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FACULDADE FUTURA EDUCAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES NÃO ESCOLARES VOTUPORANGA – SP http://faculdadefutura.com.br/ http://faculdadefutura.com.br/ 1 HISTÓRIA DA PEDAGOGIA HOSPITALAR Foi no período da segunda guerra mundial o grande número de crianças mutiladas e sem atendimento escolar que fez com que um grupo de médicos se mobilizassem para dar atendimento a essas crianças. De acordo com Esteves (2008),a Pedagogia Hospitalar começou a partir da década de 90 no qual os órgãos públicos sentiram a necessidade de inserir o serviço do pedagogo hospitalar, complementando a área da educação especial no Brasil. É uma proposta diferenciada de ensino que tem a finalidade de acompanhar as crianças que estão afastadas da escola por estarem doentes. A pedagogia hospitalar foi criada para atender especificamente as crianças e adolescentes internados que estão fora da escola, dando apoio necessário para que os mesmos não percam o contato com o processo ensino aprendizagem. No momento presente, há uma grande conscientização dos profissionais para implantar a prática em todos os espaços de saúde. Na França, por exemplo, em 1939 é criado o Centro Nacional de Estudos e de Formação para a Infância Inadaptadas de Surenes - C.N.E.F.E.I que criou um grupo de professores para trabalhar em hospitais. A partir disso foi criado o cargo de professor hospitalar pelo Ministério de Educação da França. Segundo, Esteves apud Amaral e Silva “A criação de classes hospitalares em hospitais é resultado do reconhecimento formal à crianças internadas com necessidades educacionais, um direito à escolarização”( 2003, p.1). No Brasil na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, o tratamento pedagógico hospitalar teve início na década de 50, na cidade do Rio de Janeiro pelo Hospital Escola Menino Jesus que ainda mantém até hoje as suas atividades às crianças e adolescentes internados. Quanto ao profissional pedagogo segundo Calegari apud Simancas e Lorente (1990), a sua atuação em ambientes clínicos ou hospitalares se faz presente desde 1979 em uma clínica na cidade de Navarra, na Espanha, que pela internação de sua irmã, uma acadêmica de Pedagogia inicia práticas pedagógicas, sendo posteriormente tomadas como exemplos em outras unidades. Conforme a autora a partir de então a prática pedagógica em hospital passa a ter um curso de formação naquele país.(CALEGARI,2003,p.89). http://faculdadefutura.com.br/ 1.1 Hospital De acordo com o dicionário Aurélio, o hospital é um local destinado ao diagnóstico e ao tratamento de doentes, onde se pratica também a investigação e o ensino. Com o passar do tempo, a noção passou a dizer respeito à qualidade. Segundo definição do Ministério da Saúde, um espaço de educação. de acolher/hospedar alguém bem e com satisfação. Hospital é a parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica consiste em proporcionar à população assistência médica integral, curativa e preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive o domiciliar, constituindo- se também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisas, em saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente. (BRASIL, 1977, p.3929). Antigamente, um hospital era um local onde se exercia a caridade a pessoas pobres, doentes, órfãs, idosas e a peregrinos, acolhidos por monges e freiras. O hospital como estabelecimento de saúde, tem como finalidade cumprir as funções de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. Os hospitais podem ser gerais, psiquiátricos, geriátricos e materno-infantis (as maternidades), entre outras especialidades. 1.2 Papel do Pedagogo O pedagogo hospitalar tem papel fundamental dentro da educação pois tem como finalidade acompanhar a criança ou adolescente no período de ausência escolar, internados em instituições hospitalares. http://faculdadefutura.com.br/ Fonte: prefeitura.rio/ O trabalho existe, porém deveria ter mais atenção para que fossem criados classes hospitalares em todos os locais da saúde, bem como atendimento de ensino de educação especial na modalidade de educação especial caracterizado pela realização de diferentes atividades e por atender crianças e adolescentes internados, recuperando a criança em um processo de inclusão, oferecendo condições de aprendizagem. A classe hospitalar oferece à criança a vivência escolar, o professor precisa ter um planejamento estruturado e flexível. O ambiente da classe hospitalar deve ser acolhedor, um espaço pedagógico alegre e aconchegante fazendo com que a criança enferma melhore emocional, mental e fisicamente. A pedagogia hospitalar poderá atuar nas unidades de internação ou na ala de recreação do hospital. Esta nova prática pedagógica ameniza o sofrimento da criança internada no hospital, o paciente se envolve em atividades pedagógicas planejadas por profissionais voltados a área da educação. Para Ortiz(1999):"A classe hospitalar é uma abordagem de educação ressignificada como prioridade, ao lado do tratamento terapêutico". A pedagogia hospitalar é um modo de ensino da Educação Especial que visa a ação do educador no ambiente hospitalar, no qual atende crianças com necessidades educativas especiais transitórias, ou seja, crianças que por motivo de doença precisam de atendimento escolar diferenciado e especializado. Cabe ao hospital buscar alternativas e métodos qualificados que possibilitem aos pacientes usufruírem de abordagens educativas por um determinado espaço de tempo. http://faculdadefutura.com.br/ Este novo espaço de atuação do Pedagogo vem sendo estudado como uma nova visão de ensinar, dando oportunidade as crianças afastadas da escola por motivos de saúde, também ajuda nos transtornos emocionais causados pela internação, como a raiva, insegurança, incapacidades e frustrações que podem prejudicar na recuperação do paciente. A Pedagogia Hospitalar é um processo alternativo de educação, pois ela ultrapassa os métodos convencionais escola/aluno, buscando dentro da educação formas de apoiar o paciente ( crianças e adolescentes ) hospitalizados. A pedagogia hospitalar é um desafio, para o pedagogo que desenvolve um trabalho humanizado ajudando pacientes prejudicados na sua escolarização, proporcionando conhecimento e qualidade de vida ao paciente. A educação no hospital tem como princípio o atendimento personalizado ao educando na qual se trabalha uma proposta pedagógica com as necessidades, estabelecendo critérios que respeitem a patologia do paciente. No hospital a criança está longe do seu cotidiano voltado pelos amigos, brincadeiras e escola entrando em contato com integrantes do hospital enfermeiras, médicos além da família, por isso e fundamental a atenção do educador em articular atividades para a aceitação do paciente, na situação de internação no hospital. O professor deve se adaptar a realidade em que a criança se encontra no hospital como a área disponível para a realização das atividades lúdicas pedagógicas, recreativas; densidade de leitos na enfermaria pediátrica e dinâmica da utilização do espaço; adaptar agenda de horários. O pedagogo ao implantar uma classe hospitalar deve se preocupar com a presença da brinquedoteca. Para Cunha (2001), vem abordar a infância e a função da brinquedoteca, em que esta última configura-se como um espaço destinado à brincadeira, onde a criança brinca sossegada, sem cobrança e sem sentir que está perdendo tempo, estimulando sua autoestima e o processo sócio cognitivo. Atuação de recreadores e também a presença dos pais ou responsáveis integrando –os nas atividades correntes de uma classe hospitalar. Segundo Cunha as formas de convivência democrática encorajam a autonomia e estimulao amadurecimento emocional. Nesse espaço tão especial que é a brinquedoteca, a criança pode conhecer novos tipos de relacionamento entre as pessoas de forma prazerosa e enriquecedora (...) (p.37). http://faculdadefutura.com.br/ O profissional deve ser criativo explorar os espaços, podendo assim realizar dinâmicas de teatro, propor maneiras e materiais alternativos na confecção de jogos e brinquedos. Sendo assim, as classes hospitalares possuem uma pedagogia caracterizada pela educação sistematizada, no qual a planejamento no ensino, avaliação, encontro e socialização das crianças e professores, no hospital deve proporcionar um espaço onde as crianças possam expor seus trabalhos (murais), lugar para guardar lápis, papéis, cadernos, etc. O local deve ser lúdico e recreativo tendo jogos e brincadeiras, realizadas de acordo com o estado do paciente, com o intuito de expressar a partir de uma linguagem simbólica, medos, sentimentos e ideias que ajudem no enfrentamento da doença e do ambiente. O trabalho do pedagogo hospitalar também tem como proposta a intervenção terapêutica procurando resgatar seu espaço sadio, provocando a criatividade, as manifestações de alegria, os laços sociais e a diminuição de barreiras e preconceitos da doença e da hospitalização, a metodologia deve ser variada mudando a rotina da criança no qual permanece no hospital. Os materiais pedagógicos devem ser manuseados e transportados com facilidade, podendo utilizar teclados de computador adaptados, suporte para lápis, o Softwares educativos, vídeos educativos, etc. Fonte: pedagogiahospitalarunb.blogspot.com/ Uma das didáticas utilizadas é a utilização de atividades nas áreas de linguagem (narrativa de histórias, problematizações, leitura de imagem, comunicação através de atividades lúdicas), estas atividades podem auxiliar numa prática humanizada no atendimento Escolar / Hospitalar.“ Ser diferente e por isso, ter de ficar http://faculdadefutura.com.br/ de fora é muito doloroso, vencer os obstáculos impostos pela doenças, ao contrário é vitória, aprendizagem e desenvolvimento. E as classes hospitalares podem ter esse mérito.” (FONSECA E CECCIM,1999 p.71). Os materiais pedagógicos devem ser manuseados e transportados com facilidade, podendo utilizar teclados de computador adaptados, suporte para lápis, o Softwares educativos, vídeos educativos, etc. A pedagogia hospitalar vai além do atendimento ao paciente, estendendo também a sua família que frequentemente apresentam problemas de ordem psicoaetiva que podem interferir na adaptação no espaço hospitalar. As práticas do pedagogo como também dos profissionais da saúde, se inter- calam, e Domingues (2001, p.18) assim as define: […] aquelas situações do conhecimento que conduzem à transmutação ou ao traspassamento das disciplinas, à custa de suas aproximações e frequentações, Pois, além de sugerir a ideia de movimento, da frequentação das disciplinas e da quebra de barreiras, a transdisciplinaridade permite pensar o cruzamento de especialidades, o trabalho nas interfaces, a superação de especialidades, o trabalho nas interfaces, a superação das fronteiras, a imigração de um conceito de um campo de saber para outro, além da própria unificação do conhecimento. Vale dizer que não se trata do caso da divisão de um mesmo objeto entre (inter) disciplinas diferentes (multi) que o recortariam e trabalhariam seus diferentes aspectos, segundo pontos de vista diferentes, cada qual resguardando suas fronteiras e ficando (em maior ou menor grau) intocadas. Trata-se, portanto, de uma interação dinâmica contemplando processos de auto regulação e de retroalimentação e não de uma integração ou anexação pura e simples. A prática hospitalar do pedagogo vai depender do efetivo envolvimento com o doente como também a modificação no ambiente que está envolvido junto aos programas adaptados às capacidades e disponibilidades do enfermo. Essa prática é tão importante que o teórico Pimenta (2001) discute a respeito da formação do pedagogo e diz que ele é um profissional que: Atue como gestor/pesquisado/coordenador de diversos projetos educativos, dentro e fora da escola; pressupondo sua atuação em atividades de lazer comunitário; em espaços pedagógicos nos hospitais e presídios; na formação de pessoas dentro das empresas; que saiba organizar processos de formação de educadores de ONG’s; que possa assessorar atividades pedagógicas nos diversos meios de comunicação http://faculdadefutura.com.br/ como TV, rádio, Internet, quadrinhos, revistas, editoras, tornando mais pedagógicas campanhas sociais educativas sobre violência, drogas. AIDS, dengue; que esteja habilitado à criação e elaboração de brinquedos, materiais de auto estudo, programas de educação a distância; que organize, avalie e desenvolva pesquisas educacionais em diversos contextos sociais; que planeje projetos culturais e afins. 2 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA PEDAGOGIA SOCIAL Fonte: pedagogiaaopedaletra.com/ A Pedagogia Social apresenta-se, para os diferentes autores, como uma ciência que permite a criação de conhecimentos, como uma disciplina que possibilita sistematização, reorganização e transmissão de conhecimentos e como uma profissão com dimensão prática, com ações orientadas e intencionais. A Pedagogia Social é uma ciên cia da educação social, dirigida a indivíduos e grupos e na qual se centraliza nos problemas humanos e sociais, na qual podem ser tratados a partir de empenho educativo, é uma ciência do trabalho social a partir duma perspectiva educativa. A Pedagogia Social surgiu para Pérez Serrano (2003), na Alemanha. A Pedagogia Social surgiu depois da revolução industrial, em França, e é entre as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto de uma população mais jovem e com problemas sociais, que se anuncia o aparecimento da Pedagogia Social. http://faculdadefutura.com.br/ A Pedagogia Social como uma das áreas no campo, do Trabalho Social, envolve-se numa série de especialidades como por exemplo, atenção à infância com problemas (abandono, ambiente familiar desestruturado...); prevenção e tratamento das toxicomanias e do alcoolismo; prevenção da delinquência juvenil. (reeducação dos dissocializados); educação de adultos, entre outros. A Pedagogia Social é uma ciência da educação social, dirigida a indivíduos e grupos, na qual se centraliza nos problemas humanos e sociais e na qual podem ser tratados a partir de empenho educativo, é uma ciência do trabalho social a partir duma perspectiva educativa. Começou por ser um ramo da Pedagogia geral, mas com o decorrer dos anos, ganhou um grau de diferenciação em virtude quer das metodologias quer dos novos contextos. A Pedagogia Social passa assim pela intervenção que se faz em situações normalizadas de necessidade ou anomia sobre os indivíduos. O conceito mais generalizado para Pedagogia Social compreende uma ciência da educação social das pessoas e grupo se, uma ciência do trabalho social a partir duma perspectiva educativa. Entre outros, as origens pedagógicas estão em Pestalozzi e Fröebel, mas é a situação social europeia que lhe abre caminho. Surgiu depois da revolução industrial, dai a necessidade de encontrar resposta para os novos problemas sociais que dai resultaram, como o desemprego, os acidentes de trabalho, isto em França. Mas é entre as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto de uma população mais jovem e com problemas sociais, que se anuncia o aparecimento da Pedagogia Social, isto na Alemanha. Onde? (Qual o contexto científico, histórico, social,..) A Pedagogia Social surgiu depois da revolução industrial, em França, e é entre as duas grandes Guerras, devido á necessidade de intervir junto de uma população mais jovem e com problemas sociais,que se anuncia o aparecimento da Pedagogia Social, isto na Alemanha. No contexto histórico da evolução da Pedagogia Social, surge o primeiro período, isto entre 1898 e 1919. http://faculdadefutura.com.br/ Natorp (1854-1920), teoria idealista (Kant e Hegel) que situa o objeto da Pedagogia Social no coletivo por oposição ao tradicional individualismo de Locke e Rousseau, o homem individual é uma abstração. Acreditavam que muitos dos males da Alemanha eram devidos ao individualismo e assim a Pedagogia Social surge como um instrumento de restauração do país. Logo a necessidade de ter em conta conceitos chaves como: Comunidade em que o homem não vive isolado e toda a intervenção educativa realiza-se na comunidade. Esta é uma unidade vital e só através dela o indivíduo se torna pessoa. A comunidade é entendida como um ideal porque só se alcança quando cada um se preocupar com todos e todos com cada um. Vontade, é aquilo que conduz o homem de um estado primitivo a um membro da comunidade. Querer é a consciência da própria volição face aos outros. «Querer é ser». Educação, é educar a vontade, dela depende a educação estética, política, intelectual, A educação é uma questão do «dever ser». Relação do indivíduo com a comunidade, todo o conteúdo da educação humana é em si mesma comunitário. Esta faz-se na família, na escola, na comunidade. A própria comunidade só sobrevive através da educação. Pedagogia Social em Paul Natorp, foi o primeiro a tentar definir uma teoria sobre a educação social, pelo que Pedagogia Social é igual ao saber prático mais o saber teórico. O segundo período, (1913 – 1933), coincide com a pedagogia da reforma, o incremento dos problemas sociais derivados da I Guerra Mundial (desemprego, delinquência, falta de proteção social, …) contribui para o nascimento de um movimento pedagógico social. Assim, nos anos 20 (Alemanha), outra linha, a Teoria da Ação Educativa sobre Problemas Humano Sociais, centralizada nos problemas sociais (crianças maltratadas, pré e delinquentes, idosos,) que associada a uma engenharia da promoção social, a um critério educativo e a um corpus teórico dá lugar a uma Pedagogia Social científica. É um período marcado pelo apoio às instituições sociopedagógicas (1906) edu- cação assistencial geral (Estado e Igreja), direito de Bem-Estar da Juventude (1922). Surgem as residências para a infância, juventude e assistência penitenciária, bem como a formação dos operários. http://faculdadefutura.com.br/ O aumento de carências e necessidades motivam a Pedagogia de H. Nhol, promovendo a prevenção e profilaxia dos problemas sociais. É a sua discípula, Baümer, que institucionaliza esta concepção. O terceiro período entre 1933 e 1949, corresponde à fase do nacional- socialismo de Hitler, logo há uma estagnação na evolução desta disciplina, imprimindo-lhe apenas um cunho político e ideológico. Para Krieck a comunidade é um organismo com vida própria independente dos indivíduos e a educação deve basear-se na raça. A pedagogia social está orientada para uma formação nacionalista de carácter racial e para uma visão do mundo de sentido único. O quarto período, a partir de 1949, tem como principais características, uma situação concreta histórico-cultural mente definida, é autocrítica e usa a reflexão como modo de valoração da prática, é dialética (privilegia o modelo ecológico), parte assim de pressupostos emancipa tórios, daí que a investigação seja a sua metodologia, deve ultrapassar os aspectos sociais que obstaculizam a evolução, une a teoria à prática de forma dialética e é comunitária e consensual. As principais características da Pedagogia Social são, uma ciência pedagógica, de carácter teórico-prático, que se refere à socialização do sujeito, tanto a partir de uma perspectiva normalizada como de situações especiais (inadaptação social), assim como aos aspectos educativos do trabalho social. Implica o conhecimento e a ação sobre os seres humanos, em situação normalizada como em situação de conflito ou necessidade. A partir de uma vertente educativa, às necessidades humanas que convocam o trabalho social, assim como ao estudo da inadaptação social. O indivíduo socializa-se dentro e fora da instituição escolar e, por isso, a educação social deve efetuar-se em todos os contextos nos quais se desenvolve a vida do ser humano. Nesse sentido, não pode definir-se exclusivamente por ocupar o espaço não escolar, o que implicaria uma redução da mesma. A Pedagogia Social evoluiu, depois da revolução industrial, como consequência da necessidade de encontrar resposta para os problemas sociais novos que daí resultaram (desemprego, acidentes de trabalho, …), em França, e sobretudo, entre as duas grandes Guerras, na Alemanha, devido à necessidade de intervir junto de uma população jovem com problemas sociais. http://faculdadefutura.com.br/ As origens pedagógicas estão em Pestalozzi e Fröebel, mas é a situação social europeia que lhe abre caminho. Karl F.Magers (1844) - Revista Pedagógica alemã, utilizou este termo pela primeira vez, em oposição a Pedagogia Individual e, como alternativa à Pedagogia Coletiva. Mas é Diesterweg (1850) quem precisa a definição do conceito. A Pedagogia Social preconiza o desenvolvimento das pessoas no sentido de ajudar o próximo - trata-se de uma ação educativa dirigida aos desfavorecidos da sociedade. Fonte: www.iped.com.br/ Aprender a conhecer É quando tornamos prazeroso o ato de compreender, descobrir ou construir o conhecimento. É o interesse nas informações, libertação da ignorância. Com a velocidade em que o conhecimento humano se multiplica, muitas vezes deixamos de lado essa necessidade de nos aprimorar, se desinteressando pelo outro, pelo novo. Sendo assim, o aprender a conhecer exercita a atenção, a memória e o pensamento. Aprender a fazer É ir além do conhecimento teórico e entrar no setor prático. Aprender a fazer faz com que o ser humano passe a saber lidar com situações de emprego, trabalho em equipe, desenvolvimento coorporativo e valores necessários para cada trabalho. Esse pilar é essencial, á que vivemos em sociedades assalariadas e que, http://faculdadefutura.com.br/ https://www.iped.com.br/materias/educacao-e-pedagogia/pilares-educacao.html frequentemente, o trabalho humano é trocado pelas máquinas, o que exige uma realização de tarefas mais intelectuais e mentais. Aprender a viver com os outros Essencial à vida humana, e que, muitas vezes, se torna um empecilho para a convivência em uma sociedade interativa. É preciso então, aprender a compreender o próximo, desenvolver uma percepção, estar pronto para gerenciar crises e participar de projetos comuns. É necessário deixar a manifestação da oposição de forma violenta de lado e progredir a humanidade. Descobrir que o outro é diferente e saber encarar essas diversidades, faz parte da elevação educacional de cada um. Ir, além disso, e lidar com objetivos comuns no qual todos passaram a fazer parte de uma mesma ação, e poder conduzir este trabalho aceitando as diferenças individuais, é o que melhora a vida social. Aprender a ser Desenvolver o pensamento crítico, autônomo, incitar a criatividade e elevar o crescimento de conhecimentos, além de ter em mente um sentido ético e estético perante a sociedade. Isto é aprender a ser. Não podemos negligenciar o potencial de cada indivíduo, é preciso contribuir para o seu total desenvolvimento, adquirindo ferramentas que formulam os juízos e valores do ser autônomo, intelectualmente. A diversidade de personalidades é o que gera a inovação dentro da sociedade. É possível identificar quatro tendências teóricas a nível das características atuais da Pedagogia Social: Teorias críticas da Pedagogia Social; Pedagogia social entendida como ajuda à juventude, é a sociedade que provocasituações de carência e inadaptação nos jovens; Pedagogia Social como trabalho juvenil anticapitalista (esquerda socialista de 1968); Pedagogia como higiene social (ajuda às dificuldades de aprendizagem escolar); Pedagogia Social como trabalho social crítico do Círculo do Trabalho (teoria, ciência e política). http://faculdadefutura.com.br/ https://www.iped.com.br/materias/educacao-e-pedagogia/pilares-educacao.html Fonte: pednaoescolar.blogspot.com/ A Pedagogia Social como uma das áreas no campo, do Trabalho Social, envolve-se numa série de especialidades que na classificação de Quintana são os seguintes: - A atenção à infância com problemas (abandono, ambiente familiar desestruturado...); - Atenção à adolescência (orientação pessoal e profissional, tempo livre, férias...); - Atenção à juventude (política de juventude, associacionismo, voluntariado, atividades, emprego...); - Atenção à família em suas necessidades existenciais (famílias desestruturadas, adoção, separações...); atenção à terceira idade; atenção aos deficientes físicos, sensoriais e psíquicos; pedagogia hospitalar; prevenção e tratamento das toxicomanias e do alcoolismo; prevenção da delinquência juvenil. (reeducação dos dissocializados); - Atenção a grupos marginalizados (imigrantes, minorias étnicas, presos e ex- presidiários); promoção da condição social da mulher; educação de adultos animação sociocultural. A Pedagogia Social é lidar consigo, com o outro e com as perguntas de tal forma que o seu agir possa contribuir para o saudável desenvolvimento das condições sociais. O campo de trabalho da Pedagogia Social é a Educação social, que se faz ao longo de toda a vida, em todos os espaços e em todas as relações. http://faculdadefutura.com.br/ Fonte: blogdatiadag.org/ Qual profissional disponível no mercado tem a formação humana que um pedagogo tem? Quem estaria mais bem preparado hoje, para articular as relações de grupos de trabalho, dentro das organizações, dentro de um Hospital e exercer influências educativas individuais ou coletivas na sociedade? Assim, Quintana, (1984) definiu a Pedagogia Social como a ciência do Trabalho Social: um sistema de teorias científicas, tecnologias e teorias tecnológicas sobre fenómenos ou classes de fenómenos que correspondem ao conceito de educação terciária (educação terciária, educação da reinserção social, tendo um carácter corretivo de reinserção em pessoas com problemáticas de socialização). http://faculdadefutura.com.br/ REFERÊNCIAS BAHIA, Juarez. Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995. CARVALHO, Antônio Vieira. Aprendizagem Organizacional em Tempos de Mu- dança. São Paulo: Pioneira, 1999. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. . Gerenciando pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. . Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. DAVEL, Eduardo; VASCONCELOS, João (orgs.). 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