2ª AV Previdenciario - Rayadna

Prévia do material em texto

FACULDADE SANTA TEREZINHA – CEST 
CURSO DE DIREITO – 9º PERÍODO NOTURNO 
DISCIPLINA: DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
RESUMO SOBRE O AUXÍLIO RECLUSÃO 
 
 
 
 
Rayadna Amorim Pimenta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2020 
O auxílio reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado 
da Previdência Social que vier a ser preso. Está previsto na Constituição Federal no 
artigo 201, inciso IV. 
Esse benefício tem como finalidade garantir assistência a determinados 
membros da família do segurado recluso de baixa renda. Diferentemente do senso 
comum, o auxílio reclusão é destinado aos seus dependentes, e não ao trabalhador 
que está preso. 
O artigo 80 da Lei nº 8. 213/91, prevê que somente os dependentes do 
recolhido à prisão em regime fechado tem direito ao benefício. Porém, antes da 
edição da Medida Provisória nº 871/2012, que alterou a referida lei, os dependentes 
do preso em regime semiaberto também eram beneficiários do auxílio reclusão. 
O requerimento do auxílio-reclusão será instruído com certidão judicial 
que ateste o recolhimento efetivo à prisão, e será obrigatória a apresentação de 
prova de permanência na condição de presidiário para a manutenção do benefício. 
(Artigo 80, §1º). 
Por força do artigo 16 da lei acima mencionada, os dependentes do 
segurado são: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, 
de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha 
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; os pais, e o irmão não 
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou 
que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. 
A dependência econômica do cônjuge ou companheiro(a), bem como do 
filho, nas condições já especificadas, é presumida. Porém, os pais e o irmão 
precisam comprovar essa dependência. 
Para que os dependentes tenham direito ao benefício, o segurado precisa 
estar recluso em regime fechado, ser contribuinte da previdência, seja como 
empregado, ou através de pagamento de guias do INSS, ser de baixa renda, não 
pode estar recebendo nenhum outro benefício da previdência, tais como: auxílio 
doença, pensão por morte, salário maternidade, aposentadoria ou abono de 
permanência em serviço. O segurado deve ainda cumprir 24 (vinte e quatro) meses 
de carência perante o INSS, antes da prisão. 
O artigo 80, §4º, aduz que “A aferição da renda mensal bruta para 
enquadramento do segurado como de baixa renda ocorrerá pela média dos salários 
de contribuição apurados no período de 12 (doze) meses anteriores ao mês do 
recolhimento à prisão”. Esse valor tem que ser igual ou inferior a R$360,00 reais, 
valor previsto na Emenda Constitucional nº 20/98, corrigido pelos índices de reajuste 
aplicados aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). 
O auxílio reclusão deixará de ser pago quando o trabalhador for solto, 
sendo necessário que o dependente apresente o alvará de soltura ao INSS. Há 
outros casos em que esse benefício deixará de ser repassado aos dependentes, em 
caso de fuga, liberdade condicional e progressão de regime. 
O dependente deve apresentar a declaração de cárcere ao INSS a cada 
três meses, caso contrário, terá seu benefício suspenso. Esse documento é emitido 
pela autoridade competente em relação a prisão, e para que o auxílio reclusão volte 
a ser pago, caso esteja suspenso, basta apresentar o documento ao INSS. 
A atividade remunerada exercida pelo segurado, em cumprimento de 
pena em regime fechado, não acarretará a perda do direito ao recebimento do 
auxílio-reclusão para seus dependentes. 
 Em caso de morte de segurado recluso que tenha contribuído para a 
previdência social durante o período de reclusão, o valor da pensão por morte será 
calculado levando-se em consideração o tempo de contribuição adicional e os 
correspondentes salários de contribuição. Neste caso, é facultativo optar pelo valor 
do auxílio reclusão. 
Apesar de ter sido mencionado anteriormente, é importante destacar, 
mais uma vez, que este benefício é destinado a subsistência dos membros familiares 
daquele que se encontra preso em regime fechado, comprovadamente de baixa 
renda.