palestra Processamento Auditivo Central

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Processamento Auditivo Central
AUDIÇÃO
Para conseguirmos ouvir necessitamos da integridade de todas as estruturas do sistema auditivo. As estruturas envolvidas no processo da audição são didaticamente divididas em 3 grupos: OE, OM e OI
COMO OUVIMOS OS SONS:
O QUE É PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL?
É a decodificação das ondas sonoras desde a orelha externa até o córtex cerebral; (Katz,1992) ou seja, é o conjunto de habilidades específicas que a criança precisa para interpretar o que ouve.
É ouvir e entender o que ouviu
HABILIDADES AUDITIVAS
Atenção seletiva: é a capacidade de selecionar estímulos;
Localização: é saber local da origem do som;
Discriminação: é o processo de detectar diferenças entre os estímulos sonoros, (importante para a Consciência fonológica);
Compreensão: dar significado ao som escutado;
Processamento Temporal: seguir sequência, organizar;
Memória: arquivar informações e recuperá-las quando houver necessidade.
O QUE É O TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL (TPAC)?
É uma falha no desenvolvimento das habilidades auditivas, mesmo com audição normal, é totalmente diferente de perda auditiva. Em geral encontra-se associado a dificuldades de aprendizagem.
A pessoa com Transtorno do Processamento Auditivo Central possui alterações nestas habilidades auditivas, apresentando dificuldades de linguagem oral, escrita e aprendizagem. Sendo assim, ela apresenta audição periférica normal, porém não consegue compreender o que é falado.
Sintomas do TPAC
- Dificuldade em manter atenção aos sons;
- Dificuldade em escutar em ambientes ruidosos;
- Dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita;
- Dificuldade em compreender o que lê;
- Necessidade de ser chamado várias vezes ("parece" não escutar);
- Não entende o que foi dito;
- Solicita com frequência a repetição das informações: Ah? O quê? Pode repetir?
- Dificuldade em entender expressões com duplo sentido, piadas ou ideias abstratas;
Dificuldade ao dar um recado ou contar uma história;
- Problemas de memória para nomes, datas, números, etc.;
- Dificuldade em acompanhar uma conversa, aula ou palestra com outras pessoas falando ao mesmo tempo;
- Problemas de fala;
- Alterações de pronúncia;
- Dificuldade em localizar a origem dos sons;
Dificuldades com o significado das palavras;
- Inversões de letras;
-Dificuldade em associar letras do alfabeto com seus respectivos sons;
- Rendimento escolar Inferior em leitura, gramática, ortografia, matemática;
- Dificuldade em aprender uma língua estrangeira.
O que pode causar o TPAC?
 - Genética, um grande número de casos é hereditário, pais e filhos apresentam características semelhantes;
- Otites frequentes durante os 3 (três) primeiros anos de vida (Processos alérgicos respiratórios, tais como sinusites, rinites e até mesmo refluxo gastroesofágico estão comumente associados);
- Permanência em UTI neonatal por mais de 48 horas;
- Experiências auditivas insuficientes durante a 1ª infância.
 Avaliação
 A Audiometria e a Impedanciometria são pré-requisitos para avaliação do PAC. Pode-se complementar, quando necessário com procedimentos eletrofisiológicos.
 É necessário fazer uma série de procedimentos comportamentais de avaliação Audiológica, para determinar se há ou não TPAC e qual o impacto desta alteração na comunicação.
 
 
 Já é possível realizar a avaliação do PAC a partir dos 5 anos de idade, porém, não se pode dar o diagnóstico antes dos 7 anos, devido a imaturidade neurológica de algumas vias auditivas centrais antes desta idade.
 
Tratamento
 - Está a cargo do Fonoaudiólogo que, através de Treinamento auditivo, leva o indivíduo a reestruturar suas habilidades auditivas e a lidar com suas dificuldades. 
- Apoio do professor e família. 
 Estratégias para uma comunicação melhorada: 
Para os Professores:
Uso de recurso visual simultâneo a mensagem auditiva pode ajudar na memorização;
Lista do vocabulário chave: escrever na lousa palavras-chave do novo material e as instruções (a criança com DPAC necessita de anotações organizadas e lembretes);
O vocabulário e a mensagem devem ser controlados em termos de complexidade e extensão;
- Monitorar a compreensão e o progresso da criança sempre pedindo para que ela repita o que lhe foi pedido ou proposto, ou fazendo perguntas relativas à matéria estudada, assim é possível avaliar sua compreensão;
Preparação: preparar a criança anteriormente com novos conceitos e vocabulários que serão utilizados em sala de aula.
Antes de ensinar, chamar a criança pelo nome ou por toques gentis;
Ajuda individual;
Fazer intervalos mais frequentes; 
Uso de instruções curtas;
Assistência quanto à memória, fala e linguagem valorizando as pistas de linguagem e os aspectos cognitivos;
Melhorar a acústica da sala de aula em nível de ruído aumentando a clareza da fala (pedir silêncio, fechar as janelas quando possível);
A posição da criança em sala de aula: evitar sala com divisórias não acústicas (tipo Eucatex); sentar a criança longe do corredor; do ruído da rua; e não mais do que 3 metros do professor.
- Optar por local de estudos sem distrações auditivas e visuais.
Para os pais: 
Antes de começar a falar, chame, olhe ou toque a criança e garanta que ela está olhando para você; 
Fale mais alto, sem gritar, olhando para a criança de frente; 
Fale pausado, mais articulado;
 
Repita a ordem várias vezes, garanta que a criança entendeu aquilo que foi solicitado pedindo a ela para repetir; 
Use frases mais curtas; 
- Adicione palavras diferentes à fala da criança, para que ela possa ampliar o vocabulário; 
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No início, diminua os barulhos da casa (desligar o rádio ou a TV), enquanto se fala com a criança; 
Criar situações de comunicação com seu filho de pelo menos 30 minutos diários;
Contar histórias, cantar músicas, perguntar sobre as atividades do dia.
 
- Na presença do TPAC, incluir na conversação diária um treino de compreensão de linguagem no silêncio e no ruído, com a leitura de histórias com duração de 15 minutos.
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.” José de Alencar
Obrigada!