Buscar

DEPENDENTES, PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO RECLUSÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
Aula 1 - Dependentes 
DEPENDENTES PARA FINS DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Além dos benefícios destinados ao segurado em momentos de infortúnio como 
incapacidade temporária ou permanente, idade avançada e tempo de 
contribuição, entre outros, a Previdência Social também possui dois benefícios 
destinados aos dependentes de seus segurados: a Pensão por morte e o Auxílio-
reclusão. 
Para ter direito a esses benefícios, é necessário, além de outros requisitos, estar 
na condição de dependente no momento da ocorrência do fato gerador: morte 
ou prisão do segurado. 
 
 
 
Os dependentes dos segurados são divididos em três classes. Uma classe tem 
prioridade sobre a outras, o que significa que, se houver algum beneficiário na 
primeira classe, os membros das demais não têm direito. Caso não exista 
dependente na primeira classe e na segunda, os membros da terceira poderão 
ter direito ao benefício. 
Como dissemos antes, a prioridade de uma classe sobre a outra deve ser 
respeitada na análise do direito ao benefício. São assim definidas as classes de 
dependentes do RGPS: 
1ª Classe o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não 
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha 
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
2ª Classe os pais, desde que comprove a dependência econômica; 
3ª Classe o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos 
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, 
desde que comprove a dependência econômica. 
 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
 
ATENÇÃO: 
 
Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições 
ao benefício. 
A existência de dependente de qualquer das classes, exclui do direito às 
prestações os das classes seguintes. 
A dependência econômica das pessoas da 1ª classe é presumida e a das demais 
deve ser comprovada. 
De acordo com a Emenda Constitucional nº 103, de 12/11/2019 (EC 103/2019), 
equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, 
exclusivamente, o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a 
dependência econômica. Foi retirado a previsão do menor sob guarda como 
dependente. 
 
Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, 
mantém união estável com o segurado ou com a segurada. 
Conforme Portaria MPS nº 513, de 09 de dezembro de 2010, o companheiro ou 
a companheira do mesmo sexo também integra o rol dos dependentes, desde 
que comprovada a união estável, concorre em igualdade com os demais 
dependentes preferenciais. 
Documentos de comprovação da união estável e da dependência econômica, 
conforme o caso. 
Devem ser apresentados, no mínimo, dois dos seguintes documentos: 
Certidão de nascimento de filho havido em comum; 
Certidão de casamento religioso; 
Declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado 
como seu dependente; 
Disposições testamentárias; 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
Declaração especial feita perante tabelião; 
Prova de mesmo domicílio; 
Prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou 
comunhão nos atos da vida civil; 
Procuração ou fiança reciprocamente outorgada; 
Conta bancária conjunta; 
Registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como 
dependente do segurado; 
Anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; 
Apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a 
pessoa interessada como sua beneficiária; 
Ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o 
segurado como responsável; 
Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente; 
Declaração de não emancipação do dependente menor de 21 (vinte e um) anos; 
ou 
Quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. 
 
As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova 
material contemporâneos dos fatos, produzidos em períodos não superior a 24 
meses anterior à data do óbito ou do recolhimento a prisão do segurado. 
 
PERDA DA CONDIÇÃO DE DEPENDENTE 
Para o cônjuge ou companheiro (a): 
 
pela separação judicial ou o divórcio e pela cessação da união estável desde 
que não receba pensão alimentícia; 
pela anulação do casamento; 
pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado. 
Para o filho, a pessoa a ele equiparada, ou o irmão, de qualquer condição: 
 
Ao completarem 21 anos de idade, exceto se tiverem deficiência intelectual ou 
mental que os tornem absoluta ou relativamente incapazes, assim declarados 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
judicialmente, ou inválidos, desde que a invalidez ou a deficiência intelectual ou 
mental tenha ocorrido antes do fato gerador; 
do casamento; 
do início do exercício de emprego público efetivo; 
da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação 
de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos 
completos tenha economia própria; ou 
da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou 
por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos. 
 
Para os dependentes em geral: 
pela cessação da invalidez; ou 
pelo falecimento. 
ATENÇÃO: Será excluído definitivamente da condição de dependente quem tiver 
sido condenado criminalmente por sentença com trânsito em julgado, como 
autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, 
cometido contra a pessoa do segurado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
 
Aula 2 - Pensão por Morte 
PENSÃO POR MORTE 
Diante de situações como a reclusão e a morte, duas perdas que certamente 
trazem dor e sofrimento, os dependentes do segurado podem contar com a 
proteção da Previdência. 
Agora que você já conhece quem são os dependentes do segurado da 
Previdência Social, vamos conhecer nas próximas páginas os demais requisitos 
para a concessão e manutenção destes benefícios. 
Quem recebe a Pensão por Morte é considerado beneficiário. O segurado ou 
segurada que deixar esse tipo de benefício aos dependentes é chamado de 
instituidor, ou seja, é o “de cujus”, o falecido ou falecida, independentemente de 
estar filiado a qualquer regime de previdência. 
Iniciaremos nossa aula sobre as recentes mudanças na legislação previdenciária 
concernentes à Pensão por Morte. 
 
"A Pensão por Morte é uma das diversas prestações existentes na 
carteira de Previdência Social, destinado a exclusivamente aos 
dependentes do segurado quando o mesmo é acometido pelo risco 
social de morte. É de fundamental importância, pois objetiva amparar 
os dependentes em um dos momentos mais cruciais que uma família 
pode enfrentar. Busca efetivar a dignidade da pessoa humana, dando 
condições, de sobreviver àqueles que perderam seu sustentador" 
(Rúbia Zanotelli de Alvarenga) 
 
DEFINIÇÃO 
Benefício devido aos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não. 
 
REQUISITOS PARA DIREITO AO BENEFÍCIO 
Para ter direito ao benefício, basta que se comprove a qualidade de segurado do 
instituidor e a condição de dependente, observando que a quantidade de 
contribuições e o tempo de casamento ou união estável serão relevantes para 
fins de manutenção do benefício e definição do tempo de duração deste. 
 
 
 
 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
PERDA DO DIREITO AO BENEFÍCIO 
Perde o direito à Pensão por Morte: 
 
O dependente condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente 
resultado a morte do segurado, ou seja, a morte do cônjuge deverá ter sido 
causada de forma dolosa (com intenção). 
O cônjuge, o companheiroou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, 
simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização 
desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em 
processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla 
defesa. 
Vamos ilustrar uma situação: 
1º CASO: Se a esposa dirige o veículo com excesso de velocidade e se envolve 
culposamente em um acidente, causando a morte de seu marido, mesmo assim, 
ela terá direito à pensão por morte, já que a morte foi causada de forma culposa 
(sem intenção). 
2º CASO: Caso o esposo cometa atos de violência contra a esposa, 
assassinando-a, de forma intencional, perderá o direito ao benefício, após o 
trânsito em julgado (decisão judicial definitiva), já que a morte foi causada de 
forma dolosa (com intenção). 
 
VALOR DO BENEFÍCIO 
A pensão por morte será equivalente a uma cota familiar de 50% do valor da 
aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse 
aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas 
de 10 pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100%. 
Na hipótese de haver dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental 
ou grave, o valor da pensão por morte será equivalente a 100% do valor da 
aposentadoria no Regime Geral, sem exceder o teto. Contudo, o valor da pensão 
será recalculado na forma descrita no parágrafo anterior, quando: 
a invalidez ou deficiência intelectual, mental ou grave sobrevier à data do óbito, 
enquanto estiver mantida a qualidade de dependente; ou 
deixar de haver dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou 
grave. 
Atenção: As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não 
serão reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de 100% da 
pensão por morte quando o número de dependentes remanescentes for igual ou 
superior a 5. 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
O pagamento será de 50% do valor da aposentadoria acrescido de 10% para 
cada dependente: 
1 dependente: 60% da aposentadoria do(a) falecido(a) 
2 dependentes: 70% 
3 dependentes: 80% 
4 dependentes: 90% 
5 ou mais dependentes: 100% 
 
Observe os exemplos a seguir: 
 
Data óbito: 01/12/2019. 
Dependentes habilitados: 3, sendo 1 filho com 10 anos de idade; 1 filha com 15 
anos de idade; e a esposa com 46 anos de idade. 
DER (Data de Entrada do Requerimento) = 04/12/2019. 
Renda mensal da aposentadoria do instituidor: R$ 2.000,00. 
Renda mensal inicial será de R$ 1.600,00 (80%). 
Quando a filha completar 21 anos de idade, deixará de receber sua cota 
individual e esta não será revertida em favor dos outros 2 dependentes. Com 
isso, a pensão terá o novo valor de R$ 1.400,00 (70%). 
 
 
 
 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
 DATA DO INÍCIO DO BENEFÍCIO 
Para óbitos ocorridos antes de 11/11/97, a pensão iniciará na data do óbito, 
tratando de dependente capaz ou incapaz, observada a prescrição quinquenal 
(cinco anos), garantido o pagamento integral das parcelas dos menores de 16 
anos de idade ou inválidos incapazes. 
Para óbitos ocorridos a partir de 11/11/97, a pensão iniciará na data: 
Do óbito - Quando o dependente for maior de 16 anos de idade e o requerimento 
for efetuado até 90 dias do fato gerador; 
Do óbito - Para dependentes menores de 16 anos de idade, se requerido até 180 
dias após o fato gerador. 
Do requerimento, quando solicitado após 90 dias do óbito. 
Da decisão judicial, no caso de morte presumida. 
Da data da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre. 
 
DURAÇÃO DO BENEFÍCIO 
A pensão por morte para cônjuges ou companheiros poderá ser temporária ou 
vitalícia. Assim, alguns fatores devem ser observados para manutenção e 
definição da duração da pensão por morte: 
A quantidade de contribuições do segurado (18 contribuições). 
O tempo de casamento ou união estável do cônjuge (2 anos). 
A expectativa de vida do dependente verificada no momento da morte do 
segurado, obtida a partir da Tábua Completa de Mortalidade - ambos os sexos - 
construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. 
Assim, o segurado com menos de 18 (dezoito) contribuições mensais ou com 
tempo de casamento ou união estável inferior a 2 (dois) anos, instituirá para seu 
cônjuge a pensão por morte com duração de apenas 4 (quatro) meses. 
 
O segurado que tenha efetuado o mínimo de 18 contribuições mensais e tiver 
mais de 2 anos de casamento ou de união estável, se vier a óbito, poderá instituir 
a pensão por morte cuja duração será definida conforme for a idade do cônjuge 
ou companheiro. Nesse caso, a pensão poderá durar: 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
 
Aplica-se os prazos citados anteriormente ao cônjuge ou companheiro quando o 
óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença 
profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 
contribuições mensais ou da comprovação de 2 anos de casamento ou de união 
estável. 
Se os cônjuges ou companheiros mais jovens forem inválidos ou com deficiência, 
terão direito ao benefício enquanto permanecerem nessa condição, respeitados, 
conforme o caso, o prazo de 4 meses ou o prazo de recebimento, estabelecido 
conforme a expectativa de vida do cônjuge ou companheiro. 
 
 
CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO 
O direito à percepção de cada cota individual cessará: 
 
Pela morte do pensionista. 
Para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 
21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual 
ou mental ou deficiência grave. 
Para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez. 
Para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave, pelo afastamento da deficiência. 
Para cônjuge, companheiro ou companheira, pelo decurso do prazo de 
recebimento de pensão (estudado na tela anterior), de acordo com a expectativa 
de sobrevida do dependente obtida a partir da Tábua Completa de Mortalidade - 
ambos os sexos, publicada pelo IBGE. 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
Para cônjuge, companheiro ou companheira, após o prazo de 4 (quatro) meses 
quando o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 (dezoito) 
contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido 
iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado. 
Para cônjuge ou companheiro, se inválido ou com deficiência, pela cessação da 
invalidez ou afastamento da deficiência, respeitados os prazos citados nos dois 
itens anteriores. 
ACUMULAÇÃO DO BENEFÍCIO 
Nos casos em que a lei permitir acúmulo de benefício, serão pagos 100% do 
benefício de maior valor a que a pessoa tem direito, mais um percentual da soma 
dos demais. Esse percentual vai variar de acordo com o valor do benefício: 
 
100% do valor até um salário-mínimo; 
60% do valor que estiver entre um e dois salários-mínimos; 
40% do que estiver entre dois e três salários; 
20% entre três e quatro salários-mínimos; e 
10% do que ultrapassar quatro salários-mínimos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
ILUSTRAÇÃO DE CASO 
 
Observe o exemplo abaixo e perceba como ocorre o cálculo da pensão por 
Morte em caso de acumulação. 
 
Uma mulher que receba aposentadoria de R$ 2.500 mensais e fique viúva do 
marido que recebia aposentadoria de R$ 3.000. A viúva é a única dependente. 
Nesse caso, a aposentada continuaria recebendo integralmente a aposentadoria 
de R$ 2.500 (benefício de maior valor). Aplicando-se a nova regra da pensão por 
morte (Emenda Constitucional nº 103/2019), seu valor passaria a ser de R$ 
1.800,00 (60% do valor da aposentadoria do marido). Sobre esse valor são 
aplicadas as cotas de acúmulo do benefício, conforme explicado abaixo:Valor da Pensão: 50% + 10% (1 dependente) = 60% x R$ 3.000,00= R$ 
1.800,00 
 Logo, R$ 2.500,00 (Aposentadoria da mulher) é o benefício de maior 
valor, comparado ao valor da pensão de R$ 1.800,00, então faremos o cálculo 
da acumulação em cima dos R$ 1.800,00. 
Vamos verificar como se realiza um cálculo da Acumulação: 
 
 R$ 1.800,00 (Valor da pensão, calculada acima) 
1.100,00 x 100% = 1.100,00 ( primeira faixa levando em consideração o 
salário mínimo) 
 
700,00 (1.800,00 - 1.100,00) x 60% (valor entre 1 e 2 salários mínimos) = 
420,00 
 
TOTAL: 1.100,00 + 420,00 = R$ 1.520,00 
Logo, a esposa receberá sua aposentadoria (R$ 2.500,00) + Pensão (R$ 
1.520,00) = 4.020,00 
 
 
 
 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
 
Aula 3 - Auxílio-Reclusão 
AUXÍLIO-RECLUSÃO 
O Auxílio-Reclusão é um dos benefícios criados diretamente pela Constituição 
Federal. É pago aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à 
prisão em regime fechado que não receber remuneração da empresa para a 
qual trabalha, nem estiver em gozo de auxílio por incapacidade temporária, 
pensão por morte, salário-maternidade, aposentadoria ou abono de 
permanência em serviço que, no mês do recolhimento à prisão tenha renda igual 
ou inferior a R$ 1.754,18 (valor em vigor a partir de 1º de janeiro de 2023, 
conforme Portaria Interministerial MTP/MF Nº 12, DE 11 DE JANEIRO DE 2023). 
 
 
Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade 
entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou 
congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude. 
 
REQUISITOS PARA CONCESSÃO 
O auxílio-reclusão será pago, quando couber, nas mesmas condições da pensão 
por morte. Será devido aos dependentes do segurado de baixa renda desde que 
cumprida carência de 24 meses. 
 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
Além da carência, para ter o direito ao benefício, é preciso comprovar a 
qualidade de segurado do recluso e a condição de dependente, observando que 
a quantidade de contribuições e o tempo de casamento ou união estável serão 
relevantes para fins de manutenção do benefício e definição do tempo de 
duração deste. 
A aferição da renda mensal bruta, para enquadramento do segurado como de 
baixa renda, ocorrerá pela média dos salários de contribuição apurados no 
período de 12 meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão. A média 
apurada deve ser igual ou inferior ao valor fixado como baixa renda, por portaria 
ministerial, vigente na data do fato gerador. Quando não houver salário-de-
contribuição no período de doze meses anteriores à prisão, será considerado 
segurado de baixa renda. 
 
MANUTENÇÃO 
Para a manutenção do benefício, é obrigatória a apresentação de prova de 
permanência na condição de presidiário, através de atestado/declaração do 
estabelecimento prisional que ratifique o regime de reclusão, a cada 3 meses. 
 
VALOR DO BENEFÍCIO 
O cálculo do valor dos benefícios será realizado na mesma forma daquela 
aplicável à Pensão por Morte, não podendo exceder o valor de 1 (um) salário-
mínimo. Para relembrar, verifique como esse cálculo foi exemplificado na aula 
sobre Pensão por Morte. 
 
CESSAÇÃO OU SUSPENSÃO 
O auxílio reclusão deixará de ser pago, dentre outros motivos: 
 
com a morte do segurado e, nesse caso, o Auxílio-Reclusão será convertido em 
Pensão por Morte; 
em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue ou 
cumprimento da pena em regime aberto ou semiaberto. Nesses casos o 
dependente deve procurar Agência da Previdência para solicitar cessação 
imediata do benefício. 
ao dependente que perder essa qualidade pelos motivos definidos em lei; 
com o fim da invalidez ou da deficiência do dependente; morte do dependente. 
 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
DURAÇÃO DO BENEFÍCIO 
A duração do auxílio-reclusão para cônjuges ou companheiros segue, no que 
couber, as regras estabelecidas na Lei 13.135/15 referentes à duração da 
Pensão por Morte. Com isto, o auxílio-reclusão poderá ser concedido, conforme 
o caso, com ou sem limite máximo de prazo. 
O segurado com tempo de casamento ou união estável inferior a 02 (dois) anos, 
instituirá para seu cônjuge ou companheiro o auxílio-reclusão com duração de 
apenas 04 (quatro) meses. 
O benefício será concedido com ou sem limite máximo de prazo aos cônjuges 
ou companheiros do segurado que vier a ser recolhido à prisão, desde que o 
mesmo tenha cumprido a carência de 24 (vinte e quatro) contribuições mensais 
e tenha mais de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável. O limite máximo 
de prazo será fixado conforme a expectativa de sobrevida do dependente 
verificada no momento da prisão do segurado, obtida a partir da Tábua Completa 
de Mortalidade - ambos os sexos - construída pelo IBGE. 
 
Observe a seguir como ocorre essa duração. 
 
Enquanto o segurado permanecer recolhido à prisão, o benefício poderá durar: 
 
3 anos - se tiver menos que 22 anos de idade; 
6 anos - se tiver entre 22 e 27 anos de idade; 
10 anos - se tiver entre 28 e 30 anos de idade; 
15 anos - se tiver entre 31 e 41 anos de idade; 
20 anos - se tiver entre 42 e 44 anos de idade; 
sem limite de prazo, se o cônjuge ou companheiro tiver 45 ou mais anos de 
idade; 
sem limite de prazo, se inválido ou com deficiência o cônjuge ou companheiro, 
enquanto permanecer nessa condição, caso ocorra o decurso dos prazos acima. 
Conforme vimos, os cônjuges ou companheiros mais jovens, não inválidos nem 
com deficiência, passaram a receber o auxílio-reclusão por prazo limitado, 
conforme sua expectativa de sobrevida, ou até a soltura do preso, o que ocorrer 
primeiro. 
 
 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
SUSPENSÃO DO BENEFÍCIO 
Em caso de fuga, após a recaptura do segurado, o dependente deverá fazer 
novo requerimento do benefício. 
Deverá também apresentar a prova de permanência na condição de presidiário 
para que se verifique se o recluso ainda possui qualidade de segurado, ocasião 
em que serão analisados novamente os critérios de concessão e o possível 
restabelecimento do benefício. 
 
 
 
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 
O segurado recluso que exercer atividade remunerada em cumprimento de pena 
em regime fechado, que contribuir na condição de facultativo, não acarretará 
perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos seus dependentes. 
É devido abono anual (13º salário) ao segurado e ao dependente da Previdência 
que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio-
acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão. 
O auxílio-reclusão não pode ser acumulado com: benefício assistencial ao idoso 
e ao portador de deficiência; aposentadoria (do recluso); abono de permanência 
em serviço (do recluso); pensão mensal vitalícia de Seringueiro; auxílio-doença 
e salário-maternidade (do recluso). 
O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a 
gratificação natalina dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal 
do benefício do mês de dezembro ou do mês da alta ou da cessação do benefício 
de cada ano. 
 
FINALIZANDO 
"Na seara previdenciária, a família é protegida por meio dos benefícios de 
pensão por morte e auxílio-reclusão. Em ambos, o risco social atendido é a perda 
da fonte de subsistência do núcleo familiar, na primeira hipótese em razão do 
óbito do segurado, na segunda, por ocasião de sua detenção prisional". 
Tanto um quanto o outro são destinados a "garantir a subsistência digna dos 
dependentes do segurado de baixa renda, recolhido à prisão, impossibilitado de 
prover o atendimento das necessidades básicas e essenciais de sua família". 
 
Adaptado de http://www.jurisite.com.br/doutrinas/Previdenciaria 
 
DEPENDENTES – PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOCOM AS FAKENEWS:

Continue navegando