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Planejamento estratégico

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DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO. A PRIMEIRA 
FASE DO PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL 
 
 
Ediane da Conceição Paulo 
Francieli de Morais dos Santos 
Professora: Nayara Araújo Torres 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais 
Turma: EMD 1407 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 O diagnóstico estratégico corresponde à primeira fase do planejamento estratégico, que busca 
entender a pergunta básica “qual a real situação da Empresa quanto aos seus aspectos internos e 
externos?” permite entender o que a Empresa tem de bom, regular ou ruim em seu processo. 
 Na maior parte das Empresas, não existe uma preocupação contínua pelos problemas 
estratégicos. Geralmente a alta administração esta envolvida em decisões de nível tático ou nível 
operacional, dessa forma, a tomada de consciência do problema, normalmente é experimentado de 
forma traumática, com quedas de vendas, colapsos de um produto etc. Esse sinal inicial pode ser 
decorrente de uma pressão interna ou de uma influência externa à Empresa. 
 A decisão de planejar decorre da percepção de que os eventos futuros poderão não estar de 
acordo com o desejável. Para Djalma de Pinho Rebouças de Oliveira: 
O ponto de partida para essa percepção é a disponibilidade de diagnósticos, de análises e projeções 
da Empresa. Portanto, é fundamental que a empresa tenha um otimizado sistema de informação 
externas e internas, bem como saiba utilizá-las, através de um processo decisório eficiente, eficaz 
e efetivo. (OLIVEIRA, 2011, p. 63). 
 O diagnóstico deve ter enfoque no momento atual, bem como no próximo momento, no 
próximo desafio, sempre pensando em construir a visão crítica para o sucesso permanente da empresa. 
O objetivo do planejamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e produtos da empresa de 
modo que gere lucros e crescimento satisfatórios. 
 O planejamento estratégico, em seu aspecto técnico, surgiu somente no início da década de 
70. Nas décadas de 50 e 60, os administradores empregavam apenas o planejamento operacional, 
porque o crescimento de demanda estava controlado, e era pouco provável que um administrador 
mesmo inexperiente não fosse bem-sucedido nos negócios. Isso mudou com a turbulência dos anos 
70, que trouxe à tona diversas crises: os preços do petróleo dispararam com a guerra entre árabes e 
israelenses; houve escassez de energia e matéria-prima, inflação de dois dígitos, recessão econômica, 
índices de desemprego. Para Emerson Rodrigues Barbosa “essa sequência de fatores negativos para 
a economia trouxe como consequência à necessidade de um novo processo de planejamento 
administrativo”, visando manter as empresas numa boa posição, mesmo diante de problemas que 
possam ocorrer em qualquer um de seus negócios ou linhas de produtos. 
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2. ANÁLISE DE MERCADO 
 
A necessidade de prever o volume de vendas de um produto tem conduzido a verdadeiros 
refinamentos em matéria de previsão de vendas. 
Num pequeno negócio, o próprio dono pode realizar todas as pesquisas de mercado, coletando 
e avaliando as informações disponíveis. Uma empresa um pouco maior pode ser realizado pelo 
Gerente de vendas com a ajuda do setor de vendas, em uma grande empresa o estudo de mercado 
pode ser atribuído a um especialista encarregado de funções de investigação para a Direção. 
O clima e as facilidades de acesso à região, o número de lares e de habitantes, os rendimentos, 
as ocupações de uma população influenciam a procura e o poder aquisitivo, influenciando na análise 
de vendas. Estas estatísticas proporcionam bom material para o estudo do mercado, é preciso 
conhecer a percentagem dos que possuirão meios para comprar o produto. 
Para Karl E. Ettinger (1972, p.845): “A importantíssima previsão de vendas deve apresentar à 
direção informações representativas da totalidade potencial do mercado.” 
A análise de mercado é considerada uma importante seção e também a mais difícil de fazer. 
Conforme (DORNELAS, 2015, Pg.144). 
É importante que a empresa conheça muito bem o mercado no qual atua ou pretende atuar, pois, 
só assim, conseguirá estabelecer uma estratégia de marketing vencedora. Esta seção do plano de 
negócios deve ser a primeira a ser elaborada, pois dela dependerão todas as outras. 
No momento da análise do nicho de mercado, o empreendedor deve procurar mostrar como 
ele está segmentado. A melhor forma de apresentar a análise e por meio de tabelas e gráficos que 
permitam análises comparativas e identificação visual das tendências de mercado. 
É importante que estejam sempre atualizados para que não se torne obsoleta. 
 
 
3. MATRIZ SWOT 
 
A matriz F.O.F.A deriva da análise SWOT, o nome é um acrônimo para Forças, 
Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. 
A matriz é sempre feita em quatro quadrados iguais, cada quadrado é registrado fatores 
positivos e negativos para a implantação do negócio. A matriz F.O.F.A é utilizada para analisar um 
negócio, do mais simples ao mais complexo dentro de uma organização. Tem como finalidade 
detectar pontos fortes e fracos de uma empresa estabelecendo medidas corretivas tornando-a assim 
mais competitiva. Realizar uma análise F.O.F.A leva a empresa a pensar nos aspectos favoráveis e 
desfavoráveis do negócio. A ideia principal é levantar o maior número possível de itens para cada 
área Força, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. Quanto mais complexo for esse levantamento, mais 
precisa será a análise e então há uma enorme chance de desenvolver soluções eficazes. Para Paul 
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Tiffany e Steven D. Peterson: [..] “Pense na análise SWOT como um processo contínuo – algo que 
você faz repetidamente como parte importante de seu ciclo de planejamento estratégico. (TIFFANY; 
PETERSON, 1999, p. 160). 
 
FONTE: SEBRAE NACIONAL 
Tem como objetivo ter uma visão interna e externa do negócio, identificar os elementos-chave 
para a gestão da empresa; estabelecer prioridades de atuação e de decisões a serem tomadas; ter um 
diagnóstico da saúde da empresa como os pontos positivos, os potenciais competitivos nos quais se 
pode investir para aumentar o crescimento e os principais pontos críticos e de falha, definir posturas 
a fim de resolver ou minimizar os riscos e problemas levantados. Essa análise é muito útil para 
negócios já estabilizados e que buscam uma melhoria no mercado. Deve ser aplicada mesmo se tudo 
na empresa estiver indo bem, obtendo assim informações importantes para desenvolver o 
planejamento estratégico da empresa. 
Depois de realizar uma análise SWOT, a empresa pode se dedicar ao estabelecimento de metas 
especificando-as para o período de planejamento. Metas são objetivos específicos no que se 
refere a proporção e prazo. A maioria das unidades de negócio busca um conjunto de objetivos 
que incluem lucratividade, crescimento das vendas, aumento na participação de mercado, 
contenção de riscos, inovação e reputação. [..] (KOTLER; KELLER, 2000, p. 51). 
Em consonância com a ideia dos autores citados acima, nota se a importância de fazer a análise 
SWOT em uma organização. Quanto as metas, elas devem ser realistas e surgir de uma análise das 
oportunidades e das forças da unidade de um negócio. 
 
4. MATERIAIS E MÉTODOS 
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Durante a pesquisa deste trabalho, foram coletadas informações sobre planejamento 
estratégico em duas fases distantes. 
A primeira fase sendo por pesquisas bibliográficas através de meios eletrônicos e livros que 
abordavam o tema em questão, sendo possível buscar o entendimento sobre esta ferramenta utilizada 
por todo empresário, foi possível identificar que alguns utilizam de uma forma mais elaborada, desde 
a estrutura organizacional da empresa, geração de lucros, identificação de pontos fortes e fracos, 
análise de mercado, investimento em tecnologia, etc., e abrangendo de uma forma mais ampla toda a 
estrutura organizacional da empresa a curto e longo prazo, facilitando ao empresário a administração,pois consegue enxergar a empresa de uma forma mais ampla, podendo desta forma ter uma visão 
futura como de investimentos a curto e longo prazo. 
A segunda parte, foi desenvolvida através de uma pesquisa realizada em uma empresa do ramo 
veterinário e pet shop, que trabalha realizando a venda de produtos como: medicamentos e alimentos 
para pássaros e cachorros, bem como a venda de serviços que inclui consulta com médico veterinário, 
com a realização de cirurgias, vacinas entre outros. Também conta com o serviço de pet shop com a 
realização de banho e tosa com leva e traz, proporcionando maior comodidade para os donos de pets. 
A empresa surgiu no ano de 2012 após a volta do casal Maria Helena e André da Rocha da 
Escócia, o sonho de ter o próprio negócio e o amor pelos animais foi o que os levou a abrir uma 
agropecuária inicialmente com a venda de produtos agropecuários e materiais para construção. Com 
o passar do tempo, o espaço duplicou com uma nova construção e ocorreu então a migração para a 
Clínica veterinária Pronto Vet, passando a investir basicamente no ramo veterinário e pet shop, com 
a venda de produtos e serviços para o ramo animal. 
Sempre pensando em evoluir a curto e longo prazo, André sempre foi um empreendedor com 
uma visão no futuro, após dois anos no ramo de Clinica veterinária e após longos gastos pagando um 
veterinário particular, o empresário decidiu unir o útil ao agradável e investir no seu próprio 
conhecimento e crescimento profissional, dessa forma, esta na segunda fase de medicina Veterinária, 
o propósito é após sua formação eliminar os altos custos com Veterinário particular e exercer sua 
profissão dentro do seu próprio negócio. 
Imagem 1: Sala de consultas Clínica Veterinária, com o proprietário André da Rocha Réus. 
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FONTE: PRÓPRIO AUTOR – 01/04/2020. 
 
Esta foto foi tirada na sala de consulta da empresa, nela mostra o estudante de medicina 
Veterinária e proprietário da Clínica Veterinária Pronto Vet Sr André da Rocha Réus, segurando em 
seu dedo uma ave nativa da região que possui anilha de legalização do Ibama e que foi resgatada da 
natureza após ter sido encontrada machucada e ter recebido todos os cuidados e amor da Clínica, 
tornando-se assim um mascote da empresa. 
 
5. ANEXO 
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ESTRATÉGICA DA EMPRESA 
 
1. A empresa utiliza conceitos de responsabilidade social empresarial em seu planejamento 
estratégico? Quais conceitos são utilizados pela Empresa? 
Sim, ajuda ongs, recolhe cachorros abandonados, cura, faz algumas castrações de graça e 
acompanha até encontrar um lar até que ele seja adotado. 
2. A empresa realiza investimentos financeiros em longo prazo? Em que áreas a empresa 
costuma realizar estes investimentos? 
Sim, investe na compra de novos equipamentos como um aparelho de anestesia inalatória, 
também está estudando medicina veterinária para que futuramente não precise mais ter um 
custo alto com o pagamento de um veterinário particular. 
3. A empresa investe na capacitação de seus colaboradores? Que tipo de investimentos é 
realizado? 
Sim, realiza cursos com acompanhamento de banho e tosa, e também cursos com veterinários 
e representante sobre vendas. 
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4. A empresa pretende atuar em outros mercados? Estes mercados possuem aderência ao 
mercado que a mesma tende atualmente? 
Não. Somente neste ramo, apenas aumentar a estrutura física. 
5. A empresa busca desenvolver seus produtos com base em tendências de mercado, ou apenas 
nas necessidades imediatas? 
Não desenvolve produtos, porem investe na compra de produtos que estão em alta no mercado 
como exemplo uma ração medicamentosa. 
6. A empresa acompanha os resultados e possui metas estratégicas de longo prazo? 
Sim, possui metas e pretende ampliar a loja e seus produtos, bem como o conhecimento 
profissional (medicina veterinária). 
7. A empresa busca atender novos segmentos de clientes com seus produtos atuais? Que 
segmento a empresa atende atualmente e em quais segmentos pretende atuar? 
Sim, vendas de produtos veterinários e toda linha pet food. Busca conhecimento e 
investimento de ração medicamentosa e está investindo na hospedagem para animais. 
8. A empresa busca manter seus produtos atualizados, possui uma cultura de inovação? Que tipo 
de inovação costuma aplicar, incremental, radical ou disruptiva? 
Sim, exemplo a compra de um shampoo novo e a instalação de um novo sistema. 
9. A empresa investe no branding de sua marca? Como a mesma é vista por seus clientes? 
Sim, através da internet, pelo site, mídias sociais e o carro plotado. 
10. A empresa busca fidelizar seus clientes? Quais são as estratégias utilizadas pela mesma? 
Sim, possui promoções de banhos nas segundas e terças feiras, também possui o cartão 
fidelidade para ração, na compra de dez ganha uma de brinde. 
11. A empresa acompanha os resultados e possui metas estratégicas de médio prazo? 
Sim, na época em que está vendendo menos na loja física impulsiona a venda online e investe 
na tele entrega. 
12. As diretrizes estratégicas da empresa são claras e compreendidas por todos da empresa? 
Em partes, a parte financeira mantém mais sobre a administração do dono, as metas diárias de 
vendas são passadas a todos, geralmente no início do trabalho, no período da manhã. 
13. Como a empresa comunica as ações de seu planejamento estratégico a todos seus 
colaboradores? 
Através de conversas diárias, conforme a estratégia de vendas e mini reunião. 
 
14. A empresa utiliza métodos de análise de informações para elaboração de suas estratégias de 
curto prazo? 
Sim o sistema utilizado mostra o que mais está sendo vendido dessa forma impulsiona as 
vendas daquele produto específico. 
15. A empresa possui metas previstas em seu planejamento estratégico de curto prazo? 
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Consegue aproveitar uma oportunidade momentânea, para investir nas vendas e obter um 
lucro, exemplo, no início da pandemia efetuou a compra em grande escala de álcool em gel e 
conseguiu vender mais este novo produto, pois os produtos da loja haviam diminuído a venda, 
dessa forma conseguiu continuar adquirindo lucro no momento de crise. 
16. A empresa utiliza métodos de acompanhamento e controle dos resultados previstos em seu 
planejamento estratégico de curto prazo? 
Sim, possui um sistema eficaz que aponta o índice de vendas diários, fazendo com que as 
metas sejam alcançadas e seja investido na compra dos produtos que mais possuem saída. 
 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
BARBOSA, E. R. Revista eletrônica de Contabilidade. Fonte: periodicos.ufsm: Disponível em: 
<https://periodicos.ufsm.br/contabilidade/article/view/107/3735>. Acesso em 01 de maio de 2020. 
 
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando idéias em negócios. 3.ed. Rio 
de janeiro: Elsevier, 2008. 
 
ETTINGER Karl E. Biblioteca Básica de Administração: Distribuição e vendas pesquisas e relações 
públicas Glossário da Direção, organização e Administração. 3.ed. Rua Barão de Itapetininga,93 São 
Paulo, :Editora Brasiliense SOC.AN, 1972. 
 
KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing. 14ª Edição. São Paulo: Editora 
Pearson Education do Brasil, 2012. 
 
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia, 
práticas. 29ª ed. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2011. 
 
SEBRAE. Use a matriz F.O.F.A. para corrigir deficiências e melhorar a empresa. Disponível 
em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/use-a-matriz-fofa-para-corrigir-
deficiencias-e-melhorar-a-empresa,9cd2798be83ea410VgnVCM2000003c74010aRCRD>. Acesso 
em 01 de Maio de 2020. 
 
TIFFANY, Paul; PETERSON, Steven D. Planejamento Estratégico: Série para Dummies. 10ª 
Edição. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999.

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