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Aula 3 - Auxílio-Reclusão

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14/04/2020 Aula 3 - Auxílio-Reclusão
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AUXÍLIO-RECLUSÃO
O Auxílio-Reclusão é um dos benefícios criados diretamente pela Constituição Federal. O mesmo é pago aos
dependentes enquanto o segurado de baixa renda estiver preso sob regime fechado e não receba qualquer
remuneração da empresa para a qual trabalha, nem auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência
em serviço.
Equipara-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade entre 16 e 18 anos que tenha
sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do Juizado de Infância e da
Juventude.
O princípio que fundamenta o auxílio-reclusão é o da proteção à família: se o segurado está preso, impedido
de trabalhar, a família tem o direito de receber o benefício para o qual ele contribuiu. Portanto, o benefício é
regido pelo direito que a família tem sobre as contribuições do segurado feitas ao Regime Geral de
Previdência Social.
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REQUISITOS PARA CONCESSÃO
O auxílio-reclusão será pago, quando couber, nas mesmas condições da pensão por morte. Será devido aos
dependentes do segurado de baixa renda desde que cumprida carência de 24 meses.
Para ter o direito ao benefício, é preciso comprovar a qualidade de segurado do recluso e a condição de
dependente, observando que a quantidade de contribuições e o tempo de casamento ou união estável serão
relevantes para fins de manutenção do benefício e definição do tempo de duração deste.
Para comprovar a reclusão o dependente deverá apresentar CERTIDÃO JUDICIAL confirmando o recolhimento
por regime fechado.
A aferição da renda mensal bruta, para enquadramento do segurado como de baixa renda, ocorrerá pela média
dos salários de contribuição apurados no período de 12 meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão. A
média apurada deve ser igual ou inferior ao valor fixado como baixa renda, por portaria ministerial, vigente na
data do fato gerador. Quando não houver salário-de-contribuição no período de doze meses anteriores à
prisão, será considerado segurado de baixa renda.
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MANUTENÇÃO
Para a manutenção do benefício, é obrigatória a apresentação de prova de permanência na condição de
presidiário, através de atestado/declaração do estabelecimento prisional que ratifique o regime de reclusão,
a cada 3 meses.
VALOR DO BENEFÍCIO
O cálculo do valor do benefícios será realizado na mesma forma daquela aplicável à Pensão por Morte, não
podendo exceder o valor de 1 (um) salário-mínimo. PAra relembrar, verifique como esse cálculo foi
exemplificado na aula sobre Pensão por morte..
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CESSAÇÃO OU SUSPENSÃO
O auxílio reclusão deixará de ser pago, dentre outros motivos:
1. com a morte do segurado e, nesse caso, o auxílio-reclusão será convertido em pensão por morte;
2. em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue ou cumprimento da pena em
regime aberto ou semiaberto. Nesses casos o dependente deve procurar Agência da Previdência para
solicitar cessação imediatamente do benefício.
3. ao dependente que perder essa qualidade pelos motivos definidos em lei;
4. com o fim da invalidez ou da deficiência do dependente;
5.  morte do dependente.
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DURAÇÃO DO BENEFÍCIO
A duração do auxílio-reclusão para cônjuges ou companheiros segue, no que couber, as regras estabelecidas na
Lei 13.135/15 referentes à duração da pensão por morte. Com isto, o auxílio-reclusão poderá ser concedido,
conforme o caso, com ou sem limite máximo de prazo.
O segurado com tempo de casamento ou união estável inferior a 02 (dois) anos, instituirá para seu cônjuge ou
companheiro o auxílio-reclusão com duração de apenas 04 (quatro) meses.
O benefício será concedido com ou sem limite máximo de prazo aos cônjuges ou companheiros do segurado
que vier a ser recolhido à prisão, desde que o mesmo tenha cumprido a carência de 24 (vinte e quatro)
contribuições mensais e tenha mais de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável. O limite máximo de
prazo será fixado conforme a expectativa de sobrevida do dependente verificada no momento da prisão do
segurado, obtida a partir da Tábua Completa de Mortalidade - ambos os sexos - construída pelo IBGE. 
Observe na página seguinte como ocorre essa duração.
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DURAÇÃO DO AUXÍLIO-RECLUSÃO
Enquanto o segurado permanecer recolhido à prisão, o benefício poderá durar:
a) 3 anos - se tiver menos que 21 anos de idade;
b) 6 anos - se tiver entre 21 e 26 anos de idade;
c) 10 anos - se tiver entre 27 e 29 anos de idade;
d) 15 anos - se tiver entre 30 e 40 anos de idade;
e) 20 anos - se tiver entre 41 e 43 anos de idade;
f) sem limite de prazo, se o cônjuge ou companheiro tiver mais que 44 anos de idade;
g) sem limite de prazo, se inválido ou com deficiência o cônjuge ou companheiro, enquanto permanecer nessa
condição, caso ocorra o decurso dos prazos acima.
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Conforme vimos, os cônjuges ou companheiros mais jovens, não inválidos nem com deficiência, passaram a
receber o auxílio-reclusão por prazo limitado, conforme sua expectativa de sobrevida, ou até a soltura do preso,
o que ocorrer primeiro.
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SUSPENSÃO DO BENEFÍCIO
Em caso de fuga, após a recaptura do segurado, o dependente deverá fazer novo requerimento do benefício.
Deverá também apresentar a prova de permanência na condição de presidiário para que se verifique se o
recluso ainda possui qualidade de segurado, ocasião em que serão analisados novamente os critérios de
concessão e o possível restabelecimento do benefício.
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INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
O segurado recluso que exercer atividade remunerada em cumprimento de pena em regime fechado, que
contribuir na condição de facultativo, não acarretará perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos
seus dependentes.
É devido abono anual (13º salário) ao segurado e ao dependente da Previdência que, durante o ano, recebeu
auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão.
O auxílio-reclusão não pode ser acumulado com: benefício assistencial ao idoso e ao portador de deficiência;
aposentadoria do recluso; abono de permanência em serviço do recluso; pensão mensal vitalícia de Seringueiro;
auxílio-doença e salário-maternidade do recluso.
O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificação natalina dos trabalhadores,
tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro ou do mês da alta ou da cessação do
benefício de cada ano.
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FINALIZANDO
"Na seara previdenciária, a família é protegida por meio dos benefícios de pensão por morte e auxílio-
reclusão. Em ambos, o risco social atendido é a perda da fonte de subsistência do núcleo familiar, na primeira
hipótese em razão do óbito do segurado, na segunda, por ocasião de sua detenção prisional".
Tanto um quanto o outro são destinados a "garantir a subsistência digna dos dependentes do segurado de
baixa renda, recolhido à prisão, impossibilitado de prover o atendimento das necessidades básicas e
essenciais de sua família".
Adaptado de http://www.jurisite.com.br/doutrinas/Previdenciaria
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Chegamos ao final do curso, agora está faltando pouco para você concluir e ter acesso a sua Declaração de
Participação.
Faça a Avaliação Final e não esqueça de fazer também a Avaliação de Reação pois é através dela que
melhoramos nossos cursos, sua opinião é muito importante.
Na “Avaliação Final” você terá que atingir o mínimo de 60 pontos para ter direito a certificação meniconada
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