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PONTOS GATILHO

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PONTOS GATILHO
Possuir o entendimento a respeito do tecido conjuntivo é fundamental se pretendemos intervir na estrutura e no movimento humano. “o corpo humano é um "edifício" de talento que é prontamente móvel, faz autorreparações se for danificado e, na verdade, reconstrói-se em curto e médio prazo para responder às diferentes "condições meteorológícas", ou seja, todo e qualquer estímulo que você oferecer ao seu corpo fará com que ele se adapte à aquela situação, trazendo consequências que podem ser boas ou ruins, isso dependerá de suas escolhas e atitudes. 
Esta extraordinária capacidade para responder à demanda é responsável pela grande variedade de formas das articulações através do espectro humano. 
“A força que passa através de um material biológico, cria um ligeiro fluxo elétrico uma carga conhecida como piezo-(pressão) elétrica. Essa carga pode ser "lida" pelas células nas proximidades da carga, e as células do tecido conjuntivo são capazes de responder a isso, aumentando, reduzindo ou mudando os elementos intercelulares na região.” 
Devido a diversos fatores podemos adotar diferentes tipos posturas (sendo que, quando a postura não está no padrão ideal, provocamos sobrecargas demasiadas nas articulações), suponhamos então que você possui uma protusão da cabeça, perceba também, que o problema não será na cabeça, observe na (Fig. 1.12), que o tórax e ombros caem e as costas ficam arredondadas, sem contar o ‘resto’. 
A cabeça, possui um sétimo do peso corporal na maioria dos adultos, e para não ‘cair’ mais a frente alguns músculos das costas entram em hiperatividade, os mesmo permaneceram em contração isométrica/ excêntrica (carga excêntrica).
Sabendo que os músculos são projetados para se contrair e relaxar, devido á má postura isso não ocorre, deixando-os em um esforço constante, cria-se uma carga piezoelétrica que atravessa a fáscia dentro e ao redor do músculo (e frequentemente além, em ambas as direções ao longo dos meridianos miofasciais), facilitando o desenvolvimento de PONTO DE GATILHO, ou seja, o músculo terá circulação sanguínea e a remoção de subprodutos do metabolismo celular prejudicada, induzindo a dor e queda na performance em decorrência da força comprimento/tensão alterada e parte dos músculos atuarão como faixas, causados pelo aumento da matriz. (Fig. 1.13A e B).
Quando o músculo estiver alongado, irá tentar recuar de volta a seu comprimento de repouso e antes de desistir e adicionará mais células e sarcômeros para fazer uma ponte sobre o espaço formado. Estando sobrecarregado e subnutrido, poderá apresentar função reduzida, dor em pontos de gatilho, fraqueza, além de aumento de tixotropia na substância fundamental circundante e aumento da toxicidade do metabólito.
Felizmente a tensão pode ser reduzida através da manipulação ou treinamento, a fáscia e o músculo podem ser restaurados. 
Os exercícios que promovem flexibilidade, diminuição da tensão, correção da postura, alongamento, aumento da resistência, tolerância, diminuição da incapacidade, redução do estresse, aumento da capacidade aeróbica e restauração da função normal. São responsáveis por aumento de endorfinas, cortisol e catecolaminas, com diminuição da dor e alteração de humor, com sensação de bem-estar. 
São necessários dois elementos para resolver essa situação com sucesso, independentemente do método, se for através de movimento ou manipulação:
1. Reabertura do tecido em questão, para ajudar a restaurar o fluxo de líquido, a função do músculo e a conexão com o sistema sensório-motor, 
2. flexibilização da tração biomecânica que causou o aumento do estresse naquele tecido em primeiro lugar. 
Qualquer uma destas isoladamente produz resultados temporários ou insatisfatórios, ou seja, o ponto dois retrata que as dores sentidas em um local, podem ser decorrentes de uma alteração em outro ponto. 
“Na Figura 1.12 descrita por Vladimir Janda como síndrome dos membros superiores." Os músculos da parte de trás do pescoço e parte superior dos ombros estarão tensos, fibrosados e estendidos e irão exigir algum trabalho. Mas a força concêntrica na frente, seja ela a partir do tórax, abdome, quadris ou outro local, exigirá alongamento em primeiro lugar, e as estruturas abaixo terão ser rearranjadas para sustentar o corpo em sua "nova" posição (ou mais frequentemente "original", natural). ”
Como pode perceber, uma deformação na cabeça, envolveu o tórax, abdômen e até mesmo os quadris, sendo assim, devemos olhar o corpo de forma global, agir localmente e globalmente, afim de restaurar a estrutura como um todo. 
“Compreender os meridianos miofasciais auxilia na organização da busca pelo culpado silencioso e pelas descompensações globais necessárias - inverter a espiral descendente da crescente imobilidade.”
Referências – Imbox

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