhante que consiga até mesmo não achar o incompatível com sua própria paz o dato de poucos viverem a parte dele, sem intrometer-se com ele, sem serem abarcado por ele, e que cumpram todos os seus deveres como homens e cidadãos. Um Estado que produzisse esse tipo de fruto, e que o deixasse cair assim que estivesse maduro, prepararia o caminho para um Estado ainda mais perfeito e glorioso que também imaginei, mas que ainda não avistei em parte alguma. 
1. Quando a desobediência civil é legítima para Thoreau?
É legitima para combater um governo opressor. 
1. Na perspectiva de Thoreau pode-se afirmar que tudo que é legal é justo?
Não. 
1. Thoreau prioriza a lei ou a justiça?
1. Thoreau defende o governo da maioria?
Thoreau diz que a razão pratica por que se permite que uma maioria governe, e continue a faze-lo por um longo tempo, quando o poder finalmente se coloca nas mãos do povo, não é a de que esta maioria esteja provavelmente mais certa, nem a de queisto pareça mais justo para a maioria, mas sim a de que a maioria é fisicamente mais forte. Mas um governo no qual a maiori decida em todos os casos não pode se basear na justiça, nem mesmo na justiça tal qual os homens a entendem.
1. O que é o indivíduo do desempenho para Byung-Chul Han?
O sujeito do desempenho são os habitantes da chamada sociedade do desempenho de Han. O sujeito do desempenho é o mais rápido e mais produtivo que o sujeito da obediência. O sujeito do desempenho contina sendo disciplinado. Ele tem atrás de si o estagio disciplinar. O poder de eleva o nível de produtividade que é intencionado através da técnica disciplinar o imperativo do dever. 
1. Qual é a diferença da época bacteriológica da época neuronal?
A época bacteriológica chegou ao fim com a descoberta dos antibióticos, a época bacteriológica refere-se a época de doenças imunológicas. Enquanto que a época neuronal é tido como doenças de depressão, transtorno de déficit de atenção com síndrome .... 
1. O que é a violência neuronal?
A violência viral, que continua seguindo o esquema imunológico de interior e exterior ou de próprio e outro, e pressupõe uma singularidade ou alteridade hostil ao sistema, não está mais em condições de descrever enfermidades neuronais como depressão, Tdah ou SB. A violência neuronal não parte mais de uma negatividade estranha ao sistema. É antes uma violência sistêmica, isto é, uma violência imanente ao sistema. Tanto a depressão quanto o Tdah ou o SB apontam para um excesso de positividade. A SB é uma queima do eu por superaquecimento, devido a um excesso de igual. O hiper da hiperatividade não é uma categoria imunológica. Representa apenas uma massificação do positivo.
1. Qual é a causa da sociedade do cansaço?
A sociedade do cansaço é causada pelo excesso de positividade. O excesso da elevação do desempenho leva a um infarto da ala. O cansaço da soc
1. Quais são as doenças neuronais típicas do nosso século?
TDAH: 
BODERLINE:
SINDROME DE BOURNOUT
1. O que é a sociedade disciplinar?
1. O que é a sociedade do desempenho?
1. Qual é a importância do tédio profundo para Byung-Chul Han?
1. Qual é a importância da contemplação para o autor?
1. De acordo com Byung-Chul Han, o autor do Ensaio sobre o Cansaço, Handke afirma que existe 2 tipos de cansaço. Explique cada um deles.Para Handke existe 2 tipos de cansaço: o cansaço calado, cego e dividido:
E o cansaço falaz, vidente e reconciliador:
1. Por que Byung-Chul Han questiona a explicação de Hannah Arend sobre oanimal laborans moderno?
1. Para Han as sociedades atuais são marcadas por um excesso de positividade? Explique.
1. Por que Byung-Chul Han discorda da interpretação do personagem Bartleby, do conto de Melville.? ( capítulo 6 do livro Sociedade do Cansaço)
1. Qual é a posição de Byung-Chul em relação a essa sociedade que se tornou “pobre” em negatividade”
O que me parece fundamental: o sujeito do desempenho está livre da instância externa de domínio que o obriga a trabalhar, explorando-o. Vale dizer, até mesmo em relação à exploração, o sujeito do desempenho livrou-se 0da alteridade e, com ela, da negatividade. Tornou-se senhor e soberano de si mesmo. Coerção e liberdade, doravante, coincidem e o sujeito do desempenho se entrega, com volúpia, à livre coerção de si mesmo!  Liberdade paradoxal, pois já não mais distingue agressor e vítima, e é dessa indistinção que as patologias se alimentam.  Está submetido apenas a si mesmo, e essa é a diferença em relação ao sujeito da obediência da sociedade disciplinar: ali, visando explorar, vigiar e submeter, a alteridade estava presente. Com isso, a sociedade de desempenho produz seres humanos depressivos e fracassados. O homem depressivo explora a si mesmo sem qualquer coação estranha. É prisioneiro e vigia, agressor e vítima ao mesmo tempo. Internalizou a figura do senhor e do escravo. 
1. O que seria a ideia de um tempo intermediário , a qual é defendida por Han?
Todavia, há um outro tipo de cansaço, um cansaço “que confia no mundo”. Um cansaço amigo que não está “socado” no eu, mas que abre o mundo, mais mundo. Nos convoca para um não-fazer sereno. Inspira e desperta uma visibilidade específica, uma atenção lenta e longa. Na feliz expressão do autor, esse tipo de cansaço “afrouxa as presilhas da identidade” (HAN. 2015: 75). Tudo que o olho vê se torna mais permeável e indeterminado e essa in-diferença concede a tudo uma aura de amizade (HAN. 2015: Um tempo intermédio e nele ficamos e nos dedicamos ao inútil.  O que nos permite recompor a alteridade é um cansaço que pede comunidade e só nela e com ela relaxamos.

Outros materiais