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Resumo - Transtorno do Processamento Auditivo Central

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O Transtorno do Processamento Auditivo Central – TPAC é uma dificuldade que o
sujeito tem em lidar com as informações que chegam através da audição, onde ele detecta
os sons mas tem dificuldade em interpretá-los.
A avaliação do Processamento Auditivo Central deve ser realizada por um fonoaudiólogo
através de uma bateria de testes que incluem estímulos verbais e não verbais, envolvendo
a avaliação das habilidades auditivas. Alguns princípios para a avaliação são:
● A bateria de testes deve ser individualizada de acordo com as queixas do paciente.
● A escolha dos testes deve ser baseada no critério de eficiência dado pelo
conhecimento da sensibilidade e especificidade de cada teste.
● Os testes escolhidos devem ser apropriados tanto à idade quanto ao nível
intelectual do indivíduo, considerando também a sua audição periférica;
● É necessário gerenciar o comportamento da pessoa a fim de evitar que questões
não auditivas interfiram nos resultados;
● O profissional deve estar sempre atento às normas e métodos de avaliação e não
deve modificar os procedimentos para evitar interferência nos resultados ou erros no
diagnóstico.
● A avaliação deve ser realizada em local apropriado, equipamento calibrado e
condição acústica adequada seja dentro da cabina acústica ou sala tratada
acusticamente devidamente calibrada;
● O resultado da avaliação comportamental do PAC não deve ser considerado para
tratamento de forma isolada.
Essa avaliação só pode ser realizada em pacientes com idade mínima de 7 anos, que
tenham os limiares audiométricos dentro da normalidade, sem alterações de orelha média e
que apresentem habilidades cognitivas e linguísticas para a compreensão das tarefas.
O diagnóstico é dado por alterações significativas nos testes que foram aplicados, mas
para um diagnóstico diferencial é necessário complementar a avaliação com dados de
linguagem e cognição.
Quais são os sinais do TPAC?
As crianças com TPAC geralmente apresentam baixo desempenho em uma ou mais
habilidades auditivas, manifestando sinais como:
- dificuldade em localizar o som
- dificuldade para entender conceitos abstratos ou duplo sentido;
- piora do desempenho em locais com sinal acústico degradado ou com competição
- aumento do tempo para responder aos sons
- dificuldade para discriminar, comparar ou aprender novos sons
- dificuldades acadêmicas para ler e escrever
- solicitação frequente de repetição (Hã? O quê?)
- dificuldade em entender e, por consequência, seguir regras e ordens
- dificuldade em lembrar de ações ( por ex:”Onde guardei meu caderno mesmo?”)
- dificuldade nos mecanismos de atenção auditiva
- vocabulário de recepção e emissão pobres
E o que fazer para ajudar a criança com TPAC?
Algumas estratégias para ajudar a criança com TPAC são através das estimulações das
habilidades auditivas.
Elas podem ocorrer através de atividades, como:
- Morto vivo: onde trabalha a habilidade de detecção auditiva
- Jogo da memória auditiva: onde apresenta sons cotidianos e ela tenta adivinhar
quais são. Trabalhando assim tanto o reconhecimento auditivo quanto a memória
auditiva.
- Brincadeiras que são necessárias atenção, como um áudio onde ela tem que
identificar quantas vezes conseguiu ouvir um barulho específico.
- Stop ou Adivinhação
- Atividade de apontar a direção em que o estímulo foi apresentado com os olhos
fechados sentados em uma roda, trabalhando a localização sonora.
- Contar histórias e pedir que ela explique o que entendeu
- Ler em voz alta, trabalhando também a linguagem e atenção.
É importante proporcionar um ambiente estimulador para a criança, para que se sinta à
vontade para brincar e aprender independente dos erros.
Referências:
Pereira, Kátia Helena Transtorno do processamento auditivo central : orientando a
família e a escola– São José/SC : FCEE, 2018.
Guia de Orientação Avaliação e Intervenção no Processamento Auditivo Central.

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