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FACULDADE FUTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES NÃO ESCOLARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VOTUPORANGA – SP
http://faculdadefutura.com.br/
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
1 HISTÓRIA DA PEDAGOGIA HOSPITALAR 
 
Foi no período da segunda guerra mundial o grande número de crianças 
mutiladas e sem atendimento escolar que fez com que um grupo de médicos se 
mobilizassem para dar atendimento a essas crianças. 
De acordo com Esteves (2008),a Pedagogia Hospitalar começou a partir da 
década de 90 no qual os órgãos públicos sentiram a necessidade de inserir o serviço 
do pedagogo hospitalar, complementando a área da educação especial no Brasil. É 
uma proposta diferenciada de ensino que tem a finalidade de acompanhar as crianças 
que estão afastadas da escola por estarem doentes. 
A pedagogia hospitalar foi criada para atender especificamente as crianças e 
adolescentes internados que estão fora da escola, dando apoio necessário para que 
os mesmos não percam o contato com o processo ensino aprendizagem. No momento 
presente, há uma grande conscientização dos profissionais para implantar a prática 
em todos os espaços de saúde. 
Na França, por exemplo, em 1939 é criado o Centro Nacional de Estudos e de 
Formação para a Infância Inadaptadas de Surenes - C.N.E.F.E.I que criou um grupo 
de professores para trabalhar em hospitais. A partir disso foi criado o cargo de 
professor hospitalar pelo Ministério de Educação da França. Segundo, Esteves apud 
Amaral e Silva “A criação de classes hospitalares em hospitais é resultado do 
reconhecimento formal à crianças internadas com necessidades educacionais, um 
direito à escolarização”( 2003, p.1). No Brasil na Santa Casa de Misericórdia de São 
Paulo, o tratamento pedagógico hospitalar teve início na década de 50, na cidade do 
Rio de Janeiro pelo Hospital Escola Menino Jesus que ainda mantém até hoje as suas 
atividades às crianças e adolescentes internados. 
Quanto ao profissional pedagogo segundo Calegari apud Simancas e Lorente 
(1990), a sua atuação em ambientes clínicos ou hospitalares se faz presente desde 
1979 em uma clínica na cidade de Navarra, na Espanha, que pela internação de sua 
irmã, uma acadêmica de Pedagogia inicia práticas pedagógicas, sendo 
posteriormente tomadas como exemplos em outras unidades. Conforme a autora a 
partir de então a prática pedagógica em hospital passa a ter um curso de formação 
naquele país.(CALEGARI,2003,p.89). 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
1.1 Hospital 
De acordo com o dicionário Aurélio, o hospital é um local destinado ao 
diagnóstico e ao tratamento de doentes, onde se pratica também a investigação e o 
ensino. 
Com o passar do tempo, a noção passou a dizer respeito à qualidade. Segundo 
definição do Ministério da Saúde, um espaço de educação. de acolher/hospedar 
alguém bem e com satisfação. 
Hospital é a parte integrante de uma organização médica e social, cuja função 
básica consiste em proporcionar à população assistência médica integral, curativa e 
preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar, constituindo-
se também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de 
pesquisas, em saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe 
supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente. 
(BRASIL, 1977, p.3929). 
Antigamente, um hospital era um local onde se exercia a caridade a pessoas 
pobres, doentes, órfãs, idosas e a peregrinos, acolhidos por monges e freiras. 
O hospital como estabelecimento de saúde, tem como finalidade cumprir as 
funções de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. Os hospitais podem ser 
gerais, psiquiátricos, geriátricos e materno-infantis (as maternidades), entre outras 
especialidades. 
1.2 Papel do Pedagogo 
O pedagogo hospitalar tem papel fundamental dentro da educação pois tem 
como finalidade acompanhar a criança ou adolescente no período de ausência 
escolar, internados em instituições hospitalares. 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
 Fonte: prefeitura.rio/ 
 
O trabalho existe, porém deveria ter mais atenção para que fossem criados 
classes hospitalares em todos os locais da saúde, bem como atendimento de ensino 
de educação especial na modalidade de educação especial caracterizado pela 
realização de diferentes atividades e por atender crianças e adolescentes internados, 
recuperando a criança em um processo de inclusão, oferecendo condições de 
aprendizagem. A classe hospitalar oferece à criança a vivência escolar, o professor 
precisa ter um planejamento estruturado e flexível. O ambiente da classe hospitalar 
deve ser acolhedor, um espaço pedagógico alegre e aconchegante fazendo com que 
a criança enferma melhore emocional, mental e fisicamente. 
A pedagogia hospitalar poderá atuar nas unidades de internação ou na ala de 
recreação do hospital. Esta nova prática pedagógica ameniza o sofrimento da criança 
internada no hospital, o paciente se envolve em atividades pedagógicas planejadas 
por profissionais voltados a área da educação. Para Ortiz(1999):"A classe hospitalar 
é uma abordagem de educação ressignificada como prioridade, ao lado do tratamento 
terapêutico". 
A pedagogia hospitalar é um modo de ensino da Educação Especial que visa a 
ação do educador no ambiente hospitalar, no qual atende crianças com necessidades 
educativas especiais transitórias, ou seja, crianças que por motivo de doença 
precisam de atendimento escolar diferenciado e especializado. Cabe ao hospital 
buscar alternativas e métodos qualificados que possibilitem aos pacientes usufruírem 
de abordagens educativas por um determinado espaço de tempo. 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
Este novo espaço de atuação do Pedagogo vem sendo estudado como uma 
nova visão de ensinar, dando oportunidade as crianças afastadas da escola por 
motivos de saúde, também ajuda nos transtornos emocionais causados pela 
internação, como a raiva, insegurança, incapacidades e frustrações que podem 
prejudicar na recuperação do paciente. 
A Pedagogia Hospitalar é um processo alternativo de educação, pois ela 
ultrapassa os métodos convencionais escola/aluno, buscando dentro da educação 
formas de apoiar o paciente ( crianças e adolescentes ) hospitalizados. 
A pedagogia hospitalar é um desafio, para o pedagogo que desenvolve um 
trabalho humanizado ajudando pacientes prejudicados na sua escolarização, 
proporcionando conhecimento e qualidade de vida ao paciente. A educação no 
hospital tem como princípio o atendimento personalizado ao educando na qual se 
trabalha uma proposta pedagógica com as necessidades, estabelecendo critérios que 
respeitem a patologia do paciente. No hospital a criança está longe do seu cotidiano 
voltado pelos amigos, brincadeiras e escola entrando em contato com integrantes do 
hospital enfermeiras, médicos além da família, por isso e fundamental a atenção do 
educador em articular atividades para a aceitação do paciente, na situação de 
internação no hospital. 
O professor deve se adaptar a realidade em que a criança se encontra no 
hospital como a área disponível para a realização das atividades lúdicas pedagógicas, 
recreativas; densidade de leitos na enfermaria pediátrica e dinâmica da utilização do 
espaço; adaptar agenda de horários. O pedagogo ao implantar uma classe hospitalar 
deve se preocupar com a presença da brinquedoteca. Para Cunha (2001), vem 
abordar a infância e a função da brinquedoteca, em que esta última configura-se como 
um espaço destinado à brincadeira, onde a criança brinca sossegada, sem cobrança 
e sem sentir que está perdendo tempo, estimulando sua autoestima e o processo 
sócio cognitivo. 
Atuação de recreadores e também a presença dos pais ou responsáveis 
integrando –os nas atividades correntes de uma classe hospitalar. Segundo Cunha 
as formas de convivência democrática encorajam a autonomia e estimulao 
amadurecimento emocional. Nesse espaço tão especial que é a brinquedoteca, a 
criança pode conhecer novos tipos de relacionamento entre as pessoas de forma 
prazerosa e enriquecedora (...) (p.37). 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
O profissional deve ser criativo explorar os espaços, podendo assim realizar 
dinâmicas de teatro, propor maneiras e materiais alternativos na confecção de jogos 
e brinquedos. Sendo assim, as classes hospitalares possuem uma pedagogia 
caracterizada pela educação sistematizada, no qual a planejamento no ensino, 
avaliação, encontro e socialização das crianças e professores, no hospital deve 
proporcionar um espaço onde as crianças possam expor seus trabalhos (murais), 
lugar para guardar lápis, papéis, cadernos, etc. 
O local deve ser lúdico e recreativo tendo jogos e brincadeiras, realizadas de 
acordo com o estado do paciente, com o intuito de expressar a partir de uma 
linguagem simbólica, medos, sentimentos e ideias que ajudem no enfrentamento da 
doença e do ambiente. O trabalho do pedagogo hospitalar também tem como proposta 
a intervenção terapêutica procurando resgatar seu espaço sadio, provocando a 
criatividade, as manifestações de alegria, os laços sociais e a diminuição de barreiras 
e preconceitos da doença e da hospitalização, a metodologia deve ser variada 
mudando a rotina da criança no qual permanece no hospital. 
Os materiais pedagógicos devem ser manuseados e transportados com 
facilidade, podendo utilizar teclados de computador adaptados, suporte para lápis, o 
Softwares educativos, vídeos educativos, etc. 
 
 
Fonte: pedagogiahospitalarunb.blogspot.com/ 
 
Uma das didáticas utilizadas é a utilização de atividades nas áreas de 
linguagem (narrativa de histórias, problematizações, leitura de imagem, comunicação 
através de atividades lúdicas), estas atividades podem auxiliar numa prática 
humanizada no atendimento Escolar / Hospitalar.“ Ser diferente e por isso, ter de ficar 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
de fora é muito doloroso, vencer os obstáculos impostos pela doenças, ao contrário é 
vitória, aprendizagem e desenvolvimento. E as classes hospitalares podem ter esse 
mérito.” (FONSECA E CECCIM,1999 p.71). 
Os materiais pedagógicos devem ser manuseados e transportados com 
facilidade, podendo utilizar teclados de computador adaptados, suporte para lápis, o 
Softwares educativos, vídeos educativos, etc. 
 A pedagogia hospitalar vai além do atendimento ao paciente, 
estendendo também a sua família que frequentemente apresentam problemas de 
ordem psicoaetiva que podem interferir na adaptação no espaço hospitalar. 
 As práticas do pedagogo como também dos profissionais da saúde, se inter-
calam, e Domingues (2001, p.18) assim as define: 
[…] aquelas situações do conhecimento que conduzem à transmutação ou 
ao traspassamento das disciplinas, à custa de suas aproximações e frequentações, 
Pois, além de sugerir a ideia de movimento, da frequentação das disciplinas e da 
quebra de barreiras, a transdisciplinaridade permite pensar o cruzamento de 
especialidades, o trabalho nas interfaces, a superação de especialidades, o trabalho 
nas interfaces, a superação das fronteiras, a imigração de um conceito de um campo 
de saber para outro, além da própria unificação do conhecimento. Vale dizer que não 
se trata do caso da divisão de um mesmo objeto entre (inter) disciplinas diferentes 
(multi) que o recortariam e trabalhariam seus diferentes aspectos, segundo pontos de 
vista diferentes, cada qual resguardando suas fronteiras e ficando (em maior ou menor 
grau) intocadas. Trata-se, portanto, de uma interação dinâmica contemplando 
processos de auto regulação e de retroalimentação e não de uma integração ou 
anexação pura e simples. 
 A prática hospitalar do pedagogo vai depender do efetivo envolvimento com o 
doente como também a modificação no ambiente que está envolvido junto aos 
programas adaptados às capacidades e disponibilidades do enfermo. Essa prática é 
tão importante que o teórico Pimenta (2001) discute a respeito da formação do 
pedagogo e diz que ele é um profissional que: 
Atue como gestor/pesquisado/coordenador de diversos projetos educativos, 
dentro e fora da escola; pressupondo sua atuação em atividades de lazer comunitário; 
em espaços pedagógicos nos hospitais e presídios; na formação de pessoas dentro 
das empresas; que saiba organizar processos de formação de educadores de ONG’s; 
que possa assessorar atividades pedagógicas nos diversos meios de comunicação 
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como TV, rádio, Internet, quadrinhos, revistas, editoras, tornando mais pedagógicas 
campanhas sociais educativas sobre violência, drogas. AIDS, dengue; que esteja 
habilitado à criação e elaboração de brinquedos, materiais de auto estudo, programas 
de educação a distância; que organize, avalie e desenvolva pesquisas educacionais 
em diversos contextos sociais; que planeje projetos culturais e afins. 
 
2 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA PEDAGOGIA SOCIAL 
 
 
Fonte: pedagogiaaopedaletra.com/ 
 
A Pedagogia Social apresenta-se, para os diferentes autores, como 
uma ciência que permite a criação de conhecimentos, como uma disciplina que 
possibilita sistematização, reorganização e transmissão de conhecimentos e como 
uma profissão com dimensão prática, com ações orientadas e intencionais. A 
Pedagogia Social é uma ciên 
cia da educação social, dirigida a indivíduos e grupos e na qual se centraliza 
nos problemas humanos e sociais, na qual podem ser tratados a partir de empenho 
educativo, é uma ciência do trabalho social a partir duma perspectiva educativa. 
A Pedagogia Social surgiu para Pérez Serrano (2003), na Alemanha. 
A Pedagogia Social surgiu depois da revolução industrial, em França, e é entre 
as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto de uma população 
mais jovem e com problemas sociais, que se anuncia o aparecimento da Pedagogia 
Social. 
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A Pedagogia Social como uma das áreas no campo, do Trabalho Social, 
envolve-se numa série de especialidades como por exemplo, atenção à infância com 
problemas (abandono, ambiente familiar desestruturado...); prevenção e tratamento 
das toxicomanias e do alcoolismo; prevenção da delinquência juvenil. (reeducação 
dos dissocializados); educação de adultos, entre outros. 
A Pedagogia Social é uma ciência da educação social, dirigida a indivíduos e 
grupos, na qual se centraliza nos problemas humanos e sociais e na qual podem ser 
tratados a partir de empenho educativo, é uma ciência do trabalho social a partir duma 
perspectiva educativa. 
Começou por ser um ramo da Pedagogia geral, mas com o decorrer dos anos, 
ganhou um grau de diferenciação em virtude quer das metodologias quer dos novos 
contextos. 
A Pedagogia Social passa assim pela intervenção que se faz em situações 
normalizadas de necessidade ou anomia sobre os indivíduos. 
O conceito mais generalizado para Pedagogia Social compreende uma ciência 
da educação social das pessoas e grupo se, uma ciência do trabalho social a partir 
duma perspectiva educativa. 
Entre outros, as origens pedagógicas estão em Pestalozzi e Fröebel, mas é a 
situação social europeia que lhe abre caminho. 
Surgiu depois da revolução industrial, dai a necessidade de encontrar resposta 
para os novos problemas sociais que dai resultaram, como o desemprego, os 
acidentes de trabalho, isto em França. 
Mas é entre as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto 
de uma população mais jovem e com problemas sociais, que se anuncia o 
aparecimento da Pedagogia Social, isto na Alemanha. 
Onde? (Qual o contexto científico, histórico, social,..) 
A Pedagogia Social surgiu depois da revolução industrial, em França, e é entre 
as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto de uma população 
mais jovem e com problemas sociais,que se anuncia o aparecimento da Pedagogia 
Social, isto na Alemanha. 
No contexto histórico da evolução da Pedagogia Social, surge o primeiro 
período, isto entre 1898 e 1919. 
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Natorp (1854-1920), teoria idealista (Kant e Hegel) que situa o objeto da 
Pedagogia Social no coletivo por oposição ao tradicional individualismo de Locke e 
Rousseau, o homem individual é uma abstração. 
Acreditavam que muitos dos males da Alemanha eram devidos ao 
individualismo e assim a Pedagogia Social surge como um instrumento de restauração 
do país. 
Logo a necessidade de ter em conta conceitos chaves como: 
Comunidade em que o homem não vive isolado e toda a intervenção educativa 
realiza-se na comunidade. Esta é uma unidade vital e só através dela o indivíduo se 
torna pessoa. A comunidade é entendida como um ideal porque só se alcança quando 
cada um se preocupar com todos e todos com cada um. 
Vontade, é aquilo que conduz o homem de um estado primitivo a um membro 
da comunidade. Querer é a consciência da própria volição face aos outros. «Querer é 
ser». 
Educação, é educar a vontade, dela depende a educação estética, política, 
intelectual, A educação é uma questão do «dever ser». 
Relação do indivíduo com a comunidade, todo o conteúdo da educação 
humana é em si mesma comunitário. Esta faz-se na família, na escola, na 
comunidade. A própria comunidade só sobrevive através da educação. 
Pedagogia Social em Paul Natorp, foi o primeiro a tentar definir uma teoria 
sobre a educação social, pelo que Pedagogia Social é igual ao saber prático mais o 
saber teórico. 
O segundo período, (1913 – 1933), coincide com a pedagogia da reforma, o 
incremento dos problemas sociais derivados da I Guerra Mundial (desemprego, 
delinquência, falta de proteção social, …) contribui para o nascimento de um 
movimento pedagógico social. Assim, nos anos 20 (Alemanha), outra linha, a Teoria 
da Ação Educativa sobre Problemas Humano Sociais, centralizada nos problemas 
sociais (crianças maltratadas, pré e delinquentes, idosos,) que associada a uma 
engenharia da promoção social, a um critério educativo e a um corpus teórico dá lugar 
a uma Pedagogia Social científica. 
É um período marcado pelo apoio às instituições sociopedagógicas (1906) edu-
cação assistencial geral (Estado e Igreja), direito de Bem-Estar da Juventude (1922). 
Surgem as residências para a infância, juventude e assistência penitenciária, bem 
como a formação dos operários. 
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O aumento de carências e necessidades motivam a Pedagogia de H. Nhol, 
promovendo a prevenção e profilaxia dos problemas sociais. 
É a sua discípula, Baümer, que institucionaliza esta concepção. 
O terceiro período entre 1933 e 1949, corresponde à fase do nacional-
socialismo de Hitler, logo há uma estagnação na evolução desta disciplina, 
imprimindo-lhe apenas um cunho político e ideológico. 
Para Krieck a comunidade é um organismo com vida própria independente dos 
indivíduos e a educação deve basear-se na raça. 
A pedagogia social está orientada para uma formação nacionalista de carácter 
racial e para uma visão do mundo de sentido único. 
O quarto período, a partir de 1949, tem como principais características, uma 
situação concreta histórico-cultural mente definida, é autocrítica e usa a reflexão como 
modo de valoração da prática, é dialética (privilegia o modelo ecológico), parte assim 
de pressupostos emancipa tórios, daí que a investigação seja a sua metodologia, deve 
ultrapassar os aspectos sociais que obstaculizam a evolução, une a teoria à prática 
de forma dialética e é comunitária e consensual. 
As principais características da Pedagogia Social são, uma ciência pedagógica, 
de carácter teórico-prático, que se refere à socialização do sujeito, tanto a partir de 
uma perspectiva normalizada como de situações especiais (inadaptação social), 
assim como aos aspectos educativos do trabalho social. Implica o conhecimento e a 
ação sobre os seres humanos, em situação normalizada como em situação de conflito 
ou necessidade. 
A partir de uma vertente educativa, às necessidades humanas que convocam 
o trabalho social, assim como ao estudo da inadaptação social. 
O indivíduo socializa-se dentro e fora da instituição escolar e, por isso, a 
educação social deve efetuar-se em todos os contextos nos quais se desenvolve a 
vida do ser humano. Nesse sentido, não pode definir-se exclusivamente por ocupar o 
espaço não escolar, o que implicaria uma redução da mesma. 
A Pedagogia Social evoluiu, depois da revolução industrial, como consequência 
da necessidade de encontrar resposta para os problemas sociais novos que daí 
resultaram (desemprego, acidentes de trabalho, …), em França, e sobretudo, entre as 
duas grandes Guerras, na Alemanha, devido à necessidade de intervir junto de uma 
população jovem com problemas sociais. 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
As origens pedagógicas estão em Pestalozzi e Fröebel, mas é a situação social 
europeia que lhe abre caminho. 
Karl F.Magers (1844) - Revista Pedagógica alemã, utilizou este termo pela 
primeira vez, em oposição a Pedagogia Individual e, como alternativa à Pedagogia 
Coletiva. 
Mas é Diesterweg (1850) quem precisa a definição do conceito. A Pedagogia 
Social preconiza o desenvolvimento das pessoas no sentido de ajudar o próximo - 
trata-se de uma ação educativa dirigida aos desfavorecidos da sociedade. 
 
 
Fonte: www.iped.com.br/ 
 
 Aprender a conhecer 
É quando tornamos prazeroso o ato de compreender, descobrir ou construir o 
conhecimento. É o interesse nas informações, libertação da ignorância. Com a 
velocidade em que o conhecimento humano se multiplica, muitas vezes deixamos de 
lado essa necessidade de nos aprimorar, se desinteressando pelo outro, pelo novo. 
Sendo assim, o aprender a conhecer exercita a atenção, a memória e o pensamento. 
 
 Aprender a fazer 
É ir além do conhecimento teórico e entrar no setor prático. Aprender a fazer 
faz com que o ser humano passe a saber lidar com situações de emprego, trabalho 
em equipe, desenvolvimento coorporativo e valores necessários para cada trabalho. 
Esse pilar é essencial, á que vivemos em sociedades assalariadas e que, 
http://faculdadefutura.com.br/
https://www.iped.com.br/materias/educacao-e-pedagogia/pilares-educacao.html
 
 
frequentemente, o trabalho humano é trocado pelas máquinas, o que exige uma 
realização de tarefas mais intelectuais e mentais. 
 
 Aprender a viver com os outros 
Essencial à vida humana, e que, muitas vezes, se torna um empecilho para a 
convivência em uma sociedade interativa. É preciso então, aprender a compreender 
o próximo, desenvolver uma percepção, estar pronto para gerenciar crises e participar 
de projetos comuns. É necessário deixar a manifestação da oposição de forma 
violenta de lado e progredir a humanidade. 
Descobrir que o outro é diferente e saber encarar essas diversidades, faz parte 
da elevação educacional de cada um. Ir, além disso, e lidar com objetivos comuns no 
qual todos passaram a fazer parte de uma mesma ação, e poder conduzir este 
trabalho aceitando as diferenças individuais, é o que melhora a vida social. 
 
 Aprender a ser 
Desenvolver o pensamento crítico, autônomo, incitar a criatividade e elevar 
o crescimento de conhecimentos, além de ter em mente um sentido ético e estético 
perante a sociedade. Isto é aprender a ser. Não podemos negligenciar o potencial de 
cada indivíduo, é preciso contribuir para o seu total desenvolvimento, adquirindo 
ferramentas que formulam os juízos e valores do ser autônomo, intelectualmente. A 
diversidade de personalidades é o que gera a inovação dentro da sociedade. 
 
É possível identificar quatro tendências teóricas a nível das 
características atuais da Pedagogia Social: 
Teorias críticas da Pedagogia Social; 
Pedagogia social entendida como ajuda à juventude, é a sociedade que 
provocasituações de carência e inadaptação nos jovens; 
Pedagogia Social como trabalho juvenil anticapitalista (esquerda socialista de 
1968); 
Pedagogia como higiene social (ajuda às dificuldades de aprendizagem 
escolar); 
Pedagogia Social como trabalho social crítico do Círculo do Trabalho (teoria, ciência 
e política). 
 
http://faculdadefutura.com.br/
https://www.iped.com.br/materias/educacao-e-pedagogia/pilares-educacao.html
 
 
 
Fonte: pednaoescolar.blogspot.com/ 
 
A Pedagogia Social como uma das áreas no campo, do Trabalho Social, 
envolve-se numa série de especialidades que na classificação de Quintana são os 
seguintes: 
- A atenção à infância com problemas (abandono, ambiente familiar 
desestruturado...); 
 - Atenção à adolescência (orientação pessoal e profissional, tempo livre, 
férias...); 
- Atenção à juventude (política de juventude, associacionismo, voluntariado, 
atividades, emprego...); 
- Atenção à família em suas necessidades existenciais (famílias 
desestruturadas, adoção, separações...); atenção à terceira idade; atenção aos 
deficientes físicos, sensoriais e psíquicos; pedagogia hospitalar; prevenção e 
tratamento das toxicomanias e do alcoolismo; prevenção da delinquência juvenil. 
(reeducação dos dissocializados); 
- Atenção a grupos marginalizados (imigrantes, minorias étnicas, presos e ex- 
presidiários); promoção da condição social da mulher; educação de adultos animação 
sociocultural. 
A Pedagogia Social é lidar consigo, com o outro e com as perguntas de tal 
forma que o seu agir possa contribuir para o saudável desenvolvimento das condições 
sociais. O campo de trabalho da Pedagogia Social é a Educação social, que se faz ao 
longo de toda a vida, em todos os espaços e em todas as relações. 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
 
Fonte: blogdatiadag.org/ 
 
Qual profissional disponível no mercado tem a formação humana que um 
pedagogo tem? Quem estaria mais bem preparado hoje, para articular as relações de 
grupos de trabalho, dentro das organizações, dentro de um Hospital e exercer 
influências educativas individuais ou coletivas na sociedade? 
Assim, Quintana, (1984) definiu a Pedagogia Social como a ciência do 
Trabalho Social: um sistema de teorias científicas, tecnologias e teorias tecnológicas 
sobre fenómenos ou classes de fenómenos que correspondem ao conceito 
de educação terciária (educação terciária, educação da reinserção social, tendo um 
carácter corretivo de 
reinserção em pessoas com problemáticas de socialização). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://faculdadefutura.com.br/
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BAHIA, Juarez. Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 
1995. 
CARVALHO, Antônio Vieira. Aprendizagem Organizacional em Tempos de Mu-
dança. São Paulo: Pioneira, 1999. 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2003. 
 
 . Gerenciando pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. 
3. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. 
 
 . Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 
Rio de Janeiro: Campus, 1999. 
 
DAVEL, Eduardo; VASCONCELOS, João (orgs.). Recursos Humanos e subjetivi-
dade. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. 
 
DELORS, Jacques. Educação um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 2001. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à prática educativa. 
São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura). 
 
LIBANEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para que? 5. ed. São Paulo: Cor-
tez, 2002. 
 
NOVOA, Antonio. Diz-me como ensinas, dir-te-ei quem és e vice-versa. In: FA-
ZENDA, I. A. Pesquisa em Educação e as Transformações do Conhecimento. 2. ed. 
Campinas, SP: Papirus, 1997. 
 
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