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Atuação do pedagogo em espaços não escolares

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PEDAGOGIA EM 
ESPAÇOS SOCIAIS 
MÚLTIPLOS 
Luciane Weber Baia Hees
1ª Edição, 2021
Administração da Entidade Mantenedora (IAE)
Diretor-presidente: Maurício Lima
Diretor administrativo: Edson Medeiros
Diretor-secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães
Diretor depto. de educação: Ivan Góes
Divisão Sul-Americana da IASD
Presidente: Stanley Arco 
Secretário: Edward Heidinger 
Tesoureiro: Marlon Lopes 
Centro Universitário Adventista de São Paulo
Reitor: Martin Kuhn
Vice-reitores executivos / diretores de campus: Afonso Cardoso Ligório, 
Antônio Marcos Alves, Douglas Jefferson Menslin
Vice-reitor administrativo: Telson Bombassaro Vargas
Pró-reitor de graduação: Afonso Cardoso Ligório 
Pró-reitor de pesquisa e desenvolvimento institucional: Allan Macedo de Novaes
Pró-reitor de educação à distância: Fabiano Leichsenring Silva 
Pró-reitor de pós-graduação (lato sensu): Antônio Marcos Alves
Pró-reitor de desenvolvimento espiritual: Henrique Gonçalves
Diretores administrativos: Claudio Valdir Knoener, Flavio Knoner, Murilo Marques Bezerra
Diretor do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia : Reinaldo Wenceslau Siqueira
Diretor-geral de educação básica: Douglas Jefferson Menslin 
Secretário-geral e procurador institucional : Marcelo Franca Alves 
Diretora de recursos humanos : Karla Cristina de Freitas Souza 
Diretor de produções artísticas: Tuiu Costa
Advogado-geral : Misael Lima Barreto Junior 
Chefe de gabinete: Anna Cristina Pascual Ramos 
Editora Universitária Adventista
Editor-chefe: Rodrigo Follis
Gerente administrativo: Bruno Sales Ferreira
Editor associado: Alysson Huf
Supervisor administrativo: Werter Gouveia
1ª Edição, 2021
PEDAGOGIA EM 
ESPAÇOS SOCIAIS 
MÚLTIPLOS 
Editora Universitária Adventista 
Engenheiro Coelho, SP
Luciane Weber Baia Hees
Doutora em Psicologia da Educação e 
Pós-Doutora em Educação e Psicologia 
pela Universidade de Aveiro
Campagnoni, Mariana / dos Santos, Diego Henrique Moreira
Formação da identidade profissional do contador [livro eletrônico] / Mariana Campagnoni. -- 1. 
ed. -- Engenheiro Coelho, SP : Unaspress, 2020.
1 Mb ; PDF
ISBN 978-85-8463-172-8
1. Carreira profissional 2. Contabilidade 3. Contabilidade como profissão 4. Contabilidade como 
profissão - Leis e legislação 5. Formação profissional 6. Negócios I. Título.
20-33026 CDD-370.113
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
(Ficha catalográfica elaborada por Hermenérico Siqueira de Morais Netto – CRB 7370)
Pedagogia em espaços sociais múltiplos
1ª edição – 2021
e-book (pdf)
OP 00123_107
Coordenação editorial: Kerilyn Oliveira
Preparação: Willian Bernardes
Projeto gráfico: Ana Paula Pirani 
Capa: Jonathas Sant’Ana
Diagramação: Felipe Rocha
Caixa Postal 88 – Reitoria Unasp
Engenheiro Coelho, SP – CEP 13448-900
Tel.: (19) 3858-5171 / 3858-5172 
www.unaspress.com.br
Editora Universitária Adventista
Validação editorial científica ad hoc:
Marcia Coutinho de Robertis Azevedo
Doutor em Educação pela Universidade Metodista de Piraci-
caba, SP, com ênfase no ensino da Contabilidade
Conselho editorial e artístico: Martin Kuhn, Telson 
Vargas, Rodrigo Follis, Adolfo Suárez, Afonso Cardoso, 
Allan Novaes, Antônio Marcos Alves, Diogo Cavalcanti, 
Douglas Menslin, Eber Liesse, Edilson Valiante, Fabiano 
Leichsenring, Fabio Alfieri, Gilberto Damasceno, Gildene 
Silva, Henrique Gonçalves, José Prudêncio Júnior, Luis 
Strumiello, Reinaldo Siqueira
Editora associada:
Todos os direitos reservados à Unaspress - Editora Universitária Adventista. Proibida 
a reprodução por quaisquer meios, sem prévia autorização escrita da editora, salvo 
em breves citações, com indicação da fonte.
SUMÁRIO
ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS ................................ 9
Introdução ........................................................................................10
Espaços sociais múltiplos ...............................................................12
Modalidades de educação formal, 
informal e não formal .............................................................16
Os quatro pilares da educação ................................................29
O papel do pedagogo em espaços não formais .....................36
Considerações finais.........................................................................55
Referências .......................................................................................59
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO 
EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES ............................... 65
Introdução ........................................................................................66
Diferentes espaços de atuação do pedagogo ..................................68
Pedagogo empresarial .....................................................................70
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
Pedagogo hospitalar ........................................................................78
ONGs, museus, brinquedotecas e outros 
 espaços de atuação do pedagogo ..................................................96
As atividades educativas nos museus ....................................96
A atuação do pedagogo nas brinquedotecas .......................101
As organizações não governamentais 
e outros espaços .....................................................................107
Considerações finais........................................................................109
Referências ......................................................................................113
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
Planejamento e avaliação da práxis 
social educativa em espaços não formais 
de educação, tais como: ongs, classes 
hospitalares, brinquedotecas, museus, 
entre outros;, articulados com as questões 
da cidadania e a pluralidade cultural. 
EMENTA
OB
JE
TI
VO
S
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM 
ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
- analisar a complexidade da função do pedagogo no ambiente hospitalar, 
visando uma ação humanitária junto a pacientes e familiares;
- organizar conceitos de pedagogia aplicada em um ambiente organizacional, 
e a utilização de técnicas para melhorias nos processos de aprendizagem nos 
espaços empresariais; 
- investigar as diferentes estratégias de atuação do pedagogo de acordo com o 
espaço de atuação que estiver inserido.
UNIDADE 2
66
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
INTRODUÇÃO
Bem-vindo(a)! Quando pensamos em práticas pedagógicas, 
logo pensamos numa sala de aula com carteiras, quadros 
brancos, mesa para o professor, alguns murais, cadernos, 
entre outras coisas. Entretanto, essas ações podem ocorrer em 
diversos espaços sociais. Tradicionalmente, no decorrer da 
história, a escola concentrou todas as funções relacionadas com 
a atuação do professor, exercendo significativo papel social e 
ocupando o lugar de uma importante instituição. E, claro, a 
escola é uma instituição fundamental e tem uma função social 
indispensável no desenvolvimento e formação do indivíduo. 
E é necessário que o professor desenvolva competências e 
habilidades específicas que permeiam a formação didática e os 
saberes docentes para atuar nesses espaços escolares. 
Contudo, a globalização e diversos acontecimentos 
históricos sociais e políticos alcançaram a educação. E essas 
mudanças caminharam no sentido de valorizar a cultura e 
conhecimentos que são transmitidos fora do ambiente escolar. 
Por necessidade social ou por novas formas de se entender 
os processos educativos, a educação não formal e em espaços 
sociais múltiplos ampliou seus espaços e conquistou novos 
ambientes, exigindo a formação de profissionais que sejam 
comprometidos com essas mudanças e transformações. 
67
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Sendo assim, vamos estudar sobre quem é esse profissional 
que desempenha funções pedagógicas em ambientes não 
escolares. Estamos falando do pedagogo hospitalar, do 
pedagogo empresarial e do pedagogo que atua em ONGs, 
brinquedotecas,museus e outros espaços. 
Ao final desta unidade, esperamos que você tenha 
aprendido sobre: 
• os requisitos necessários para formação do 
pedagogo empresarial, pedagogo hospitalar 
e aqueles que atuam em ambientes como 
ONGs, museus, brinquedotecas etc.; 
• a prática desses pedagogos nesses 
diversos espaços não escolares;
• os desdobramentos que levaram à necessidade 
da amplificação da pedagogia;
• e a importância desses profissionais 
nesses campos de trabalho.
Bom estudo!
68
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
DIFERENTES ESPAÇOS 
DE ATUAÇÃO DO PEDAGOGO
Olá! Seja bem-vindo(a)! Vamos conhecer um pouco mais 
sobre a atuação do pedagogo em espaços não escolares? Ao 
longo da história, a formação de profissionais da área de 
educação referente ao pedagogo no Brasil passou por algumas 
alterações, sempre intencionadas para atender interesses 
socioculturais de cada época.
Tendo o foco na formação der profissionais para atuar nas 
diferentes modalidades de educação, quer sejam formais ou não 
formais. Veja o que Libâneo (2013) explica sobre essa formação mais 
ampla, e sobre os campos de atuação e demandas que emergem dos 
novos contextos de práticas pedagógicas para o pedagogo: 
O curso de Pedagogia deve formar o pedagogo stricto sensu, 
isto é, um profissional qualificado para atuar em vários campos 
educativos para atender demandas sócio-educativas de tipo 
formal e não formal e informal, decorrentes de novas realidades 
– novas tecnologias, novos atores sociais, ampliação das 
formas de lazer, mudanças nos ritmos de vida, presença dos 
meios de comunicação e informação, mudanças profissionais, 
desenvolvimento sustentado, preservação ambiental – não 
apenas na gestão, supervisão e coordenação pedagógica 
69
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
das escolas, como também na 
pesquisa, na administração dos 
sistemas de ensino, planejamento 
educacional, na definição de políticas 
educacionais, nos movimentos 
sociais [...] na produção de vídeos, 
filmes, brinquedos, nas editoras, 
na requalificação profissional etc. 
(LIBÂNEO, 2013, p. 38-39).
Ainda segundo o autor, esse 
profissional deve desenvolver múltiplas 
linguagens, ou seja, o pedagogo deve 
ter condições de inserir diferentes 
instrumentos, técnicas e estratégias 
no ensino, aproximando os processos 
educacionais da realidade do educando 
e da pedagogia em diferentes espaços 
sociais (LIBÂNEO, 2013). 
E por que isso é necessário? Simples… 
a educação que precisamos hoje não é 
mais a mesma, por isso necessitamos 
recriar os conceitos, quebrar paradigmas 
e ampliar os espaços de aprendizagem, 
O pedagogo precisa 
desenvolver múltiplas 
linguagens para atuar em 
diferentes espaços sociais.
Fonte: Unsplash
70
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
pois somente assim iremos conseguir atender e alcançar as 
diferentes necessidades sociais.
Vamos avançar? Agora, você vai conhecer um pouco quem 
é o pedagogo empresarial, o pedagogo hospitalar e qual o papel 
do pedagogo em ambientes como brinquedotecas, museus e 
demais espaços. 
PEDAGOGO EMPRESARIAL
Preparado? Vamos iniciar nossa jornada? Já entendemos 
que o pedagogo atua conduzindo o comportamento das pessoas, 
visando uma mudança para alcançar objetivos estabelecidos. 
A pedagogia, considerada como ciência que estuda os 
fundamentos, concepções e a aplicação de princípios e ações 
para formação e desenvolvimento do ser humano, estabelece 
um caminho bem definido para alcançar objetivos finais 
previamente estabelecidos por meio de ações pedagógicas. E 
é por isso que o pedagogo se torna tão essencial para a boa 
dinâmica de uma empresa.
Após conceituar pedagogia e empresa, destaca-se que 
ambas as instituições são organizadas pela associação de 
71
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
pessoas que pretendem alcançar objetivos 
definidos. Assim, tanto as escolas como 
as empresas atuam promovendo ações 
que permitem alcançar esses objetivos 
que dependem de mudanças nos 
comportamentos dos indivíduos. 
Vamos, agora, relembrar brevemente 
o que é aprendizagem. Considerada um 
processo de mudança de comportamento, 
a aprendizagem é provocada a partir 
de diferentes experiências individuais. 
Essas experiências influenciam fatores 
neurológicos, emocionais e ambientais 
que resultam no ato de aprender. 
Podemos dizer então, de maneira básica 
e simplificada, que a mudança de 
comportamento é o resultado da interação 
entre o ambiente e as experiências que são 
promovidas nesses espaços e as estruturas 
mentais do indivíduo. 
Holtz (2007, p. 6) reforça essa relação 
que acabamos de estudar, afirmando 
que a pedagogia e a empresa têm uma 
O pedagogo empresarial 
contribui com o desenvolvi-
mento dos funcionários no 
ambiente organizacional. 
Fonte: Unsplash
72
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
união perfeita e que seus objetivos em relação às pessoas são os 
mesmos. Uma empresa é sempre uma “associação de pessoas, 
para explorar uma atividade com objetivo definido” Holtz 
(2007, p. 6), liderada por um empresário que busca atingir 
ideias e objetivos também definidos. Holtz (2007) também 
caracteriza a pedagogia como uma “ciência que estuda e aplica 
doutrinas e princípios visando um programa de ação e relação 
à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades 
da personalidade das pessoas, de acordo com ideias e objetivos 
definidos”, estudando os meios mais eficazes para realizá-los 
de acordo com uma determinada concepção de vida. Então, 
concluímos que nos ambientes empresariais também existem 
espaços para ação pedagógica, certo? 
Quando se trata de ações educativas, o pedagogo deve 
resolver algumas questões educacionais não somente na escola, 
mas em qualquer ambiente. Holtz (2007, p. 9) explica essas 
ações relacionadas com os ambientes empresariais: 
1. Otimização da produtividade das pessoas humanas 
por meio do conhecimento e da identificação 
de soluções práticas que incentivem o aumento 
e facilitem essa otimização – esse é o objetivo 
de toda empresa, e deve ser planejado a partir 
73
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
da realidade e da necessidade dos funcionários 
e do contexto específico de cada empresa.
2. Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos 
particulares e sociais da empresa onde trabalha 
– nesse sentido, não somente nas empresas, mas 
em qualquer local de trabalho, é importante 
ter clareza dos objetivos e atuar no sentido 
de favorecer a realização deles. O pedagogo 
empresarial precisa conhecer, compreender 
e fazer com os objetivos empresariais sejam 
norteadores de suas ações e projetos.
3. Organizar e conduzir com atividades práticas 
todos os indivíduos que trabalham na empresa 
(dirigentes e funcionários) no sentido de alcançar 
os objetivos humanos, bem como os estabelecidos 
pela empresa. As atividades, treinamentos, 
oficinas e projetos desenvolvidos nos ambientes 
empresariais devem ter uma natureza prática para 
motivar, incentivar e envolver os participantes. 
4. Oferecer as condições e elaborar as atividades 
práticas no sentido de atender as necessidades da 
empresa e dos funcionários (treinamentos, eventos, 
74
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
reuniões, festas, feiras, exposições, excursões 
etc.) de forma que promova o desenvolvimento 
integral dos indivíduos, influenciando-os 
positivamente por meio do processo educativo, 
visando a otimização da produtividade pessoal.
5. Favorecer o desenvolvimento da produtividade 
empresarial por meio do aconselhamento, de 
preferência por escrito, sobre as condutas mais 
eficazes dos líderes para com os funcionários 
e desses para com os seus chefes. 
6. Valorizar, conduzir e zelar pelo bom relacionamento 
humano na empresa por intermédio de ações 
pedagógicas que garantam a manutenção do 
ambiente positivo, agradável e estimulador 
de produtividade. O clima organizacional 
é fundamental para que os funcionários se 
sintam envolvidos e motivados, issocertamente 
irá refletir na produtividade da empresa. 
Na empresa, o pedagogo empresarial, por meio dessas 
ações, pode proporcionar o desenvolvimento da produtividade 
pessoal dos funcionários nas mais diversas atividades.
75
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Mas como teve início a atuação do pedagogo nos 
ambientes empresariais? O pedagogo começou a atuar 
na empresa ainda na década de 60, isso ocorreu devido a 
necessidade do desenvolvimento econômico impulsionado pela 
industrialização. Como tudo ocorreu de forma muito rápida, 
não existia mão de obra qualificada suficiente para atender toda 
demanda. Esse fato colocou o pedagogo em evidência, sendo 
o profissional mais indicado para desenvolver projetos de 
qualificação e reeducação (RIBEIRO, 2008).
Entretanto, no final da década de 80, o governo cancelou um 
apoio financeiro que era oferecido às empresas para treinamento 
dos funcionários. Com essa mudança no cenário, as empresas 
restringiram o número de pedagogos que atuavam oferecendo 
esses treinamentos. Com isso, o foco de atuação dos pedagogos 
empresariais moldou-se para o perfil atual, passando a ser os 
gestores do conhecimento. Antes, o objetivo era a mecanização 
e capacitação do funcionário. Atualmente, o papel do pedagogo 
empresarial é desenvolver meios para que o funcionamento de 
uma equipe seja realizado com competência e eficácia. 
O profissional chamado de pedagogo empresarial tem sua 
prática estruturada a partir dos conhecimentos, competências e 
habilidades diagnosticadas como necessárias para aumentar e 
otimizar a produção da empresa. 
76
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
SAIBA MAIS
Quer saber mais sobre o surgimento da pedagogia 
empresarial? Qual a relevância desse profissional, a origem e 
como foi introduzida no mercado de trabalho essa função? 
São algumas considerações que você poderá ouvir no 
podcast indicado no link a seguir. Disponível em: <https://
open.spotify.com/show/3D2L29uUd5BjsuT9j0Eu1q>. 
Acesso em: 17 jul. 2021.
Para alcançar esses objetivos, o pedagogo empresarial precisa 
conhecer a missão e a visão da empresa e o ambiente organizacional, 
observar as pessoas e suas relações. A partir dessas percepções, 
ele deve elaborar um planejamento estratégico para alcançar as 
metas da empresa por meio das pessoas que ali trabalham. Ou seja, 
identificar as necessidades pessoais dos funcionários, analisar como 
essas necessidades influenciam o desempenho pessoal e profissional 
e elaborar um plano de ação para sanar essas lacunas no sentido de 
otimizar a produção da empresa. 
Ao observar a realidade da empresa para identificar as 
necessidades que emergem do próprio contexto para planejar 
suas práticas, é importante que o pedagogo empresarial análise 
quais as melhores estratégias para cada contexto e situação 
para não onerar ao investir os custos nos treinamentos e 
77
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
atividades propostas. Trabalhar com o capital humano e com 
atividades que promovam a interação entre os funcionários 
desenvolvendo espírito de equipe e autoconhecimento agrega 
e contribui significativamente na construção de um ambiente 
organizacional saudável que reflete na produtividade e nos 
resultados da empresa. 
Um aspecto importante que precisamos lembrar é sobre o 
elo que o pedagogo empresarial faz entre o empregador e seus 
funcionários. Zelar e manter essa aproximação mediante uma 
comunicação clara e transparente fazem significativa diferença 
no clima organizacional, refletindo nos resultados da empresa. 
Além de aproximar os “chefes” e os subordinados, o pedagogo 
favorece a redução dos índices de demissões, assim como a 
motivação e valorização de cada funcionário da empresa.
Já se tem consolidada compreensão da relevância da 
contribuição efetiva do pedagogo empresarial no sucesso 
organizacional e produtividade da empresa. Pois além 
de oferecer desenvolvimento em diversos aspectos aos 
funcionários, atua respeitando suas necessidades e interesses. 
Ressalta-se, entretanto, que o pedagogo empresarial não deve 
ser confundido com psicólogo, ele atua como educador e 
incentiva o desenvolvimento integral dos sujeitos que fazem 
parte do contexto organizacional. 
78
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Bom! Estudamos um pouquinho sobre a atuação do 
pedagogo nas empresas, sua função e como ele deve organizar 
seu trabalho. E quais seriam os outros espaços de atuação do 
pedagogo? Você já ouviu falar em pedagogia hospitalar? 
PEDAGOGO HOSPITALAR
Já estudamos que a escola deixou de ser o único campo de 
atuação do pedagogo e que existem outras possibilidades de 
inserção no mercado de trabalho. Uma das áreas que compõem 
esses espaços é a pedagogia hospitalar, considerada como “uma 
nova ramificação da pedagogia que visa discutir a educação no 
espaço hospitalar, valorizando e garantindo o direito da criança 
enferma” (SILVA; ANDRADE, 2013, p. 57). Um pedagogo 
atuando dentro do hospital? Sim, isso mesmo! O chamamos de 
pedagogo hospitalar. 
E qual o objetivo dessa função? Como ocorre a inserção 
desse profissional no hospital? O que ele faz? Quais são as suas 
atribuições? Vamos ver tudo isso e um pouco mais. 
O principal objetivo do pedagogo atuar dentro de 
ambientes hospitalares é ensinar os conteúdos escolares às 
crianças e adolescentes que se encontram impossibilitados 
79
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
de frequentar a escola por estarem hospitalizados por longos 
períodos, dando, assim, continuidade ao processo educacional 
sem maiores interrupções ou prejuízos (BRASIL, 2001).
A pedagogia hospitalar é parte integrante da educação 
especial, que se preocupa com o atendimento de pessoas com 
alguma necessidade especial, mesmo aquelas com necessidades 
temporárias, como é o caso de internações e tratamentos 
clínicos. Então, podemos afirmar que a função da pedagogia 
hospitalar é solucionar necessidades pedagógicas das crianças 
internadas, porém, esse atendimento vai muito além disso, 
pois, por meio de projetos e práticas lúdicas e humanizadas, 
os pedagogos hospitalares prestam significativo suporte 
psicológico para as crianças. O trabalho dentro do ambiente 
hospitalar deve ser realizado de uma forma lúdica, amenizando 
temporariamente as enfermidades, dores e limitações que 
mantêm as crianças internadas. Os projetos devem incentivar 
a participação e o envolvimento da criança, de acordo com 
a idade e respeitando as limitações físicas, cognitivas e 
psicológicas que o quadro clínico impor.
E como isso começou? Não existem registros suficientes 
para afirmarmos com certeza a origem e o início da pedagogia 
hospitalar no Brasil. Contudo, existem duas correntes: alguns 
afirmam que a pedagogia hospitalar surgiu no Brasil na Santa 
80
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Casa de Misericórdia em São Paulo, onde em 1931 iniciou um 
atendimento pedagógico educacional para deficientes físicos; 
outra corrente defende que o início do atendimento educacional 
em hospitais tenha começado no Hospital Municipal de Jesus 
no Rio de Janeiro, em 14 de agosto de 1950, onde a professora 
Lecy Rittmeyer começou a dar aulas para as crianças que 
estavam hospitalizadas. Em 1958, a professora Ester Lemes 
Zaborowiski foi contratada pelo mesmo hospital e assim 
foram registradas as primeiras práticas pedagógicas por meio 
de atendimento leito a leito. Em 1960, temos o registro de um 
segundo hospital, também no estado do Rio de Janeiro, que 
passou a oferecer o mesmo serviço de atendimento pedagógico 
para as crianças hospitalizadas, foi o Hospital Barata Ribeiro. 
Essas iniciativas pedagógicas foram ações isoladas da direção 
desses hospitais e não contavam com apoio do estado 
(SANTOS; SOUZA, 2009).
Entretanto, em Paris, Sellier começou em 1935 uma 
escola para crianças inadaptadas. Outros países da Europa 
e os Estados Unidos seguiram esse caminho para atender 
as demandas educacionais de crianças tuberculosas 
(VASCONCELOS, s/d). 
Sabemos que a educaçãoé um direito garantido pela 
Constituição Federal a todo e qualquer cidadão. Todavia, 
81
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
crianças que se encontram hospitalizadas por muito tempo 
correm o risco de perder suas atividades escolares, mas não 
podem ser privadas de tal direito.
A educação é direito de todos e dever do Estado e da 
família, será promovida e incentivada com a colaboração 
da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da 
pessoa, seu preparo para exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
Outro dispositivo legal que podemos citar como garantia 
de atendimento especial para criança hospitalizada é o Decreto 
– Lei n. 1.044, em 21 de outubro de 1969, que dispõe sobre o 
tratamento diferenciado na educação em alguns casos.
CONSIDERANDO que a Constituição 
assegura a todos o direito à educação;
CONSIDERANDO que condições de saúde nem 
sempre permitem frequência do educando à escola, 
na proporção mínima exigida em lei, embora se 
encontrando o aluno em condições de aprendizagem;
CONSIDERANDO que a legislação admite, de um 
lado, o regime excepcional de classes especiais, de 
outro, o da equivalência de cursos e estudos, bem 
como o da educação peculiar dos excepcionais;
DECRETAM:
82
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Art 1º São considerados merecedores de tratamento 
excepcional os alunos de qualquer nível de ensino, 
portadores de afecções congênitas ou adquiridas, infecções, 
traumatismo ou outras condições mórbidas, determinando 
distúrbios agudos ou agudizados, caracterizados por: 
a) incapacidade física relativa, incompatível com a frequência 
aos trabalhos escolares; desde que se verifique a conservação 
das condições intelectuais e emocionais necessárias para o 
prosseguimento da atividade escolar em novos moldes;
b) ocorrência isolada ou esporádica;
c) duração que não ultrapasse o máximo ainda admissível, 
em cada caso, para a continuidade do processo pedagógico 
de aprendizado, atendendo a que tais características se 
verificam, entre outros, em casos de síndromes hemorrágicos 
(tais como a hemofilia), asma, cartide, pericardites, afecções 
osteoarticulares submetidas a correções ortopédicas, 
nefropatias agudas ou subagudas, afecções reumáticas, etc.
Art 2º Atribuir a esses estudantes, como compensação da 
ausência às aulas, exercício domiciliares com acompanhamento 
da escola, sempre que compatíveis com o seu estado 
de saúde e as possibilidades do estabelecimento.
No entanto, apesar de dar alguma garantia, não cita o 
atendimento pedagógico hospitalar, mas já permite a discussão 
e argumentação desse direito. Ainda assim, o estatuto da 
criança e do adolescente hospitalizado, por meio da Resolução 
n. 41 de outubro de 1995, no item 9, garante o “direito de 
desfrutar de alguma forma de recreação, programas de 
83
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
educação para a saúde, acompanhamento 
do currículo escolar durante sua 
permanência hospitalar”. Esse estatuto 
garante esse atendimento a todos os 
estudantes pelo tempo que estiverem 
afastados ou impedidos de frequentar 
uma escola, seja por dificuldades físicas 
ou mentais.
Não podemos deixar de citar 
que a Lei de Diretrizes e Bases da 
educação Nacional (LDB) estabelece 
que toda criança disponha de todas 
as oportunidades possíveis para que 
os processos de desenvolvimento e 
aprendizagem não sejam suspensos. Isso 
reforça que o atendimento pedagógico 
em hospitais deve ser oferecido para 
todas as crianças. 
Em 2002, o ministério da educação, 
por meio da secretaria de educação 
especial, elaborou um documento 
de estratégias e orientações para o 
atendimento nas classes hospitalares. 
A criança hospitalizada tem 
o direito de aprender.
Fonte: Unsplash
84
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Esse documento descreve diversos aspectos que devem ser 
observados para um bom desempenho no ambiente educacional 
hospitalar, entre eles estão descritas as necessidades de utilizar 
recursos audiovisuais, como computador, televisão, máquina 
fotográfica, filmadora etc. 
Segundo Reiner-Rosenberg (2003, p. 21), ter uma escola 
dentro de um hospital permite que a criança doente conserve 
seus laços com a vida que tinha antes de ser internada. O 
ambiente hospitalar é um lugar neutro, e após a internação a 
criança irá retomar sua vida normal de criança. A classe escolar 
agrupa crianças de diferentes idades e o professor desenvolve 
com elas uma pedagogia que leva em conta o tempo e a 
capacidade psíquica dos doentes e seus diferentes níveis de 
escolaridade.
E como funcionam essas classes hospitalares? Existe 
liberdade para ajustar e planejar o funcionamento das classes 
hospitalares, mas de modo geral é realizado um cadastro 
inicial com os dados pessoais da criança hospitalizada, no 
qual se identifica a escola de origem. Depois do contato com 
a escola e de recolher informações acadêmicas necessárias, o 
estudante dá continuidade aos seus estudos em uma classe 
onde o pedagogo hospitalar recebe os alunos, são as classes 
hospitalares. Nessas classes, após as atividades, são preenchidas 
85
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
fichas com os conteúdos e um relatório 
descritivo do desempenho e dificuldades 
específicas apresentados. Quando a 
criança recebe alta, os documentos são 
encaminhados para escola, e o aluno pode 
dar continuidade aos seus estudos sem 
severos prejuízos acadêmicos.
O pedagogo hospitalar deve construir 
a ponte entre a educação e a saúde. E 
essa construção será efetiva se as relações 
entre a equipe médica e profissionais da 
educação forem bem estruturadas. Quer 
cuidando dos aspectos relacionados com 
as necessidades físicas para recuperar 
a saúde, quer cuidando dos aspectos 
pedagógicos, os interesses e objetivos 
finais de ambos os profissionais são a 
recuperação, a qualidade de vida e o 
desenvolvimento da criança. 
Não podemos deixar de citar que, 
em muitos casos, a figura do pedagogo 
no ambiente hospitalar é considerada 
pela equipe de saúde como alguém que 
As fichas com os relatórios 
das atividades realizadas 
nas classes hospitalares 
são enviadas para a escola 
regular.
Fonte: Unsplash
86
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
está ali somente para garantir o conhecimento escolar aos 
pacientes internados por longos períodos, ou, no máximo, para 
favorecer as políticas de humanização. Entretanto, estudamos 
que o pedagogo hospitalar atua em muitas frentes, não somente 
nas classes hospitalares, ou em projetos de humanização, 
mas também junto ao departamento de recursos humanos, 
oferecendo cursos e treinamentos para todas as equipes que 
atuam no hospital. Além de atuar na gestão em saúde, junto 
aos familiares dos pacientes para amenizar os impactos 
causados pelo estado de saúde dos pacientes, atua também na 
readaptação escolar quando recebem alta hospitalar. 
Para atender essa demanda, é importante que o pedagogo 
tenha um equipe que o assessore em todas essas áreas. Além 
disso, as orientações, tanto dos médicos, como dos demais 
departamentos, são fundamentais para atuação do pedagogo. 
Também cabe citar a importância do trabalho do pedagogo 
hospitalar com parcerias e projetos junto com o psicólogo 
e o assistente social, pois o suporte emocional da criança é 
fundamental nos procedimentos de recuperação da saúde, assim 
como nos processos de ensino-aprendizagem. Dessa forma, 
fica fácil de perceber a importância do trabalho em equipe e 
cooperação entre todos os sujeitos da equipe multidisciplinar.
87
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Quando a criança estiver apta para retornar à escola, 
o corpo docente precisa avaliar os documentos e relatórios 
enviados pelo pedagogo hospitalar, fazendo assim as devidas 
adaptações nos conteúdos. É importante destacar que se houver 
um trabalho cooperativo entre o pedagogo hospitalar, a equipe 
médica e a escola, o retorno do aluno será muito mais fácil. 
A equipe médica domina os conhecimentossobre a doença, 
as necessidades e limitações físicas, psicológicas e cognitivas 
do paciente impostas pela condição clínica; a escola conhece 
o currículo e os conteúdos que o aluno precisa aprender; e 
o pedagogo hospitalar faz o elo entre esses conhecimentos e 
assegura uma readaptação segura.
Todas as atividades devem ser elaboradas de forma 
lúdica e, principalmente, devem ser adaptadas às limitações 
impostas pela doença e pelo estado físico da criança. Às 
vezes, o atendimento é realizado no próprio leito, isso 
ocorre quando a criança não tem condições de sair da cama, 
ou quando o hospital não dispõe de ambiente específico 
para o atendimento. Algumas características diferem 
uma classe hospitalar de um sala de aula regular, observe 
a figura 2 que demonstra as diferenças entre as classes 
regulares e as hospitalares.
88
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
Figura 2 – Classes regulares X Classes hospitalares 
DIFERENÇAS ENTRE AS CLASSES 
REGULARES E AS CLASSES HOSPITALARES
Alunos na mesma série Alunos em séries diferentes 
Alunos moram no mesmo município ou em 
local próximo
Alunos moram em município e/ou estados 
diferentes
Convívio diário entre os alunos
Grande parte dos alunos se conhecem no 
momento da aula
Configuração normal da sala de aula Sala de aula com configuração diferenciada
Normalmente, 30 alunos por classe
Número de alunos varia de acordo com a 
demanda do hospital
Alunos com frequência regular e matrículas 
anuais
Não existe constância e frequência padrão e 
regular dos alunos
Professores dão as aulas na sala de aula 
Professores dão as aulas em salas especiais ou 
se dirigem aos leitos quando os alunos estão 
impossibilitados de se dirigem a sala de aula 
ou o hospital não dispõe desse espaço
Conteúdos são organizados em sequência 
didática 
Os conteúdos precisam ser iniciados em 
encerrados no mesmo período 
Exercícios físicos e demais atividades podem 
ser realizados sem restrições 
As atividades devem ser planejadas de acordo 
com as restrições e limitações dos alunos
Atividades extraclasse podem ser cobradas 
regularmente
Pode-se deixar sugestões de atividades extras, 
mas não exigir que sejam realizadas
Fonte: adaptada de Noffs e Rachman (2007, p. 166)
Além das classes hospitalares, existem outras frentes de 
atuação do pedagogo no ambiente hospitalar: na promoção 
de projetos e atividades que favoreçam a humanização e 
89
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
amenizem o impacto do ambiente frio e desconfortável do 
hospital e na readaptação escolar.
Lembre-se que quando uma criança é submetida a um 
longo tratamento, ou precisa passar por extensos períodos de 
internação, além de perder suas atividades escolares, ela tem 
a sua rotina de convívio social alterada. De acordo com Fontes 
(2008, p. 73), a hospitalização acaba distanciando a criança de 
suas atividades do cotidiano, o que pode contribuir para o seu 
maior adoecimento. A criança é um ser humano em processo 
de desenvolvimento, e esse distanciamento pode prejudicar a 
criança na constituição de sua subjetividade. O próprio fato de 
estar doente pode debilitar e causar sofrimento, impedindo que 
a criança se movimente e desempenhe tarefas diárias, afetando 
sua autoestima e fazendo com que a criança se entregue aos 
sintomas de sua enfermidade, se sentindo impotente. Todos 
esses fatores podem dificultar sua recuperação. 
O ambiente do hospital remete à dor, ao sofrimento e ao 
afastamento das pessoas que a criança ama e convive. Apesar 
disso, a criança, mesmo submetida a tratamentos e sofrimentos, 
não deixa de ser criança, e consequentemente tem o desejo 
de brincar, de sorrir e de conviver com outras pessoas. Nesse 
cenário, o pedagogo hospitalar atua oferecendo a transformação 
90
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
do ambiente do hospital em um lugar mais leve e lúdico para 
amenizar a dor e o isolamento social. 
Existem muitos projetos de humanização em hospitais que 
você já deve ter ouvido falar. Um deles bem conhecido são os 
“doutores da alegria”, que promovem brincadeiras e atividades 
divertidas para que as crianças possam sorrir e esquecer um 
pouquinho seu sofrimento. Outros projetos com animais, 
pintura e músicas resgatam a capacidade da criança de brincar 
e se sentir um pouco mais feliz. Inclusive, existem muitos 
estudos que comprovam o impacto positivo desses projetos na 
recuperação de crianças e adolescentes. 
SAIBA MAIS
 Quer conhecer um pouco mais sobre os doutores da Ale-
gria? Essa organização da sociedade civil sem fins lucra-
tivos levou a arte do palhaço para dentro dos hospitais. 
Conheça um pouco mais sobre os projetos, impactos so-
ciais e muitas histórias na página oficial dessa organiza-
ção. Disponível em: <https://doutoresdaalegria.org.br>. 
Acesso em: 17 jul. 2021.
O pedagogo hospitalar precisa estar preparado para 
enfrentar o sofrimento, a morte, a relação com família que 
91
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
normalmente acompanha a criança e se 
sente insegura e angustiada, a ausência 
de estrutura física para oferecer um 
atendimento adequado às crianças 
hospitalizadas e a falta de uma equipe 
qualificada. 
Sobre esse perfil do professor para 
atuar no hospital, o documento “Classe 
Hospitalar e Atendimento Pedagógico 
Domiciliar: Estratégias e Orientações”, 
criado pelo Ministério da educação 
(MEC), aponta algumas orientações: 
O professor que irá atuar em classe 
hospitalar ou no atendimento 
pedagógico domiciliar deverá estar 
capacitado para trabalhar com a 
diversidade humana e diferentes 
vivências culturais, identificando 
as necessidades educacionais 
especiais dos educandos impedidos 
de frequentar a escola, definindo 
e implantando estratégias 
de flexibilização e adaptação 
curriculares. Deverá, ainda, propor os 
O pedagogo hospitalar 
deve estar preparado para 
se relacionar com a família 
que se sente insegura.
Fonte: Shutterstock
92
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
procedimentos didático-pedagógicos e as práticas alternativas 
necessárias ao processo ensino-aprendizagem dos alunos, 
bem como ter disponibilidade para o trabalho em equipe e o 
assessoramento às escolas quanto à inclusão dos educandos 
que estiverem afastados do sistema educacional, seja no seu 
retorno, seja para o seu ingresso (BRASIL, 2002, p. 22). 
Esse mesmo documento define o Atendimento 
Pedagógico Domiciliar como “atendimento educacional que 
ocorre em ambiente domiciliar” (2002, p. 13). Isso ocorre 
quando as crianças não necessitam mais da internação 
em um hospital. Esse atendimento acontece na residência 
do enfermo, com o auxílio de aparelhos médicos e, em 
algumas vezes, do enfermeiro. Em alguns casos, é necessário 
adaptar a residência com rampas, cama especial, entre 
outras necessidades. Se for necessário um professor para 
atendimento pedagógico domiciliar, cabe a responsabilidade 
das secretarias estaduais e municipais de educação com os 
hospitais. Ou seja, cabe à secretaria de educação atender às 
solicitações médicas de enviar professores aos hospitais ou 
aos domicílios dos alunos. 
Vamos terminar esse tópico trazendo para você uma 
carta muito especial, conhecida como “A Carta da Criança 
Hospitalizada”, que foi elaborada em 1988 por várias 
associações europeias, em Leiden e Portugal, e depois foi 
93
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
representada pelo Instituto de Apoio à Criança. O Instituto 
de Apoio à Criança (IAC), criado em 1983, destacou-se 
com a divulgação dessa carta que sintetiza os direitos 
das crianças durante a hospitalização, objetivando um 
atendimento humanizado. 
1. A admissão de uma criança no hospital só deve 
ter lugar quando os cuidados necessários à 
sua doença não possam ser prestados em casa, 
em consulta externa ou em hospital de dia.
2. Uma criança hospitalizada tem direito a ter os 
pais ou seus substitutos, junto dela, dia e noite, 
qualquer que seja a sua idade ou o seu estado.
3. Os pais devem ser encorajadosa ficar junto 
do seu filho, devendo ser-lhes facultadas 
facilidades materiais sem que isso implique 
qualquer encargo financeiro ou perda de 
salário. Os pais devem ser informados sobre as 
regras e as rotinas próprias do serviço para que 
participem ativamente na assistência à criança.
4. As crianças e os pais têm direito a receber 
informação sobre a doença e os respectivos 
94
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
tratamentos, adequada à idade e à sua 
compreensão, a fim de poderem participar 
nas decisões que lhes dizem respeito.
5. Deve evitar-se todo o exame ou tratamento que 
não seja indispensável. As agressões físicas ou 
emocionais e a dor devem ser reduzidas ao mínimo.
6. As crianças não devem ser admitidas em serviços 
de adultos. Devem ficar reunidas em grupos 
etários para beneficiarem de jogos, recreios e 
atividades educativas adaptadas à idade, com 
toda a segurança. As pessoas que as visitam 
devem ser aceites sem limite de idade.
7. O hospital deve oferecer às crianças um ambiente 
que corresponda às suas necessidades físicas, 
afetivas e educativas, quer no aspeto do 
equipamento, quer no do pessoal e da segurança.
8. A equipa de saúde deve ter a formação adequada 
para responder às necessidades psicológicas 
e emocionais das crianças e da família.
95
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
9. A equipe de saúde deve estar organizada 
de modo a assegurar a continuidade dos 
cuidados que são prestados a cada criança.
10. A intimidade de cada criança deve ser respeitada. A 
criança deve ser tratada com cuidado e compreensão 
em todas as circunstâncias (IAC, 1988).
AGORA É COM VOCÊ
A atuação do pedagogo hospitalar realmente é um papel importante 
dentro dos hospitais, pois garantir que as crianças e adolescentes 
possam dar continuidade aos seus estudos quando estão passando por 
longos períodos de internação é garantir que um direito seja cumprido. 
Mas como ocorre a inserção profissional do pedagogo nos ambientes 
hospitalares? Leia o artigo “A pedagogia hospitalar como campo de 
atuação: procedimentos de inserção profissional no Brasil” e descubra 
quais os critérios e procedimentos para que isso ocorra. 
Disponível em: <https://www.even3.com.br/anais/ciiee2020/276066-a-pedagogia-
hospitalar-como-campo-de-atuacao--procedimentos-de-insercao-profissional-no-
brasil/> . Acesso em: 17 jul. 2021. 
Cabe ao pedagogo hospitalar conhecer as necessidades 
específicas de uma criança hospitalizada para oferecer suporte 
pedagógico e afetivo capaz de amenizar os impactos de 
96
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
internações por longos períodos, nas quais as crianças perdem 
o vínculo com sua rotina social e enfrentam um ambiente 
desconhecido e desafiador. 
ONGS, MUSEUS, BRINQUEDOTECAS 
E OUTROS ESPAÇOS DE ATUAÇÃO 
DO PEDAGOGO
Como você já sabe, as práticas pedagógicas estão inseridas 
em espaços sociais múltiplos, isso inclui tanto a educação 
formal, quanto a educação não formal. Já estudamos sobre 
a atuação do pedagogo em empresas e dentro dos hospitais. 
Será que existem outros ambientes nos quais esse profissional 
pode atuar? Nesse tópico, vamos explicitar as características 
de outros contextos e faremos menção à atuação do pedagogo 
em museus, nas brinquedotecas e em organizações não 
governamentais (ONGs). 
AS ATIVIDADES EDUCATIVAS NOS MUSEUS
Os museus não são apenas um ambiente para guardarmos 
coisas antigas e importantes para a memória e cultura de um 
97
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
povo, “os museus possuem o caráter 
educacional vinculado à sua própria 
origem, uma vez que, desde o início, se 
configuravam como espaços de pesquisa e 
ensino” (FALCÃO, 2009, p. 14). Podemos 
afirmar, então, que o museu é um espaço 
de aprendizagem fora do ambiente 
escolar? Certamente. Portanto, vamos 
dialogar um pouquinho sobre como esses 
processos acontecem. 
O pedagogo organiza as atividades 
educativas nos museus promovendo 
aprendizagens significativas. Discutir 
questões relacionadas com o museu e 
sua natureza educativa não é um assunto 
recente. Você já leu um documento do 
Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), 
sobre os princípios e parâmetros para a 
criação da Política Nacional de Educação 
Museal? 
Nesse documento, disponível no 
site do PNEM (Política Nacional de 
Educação Museal), são apresentados cinco 
EDUCAÇÃO MUSEAL
Segundo o site  Museu da vida, 
“educação museal” é  um pro-
cesso educativo focado no in-
divíduo e na sua interação com 
a sociedade, que valoriza suas 
formas de fazer e viver a cultura, 
a política, a história.
Fonte: <http://www.museuda-
vida.fiocruz.br/index.php/
noticias/1463-educacao-mu-
seal-e-a-importancia-da-aces-
sibilidade-atitudinal-uma-con-
versa-com-hilda-da-silva-go-
mes>. Acesso em: 17 jul. 2021.
98
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
princípios para a implementação de uma Política Nacional de 
Educação Museal. Os princípios desse documento reconhecem 
o museu como espaço de educação e defendem a necessidade 
de políticas educacionais específicas. 
 PRINCÍPIO 1: Estabelecer a educação museal como função 
dos museus reconhecida nas leis e explicitada nos documentos 
norteadores, juntamente com a preservação, conservação, 
comunicação e pesquisa. 
PRINCÍPIO 2: A educação museal compreende 
um processo de múltiplas dimensões de ordem 
teórica, prática e de planejamento, em permanente 
diálogo com o museu e a sociedade. 
PRINCÍPIO 3: Garantir que cada instituição possua 
setor de educação museal, composto por uma equipe 
qualificada e multidisciplinar, com a mesma equivalência 
apontada no organograma para os demais setores 
técnicos do museu, prevendo dotação orçamentária 
e participação nas esferas decisórias do museu. 
PRINCÍPIO 4: Cada museu deverá construir e atualizar 
sistematicamente a sua Política Educacional, em consonância ao 
Plano Museológico, levando em consideração as características 
institucionais e dos seus diferentes públicos, explicitando 
os conceitos e referenciais teóricos e metodológicos que 
embasam o desenvolvimento das ações educativas. 
PRINCÍPIO 5: Assegurar, a partir do conceito de 
Patrimônio Integral, que os museus sejam espaços de 
99
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
educação, de promoção da cidadania e colaborem para 
o desenvolvimento regional e local, de forma integrada 
com os diversos setores dos museus (PNEM, s/d). 
Então, será que ampliar o campo de atuação do pedagogo 
também para os museus é pertinente? Tendo em vista a 
preocupação com os processos de ensino e aprendizagem, a 
partir dessa natureza educacional dos museus, podemos afirmar 
que a figura do pedagogo nos museus é realmente acertada. 
Mas como ocorre a ação educativa nesses espaços? O 
estudante pode ampliar seu conhecimento por meio dos 
acervos disponibilizados nos museus, porém, além disso, se 
houver orientação e interação maior com as histórias retratadas 
nesses espaços, o espírito crítico e reflexivo do visitante, sobre 
os mais diversos temas sociais, podem promover aprendizagens 
significativas. Segundo Marandino (2008, p. 21), uma visita a 
um museu pode ser mais do que somente um divertimento, 
pois estimula o aprendizado e a observação, promove o 
exercício da cidadania de forma distintiva por intermédio de 
atividades educativas que estimulam a participação de pessoas 
dos mais diversos grupos e níveis socioeconômicos. 
Com esse entendimento, podemos destacar a organização 
das atividades pedagógicas como atribuições do pedagogo 
nesse espaço não formal, cabendo a ele criar roteiros 
100
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
educativos, promover atividades lúdicas e interativas para os 
visitantes e estimular a pesquisa. Ressaltamos, também, que o 
pedagogo, aliado aos historiadores, pode ajudar organizando os 
espaços de exposição, as propostas e projetos, visando o melhor 
aproveitamento das informações por parte dos visitantes. 
Se olharmos para o papel da escola, identificamos em suafunção social a necessidade de promover a integração entre 
os conteúdos curriculares, a história e a cultura para oferecer 
uma aprendizagem contextualizada e historicamente situada. 
Entretanto, não é isso que observamos na prática. Normalmente, 
encontramos um ensino descontextualizado da própria história. 
A preocupação com a formação de professores conscientes dessa 
responsabilidade irá favorecer a compreensão do papel e atuação 
do pedagogo em museus e espaços onde a cultura encontra-se 
fortemente representada por meio da história. 
Assim, nas ações educativas dos museus é essencial favorecer 
o acesso aos seus objetos, dando-lhes sentido e promovendo 
leituras sobre eles. Por meio dos objetos o visitante pode se 
sensibilizar e se apropriar dos conhecimentos expostos, assim 
como compreender os aspectos sociais, históricos, técnicos, 
artísticos e científicos envolvidos (MARANDINO, 2008, p. 20).
“O museu para ser educativo precisa ser espaço de cultura 
e não museu educativo. É na sua precípua ação cultural que 
101
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
se apresenta a sua possibilidade de ser 
educativo” (KRAMER; CARVALHO, 
2012, p. 27). Observe que o museu é 
um ambiente onde podemos interagir 
com muito conhecimento. Essas 
informações descrevem a nossa história, 
representando, então, uma dimensão 
educativa riquíssima e um espaço de 
atuação do pedagogo. 
A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO 
NAS BRINQUEDOTECAS 
Vamos começar conceituando e 
definindo o que são brinquedotecas. 
Segundo Noffs (2001, p. 160), se trata 
de um espaço onde a criança constrói 
suas próprias aprendizagens por 
meio de atividades lúdicas, sendo um 
ambiente estimulante que desenvolve 
suas capacidades estéticas e criativas, 
favorecendo a curiosidade do aluno e, 
além de tudo, é acolhedor e natural. 
Brinquedotecas: espaço 
onde a criança constrói 
suas aprendizagens por 
meio do lúdico. 
Fonte: Shutterstock (https://www.shutters-
tock.com/image-photo/teacher-student-in-
ternational-preschool-play-toy-1043300716)
102
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
No Brasil, Nylce Helena da Silva Cunha criou em 1984 
a Associação Brasileira de Brinquedoteca (ABBri) filiada à 
Associação Internacional de Brinquedotecas (ITLA) que tem o 
objetivo de promover estudos sobre o brincar. Essa associação 
realiza cursos de formação para brinquedistas, que são pessoas 
que atuam criando, organizando e planejando as práticas 
oferecidas numa brinquedoteca. Normalmente, nesses cursos, 
encontramos muitos pedagogos buscando e estudando a 
partir de fontes científicas informações sobre o processo de 
desenvolvimento infantil aplicando as atividades lúdicas. 
Existem diferentes tipos de brinquedotecas, mas todas visam 
estimular a criança a brincar, oferecendo diversos brinquedos 
em um espaço livre, onde ela possa interagir e criar diversas 
situações que irão influenciar no desenvolvimento social e 
cognitivo. Observe a figura 3 a seguir:
Figura 3 – Tipos de brinquedotecas
Brinquedoteca escolar 
• Realização de trabalhos pedagógicos ou centros de 
educação continuada.
Brinquedoteca em instituição de 
atendimento especial
• Atender a crianças com necessidades especiais em 
suas diversas modalidades.
Brinquedoteca comunitária • Prestar serviços à comunidade onde está inserida. 
Brinquedoteca em universidades 
e faculdades 
• Formação de professores e Recursos Humanos; espaço 
de aprendizagens por meio de pesquisas e prestação 
de serviços à comunidade.
103
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Brinquedoteca junto às 
bibliotecas 
• Deixar a criança utilizar o espaço com liberdade para 
ler e brincar.
Brinquedoteca circulante 
• Instaladas em ônibus, caminhonetes itinerantes para 
crianças da periferia e outros espaços.
Brinquedoteca em instituições de 
saúde
• Amenizar as situações traumáticas das crianças 
hospitalizadas ou em tratamento médico.
Brinquedoteca em espaços de 
entretenimento 
• Atender o publico infantil que frequenta espaços como 
shopping, parques, casas de diversões, entre outros.
Fonte: adaptado de Hypolitto (2001, p. 176) 
Mas será que o brincar é tão fundamental para o 
desenvolvimento humano para justificar um pedagogo 
coordenando e planejando essas ações? Vygotsky (1998) em seus 
estudos explicou e provou que brincar é uma atividade humana 
criadora, que oferece condições para construção de relações 
cognitivas com pessoas, símbolos e coisas, destacando o papel da 
imaginação, da criatividade e da realidade nesse processo. 
As brincadeiras permitem que as crianças, desde bem 
pequenas, aprendam a solucionar problemas, enfrentar 
medos e interagir com outras crianças. Essas interações com 
os brinquedos, com as situações criadas e com outras crianças 
influenciam significativamente para construção de novos 
conhecimentos. O brincar, segundo Santos (2002, p. 12), é 
“uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não 
pode ser vista apenas como diversão”. A utilização do lúdico 
104
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
facilita o desenvolvimento pessoal, social 
e cultural da criança, além de facilitar a 
aprendizagem. As atividades lúdicas irão 
preparar a criança para os momentos de 
socializar, se comunicar e se expressar, e 
auxiliarão a construir seus conhecimentos. 
Destaca-se que a legislação brasileira 
reconhece o direito da criança de brincar. 
Isso pode ser observado na Constituição 
Federal da República Federativa do Brasil 
de 1988, quando estabelece que: 
Art. 227 – É dever da família, da 
sociedade e do Estado assegurar 
à criança, ao adolescente e ao 
jovem, com absoluta prioridade, 
o direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao lazer, 
à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e 
à convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda 
forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade 
e opressão (BRASIL, 1988).
Brincar: construção de 
relações cognitivas com 
pessoas, símbolos e coisas.
Fonte: Shutterstock (https://www.shutters-
tock.com/image-photo/sydney-australia-
-20190719-local-library-little-1586219440)
105
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no 
artigo 16, inciso IV, estabelece que um dos direitos da 
criança e do adolescente é “brincar, praticar esportes e 
divertir-se” (BRASIL, 1990).
Agora, convencidos da importância do brincar e do papel 
das brinquedotecas, vamos entender o papel do pedagogo 
nesses espaços considerados criadores e recriadores de 
relações cognitivas. 
É fundamental que o pedagogo compreenda a importância 
do brincar no desenvolvimento humano. Que seja claro para 
ele as contribuições e o papel dessas experiências. Diante disso, 
apontamos a necessidade de discutir esses aspectos nos cursos 
de formação. Estar ciente desses aspectos é o primeiro passo 
para atuar nesses espaços lúdicos. 
Mas quais seriam realmente as atribuições do pedagogo 
nas brinquedotecas? Se o brincar pode ser livre ou dirigido, 
entendemos que ele vai orientar as brincadeiras nesse segundo 
caso. Todavia, o papel do pedagogo nas brinquedotecas vai 
muito além de organizar brincadeiras, ele deve diagnosticar e 
avaliar o que foi aprendido pela criança. Vamos organizar esse 
processo em três momentos: 
106
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
1. Primeiro o pedagogo deve 
identificar e organizar as 
brincadeiras e atividades 
lúdicas de acordo com as 
necessidades e idade da criança. 
2. Num segundo momento, ele 
vai acompanhar e mediar 
a execução das atividades, 
identificando o que foi e o que 
não foi assimilado pela criança.
3. Por fim, ele deverá avaliar 
os resultados e recriar novas 
situações. Ou seja, exercendo 
o papel de organizador, 
mediador, observador e 
avaliador, tudo isso num 
espaço de liberdade, onde a 
criança pode brincar livremente 
ou ser induzida de forma 
discreta e motivadora. 
Finalmente, já entendemos a atuação 
do pedagogo emdiversos espaços sociais 
O pedagogo 
deve organizar, 
mediar, 
observar e 
avaliar as 
atividades 
lúdicas na 
brinquedoteca. 
107
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
múltiplos, mas ainda existem alguns 
campos onde o egresso do curso de 
pedagogia pode atuar. Vamos prosseguir 
nossos estudos?
AS ORGANIZAÇÕES NÃO 
GOVERNAMENTAIS 
E OUTROS ESPAÇOS
Parte do que chamamos de terceiro 
setor, as organizações não governamentais 
(ONGs) são entidades privadas da 
sociedade civil sem fins lucrativos. Vamos 
entender isso direitinho conceituando o 
que chamamos de terceiro setor.
E as ONGs? O que são essas 
organizações? São grupos que se 
organizam e fazem diversas parcerias 
para desenvolverem as ações por 
meio de projetos sociais em lugares 
onde o governo não consegue atender 
adequadamente todas as demandas 
TERCEIRO SETOR
Segundo o site Significados, 
“terceiro setor” é uma palavra 
de origem americana Third Sec-
tor, é formado por associações e 
entidades sem fins lucrativos. A 
sociedade civil é dividida em três 
setores, o primeiro setor é for-
mado pelo governo, o segundo 
setor é formado pelas empresas 
privadas e o terceiro setor são as 
associações sem fins lucrativos 
e contribui para chegar a locais 
onde o Estado não alcança e 
realiza ações solidárias. Essa 
expressão pode transmitir a 
ideia de que o primeiro setor 
e o segundo setor sejam mais 
importantes, mas não é essa a 
intenção. A ideia foi herdada dos 
Estados Unidos para organizar 
a seguinte divisão: o primeiro 
setor é constituído pelo Estado, 
o segundo setor formado pelos 
entes privados com fins lucrati-
vos e o terceiro setor é formado 
pelas organizações privadas sem 
fins lucrativos. Fonte: <https://
w w w.signi f icados.com.br/
terceiro-setor>. Acesso em: 29 
abr. 2020.
108
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
básicas da comunidade (GOHN, 2010). Normalmente, as ONGs 
são compostas por diversos voluntários, pessoas conscientes 
do seu papel cidadão que buscam ajudar de forma mais efetiva 
para melhorar as condições da sociedade em diversos aspectos.
A Lei N. 9.790, de 23 de março de 1999, dispõe sobre 
a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem 
fins lucrativos, como as Organizações da Sociedade Civil de 
Interesse Público, e fala sobre a promoção da educação por 
meio dessas organizações: 
Art 3° - A qualificação instituída por esta Lei, observado 
em qualquer caso, o princípio da universalização dos 
serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, 
somente será conferida às pessoas jurídicas de direito 
privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais 
tenham pelo menos uma das seguintes finalidades: 
I – promoção da assistência social; 
II – promoção da cultura, defesa e conservação 
do patrimônio histórico e artístico; 
III – promoção gratuita da educação, observando-
se de forma complementar de participação 
das organizações de que trata esta Lei. 
Nesse contexto, descrito no art. 3° inciso III, identificamos 
o campo de atuação para o pedagogo em ONGs. Cabe a ele 
a elaboração e desenvolvimento de projetos educacionais, 
109
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
a organização das ações da instituição, além de prestar 
atendimento pedagógico em ONGs que oferecem escolas ou 
reforço escolar e atuar também como educador social. 
Os pedagogos que atuam em espaços educativos não 
formais, além das habilidades e competências exigidas em 
ambientes escolares, precisam perceber as expectativas e 
interesses do educando para promover e favorecer diferentes 
oportunidades de vivências coletivas. Além disso, os 
conhecimentos prévios das crianças, não só nos ambientes não 
formais, mas também nos formais, devem ser considerados 
para elaboração dos planos e projetos educativos. Os contextos 
sociais e culturais de origem dos educandos são fundamentais 
para que os processos de aprendizagens sejam significativos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante o nosso estudo, aprendemos que a pedagogia é um 
campo amplo de atuação que ultrapassa os limites da escola. O 
pedagogo pode ser encontrado em qualquer espaço onde as ações 
pedagógicas sejam necessárias para promover o aprendizado. 
Um desses espaços é a empresa, onde o pedagogo, por 
meio de técnicas e estratégias, aprimora os processos de 
110
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
aprendizagem dos funcionários, o que vai refletir na conquista 
das metas empresariais de forma mais eficaz. Entendemos 
que o pedagogo empresarial, por meio de um plano de ação 
elaborado, promove ações que podem incluir treinamentos, 
dinâmicas, cursos, palestras, jogos e outras atividades. Ele 
também é o corresponsável pela responsabilidade social da 
empresa. Ele oferece uma educação qualificada, favorecendo 
e facilitando os processos de aprendizagem, e uma formação 
continuada de acordo com as necessidades dos funcionários, 
o que contribui para que os sujeitos se relacionem de forma 
a construir e trabalhar em equipe, mantendo um clima 
organizacional adequado.
Nos hospitais, sua atuação garante a continuidade escolar 
para crianças e adolescentes que precisam de longos períodos de 
internação, permitindo o acesso aos estudos por meio das classes 
hospitalares. Ele tua amenizando o ambiente não acolhedor dos 
hospitais, envolvendo a ludicidade para diminuir o sofrimento 
das crianças hospitalizadas e promovendo a humanização nesse 
ambiente que é carente de estímulos perceptivos.
Nos museus, o pedagogo atua organizando as atividades 
educativas de forma que promovam aprendizagens significativas 
por meio do acervo disponibilizado. Promover a organização, a 
mediação e a avaliação da interação da criança com as atividades 
111
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
lúdicas propostas na brinquedoteca é atribuição do pedagogo 
nesse espaço não formal de educação, o que promoverá 
construções significativas no desenvolvimento infantil. 
E, por fim, estudamos o papel do pedagogo nas ONGs e 
em outros espaços sociais múltiplos, onde ele atua favorecendo 
a aprendizagem por meio de um processo dinâmico, cultural e 
contextualizado.
RESUMO
Nesta unidade, aprendemos que:
• o pedagogo atua em muitos espaços além da escola. 
Onde houver intenção de ensino e aprendizagem, 
as ações pedagógicas podem ser aplicadas;
• o pedagogo empresarial atua nos ambientes organizacionais, 
identificando as necessidades a partir da realidade da 
própria empresa para elaborar e implementar um plano 
de ação que promova por meio dos indivíduos o alcance 
das metas empresariais com mais eficiência e eficácia, num 
ambiente organizacional saudável. Os conceitos, o papel e 
as atribuições do pedagogo dentro do ambiente empresarial 
112
PEDAGOGIA EM ESPAÇOS SOCIAIS MÚLTIPLOS
promovem aprendizagem e um clima organizacional que 
incentive a produção e o desenvolvimento pessoal; 
• no hospital, o pedagogo atua nas classes hospitalares, 
e ameniza o impacto do ambiente hospitalar na 
recuperação de crianças que ficam hospitalizadas 
por longos períodos. Seu papel é fundamental na 
humanização e nos processos de readaptação escolar; 
• em museus, brinquedotecas e nas organizações não 
governamentais, o pedagogo pode atuar na promoção e 
organização de aprendizagem e aquisição de conhecimentos; 
• nos museus, destaca-se como atribuições do pedagogo 
a organização das atividades pedagógicas nas quais ele 
cria os roteiros educativos, promove atividades lúdicas e 
interativas. Nesses ambientes, cabe ao pedagogo junto 
com historiadores organizar os espaços de exposição, 
favorecendo, assim, os projetos educativos; 
• nas brinquedotecas, a atuação do pedagogo pode 
ser organizada em três momentos: identificar e 
organizar as brincadeiras e atividades lúdicas de 
acordo com as necessidades e idade da criança; 
113
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
depois, acompanhar as atividades; por fim, avaliar 
os resultados para recriar novas situações;
• nas ONGs, o pedagogo, além deorganizar as 
atividades de intervenção escolar, pode atuar 
desenvolvendo projetos que promovam aprendizagens 
de acordo com as necessidades locais. 
Espero que você tenha compreendido o papel do pedagogo 
nesses espaços sociais múltiplos e que eles possam contribuir para 
sua formação pedagógica.
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