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1 Possibilidade de formação de um óxido, sulfeto ou outro composto, sobre um determinado material metálico: Pode ser determinada termodinamicamente pelo cálculo da variação de energia livre do sistema respectivo: Metal + oxigênio: óxido Metal + enxofre: sulfeto Metal + outra substância qq: composto respectivo Formação de película de oxidação 2 Película do óxido, M2On, à temperatura ambiente, em geral, é: muito fina e de difícil percepção. Com o aquecimento essa película vai aumentando e podem-se observar: entre certas espessuras, cores Interferência da luz refletida nas superfícies superior e inferior da película de óxido Formação de película de oxidação 3 Tendo-se meio oxidante >> Pode-se considerar que a fixação do oxigênio à superfície de um metal exposto a uma atmosfera de oxigênio molecular, resulta da competição de processos distintos: Crescimento da película de oxidação 4 As reações na interface de fases: 1 – Adsorção química de moléculas não-metálicas, seguida por ruptura das moléculas na interface gás-óxido 2 – Transferência do metal da fase metálica na forma de íons e elétrons para a interface metal-óxido 3 – Nucleação de óxido 4 – Crescimento do óxido cristalino Crescimento da película de oxidação 5 Ex.: Ferro aquecido a 700°C, em presença de oxigênio sob pressão de 1 atm: Formação de película de oxidação 6 Compostos instáveis a T e P: Ex.: Ferro aquecido a 600°C por 100 min >> até magnetita Formação de película de oxidação 7 Ex.: Ferro aquecido a 1000°C por 25 min 95% 1% 4% Formação de película de oxidação 8 Compostos instáveis a T e P: Ex.: Ferro aquecido a 570°C >> ausência de FeO Formação de película de oxidação 9 Compostos instáveis a T e P: Ex.: Ferro aquecido a 400°C >> ausência de FeO Formação de película de oxidação 10 Chapas de aço recém-laminadas a quente: Aço laminado recentemente, com carepa cinza-azulada. Formação de película de oxidação 11 Chapas com carepa ou casca de laminação intacta e chapas com oxidação da carepa e formação de ferrugem (Fe2O3 • nH2O). Formação de película de oxidação 12 Crescimento da película (isto é, a corrosão) vai depender das conduções iônica (catiônica e aniônica) e eletrônica. Crescimento da película de oxidação 13 Condução iônica pode se dar das seguintes maneiras: • o ânion (O2) difundindo-se pelo óxido no sentido do metal — titânio e zircônio; Crescimento da película de oxidação 14 Condução iônica pode se dar das seguintes maneiras: • o cátion metálico, Mn+ ,difundindo-se pelo óxido no sentido do oxigênio — cobre, zinco e ferro; Crescimento da película de oxidação 15 Condução iônica pode se dar das seguintes maneiras: • difusão simultânea do ânion e cátion — cobalto e níquel. Crescimento da película de oxidação 16 Considerando a película de oxidação compacta, SEM nenhuma difusão através de poros ou contornos de grãos, >>> o transporte de matéria através da camada de óxido deve efetuar-se sob a forma de íons e elétrons; Crescimento da película de oxidação 17 Semicondutores do tipo n (negativo), assim chamados porque a condutividade é feita pelos elétrons em excesso. Neste caso, existe excesso de íons metálicos. Esses íons migram com os elétrons, durante a oxidação, para a camada externa do óxido. Crescimento da película de oxidação TiO2, CdO, V2O5, MgO, MoO3, Fe2O3, WO3 e Al2O3 18 Semicondutores do tipo p, assim chamados porque a condutividade pode ser considerada ligada ao deslocamento desses pontos positivos (Cu2+) na rede. Crescimento da película de oxidação 19 Semicondutores do tipo p Crescimento da película de oxidação NiO, FeO, CoO, Ag2O, MnO, SnO e Cr2O3. 20 Volume do óxido formado/volume do metal consumido < 1 Película porosa – não impede a difusão Formação de película de oxidação 𝑌 = 𝐾𝑡 𝑑𝑌 𝑑𝑡 = 𝐾 21 Volume do óxido formado/volume do metal consumido > 1 Película pouco porosa – dificulta a difusão Formação de película de oxidação 𝑑𝑌 𝑑𝑡 = 𝐾′ 𝑌 𝑌2 = 𝐾′𝑡 2Y 𝑑𝑌 𝑑𝑡 = 𝐾′ 22 Ocorre em baixas T Película tênue e pouco permeável São as mais protetoras (óxidos de Al, Cr e Si) Formação de película de oxidação 𝑑𝑌 𝑑𝑡 = 𝐾′′ 𝑡 Y = 𝐾′′𝑙𝑛𝑡 23 Propriedades da película formada entre o metal e o meio corrosivo podem determinar a velocidade de corrosão. Principais propriedades que devem ser levadas em consideração para julgar a ação protetora: Volatilidade Resistividade elétrica Transporte catiônico Aderência Plasticidade Solubilidade Porosidade Pressão de Vapor Expansão térmica Película de oxidação como proteção 24 Volatilidade Nos casos em que a película formada é volátil, evidentemente a equação é linear, como nos dos óxidos de molibdênio e de tungstênio, que são voláteis em temperaturas elevadas. Película de oxidação como proteção 25 Quando elevada; dificulta a difusão de elétrons, retardando a corrosão. P. ex., a película de Al2O3 apresenta alta resistividade elétrica, daí sua eficiência protetora. Resistividade elétrica Película de oxidação como proteção 26 O movimento de cátions será tanto mais difícil quanto menos lugares vazios existirem na rede catiônica, tendo-se como exemplos os óxidos de zinco (ZnO), alumínio (Al2O3) e cromo (Cr2O3), que praticamente não apresentam lugares vazios na rede catiônica. Transporte catiônico Película de oxidação como proteção 27 Observa-se que, quanto mais tênue, mais aderente é a película, o que vai depender da natureza da superfície do metal e da semelhança cristalográfica entre o metal e o produto de corrosão. P. ex., as películas de NiO, Cu2O e FeO são muito aderentes, pois as suas redes cristalinas são semelhantes às dos metais. Aderência Película de oxidação como proteção 28 Importante, pois quanto mais plástica a película, mais difícil a sua fratura e, conseqüentemente, maior proteção. Plasticidade Película de oxidação como proteção 29 Películas solúveis nos meios corrosivos não são protetoras. Os óxidos são geralmente insolúveis em atmosfera seca, líquidos não-aquosos aerados ou água destilada aerada; entretanto, em presença de certas substâncias e temperaturas elevadas pode-se verificar a solubilização de óxidos nos fundentes. Solubilidade Película de oxidação como proteção 30 Quanto menos porosa for a película, menor a difusão através dela e logo maior a sua ação protetora. Porosidade Película de oxidação como proteção 31 Quando o óxido apresenta uma pressão de vapor elevada e se sublima rapidamente, a oxidação penetra de maneira contínua, como no caso do óxido de molibdênio. Pressão de vapor Película de oxidação como proteção 32 A película e o material metálico devem apresentar coeficientes de expansão térmica com valores próximos. Expansão térmica Película de oxidação como proteção 33 RELAÇÃO DE PILLING-BEDWORTH Pilling e Bedworth apresentaram uma classificação dosmetais baseada na relação entre: volume do óxido volume do metal oxidado • relação <1 — películas porosas e metais rapidamente oxidados; • relação ≥ 1 — películas não porosas e metais mais resistentes. Película de oxidação como proteção 𝑅𝑎𝑧ã𝑜 𝑃 − 𝐵 = 𝑀0𝜌𝑀 𝑀𝑀𝜌0 34 Película de oxidação 35 Espessura das películas As películas protetoras podem se apresentar com diferentes espessuras: • finas — monomolecular (400 Å). Ex.: o Al, que exposto ao ar seco durante vários dias e em TA fica recoberto por uma película de Al2O3 com 100 Å. Película de oxidação 36 As películas protetoras podem se apresentar com diferentes espessuras: • médias — 400-5.000 Å, visíveis a olho nu pelas cores de interferência. Fe aquecido a 400°C, no ar Cores de interferência em resvestimento de Ag e chapa de aço-carbono aquecida: cinza, azul e castanho-escuro. Película de oxidação 37 As películas protetoras podem se apresentar com diferentes espessuras: • espessas — acima de 5.000 Å, visíveis a olho nu e podem atingir valores elevados, como os casos da carepa de laminação no aço e do alumínio com anodização pesada. Película de oxidação 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒔𝒔𝒖𝒓𝒂 𝒄𝒎 = 𝑷 𝒔𝑫 . 𝑴 (𝑴 − 𝒎) 38 Métodos para medição da espessura: Método gravimétrico e eletrométrico: • método gravimétrico — Película de oxidação Onde: S: área (em cm2) P: aumento de massa igual, em gramas M: a massa molecular do óxido m: a massa do metal D a densidade do óxido 39 • método eletrométrico — consiste em medir a quantidade de eletricidade necessária para a redução da película de oxidação, com o metal colocado no catodo, sendo usado para análise de depósitos de óxidos sobre o cobre ou suas ligas, sobre prata e sobre ferro, e tendo-se: 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒔𝒔𝒖𝒓𝒂 𝒄𝒎 = 𝑰𝒕𝑴 𝑭𝒔𝒅 Onde: I = intensidade de corrente (A) t = tempo para completa redução (s) M = equivalente grama da substância na reação de redução F = cte de Faraday (96.500 C) d = massa específica da substância em g/cm3 s = área, em cm2, delimitada para a redução. Película de oxidação 40 Quando a liga reage com o O2, o metal que irá reagir inicialmente será aquele que apresentar maior afinidade pelo O2. Se a velocidade de difusão desse Mn+ através do óxido formado for maior que a dos outros metais componentes da liga, a reação prosseguirá com esse metal. Oxidac ̧ão seletiva Se a película tiver características protetoras, haverá diminuição da velocidade de oxidação. Oxidação seletiva em ligas 41 É a oxidação com precipitação de partículas de óxido no interior do metal >> além da formação de uma película externa proveniente da oxidação. Comum em ligas de Ag e em ligas de Cu com pequenas % de certos metais, como, por ex., alumínio, ferro, silício, manganês, estanho, tita ̂nio e zinco. Oxidação interna
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