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Êxodo (N Comentario)

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ÊXODO 
 VOLTAR
Introdução 
Plano do Livro 
Capítulo 1 Capítulo 11 Capítulo 21 Capítulo 31 
Capítulo 2 Capítulo 12 Capítulo 22 Capítulo 32 
Capítulo 3 Capítulo 13 Capítulo 23 Capítulo 33 
Capítulo 4 Capítulo 14 Capítulo 24 Capítulo 34 
Capítulo 5 Capítulo 15 Capítulo 25 Capítulo 35 
Capítulo 6 Capítulo 16 Capítulo 26 Capítulo 36 
Capítulo 7 Capítulo 17 Capítulo 27 Capítulo 37 
Capítulo 8 Capítulo 18 Capítulo 28 Capítulo 38 
Capítulo 9 Capítulo 19 Capítulo 29 Capítulo 39 
Capítulo 10 Capítulo 20 Capítulo 30 Capítulo 40
 
 
INTRODUÇÃO 
 
I. AUTORIA 
 "Segundo Livro de Moisés chamado Êxodo" é o título que 
introduz este livro aos leitores de nossa versão. Aceitamos esse título 
como uma descrição exata. Aqui desejamos mencionar apenas que a 
tradição da autoria mosaica do livro de Êxodo já era bem estabelecida no 
terceiro século A.C., conforme evidenciado pela referência ao fato no 
livro de Eclesiástico (45.5). Que a lei foi escrita por Moisés, é fato 
ensinado por Jesus Cristo (Mc 1.44; Jo 7.19-22), e por Seus discípulos 
(Jo 1.45; At 26.23). A afirmação que certas porções do livro foram 
escritas por Moisés aparece no próprio livro (17.14; 24.4) 
 Dentro do livro nada entra em conflito com essa reivindicação da 
autoria mosaica. A freqüente menção do nome de Moisés, na terceira 
pessoa do singular, tem seus paralelos nos livros de Isaías e Jeremias, 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 2 
enquanto que o registro de sua chamada, em Êx 3, traz as mesmas 
marcas de autenticidade como os relatos daqueles dois autores. 
 
II. ESCOPO E PROPÓSITO 
 O livro de Êxodo é o livro da redenção. O nome grego "Êxodo" 
(lit. "saída") descreve aqui como Deus tirou os filhos de Israel da 
escravidão no Egito; mas por redenção compreendemos que o Redentor 
não apenas livra Seu povo da escravidão mas também coloca esse povo 
em relação especial Consigo mesmo, fazendo dele Sua própria possessão 
adquirida, sua "propriedade peculiar" (19.5). 
 O início do livro descreve, portanto, a grande libertação do povo 
de Deus, Israel, o que culmina com a Páscoa e prefigura a redenção 
ainda maior operada no Calvário. Desse ponto o livro passa para o 
concerto estabelecido no monte Sinai, no qual Deus declarou que Israel 
era Seu povo, dando-lhes os dez mandamentos, enquanto que por sua vez 
eles aceitaram Jeová como seu Deus, comprometendo-se a obedecê-lo. 
Esse concerto foi o fundamento do sua existência nacional, do qual a 
nova aliança (1Co 11.25; Hb 8.6-13) forma o antítipo, com a chamada da 
Igreja. Finalmente, a história do estabelecimento do tabernáculo e de sua 
adoração provê a base sobre a qual a vida do povo redimido, em sua 
relação para com Deus, precisava ser mantida. Na nova aliança a base da 
comunhão com Deus é Cristo. O tabernáculo e sua adoração, portanto, 
provêm muitos tipos e prefigura Cristo (ver, por ex. Hb 8.5; 9.1-11; 10.1). 
 As referências no Novo Testamento justificam plenamente nossa 
posição que vê Cristo como o "cumprimento" deste livro. Nos milagres 
registrados vemos "sinais" da operação divina (conf. Jo 2.11), no 
concerto do Sinai vemos um precursor da nova aliança, e na adoração do 
tabernáculo vemos uma "sombra dos bens vindouros" (Hb 10.1). 
 
III. SEU LUGAR NO PENTATEUCO 
 A segunda palavra em nosso texto, "pois" (em heb. aparecendo em 
primeiro lugar como conjunção copulativa "e") marca o livro de Êxodo 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 3 
como uma seqüência ao livro de Gênesis. O primeiro livro é composto 
de narrativas patriarcais, que parecem autobiografias; aqui, no segundo 
livro, temos a manifestação do poder de Deus no livramento de Seu povo 
e temos seu nascimento como nação. A adoração no tabernáculo é então 
elaborada no livro de Levítico. 
O livro de Números vê o povo como nômades no deserto e registra 
a adição de certas leis. O livro de Deuteronômio encontra-os olhando 
para a terra prometida, do outro lado do Jordão, recebendo de Moisés 
suas exortações finais e sua constituição nacional. Dessa maneira vemos 
que o livro de Êxodo é uma parte integral do plano do Pentateuco. 
 
PLANO DO LIVRO 
 
I. A OPRESSÃO NO EGITO - 1.1-22 
II. NASCIMENTO, TREINO E CHAMADA DE MOISÉS - 2.1 – 7.7 
 a. Os primeiros oitenta anos de Moisés (2.1-22) 
 b. A chamada de Moisés (2.23 – 4.17) 
 c. Moisés retorna ao Egito (4.18-31) 
 d. A primeira petição a Faraó e seu resultado (5.1-6.1) 
 e. As promessas e a comissão renovadas (6.2-13) 
 f. As genealogias de Moisés e Aarão (6.14-27) 
 g. A comissão retomada (6.28 – 7.7) 
 III. AS PRAGAS, A PÁSCOA E O ÊXODO - 7.8 – 15.21 
 a. Faraó reconhece um sinal (7.8-13) 
 b. As primeiras nove pragas (7.14-10.29) 
 c. Aviso sobre a última praga (11.1-10) 
 d. Instituição da Páscoa (12.1-28) 
 e. A décima praga e a partida para fora do Egito (12.29-51) 
 f. Santificação e redenção dos primogênitos (13.1-16) 
 g. A travessia do Mar Vermelho (13.17 – 14.31) 
 h. O cântico de Moisés (15.1-21) 
 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 4 
IV. A VIAGEM ATÉ HOREBE - 15.22 – 18.27 
 a. Mara e Elim (15.22-27) 
 b. A provisão do maná (16.1-36) 
 c. A rebelião em Refidim e a batalha com Amaleque (17.1-16) 
 d. A visita de Jetro (18.1-27) 
V. A ENTREGA DA LEI, NO SINAI - 19.1 – 24.18 
 a. Preparação para a recepção da lei no concerto (19.1-25) 
 b. Os dez mandamentos (20.1-17) 
 c. O temor de Deus cai sobre o povo (20.18-21) 
 d. O altar a ser erigido (20.22-26) 
 e. Vários julgamentos (21.1-22.20) 
 f. Vários estatutos morais (22.21-23.19) 
 g. As recompensas da obediência (23.20-33) 
 h. A ratificação do concerto (24.1-11) 
 i. Moisés delega sua autoridade e sobe novamente ao monte Sinai 
 (24.12-18) 
VI. O PLANO DIVINO PARA O TABERNÁCULO - 25.1 – 31.18 
 a. Dádivas para o tabernáculo (25.1-9) 
 b. Os móveis do tabernáculo (25.10-40) 
 c. O tabernáculo, o altar e o pátio (26.1-27.21) 
 d. As vestes do Sumo Sacerdote e seus filhos (28.1-43) 
 e. Ordenanças para a consagração dos sacerdotes (29.1-37) 
 f. O sacrifício diário e a promessa da presença do Senhor (29.38-46) 
 g. Mais instruções sobre o tabernáculo (30.1 – 31.11) 
 h. O sinal do sábado (31.12-17) 
 i. As tábuas do testemunho (31.18) 
VII. A IDOLATRIA DOS ISRAELITAS E A INTERCESSÃO 
 DE MOISÉS - 32.1 – 33.23 
 a. A fabricação do bezerro de ouro (32.1-6) 
 b. Moisés intercede pelo povo (32.7-14) 
 c. O povo é castigado (32.15-29) 
 d. Moisés intercede novamente, e é-lhe mostrada a glória divina 
 (32.30-33.23) 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 5 
VIII A RENOVAÇÃO DO CONCERTO - 34.1-35 
IX CONSTRUÇÃO E EREÇÃO DO TABERNÁCULO - 35.1 – 40.38 
 a. O povo traz oferendas voluntárias (35.1-29) 
 b. Os construtores fazem o trabalho segundo o modelo 
 (35.30-39.43) 
 c. O tabernáculo é armado (40.1-33) 
 d. A glória do Senhor (40.34-38) 
 
COMENTÁRIO 
 
Êxodo 1 
I. A OPRESSÃO NO EGITO - 1.1-22 
 Israel... Jacó (1). Não parece haver qualquer significação nos dois 
diferentes nomes aqui usados, bem como nos versículos subseqüentes. 
 Setenta almas (5). Conf. Gn 46.8-27. Somente duas mulheres são 
nomeadas na lista, Diná e Sara. A esse número deve ser adicionada a 
"casa" (versículo 1), isto é, as esposas e empregados de cada filho e neto, 
totalizando, talvez, diversas centenas. 
 Frutificaram (7). Uma multiplicação anormal é aqui indicada, 
conforme fora prometido em Gn 22.17. A terra (7), isto é, Gósen. Conf. 
Gn 46.1-7. 
 Um novo rei (8). Provavelmente os primeiros de uma nova 
dinastia. Se os "hicsos", os reis-pastores, estavam reinando na época da 
entrada de José e Jacó no Egito, teriam sido favoráveis para com os 
recém-chegados, visto que também tinham sangue semita. Isso 
subentende,naturalmente, a adoção do sistema de datas mais recuadas 
para a opressão e o êxodo. Quanto aos detalhes, ver a Tábua 
Cronológica, à pág. 41, e quanto à discussão sobre essas questões de data 
ver as Introduções aos livros de Josué e Juízes. 
 Não conhecera a José (8). Talvez tenha ouvido falar em José, mas 
não se sentia sob obrigação pessoal para com ele. Além disso, talvez ele 
se tivesse mostrado hostil para com a dinastia anterior, de cujo governo 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 6 
os verdadeiros egípcios se ressentiam, como também, naturalmente, 
daqueles que tinham sido favorecidos pelos hicsos. 
 Muito, e mais poderoso do que nós (9). Melhor tradução seria: 
"demais, e poderoso demais para nós". Numericamente a população 
egípcia era muito maior. 
 Suba da terra (10). Embora odiassem aos israelitas, os egípcios 
não estavam dispostos a prescindir dos serviços de quaisquer dos povos 
por eles dominados. 
 Maiorais de tributos (11). Os egípcios empregavam em suas 
obras públicas grupos de trabalhadores, coagidos e não-pagos, 
controlados por duas patentes de supervisores, que marcavam as tarefas e 
forçavam a execução do trabalho mediante o uso do chicote. Cidades de 
tesouros (11). Ou "cidades-celeiro". Conf. 1Rs 9.19. Depósitos 
próximos da fronteira, para acúmulo tanto de equipamento militar como 
de provisão de boca, que serviam tanto na defesa como no ataque. 
Ramessés (11). A mesma que aparece em Gn 48.11, onde ver anotação. 
 Tanto mais se multiplicava (12). Devido à miraculosa 
providência de seu Deus. 
 Com dureza (13). Podemos reconhecer quão severas eram as 
condições daquele trabalho forçado pela declaração de Heródoto (2.158) 
que Faraó Neco perdeu 120.000 homens (possivelmente uma cifra 
exagerada) na construção de um canal do mar Vermelho até o Nilo. 
 Parteiras (15). Provavelmente mulheres hebréias. Quanto a 
"Sifrá" não há dúvida; "Puá" talvez; mas, quer fossem egípcias ou 
hebréias sua qualidade é que temeram a Deus (17). Respeitaram Sua 
vontade e Seu propósito para com Seu povo. 
 Se for filho (16). Dessa maneira a raça hebraica desapareceria, 
pois as suas mulheres seriam absorvidas pelas famílias egípcias mediante 
casamento. 
 As mulheres hebréias não são como as egípcias (19). Essa 
declaração provavelmente era verdadeira - mas não expressa o 
verdadeiro motivo por que salvaram os meninos. As Escrituras registram 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 7 
mas nunca recomendam as faltas das pessoas tementes a Deus. (Conf. a 
mentira de Raabe, Js 2.4-5). 
 Portanto Deus fez bem... (20). Não porque tivessem enganado 
Faraó, mas porque tinham temido a Deus e se tinham recusado a 
obedecer ao decreto sanguinário. A lealdade a Deus vem antes da 
sujeição ao rei estipulada em Rm 13. Conf. 1Pe 2.13-17. 
 Estabeleceu-lhes casas (21). Conf. 1Rs 2.24. Deu famílias e 
descendentes àquelas que tinham preservado em vida as famílias de Seu 
povo. 
 
II. NASCIMENTO, TREINO E CHAMADA DE MOISÉS - 2.1 – 7.7 
 
Êxodo 2 
a) Os primeiros oitenta anos de Moisés (2.1-22) 
 Note-se a simplicidade e o tom de veracidade neste relato, em 
contraste com as lendas elaboradas que registram o nascimento dos 
heróis da mitologia. 
 Um varão... uma filha (1). A omissão de seus nomes não indica 
que o autor não os conhecesse. Mas trata-se antes de um sinal da 
modéstia de Moisés. Compare-se isso com as referências de João a si 
mesmo, em seu evangelho. 
 Filha de Levi (1), isto é, descendente de Levi. Arca de juncos (3). 
A palavra tebah, uma "caixa" ou "baú" (provavelmente um termo 
egípcio), é usada somente aqui e para designar a arca de Noé. Os 
"juncos" eram canas de papiro, um material empregado para muitas 
finalidades no Egito, até mesmo para a construção de grandes barcos. 
Conf. Is 18.2. 
 Nos juncos (3). Na vegetação da margem, onde a arca seria menos 
notada e onde ficaria impedida de flutuar rio abaixo. 
 Sua irmã (4). Miriã é a única irmã de Moisés mencionada nas 
Escrituras. Ver Nm 26.59. A julgar pelas suas ações, aqui registradas, ela 
deve ter tido doze anos ou mais de idade naquela ocasião. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 8 
 O menino chorava (6). Naturalmente, em tais circunstâncias! Mas 
o choro do infante foi usado, na providência de Deus, para comover o 
coração da princesa. 
 Dos meninos dos hebreus é este (6). Crianças egípcias talvez 
também costumassem ser rejeitadas, mas aquele menino "famoso", tão 
cuidadosamente aninhado, não podia ser senão um dos meninos dos 
hebreus. 
 Tomou o menino, e criou-o (9). A mãe de Moisés foi capaz de 
criar seu próprio filho em sua própria casa, até desmamá-lo, no fim de 
seu primeiro ano de vida, ou, talvez, de seu segundo ou terceiro ano 
(conf. II Mac. 7.27), quando então o trouxe de volta à filha de Faraó, 
para ser educado no palácio real. Não somos informados se ela 
continuou em sua companhia ali, mas bem podemos acreditar que ela 
implantou nele as raízes da fé no verdadeiro Deus, que orientou sua 
conduta posterior. 
 O adotou (10). Ele desfrutou dos privilégios e da educação de um 
filho adotivo da princesa. Esses privilégios ele mais tarde renunciou (Hb 
11.24) mas nunca perdeu os benefícios de sua educação (At 7.22). 
 Chamou o seu nome Moisés (10). A palavra hebraica, Mosheh, 
provavelmente é uma forma do termo egípcio mesu, que significa 
criança, filho, substantivo esse derivado de um verbo que quer dizer 
"produzir", "retirar". Daí a explicação, dada neste versículo, sobre a 
razão pela qual ela lhe deu esse nome. A palavra hebraica mashah 
também significa "retirar", e o jogo de palavras, portanto, podia aparecer 
no hebraico, o que não pode aparecer na versão portuguesa. 
 Sendo Moisés já grande (11). De acordo com Estêvão (At 7.23), 
tinha "quarenta anos" completos. Saiu a seus irmãos (11). Ele não 
permanecera na ignorância sobre sua verdadeira raça. "Foi este o 
primeiro sinal daquela poderosa simpatia e terna afeição pelo seu povo 
que o caracteriza" na narrativa inteira, e que culmina no patético grito: 
"Perdoa o seu pecado, se não risca-me, peço-te, do teu livro" (32.32), 
(Rawlinson). 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 9 
 Feriu ao egípcio (12). Moisés não tinha justificativa para esse ato, 
nem pela lei da terra nem aos olhos de Deus. Ele tinha boas intenções, 
mas mesmo suas melhores intenções eram produto de um espírito ainda 
não sintonizado à vontade de Deus. Daí a necessidade de mais quarenta 
anos de disciplina, antes que seu coração e mente estivessem plenamente 
habilitados para receber a revelação dos propósitos e leis de Deus. Na 
areia (12). Note-se a minúcia de detalhe. Moisés escreveu sobre aquilo 
que viu. Os homens de Israel atribuíram a Moisés um ofício que ele 
realmente não demonstrou (14). Não podiam entender seus verdadeiros 
motivos (At 7.25). Sua precipitada ação do dia anterior fez com que suas 
ações posteriores ficassem sujeitas a tais errôneas interpretações. 
 Procurou matar a Moisés (15). Na execução razoável da justiça. 
Midiã (15). O território aqui referido provavelmente era a porção 
sudeste da península do Sinai. 
 Sacerdote de Midiã (16). Ver 18.12. Quanto à relação entre os 
midianitas e israelitas, ver Gn 25.2. Adoravam ao mesmo Deus 
verdadeiro. 
 Reuel (18). significa "Deus é amigo". Quanto ao nome Jetro ver 
anotação sobre 3.1. 
 Um homem egípcio (19). A julgar por sua aparência e vestuário. 
 Gérson (22). Nome derivado de ger, "um estranho", e de sham, 
"ali". 
 
b) A chamada de Moisés (2.23 – 4.17) 
 Depois de muitos destes dias (23). Quarenta anos depois de sua 
fuga do Egito. Ver 7.7. Suspiraram por causa da servidão (23). O 
novo Faraó não tinha aliviado o rigor da opressão. De conformidade com 
a data mais provável, o Faraó da opressão foi o poderoso Tutmés III, mas 
alguns pensam que foi Ramsés II. Muitas edificações de ambos os 
monarcas existem até hoje. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 10 
 Conheceu-os Deus (25). Conf. Sl 31.1; Os 13.5. Deus prestou 
atenção a eles e com simpatia entendeu os sofrimentos e sentimentosde 
Seu povo. Contrastar com Mt 7.23. 
 
Êxodo 3 
 Jetro, seu servo (3.1). A palavra aqui traduzida como "servo", 
também pode significar no hebraico "sogro" ou "genro". Neste último 
caso, Jetro seria um filho de Reuel (ver 2.18), mas o mais provável é que 
Jetro fosse outro nome de Reuel, que em realidade era sogro de Moisés. 
 Atrás do deserto (1). Ver Dt 1.1 nota. Monte de Deus (1), assim 
chamado por Moisés, que escreveu após muitas experiências com Deus 
naquele monte. Horebe (1), também chamado Sinai. Horebe usualmente 
denota a região, enquanto Sinai é a montanha em particular. 
 O anjo do Senhor (2), isto é, uma manifestação especial de Jeová. 
No versículo 4 Ele é chamado tanto Jeová ("Senhor") como Eloim 
("Deus"). Podemos inferir, portanto, que se tratava da segunda Pessoa da 
Trindade o "anjo" que apareceu a Moisés. (Ver anotação sobre Gn 16.7). 
Não apareceu nenhuma forma corpórea pessoal, mas a chama e a voz 
eram em si mesmas evidências da presença do Senhor. 
 Tira os teus sapatos (5). Um sinal de respeito antes de entrar num 
lugar santo ou palácio, usado no oriente, desde antes dos tempos de 
Moisés até hoje em dia. 
 De teu pai (6). O nome da mãe de Moisés, Joquebede (ver 6.20) 
("Jeová se gloria") demonstra que seus pais eram adoradores de Jeová. 
Ver 6.3 e segs. O Deus de Abraão (6). Ver Gn 15.7-8. Olhar para 
Deus (6). Conf. 1Rs 19.13. A presença de Deus tornou-se 
suficientemente manifesta, mesmo sem ter sido vista qualquer forma 
corporal. 
 Desci (8). Conf. Gn 11.5; 18.21. O autor não quis dizer isso em 
sentido literal; ver, por exemplo, 1Rs 8.27; Pv 15.3. A frase é uma 
maneira de expressar, em linguagem humana, a ação divina de 
condescendência e preocupação com alguém. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 11 
 Uma terra boa e larga (8), que se estendia do Mediterrâneo ao 
Eufrates, e até o Taurus, no norte. A expressão, que mana leite e mel 
(8), era uma expressão proverbial empregada para denotar abundância. 
Ver Dt 6.3 nota. 
 Certamente eu serei contigo (12). Uma resposta suficiente para 
qualquer reivindicação de incapacidade para o trabalho para o Deus que 
o chamava. Conf. 2Co 12.9. Um sinal também foi prometido mas, 
referindo-se a um período ainda futuro (contrastar com os sinais 
imediatos, dados em Êx 4), serviu de estímulo extra à fé de Moisés. 
Conf. 1Sm 2.34. 
 Qual é o seu nome? (13). Moisés deixou subentendido que os 
israelitas haveriam de exigir suas credenciais, e haveriam de querer saber 
a natureza desse Deus que ele afirmaria ser o Deus que o tinha enviado e 
ser o Deus de seus pais. O nome, como freqüentemente acontece nas 
Escrituras, equivale à descrição da natureza ou caráter da pessoa que tem 
aquele nome. Ver Dt 5.11. 
 EU SOU O QUE SOU (14). A palavra traduzida aqui como "eu 
sou", no heb. é ehyeh, primeira pessoa do imperfeito do verbo hayah, 
"tornar-se". O tempo verbal é indefinido, significando igualmente "eu 
era", "eu estou sendo" ou "eu serei". (A mesma palavra hebraica é 
empregada no versículo 12, acima, Certamente eu serei contigo). Essa 
expressão mais completa explica a forma mais breve do nome "EU 
SOU" ou "Jeová" (YHWH, versículo 14) que é a terceira pessoa singular 
do mesmo verbo, e tem a mesma significação. Não havia outras palavras 
que pudessem expressar tão perfeitamente a verdade revelada e o infinito 
mistério da natureza do verdadeiro Deus. "EU SOU O QUE SOU" 
significa que Ele é auto-existente, o único ser real e a fonte de toda a 
realidade; que Ele é auto-suficiente; que Ele é eterno e imutável em Suas 
promessas; que Ele é aquilo que será, toda escolha sendo feita de 
conformidade com Sua própria vontade e prazer. Em adição a isso, esse 
nome preserva muito de Sua natureza oculto das pesquisas curiosas e 
presunçosas. Não é pesquisando que podemos encontrá-lo. Ver Pv 30.4. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 12 
Comparar isso com o anúncio que Ele fez sobre Si mesmo, em Ap 14.4-
8, etc. 
 O Senhor Deus de vossos pais (15). A palavra "Senhor", 
empregada em cada declaração, em realidade é "Jeová". Ver a anotação 
sobre o versículo 14, e a sobre Gn 2.4. Esse é o nome pelo qual Ele seria 
relembrado. 
 Os anciãos de Israel (16). Os cabeças das famílias, que exerciam 
autoridade e juízo sobre eles. Certamente vos tenho visitado (16). 
Conf. Gn 1.24; Lc 1.68. Deus interferiria a favor deles. 
 Caminho de três dias (18). Visto que certos animais eram 
sagrados para os egípcios, era necessário ir assim longe para evitar 
ofendê-los mediante o abatimento das vítimas para os sacrifícios. Ver Dt 
1.1 nota. Para que sacrifiquemos (18). Nenhum engano está aqui 
envolvido, como a querer acobertar, por este modesto requerimento, a 
intenção de abandonarem completamente o Egito. Mas este pedido 
serviu para testar a atitude de Faraó quanto à possibilidade dos israelitas 
deixarem seus domínios; e a abrupta negação de Faraó, a essa modesta 
petição, justificou a demonstração de poder da parte de Deus, que então 
se seguiu - bem como a total remoção de Israel de dentro das fronteiras 
egípcias, como finalmente foi feito. 
 Eu sei... não vos deixará ir, nem ainda por uma mão forte (19). 
Melhor é ler essas palavras como diz a Septuaginta "senão por mão 
forte", isto é, "só depois dele sentir o poder de Minha mão". Ver 
versículo 20. 
 Pedirá (22). Esta tradução expressa o sentido exato. Depois dos 
terrores daqueles dias os egípcios estariam dispostos a dar-lhes qualquer 
coisa que pedissem, contanto que se vissem livres deles. Despojareis 
(22). Conforme os despojos eram legitimamente coletados dentre um 
povo conquistado. Conf. Gn 15.14. Tudo quanto receberam não foi mais 
que a justa recompensa por seu trabalho forçado. 
 
 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 13 
Êxodo 4 
 O Senhor não te apareceu (4.1). Seria uma objeção natural, 
considerando que fazia tanto tempo desde a última manifestação especial 
do Senhor a Israel. 
 Uma vara (2). O cajado de pastor! 
 Pela cauda (4). Um ato de fé; normalmente, para evitar a mordida 
da serpente, pegar-se-ia nela pelo pescoço. 
 Para que creiam (5). Este versículo prossegue apresentando as 
palavras do Senhor, acima, enquanto que E estendeu... até... sua mão, 
formam um parêntesis. O próprio Deus explica aqui o verdadeiro 
propósito dos milagres. Servem de provas persuasivas ou "sinais" da 
presença de poder divino e, por conseguinte, não se deve esperar 
milagres em todos os tempos, mas, conforme fica evidente no registro 
bíblico, somente quando há alguma necessidade especial de estabelecer a 
autoridade de Deus em face de dúvida, incerteza ou apostasia. 
 Não sou homem eloqüente (10). Heb. "homem de palavras". 
Talvez ele encontrasse dificuldade em expressar seus pensamentos, e 
talvez até sofresse de algum defeito de elocução. Por outro lado, talvez 
tudo não passasse de uma desculpa de alguém que tinha receio de 
enfrentar o povo. Muitos dos porta-vozes de Deus têm assim sentido seu 
próprio despreparo e incapacidade de falar. Conf. Is 6.5; Jr 1.6; Ez. 2.6. 
 Quem fez a boca do homem? (11). A incapacidade humana não é 
desculpa para que alguém se esquive de uma comissão confiada pelo 
divino Criador. Ah! Senhor! envia (13). Moisés quase chega a declinar 
da tarefa, demonstrando sua incredulidade nas promessas que o Senhor 
acabara de fazer. 
 Aarão, o levita (14). Irmão mais velho de Moisés. Moisés também 
pertencia à tribo de Levi, mas o título "levita" não deixa de ter seu 
significado, pois, em hebraico, a afeição por uma pessoa é expressa 
chamando-a pelo seu nome completo. Conf. Gn 22.2. 
 Porás as palavras na sua boca (15). Apresentar-lhe-ás o assunto, 
e ele o expressará em um discurso. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 14 
 Tu lhe serás por Deus (16). Essa expressão descreve 
perfeitamente a função de um profeta, alguém que serve de mediador da 
mente de Deus para com o povo. 
 Farás os sinais (17), isto é, não apenas aqueles de 4.1-9, mas 
também aqueles que ficam subentendidos em 3.20. 
 
c) Moisés retorna ao Egito (4.18-31) 
 Meusirmãos (18), isto é, parentes. Essa era uma parte, mas não o 
total, do propósito de Moisés ao retornar ao Egito. 
 Vai, volta (19). Moisés ainda estava se demorando em cumprir a 
comissão dada por Deus. 
 A vara de Deus (20), isto é, seu antigo cajado, ainda que agora 
dotado do poder divino. 
 Endurecerei o seu coração (21). É dito que Faraó endureceu o seu 
próprio coração, ou que seu coração foi endurecido, em 7.13 (ver 
anotação), 7.14-22; 8.15,19,32; 9.7,34-35; e também que Deus endureceu o 
coração de Faraó, em 9.12; 10.1,20,27; 14.4,8. Essa ação é predita em 4.21; 
7.3. Note-se que esse endurecimento é primeiramente atribuído 
principalmente ao próprio Faraó, e mais diretamente a Deus só mais tarde. 
Deus não causa positivamente a rebeldia do homem contra Si, mas Ele 
conformou de tal maneira o coração do homem que, cada vez que ele se 
recusa a fazer a vontade de Deus torna-se menos responsivo à próxima 
chamada ou mandamento. A consciência, assim, torna-se menos sensível, e 
o coração se vai endurecendo. O homem endurece seu próprio coração, mas 
na linguagem bíblica, "os acontecimentos, quer físicos ou morais, que são o 
resultado inevitável do arranjo divino do universo, são referidos como se 
fossem operação direta de Deus" (Hertz). Em adição a essa significação da 
frase devemos notar que, tendo Faraó uma vez endurecido seu próprio 
coração, Deus o feriu diretamente com um endurecimento do qual era-lhe 
impossível ser renovado para o arrependimento (conf. Hb 6.4-6), tanto 
como uma penalidade como a fim de demonstrar sobre ele o Seu poder (Rm 
9.17-18), conforme também ficou demonstrado tanto na queda do Faraó 
como na libertação do povo de Deus. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 15 
 Israel é meu filho, meu primogênito (22). Isso não subentende a 
suposta paternidade universal de Deus, como se as outras nações também 
fossem Seus filhos, mas significa que Israel foi primeiramente eleita para 
receber filiação espiritual "para que a bênção de Abraão chegasse aos 
gentios" (Gl 3.14). Ver Rm 8.14-17. 
 Numa estalagem (24). Simplesmente um lugar de descanso. E o 
quis matar (24). Talvez por meio de uma enfermidade. Parece que isso 
foi um castigo por ele ter negligenciado quanto ao dever de circuncidar 
seu filho. Antes que Moisés pudesse apresentar os mandamentos de Deus 
perante Faraó e os israelitas, ele mesmo não podia omitir qualquer deles. 
Daquela maneira drástica Deus levou Moisés ao ponto da total 
obediência, a preparação necessária para poder ser ele usado em Seu 
serviço. 
 Um esposo sanguinário (25). Em heb. hathan-damim, lit., 
"cortado com sangue". Essa expressão era aplicada a um jovem noivo, 
circuncidado antes do casamento. Estas palavras foram dirigidas a seu 
filho, denotando o cumprimento do rito do concerto, ou a seu marido, 
que assim lhe era restaurado como noivo. Qualquer que tenha sido a 
significação exata, seu ato anulou o divino desprazer. 
 E desviou-se dele (26). Deus poupou Moisés. Foi provavelmente 
nessa altura que Moisés mandou de volta a Jetro sua esposa e seu filho 
(ver 18.2-3). 
 Os sinais (30) eram os milagres dos versículos 3-9. 
 
Êxodo 5 
d) A primeira petição a Faraó e seu resultado (5.1 – 6.1) 
 Uma festa (1). Ver 3.18 nota. 
 Quem é o Senhor? (2). Uma expressão de desprezo; mas Faraó, à 
semelhança até de muitos israelitas, talvez ignorasse o nome. 
 O Deus dos hebreus (3). Essa descrição tinha mais probabilidade 
de ser entendida por Faraó. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 16 
 Por que fazeis cessar o povo...? (4), isto é, por que os distraís com 
essa conversa sobre peregrinação? etc. 
 O povo da terra (5). Heb., 'am ha-ares. Este termo usualmente 
denota pessoa comum, mas aqui, como também em Gn 23.7, 
provavelmente significa "o concílio dos anciãos" que tinha vindo com 
Moisés e Aarão. Faraó deixa subentendido que muitos deles não estavam 
trabalhando. 
 Palha (7). Ou para reforçar a massa, ou para impedir que se 
pegasse nos moldes. 
 Estão ociosos... não confiem em palavras de mentira (8,9). 
Satanás freqüentemente apresenta a adoração a Deus como uma coisa vã, 
própria somente para aqueles que nada mais construtivo têm a fazer. 
 Restolho (12). No Egito apenas as cabeças das espigas eram 
cortadas, deixando longas tiras de palha para os israelitas cortarem, 
carregarem e esmiuçarem, antes de usá-las na fabricação dos tijolos. A 
palavra também pode incluir todas as outras espécies de refugo do 
campo. 
 Estavam defronte deles (20). Os oficiais (19) estavam esperando 
por eles, quando vieram da presença de Faraó, para saber qual o 
resultado da entrevista. 
 Tornou Moisés ao Senhor (22). Como quem constantemente 
repetia sua comunhão com Deus. Por que...? (22). Será que Moisés ter-
se-ia esquecido da advertência de 3.19? Contudo, existia agora um outro 
problema, pois, em lugar de uma negação franca, Faraó havia aumentado 
as cargas dos israelitas além da tolerância humana. 
 
Êxodo 6 
 Agora verás (6.1). Quanto maior fosse a violência de Faraó, 
maior seria a manifestação do poder de Deus em livrar. 
 Por uma mão poderosa (1), isto é, compelido pela forte mão de 
Deus. Ver 3.19. 
 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 17 
e) As promessas e a comissão renovadas (6.2-13) 
 Eu sou o Senhor... (2,3). Contrariamente às afirmações da 
moderna crítica, Deus não estava aqui anunciando a Moisés um novo 
nome pelo qual Ele deveria ser chamado. Mas os versículos que seguem 
demonstram que Deus estava declarando que tinha chegado o tempo 
dEle cumprir a aliança feita com seus pais, e de fazer aquilo que Ele 
tinha prometido. Portanto, Ele fortaleceu a fé de Moisés e dos israelitas, 
reafirmando Seu caráter (ver anotação sobre 3.14). Ele é o Deus 
observador de Suas alianças, e foi nesse aspecto de Seu caráter que Ele 
agora se revelava especialmente ao Seu povo, cumprindo as promessas 
do concerto feito com seus pais, pelo que também o nome "Jeová" 
deveria, dali por diante, ser associado à relação de aliança entre Deus e 
Seu povo. Seus pais também empregaram este nome, "Jeová", mas o 
aspecto de Seu caráter que Ele então revelara particularmente a eles foi o 
aspecto de Seu poder, no que tangia especialmente à multiplicação de 
sua descendência (Gn 17.1-2; 28.3; 35.11). 
 Deus Todo-poderoso (3) não significa um nome de Deus (as 
palavras "pelo meu nome" não se encontram no original hebraico), mas 
trata-se de uma frase descritiva, "o Deus que é todo-poderoso". Os 
israelitas, nos dias de Jeremias e Ezequiel, continuavam conscientes do 
nome "Jeová", mas Jr 16.21, "saberão que o meu nome é o Senhor 
(Jeová)" - uma frase freqüentemente encontrada em Ezequiel - prova que 
era o caráter de Deus, subentendido por esse nome, que eles não 
conheciam. 
Assim, em Êx 6.7, o significado é que eles viriam a conhecer que 
Ele era Jeová, Deus deles, não por ouvir anunciado esse nome, mas por 
experimentar Seus atos de poder e amor. Outra maneira legítima de 
traduzir o versículo 3, mas que dá uma diferente significação, é, 
"Permiti-me aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como El Shaddai, e 
nem mesmo a eles me permiti ser conhecido pelo meu nome Jeová?" Ver 
também anotações sobre Gn 2.4; 17.1; Dt 5.11. 
 Meu concerto (4). Ver anotações sobre Gn 6.18; 15.7-21; Dt 4.13. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 18 
 Resgatarei (6). Essa é a primeira instância do uso desta palavra na 
Bíblia, a qual expressa um dos elementos fundamentais do ato divino da 
salvação. A redenção de Israel, tirando-o do Egito, figura 
preeminentemente, nas Escrituras, como um tipo de nossa redenção do 
pecado. O termo heb. gaal, significa "reivindicar" ou "resgatar", 
especialmente como o parente resgatava a propriedade ou a pessoa de 
um parente incapaz de fazê-lo. Dessa maneira Deus, o divino Parente, 
cujos recursos são inexauríveis, resgata Seu povo incapacitado, ao custo 
do exercício de Seu poder sobrenatural tornando-o Sua própria 
propriedade peculiar (versículo 7). Conf. Is 43.1. 
 Juízos (6). Os atos de poder eram um julgamentocontra o 
opressor. Ver Dt 4.1 nota. 
 Eu vos tomarei por meu povo (7). Conf. 19.5-6, etc. Israel foi 
escolhido para ser o meio pelo qual Deus trouxe ao mundo a Sua 
revelação sobre Sua própria Pessoa e sobre Sua salvação. E serei vosso 
Deus (7). Ele tinha uma relação especial para com Israel; todavia não 
deixou de ser o Deus da terra inteira. 
 Eu sou o Senhor (8). A mensagem se encerra com ás mesmas 
palavras com que teve início. É selada em ambas as extremidades com a 
autoridade do Deus vivo e fiel. 
 Que deixe sair (11). Uma exigência maior que a primeira. Ver 
3.18 nota. 
 Incircunciso de lábios (12). Não se trata de qualquer admissão de 
pecaminosidade, mas uma repetição de sua queixa em 4.10, que ele era 
pesado de língua. Semelhantemente a "os seus ouvidos estão 
incircuncisos" (Jr 6.10), que quer dizer alguém que "não pode ouvir". 
Conf. Lv 26.41. 
 
f) As genealogias de Moisés e Aarão (6.14-27) 
 Casas de seus pais (14). Um termo técnico para "clãs" ou 
"famílias". Rúben e Simeão são incluídos aqui possivelmente para 
mostrar a posição relativa de Levi na família de Israel, e para mostrar 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 19 
que na dispensação de Deus nem sempre aquele que nasce primeiro é o 
"primogênito" em lugar de honra e liderança. 
 Joquebede, sua tia (20). Esse nome significa "Jeová é minha 
glória". É mais uma prova do conhecimento do nome Jeová desde antes 
do tempo de Moisés. Ver 3.14-15 nota. O casamento de um homem com 
sua tia era algo permitido até ser dada a lei de Lv 18.12. 
 Corá (21). Portanto, ele era primo de Moisés. Ver Nm 16.11. Seus 
filhos não pereceram juntamente com ele, e seus nomes são dados no 
versículo 24 como cabeças de importantes famílias sacerdotais. 
 Eliseba (23). Um nome melhor conhecido em sua forma 
helenizada: Isabel. 
 Seus exércitos (26), isto é, organizados em arranjo ordeiro, por 
suas tribos, famílias, etc.; não uma multidão desordenada. Não há 
sugestão aqui a estarem equipados de armas militares. 
 
g) A comissão retomada (6.28 – 7.7) 
 A narrativa dos versículos 2-12, interrompida pelas genealogias, é 
retomada neste ponto. 
 
Êxodo 7 
 Como Deus sobre Faraó (7.1). Pela autoridade de sua pessoa e 
pelo poder de seus atos, Moisés representaria, perante Faraó, a 
autoridade e o poder do verdadeiro Deus. Teu profeta (1). Conf. 4.16. 
Essa foi a resposta de Deus à objeção de Moisés, em 6.12. 
 Tu falarás (2), isto é, a Aarão. Quanto ao versículo 3 ver 4.21 
nota. 
 Saberão que eu sou o Senhor (5). Deus age em favor de Israel por 
todo o decurso de sua história com uma finalidade em vista, demonstrar 
a um mundo que seguiu após outros deuses a natureza de Jeová, o único 
verdadeiro Deus. 
 Oitenta anos (7). Deus pode prolongar a vida de um homem até 
qualquer idade, mas é digno de nota que os registros egípcios mostram 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 20 
que a prestação de serviços, depois dos 100 anos de idade, não era 
incomum. 
 
III. AS PRAGAS, A PÁSCOA E O ÊXODO (7.8 – 15.21) 
 
a) A Faraó é dado um sinal (7.8-13) 
 Fazei por vós algum milagre (9). Provai vossas reivindicações 
mediante algum ato sobrenatural. 
 O mesmo com os seus encantamentos (11). Mediante hipnotismo 
e diversos outros truques, podiam fazer uma cobra ficar rígida como uma 
vara. Nenhum poder sobrenatural é subentendido aqui. 
 
b) As primeiras nove pragas (7.14 – 10.29) 
 As pragas não apenas provocavam grande aflição física; mas eram 
um julgamento contra os deuses do Egito. O rio Nilo era um dos 
principais objetos de adoração; a rã era sagrada como símbolo da 
fertilidade; dentre o gado, o carneiro, o bode e o boi eram sagrados; o 
deus-sol, Rá, foi eclipsado e provado como impotente mediante a praga 
das trevas. "Sobre todos os deuses do Egito, farei juízos: Eu sou o 
Senhor" (12.12). 
 
1. O NILO TRANSFORMADO EM SANGUE (7.14-25). 
 Ele sairá às águas (15). Ou para banhar-se ou para atender 
alguma festa religiosa. O milagre foi anunciado com antecedência (17) a 
fim de que Faraó pudesse perceber que não se tratava de uma maravilha 
desconexa, mas uma prova que o Senhor tem o poder de cumprir Seus 
desígnios e decretos. 
 Tornar-se-ão em sangue (17). Em Jl 2.31 o sangue é usado em 
sentido metafórico, mas aqui provavelmente deve ser considerado em 
sentido literal. O rio ocasionalmente se tornava avermelhado devido à 
presença de certas matérias vegetais, mas aqui não aconteceu puramente 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 21 
a intensificação de um fenômeno natural; foi um milagre por causa do 
qual os próprios peixes morreram e a água se tornou nojenta. 
 Os magos... fizeram o mesmo (22). Talvez por meio de truques 
ilusórios; mas ver 8.18 nota. Água limpa era obtida provavelmente como 
no versículo 24. 
 Cavaram... para beberem água (24). O versículo 19 indica que 
toda água derivada do rio Nilo se transformara em sangue. Mas água 
obtida de outras fontes continuava pura. 
 Sete dias (25). Depois disso Deus permitiu que fluísse água pura 
do alto rio para limpar o baixo curso do rio. 
 
Êxodo 8 
 2. A PRAGA DAS RÃS (8.1-15). 
 Sobre a tua cama (3). Fato especialmente lamentável para os 
egípcios, que eram tão cuidadosos em sua higiene e limpeza. 
 Os magos fizeram o mesmo (7). Evidentemente não tiveram o 
poder de remover as rãs enviadas por Deus. 
 Glória sobre mim (9). Uma forma de dizer polidamente: "Tenhas 
a honra de decidir". 
 Para que saibas (10). A remoção das rãs, na hora exata nomeada 
pelo rei, seria prova de que nenhum outro poder além do poder do 
Senhor fizera aquilo. Faraó disse "amanhã" na esperança que as rãs 
desaparecessem por si mesmas e que assim ficaria desobrigado da 
necessidade de reconhecer a mão de Deus. 
 Moisés clamou ao Senhor (12). Moisés estava convencido em sua 
mente de que Deus faria aquilo, mas era necessário rogar fervorosamente 
ao Senhor. Eis aqui uma ilustração do lugar da oração intercessória. 
 Faraó... agravou o seu coração (15). Ver 4.21 nota. Uma angústia 
temporária tinha forçado Faraó a reconhecer a realidade de Deus, o 
poder da oração, e as reivindicações de Seu povo (8), mas a atitude de 
seu coração para com Deus permanecia inalterada e naturalmente, suas 
convicções e suas promessas desapareceram juntamente com as rãs. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 22 
Precisamos descobrir uma mudança de coração por detrás da profissão 
dos lábios. 
 
 3. A PRAGA DOS PIOLHOS (8.16-19). 
 Disse mais o Senhor (16). Esta praga foi mandada sem aviso. 
Tendo endurecido o coração, dessa vez não foi dado prazo para Faraó 
submeter-se antes do julgamento sobrevir. 
 Mas não puderam (18). Isso ficava fora do alcance de suas 
experiências ou habilidades de conjuração. Mas se, por outro lado, 
considerarmos suas imitações prévias como milagres verdadeiros e não 
como ilusões, podemos aprender por este versículo que Deus permite 
que o diabo vá até certo ponto, mas não mais que isso, na reprodução de 
sinais e maravilhas. Conf. Mt 24.24. 
 É o dedo de Deus (19). Reconheceram algum poder divino, mas 
não ainda o nome de Jeová. Conf. Lc 11.20. 
 Faraó... não os ouvia (19). Esta praga não apresentou tantos 
inconvenientes pessoais para ele como as outras. 
 
 4. A PRAGA DAS MOSCAS - (8.20-32). Enxames de moscas 
(21). Em heb. 'arobh. Muitos expositores consideram que tal inseto 
fosse alguma espécie de vespa. Tal inseto, o escaravelho, era um 
emblema do deus-sol, Rá, pelo que, como objeto sagrado semelhante às 
rãs, não podia sua incômoda presença ser removida pela matança. 
 Eu separarei (22). Um novo milagre que demonstrava 
vividamente a realidade e a providência do Senhor. 
 A terra foi corrompida (24). Melhor tradução ainda: "A terra foi 
destruída". Esta praga foi de pior caráter que as anteriores; pois causava 
mais que incômodo; as moscas ou vespas destruíam propriedades 
pessoais. 
 Chamou Faraó (25). Sendo pessoalmente afetado por aquela 
visitação, ele imediatamente solicitou alívio, mas ofereceu uma 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 23 
transigência- "nesta terra" - o que era inaceitável para o homem de 
Deus. 
 A abominação dos egípcios (26). Certos animais eram sagrados 
para os egípcios e não podiam ser mortos. Se os israelitas tivessem 
sacrificado ovelhas, bodes ou bois dentro das fronteiras do Egito, isso 
teria provocado um levante generalizado entre o povo egípcio. Levantes 
semelhantes têm ocorrido na Índia em tempos recentes, quando vacas, 
sagradas para os hindus, têm sido abatidas; e no Egito um embaixador 
romano foi certa ocasião despedaçado pelo populacho por ter 
acidentalmente morto um gato. 
 Como ele nos dirá (27). Conf. 10.26. A forma exata do sacrifício 
ainda não era clara, mas de qualquer maneira não poderia haver 
transigência a respeito dos mandamentos de Deus claramente definidos. 
 Não vades longe (28). Evidência que o arrependimento de Faraó 
era superficial. Seu pecado é que desejava que os israelitas estivessem 
dentro de sua possibilidade de mandar chamá-los de volta tão facilmente 
como ele queria. 
 Orarei (29). Moisés aceitou o "não vades longe" de Faraó com 
equivalente à sua própria exigência de "caminho de três dias". 
 Os enxames de moscas se retiraram (31). Os corpos mortos das 
rãs tinham sido deixados no Egito como aflição adicional; mas as moscas 
foram miraculosamente removidas como uma evidência do poder de 
Deus em mostrar misericórdia. 
 Endureceu Faraó ainda esta vez seu coração (32). Seu 
arrependimento parcial serviu novamente apenas para tornar seu coração 
mais empedernido quando veio o alívio. Ver versículo 15 nota. 
 
Êxodo 9 
 5. A MORTE DO GADO (9.1-7). 
 Certo tempo (5). A peste dos animais até certo ponto não era 
fenômeno desconhecido no Egito. A prova da mão de Deus, neste caso, 
foi dada pelo fato que veio no tempo assinalado, que os israelitas 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 24 
estiveram isentos da peste em seus animais, e que a praga afetou somente 
o gado exposto nos campos. 
 Amanhã (5). Foi dado prazo para qualquer egípcio crente tirar seu 
gado do campo aberto. 
 Todo (6), isto é, literalmente todo o gado que ficara no campo. 
 Se endureceu (7). Faraó ficou pouco impressionado, 
provavelmente por ter sido pessoalmente menos afetado pela praga. 
 
 6. A PRAGA DA SARNA (9.8-12). 
 Disse o Senhor (8). Tal como a terceira, esta praga foi enviada 
sem aviso, como um julgamento. 
 Os magos não podiam parar (11). Agora não só foram incapazes 
de imitar o milagre, mas também foram vítimas do julgamento; ver 2Tm 
3.8-9. 
 O Senhor endureceu (12). O endurecimento voluntário começou 
agora a ser punido com endurecimento judicial. Ver 4.21 nota. 
 
 7. A PRAGA DA SARAIVA (9.13-35). 
 Todas as minhas pragas sobre o teu coração (14). Aqui começa 
a última série de golpes infligidos por Deus que finalmente haveriam de 
esmagar a resistência do empedernido coração de Faraó. O julgamento 
haveria de sobrevir de tal modo que Faraó libertaria seus cativos; 
contudo, apesar de reconhecer o poder soberano sem igual de Deus, 
permaneceria irreconciliado com Ele. O coração de Faraó foi ferido, mas 
permaneceu endurecido. 
 Tenho estendido minha mão (15). A última cláusula do verso 14 
explica por que Deus não tinha destruído Faraó e seu povo 
anteriormente, e essa razão é novamente dada no versículo 16, "deveras 
para isto te mantive", isto é, "te conservei vivo". A preservação de Faraó 
e dos egípcios tinha em vista revelar mais manifestamente a eles o poder 
e o caráter de Deus: ver Rm 9.16-17. Enquanto permanecessem vivos, 
serviriam como objetos das atividades e dos justos juízos de Deus, pois 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 25 
se não fosse isso há mais tempo tê-los-ia destruído. Agora aproximava-se 
o tempo quando não apenas suas propriedades mas suas próprias pessoas 
começariam a ser feridas. 
 Recolhe o teu gado (19). Deus não é um bárbaro. Foi dada 
oportunidade até mesmo aos egípcios para que demonstrassem, por esse 
ato exterior, que acreditavam no Senhor e respeitavam Sua palavra. Ver 
versículo 20. 
 Fogo (23,24). Provocado possivelmente por alguma forma de 
distúrbio elétrico. 
 A terra é do Senhor (29). Cf. Tg 5.17-18. Aquele extraordinário 
fenômeno no mundo físico viera em conseqüência da predição de Moisés 
e sucedeu em resposta à sua oração. Tanto o ato de ser infligido como o 
ato de ser removido foram, portanto, provas que o Senhor, o Criador, 
pode fazer o que lhe parecer melhor com a terra que Ele mesmo criou. 
 Continuou a pecar (34). Quanto maior era a longanimidade de 
Deus para com Faraó, maior era o pecado deste, mostrando-se infiel a 
seus próprios protestos. A oração de Moisés pôde abrir os céus, mas não 
pôde abrir o coração de um homem voluntarioso. Não obstante, até 
mesmo a oposição dos inimigos de Deus é obrigada a contribuir para Seu 
plano de redenção. 
 
Êxodo 10 
 8. A PRAGA DOS GAFANHOTOS (10.1-20). 
 O coração de seus servos (1). Eles também haviam endurecido 
seus próprios corações (9.34); por conseguinte, também haviam sofrido o 
endurecimento penal. Para fazer... sinais (1). Deus pode utilizar até 
mesmo o pecado dos homens e as penalidades que Ele inflige sobre eles 
como meios para instruir, tanto a presente como as gerações sucessivas, 
a respeito de Sua justiça e de Sua ira. Ver 1Co 10.11. 
 Gafanhotos aos teus termos (4). Os gafanhotos sempre migravam 
para o Egito, vindos de algum outro país do sul ou do leste. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 26 
 E cobrirão (5). Desejando-se uma vívida descrição bíblica sobre 
os ataques dos gafanhotos, leia-se Jl 1.6-7; 2.2-11. Testemunhas oculares 
modernas relatam a mesma história. 
 O resto (5). O que sobrara da saraiva e de outras pragas. 
 Os servos de Faraó (7). Embora endurecidos (1), não estavam tão 
empedernidos como Faraó (9.20). Sabiam que os gafanhotos haveriam 
de destruir os últimos meios de sustento. Porque uma nação haveria de 
ser assolada por causa da obstinação de seu governante? 
 Deixa ir os homens (7) "Homens", aqui, inclui mulheres e 
crianças. 
 Com os nossos meninos... (9). Não era incomum, no Egito, que a 
população inteira observasse grandes festivais; todavia, as palavras de 
Moisés, aqui, reforçam a verdade que aqueles que deveriam servir a 
Deus, deveriam fazê-lo com tudo quanto possuíssem. 
 Seja o Senhor assim (10). Ironicamente, "Que o Senhor seja 
convosco tão certamente como eu vos deixarei ir". Há mal diante da 
vossa face (10), isto é, é mau o vosso propósito. Vós, varões (11). Os 
homens não permaneceriam longe sem suas mulheres e filhos. Satanás 
não se incomoda muito com pessoas adultas, contanto que possa ficar 
com as crianças. Isso é o que pedistes (11). Entretanto, Moisés já havia 
exigido antes que todo o povo fosse (7.16). 
 Um vento oriental (13). O vôo longo dos gafanhotos sempre 
depende do auxílio de um vento forte. 
 Não ficou verdura alguma (15). O Egito agora tinha ficado 
inteiramente dependente das reservas nos celeiros instituídos por José, o 
hebreu. 
 
 9. A PRAGA DAS TREVAS (10.21-29). 
 Disse o Senhor (21). Tal como a terceira e a sexta praga, esta 
também veio sem aviso prévio. Nenhuma oportunidade é dada aqui para 
arrependimento. Trevas que se apalpem (21). Sua intensidade e duração 
marcavam-nas como algo mais que um eclipse total do sol. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 27 
 Penetravam até em suas habitações (23). O terror dos egípcios 
seria ainda maior porque Rá, o deus-sol, era uma de suas principais 
divindades. Se esse fosse derrotado, tudo estaria perdido. Do seu lugar 
(23), isto é, cada qual ficou em sua casa. Conf. 16.29. 
 Somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas... (24). Essa 
reserva, no consentimento de Faraó, anulava totalmente o consentimento. 
Conf. Tg 2.10. 
 Também o nosso gado (26). Ao irem ao sacrifício, nada podia ser 
deixado para trás, porque a extensão dos requerimentos de Deus não 
eram conhecidos senão no momento assinalado. Tudo deveria ser 
devotado a Ele, para que fosse usado tanto quanto Ele quisesse. 
 Vai-te de mim (28). O temperamento exasperadode um homem 
que se rebela contra sua consciência e descobre que Deus não faz 
concessões. Ao recusar-se a ver novamente a Moisés, Faraó rejeitou seu 
único meio de livramento. Até ali ele tinha mandado chamar Moisés para 
rogar misericórdia. 
 Nunca mais verei (29). Moisés continuou falando com Faraó até 
que finalmente o deixou, em 11.8, sendo que 11.1-3 foi um parêntesis. 
 
Êxodo 11 
c) Advertência sobre a última praga (11.1-10) 
 O Senhor disse (1). Melhor tradução: "O Senhor dissera", pois o 
verbo está no mais-que-perfeito, registrando uma palavra de Deus a 
Moisés, antes de sua entrevista com Faraó. 
 Peça (2). Ver 3.22 nota. 
 Moisés era mui grande... aos olhos do povo (3). Em resultado das 
maravilhas que ele operara, a sua consideração para com o povo, dando-
lhes a devida advertência. Moisés escreveu assim sobre si mesmo, não 
sem modéstia, mas a fim de explicar por que o povo esteve tão pronto a 
dar suas jóias, etc. 
 Disse mais Moisés (4). A continuação do discurso de Moisés a 
Faraó. À meia-noite (4). Qual noite, não foi especificado. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 28 
 Todo o primogênito (5). A palavra hebraica significa a 
descendência masculina. O primogênito dos animais (5). Diversos 
desses animais eram considerados como objetos de adoração. 
 Nem ainda um cão moverá a sua língua (7). Uma expressão 
proverbial. 
 Para que as minhas maravilhas se multipliquem (9). Conf. 7.3. 
A voluntariedade de Faraó, agora intensificada pelo julgamento de Deus, 
serviu para atrair o exercício do poder de Deus, a fim de impressionar 
tanto os egípcios como os israelitas com Sua justiça e Seu poder. 
 
Êxodo 12 
d) A instituição da Páscoa (12.1-28) 
 O princípio dos meses (2). O Êxodo foi, espiritual e 
nacionalmente, um acontecimento que marcou época. Conf. Nm 1.1. Até 
então o ano judaico tinha começado com o mês de Tisri, perto do 
equinócio do outono. O mês em que sucedeu a saída, o mês de Abibe, 
era no equinócio da primavera. Os judeus começavam agora seu ano 
civil no mês de Tisri, mas seu ano sagrado começava no mês de Abibe. 
 Um cordeiro (3). Essa palavra pode significar igualmente bem 
tanto um cordeiro como um cabrito (ver versículo 5), mas parece que 
eram quase universalmente empregados cordeiros. As casas dos pais (3), 
isto é, a família. O primeiro e básico festival de Israel foi um festival em 
família. A pureza da vida familiar é o fundamento tanto da prosperidade 
espiritual como da prosperidade nacional. 
 Pequena (4). Dez homens, além das mulheres e crianças, eram 
considerados o mínimo para consumir um cordeiro. 
 Sem mácula (5). Cf. 1Pe 1.19; Hb 7.26; 9.14. Não apenas todas as 
ofertas a Deus devem ser tiradas do melhor, mas aquele cordeiro também 
deveria tipificar o imaculado Cordeiro de Deus. De um ano (5), isto é, 
não mais que um ano de idade, a idade da inocência. 
 Guardareis (6). Para permitir perfeita inspeção. Os negócios 
pertencentes a Deus nunca devem ser feitos às carreiras. À tarde (6). 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 29 
Lit., "entre as tardes". Isso significa ou "entre o pôr do sol e o fim do 
crepúsculo" ou então "entre o arrefecer do dia, cerca das 15 horas, e o 
pôr do sol". De qualquer maneira, de acordo com Josefo, o cordeiro era 
morto entre as horas nona e décima primeira, ou seja, entre as 15 e as 17 
horas. Note-se que foi na hora nona (15 horas) que Jesus clamou com 
alta voz e entregou o espírito (Mt 27.45-50). 
 Tomarão do sangue... (7). A explicação dos detalhados 
requerimentos, nos versículos 7-10, só pode ser visto se percebermos 
neles um tipo sobre Cristo. Somente pelo sangue é que há livramento da 
destruição; o cordeiro era assado no fogo para simbolizar o fogo da ira 
de Deus que foi tolerado pelo Salvador; aqueles que se alimentam dEle 
devem pôr de lado o fermento da malícia e da maldade (1Co 5.8), e 
devem comê-Lo com as ervas amargosas do arrependimento; tudo 
deveria ser consumido: se é fisicamente impossível fazer isso comendo-
o, então pode ser feito pelo fogo, visto que a oferta de Cristo foi 
completa e Ele deve ser recebido em Sua inteireza. 
 Assim pois o comereis (11). Isso se aplica somente à Páscoa 
realizada no Egito, e não às celebrações subseqüentes; todavia, os 
redimidos sempre devem ser como aqueles que não têm habitação 
permanente neste mundo. Ver Lv 23.4-5; Nm 28.16-25 quanto às 
celebrações da Páscoa no deserto: e ver Dt 16.1-8, que reafirma as 
regras, em vista de sua observância na terra prometida. Os vossos 
lombos cingidos (11). Amarrando de encontro ao corpo suas longas 
vestimentas soltas. Apressadamente (11). Como prontos para atender a 
qualquer momento a chamada para a partida. É a páscoa do Senhor 
(11). A palavra "páscoa", referindo-se usualmente ao ritual inteiro, é aqui 
aplicada somente para o cordeiro pascal, tal como em 1Co 5.7. "Páscoa" 
se deriva do verbo pasah, "passar por cima", incluindo a idéia de 
"poupar e proteger". Ver versículo 13. 
 Todos os deuses do Egito (12). Cada deus egípcio era 
representado por algum animal, e estaria impotente para proteger seu 
próprio representante. Eu sou o Senhor (12). Conf. 6.2,6,8,29, etc. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 30 
 Vos será (13). Em vosso interesse. Por sinal (13). O sangue, nas 
vergas e ombreiras das portas, seria uma evidência, para Deus, que o 
sacrifício tinha sido efetuado, e que os moradores exerciam fé em Suas 
promessas. Aos tais Ele libertaria. 
 Memória... por estatuto perpétuo (14). Da mesma maneira que a 
Ceia do Senhor é um memorial que deve ser observado perpetuamente, 
"até que Ele venha". 
 As instruções dos versículos 15-20 se referem não à ocasião 
imediata, mas às futuras observações dessa festividade. 
 Fermento (15). Usualmente um símbolo de corrupção e pecado, 
mas nem sempre. Ver Mt 13.33; também versículo 34 nota. Lv 2.11 nota. 
 Cortada (15). Não morta, mas banida da congregação de Israel. 
Ver Gn 17.14 e nota. 
 Ao primeiro dia... santa convocação (16). Esse primeiro dos sete 
dias era o dia seguinte ao do abatimento do cordeiro pascal, isto é, o dia 
15 de Abibe. O termo "convocação" provavelmente se deriva do fato do 
povo ser convocado juntamente para reunir-se no tabernáculo, talvez por 
meio das trombetas de Nm 10.2. Nenhuma obra se fará (16), isto é, 
nenhum trabalho servil. Conf. Lv 23.7. 
 Estrangeiro (19). Em heb. ger. Os estrangeiros que aceitassem o 
rito da circuncisão e a lei do Senhor eram incluídos na congregação e 
considerados como israelitas. Ver Dt 1.16 nota. 
 Natural da terra (19). Israelita por descendência natural. 
 Tomai (21), isto é, dentre o rebanho. 
 Um molho de hissopo (22). O formato dessa planta tornava-a 
particularmente apropriada para aspergir o sangue da expiação, e, devido 
o seu freqüente uso para esse propósito, veio a tornar-se um símbolo de 
purificação espiritual. Conf. Sl 51.7. Nenhum de vós saia (22). Somente 
debaixo da cobertura de sangue é que há proteção. 
 O Senhor passará aquela porta (23). Conf. versículo 13. 
Destruidor (23). O anjo destruidor (2Sm 24.16), chamado de "praga" no 
versículo 13. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 31 
 Isto (24). O sacrifício do cordeiro (17,27), e não a aspersão do 
sangue nas vergas e ombreiras das portas, que se aplicou somente a esta 
ocasião. 
 Como tem dito (25). Ver Gn 12.7, etc. 
 Quando vossos filhos... (26). A educação espiritual no lar é o 
fundamento do caminho de Deus para a vida do homem. A observância 
do rito provia oportunidade dos pais recontarem a história dos poderosos 
atos e promessas de Deus. Semelhantemente, as duas ordenanças cristãs 
fornecem ocasião para nos lembrarmos, na mente e no coração, da obra e 
das palavras do Senhor Jesus Cristo. 
 
e) A décima praga e a partida para fora do Egito (12.29-51) 
 De noite (31). Tão grande era a aflição dos egípcios que Faraó fez 
um apelo imediato a Moisés. Provavelmente Moisés em realidade não se 
apresentou a Faraó. Ver 10.29. 
 O primogênito de Faraó (29). A praga culminante cumpriu a 
primeira advertênciade Deus a Faraó (4.23). 
 Abençoai-me também (32). Para evitar maiores calamidades. 
Note-se a extrema humilhação de Faraó, ainda que sem contrição de 
coração. Ver 14.5. 
 Sua massa, antes que levedasse (34). Naquela ocasião o pão ainda 
não estava levedado, devido à pressa. Conf. versículos 11,39. O pão 
asmo, nas celebrações subseqüentes, servia de lembrete sobre isso e 
também incluía a noção de liberdade da corrupção. Ver versículo 15 
nota. 
 Pediram (35). Ver 3.22 nota. 
 Emprestavam-lhes (36). Melhor ainda, "deixavam-nos ter". 
 Ramessés (37). Ver 1.11 e segs. Cousa de seiscentos mil de pé 
(37). Uma cifra arredondada, representando os 603.550 de Nm 1.46. 
Varões, sem contar os meninos (37). Uma anotação para indicar que 
apenas os adultos masculinos foram incluídos naquela cifra. Fica 
subentendido, naturalmente, que as mulheres não foram contadas. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 32 
 Uma mistura de gente (38). Ver Nm 11.4. Vários estrangeiros, 
não incluídos na "congregação de Israel", também saíram com os 
israelitas; contrastar com versículo 19. Grande multidão de gado (38). 
Nem todos os israelitas tinham sido obrigados a prestar trabalho escravo. 
 Quatrocentos e trinta anos (40). Isso corresponde à cifra 
arredondada de 400 anos, em Gn 15.13-14. É natural ler as palavras, aqui 
e no livro de Gênesis, como a referir-se à duração do tempo de 
permanência no Egito; porém, a Septuaginta, Paulo (Gl 3.17), e a 
tradição rabínica contam os 430 anos a partir do tempo da promessa feita 
a Abraão, e, nesse caso, devemos entender a palavra "habitaram" 
(peregrinaram) como incluindo também o período anterior de 
peregrinação na terra de Canaã. 
 Nenhum filho do estrangeiro (43). Não o ger do versículo 19, 
mas o estrangeiro não circuncidado, tais como o da "mistura de gente" 
(38,45). Conf. Cl 2.11. Mas todos, quer servos ou vizinhos, que 
estivessem dispostos a aceitar o Deus de Israel como seu próprio Deus, 
seriam bem recebidos e convidados para a festa da páscoa (44,48,49). 
 Nem dela quebrareis osso (46). Ver Jo 19.33-36. Nada pode 
destruir o caráter completo de Cristo e daqueles que, nEle, são um com o 
Pai. 
 Uma mesma lei... (49). O povo de Israel era o povo escolhido de 
Deus e também os mediadores de Sua salvação para com o mundo, mas 
Ele nunca tencionou que fossem uma raça exclusiva. Is 56.3-8 mostra 
quão aberta estava a porta para os outros, mesmo sob a antiga aliança. 
 
Êxodo 13 
f) Santificação e redenção dos primogênitos (13.1-16) 
 Santifica-me todo o primogênito (2). "Separa como sagrados". É 
razoável que a vida que Deus tinha poupado fosse devotada a Ele (Rm 
12.1). Assim como a celebração anual da Páscoa relembrava a nação a 
respeito de sua grande redenção, igualmente a dedicação dos 
primogênitos conservava fresca a memória disso em cada lar. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 33 
 Lembrai-vos deste mesmo dia (3). A santificação dos 
primogênitos foi associada ao dia do livramento; por conseguinte, 
Moisés prefaciou suas instruções referentes aos primogênitos com uma 
renovada exortação concernente a observância da Páscoa, o memorial 
daquele dia. Ver Dt 5.15 nota. Quando o Senhor te houver metido na 
terra (5). Conf. Dt 6.3-15. A prosperidade tende a fazer com que o 
homem se esqueça das misericórdias passadas; daí a necessidade desses 
vívidos memoriais. 
 Sinal sobre tua mão (9). "Tephillin" ou "filactérias" eram usados 
pelos homens judeus, quando empenhados em oração. Pergaminhos, 
sobre os quais eram escritas três passagens da lei (Êx 13.1-10; Dt 6.4-9; 
11.13-21) eram dobrados metidos em caixinhas que eram seguras ao 
pulso esquerdo e à testa por meio de fitas. Conf. Mt 23.5. Dessa maneira 
contavam com um perpétuo lembrete sobre as lições do êxodo. Este 
estatuto (10), isto é, a páscoa. Jumenta (13). Sendo um animal impuro, 
não podia ser sacrificada, e, portanto, tinha de ser redimido, isto é, seu 
lugar era ocupado por um substituto. Cortar-lhe-ás a cabeça (13). 
Ninguém podia escapar da lei. Se o dono do animal não estivesse 
disposto a sacrificar um cordeiro, o jumento estava condenado; se não 
fosse devotado a Deus, então era destruí-lo. Na prática essa era uma 
salvaguarda eficaz da lei, visto que um jumento era muito mais valioso, 
comercialmente falando, que um cordeiro. Teus filhos resgatarás (13). 
Não com um cordeiro, mas mediante dinheiro (Nm 3.46-47). Nenhuma 
sugestão de sacrifício infantil jamais mancha as páginas da lei. Será por 
sinal (16). Ver versículo 9 nota. 
 
g) A travessia do mar Vermelho (13.17 – 14.31) 
 Pelo caminho... dos filisteus (17). A rota direta, ao longo da 
costa, que teria demorado uma quinzena. Armados (18), isto é, 
provavelmente não, equipados com armaduras ou armas de guerra, mas 
sim, "organizados". Numa coluna de nuvem (21). Como sinal e 
orientação para a marcha do povo, mas também como sinal visível da 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 34 
presença de Deus. Eles marchariam parte da noite e também parte do dia, 
descansando nas horas mais quentes. 
 
Êxodo 14 
 Pi-Hairote (2). Os nomes dos lugares desta narrativa não podem 
ser identificados com certeza, mas esse movimento provavelmente foi 
em círculo pela direita em direção ao sul, sendo que o mar Vermelho 
ficava à esquerda deles. Esse movimento, que fez parecer frustrar seu 
escape, foi designado por Deus para que viesse a operar uma libertação 
ainda mais miraculosa e viesse a fazer uma destruição ainda maior entre 
os egípcios. 
 Para que nos não sirva? (5). A perda de tantos milhares de 
habilidosos trabalhadores era um golpe sério contra os egípcios. 
 Com alta mão (8), isto é, com orgulhosa confiança. Contraste-se 
isso com o terror deles, ao verem o exército egípcio perseguidor (10). 
 Para nos tirares de lá...? (11). Um escárnio irônico tal como os 
israelitas sempre empregaram contra Moisés quando ocorria qualquer 
revés. 
 A palavra... no Egito (12). Assim mesmo tinham murmurado, 
antes dos milagres serem realizados (versículo 21; 6.9). O novo temor fê-
los esquecer os poderosos atos de Deus, que tinha intervindo a favor 
deles desde então. 
 Vos calarei (14). O ato salvador de Deus silenciaria todos os 
queixumes da incredulidade. 
 Por que clamas a mim? (15). Não havia nada de errado no fato de 
Moisés ter clamado ao Senhor, mas oração deve ser acompanhada por 
ação. Que marchem (15). Isso não contradiz o "estai quietos" do 
versículo 13. O movimento aqui ordenado devia ser feito no mesmo 
espírito de fé calmante que é ordenado no versículo anterior. 
 O anjo de Deus (19). Ver 3.2 nota. A coluna de nuvem era o 
instrumento do Senhor (conf. 13.21) e se movia exatamente conforme 
Ele se movia. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 35 
 Era escuridade (20). A tradução deste versículo, nesta versão, 
expressa o sentido. A nuvem brilhante, que "esclarecia" atrás dos 
israelitas, à noite, mostrava-lhes o caminho, e ao mesmo tempo os 
escondia da vista dos egípcios, que vinham atrás e ficavam ofuscados. 
 Moisés estendeu a sua mão (21). O poder era de Deus, mas foi 
exercido quando Moisés demonstrou sua obediência e fé, estendendo a 
vara. O Senhor empregou uma força natural, o vento, como Seu 
instrumento na realização de um ato sobrenatural. As águas são 
chamadas de muro (22), porque assumiram literalmente essa 
conformação (ver 15.8; Sl 78.13) e porque protegiam os flancos dos 
israelitas do ataque dos egípcios. 
 Na vigília daquela manhã (24). Entre duas horas da madrugada e 
seis horas da manhã, alguma tremenda manifestação de Deus, por meio 
da coluna de fogo, aterrorizou as hostes egípcias, e a confusão 
conseqüente foi agravada pelo fato das carruagens terem sido impedidas 
de avançar direito, pelo que, virando-se para fugir do Senhor (ver 
versículos 4,18), ficaram reduzidos a uma massa que se esforçava em 
vão no meio da passagem. Dessa maneira Deus deu tempo para os 
israelitas passarem completamente, enquanto que fazia avançar a 
retaguarda do exército egípcio até o lugar da destruição, que se verificouao amanhecer. Quanto ao dramático terror dessa cena ver Sl 77.17-20. 
 O Senhor salvou Israel (30). Essa libertação não apenas depositou 
as bases da unidade nacional de Israel, mas também da unidade de sua 
fé, pois temeu o povo... e creram no Senhor (31). Tornou-se aquela 
libertação, para todos os tempos e para todos os povos, o exemplo dos 
propósitos de Deus na redenção. 
 
Êxodo 15 
h) O Cântico de Moisés (15.1-21) 
 As palavras, ao Senhor (1), ferem a nota chave desse cântico. 
Nos versículos 1-12 Moisés atribui ao Senhor a glória exibida na vitória 
acabada de conquistar; nos versículos 13-18 ele profetiza a vindicação da 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 36 
soberania do Senhor, introduzindo Seu povo na herança que Ele lhes 
prepara. 
 O Senhor (2) é a fonte de seu poder, o tema de seu cântico, o autor 
de sua libertação e preservação; conseqüentemente, Ele é o objeto de sua 
adoração e de seu louvor; o mesmo Deus, tanto para ele como para seus 
antepassados. 
 Portanto lhe farei uma habitação (2). Melhor ainda: "Portanto, 
louvá-lo-ei". 
 O Senhor é varão de guerra (3). A vivacidade poética dessa 
descrição não nos deveria deixar cautelosos quanto à verdade desse fato, 
tão evidentemente provado pelos acontecimentos do capítulo anterior, e 
pelas visões do último livro da Bíblia (Ap 19.11). 
 Tua destra (6). Nesta altura o cantor se volta e dirige o cântico 
diretamente para Deus. Nenhuma expressão abstrata seria mais apta que 
esta frase antropomórfica para descrever o poder ativo de Deus. Ela é 
freqüentemente usada nas Escrituras, tanto neste sentido como também 
como a sede da autoridade divina. 
 Os abismos coalharam-se (8). Não sólidos como gelo, mas em 
formação vertical contrária à natureza. 
 Entre os deuses (11). A superioridade de Deus sobre aqueles que 
não são deuses, e que Ele acabara de derrotar, é declarada de três 
maneiras: o imaculado brilho de Sua santidade, a reverência que Ele 
inspira naqueles que O adoram e louvam, e a maravilha de Seus atos 
miraculosos. Ver Dt 6.14 nota; 32.21 nota. 
 O versículo 13 marca a transição para a passagem profética. A 
força do tempo verbal, no hebraico, neste versículo, é presente, e os 
verbos seriam melhor traduzidos como: "guias" e "levas". À habitação 
de tua santidade (13) pode referir-se ao monte Sinai, a Canaã ou ao 
monte Sião. 
 Os povos (14), ao redor, conforme exemplificados no versículo 15. 
Ouvindo falar na miraculosa derrota dos egípcios, temeriam a vinda dos 
israelitas. Exemplo disso Js 2.9-11. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 37 
 Adquiriste (16). O heb. tem a idéia de tempo presente neste 
verbo. O sacrifício da páscoa é um sinal que o livramento de Seu povo 
não foi feito sem custo para Deus. O êxodo foi um ato de redenção, e 
prefigurou o custo, para o Pai de redimir a humanidade por intermédio 
do Seu Filho. 
 No monte da tua herança (17). Provavelmente se refere à terra 
prometida de Canaã, em sua totalidade, pois, na intenção de Deus, já se 
tratava de um país montanhoso na posse de Israel, tal como, em Seu 
irresistível propósito, o Seu santuário foi com efeito estabelecido no 
monte Moriá. 
 O Senhor reinará (18). A vitória sobre o Egito, que forma o tema 
do cântico, servia apenas de exemplo quanto ao reino eterno de Deus. O 
cântico termina no versículo 18. 
 O versículo 19 é um sumário dos acontecimentos que ocasionaram 
o cântico. 
 Miriã, a profetisa (20). Miriã foi a primeira das mulheres, 
referidas nas Escrituras, a exercer um ministério especial. Conf. Jz 4.4; 
Lc 2.36, etc. Danças (20). Danças solenes como expressão de adoração, 
embora apropriadas para os tempos de Moisés e dos salmistas, são 
capazes de abusos, e nunca encontraram um lugar geralmente aceito na 
adoração da Igreja Cristã. 
 Miriã lhes respondia (21). O coro, usando um estribilho, 
empregava as palavras iniciais do cântico de Moisés (1). 
 
IV. A VIAGEM ATÉ HOREBE - 15.22 – 18.27 
 
a) Mara e Elim (15.22-27) 
 Deserto de Sur (22). A parte norte de uma tira de região estéril, 
ao longo do golfo de Suez. A parte sul é o deserto de Sim. 
 Mara (23). A palavra heb. significa "amargor". A água tornou-se 
potável por meio de um milagre divino, no qual Deus lançou mão de um 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 38 
elemento natural, tal como em muitos dos milagres do Antigo e do Novo 
Testamento. 
 Ali os provou (25). A falta de água potável era um teste para sua 
confiança em Deus de que Ele supriria as necessidades materiais. Isso, 
por sua vez, tornou-se a base dos estatutos (25) que dizem que a 
obediência confiante à vontade de Deus é a condição básica para o 
suprimento de saúde física e espiritual. O paciente precisa obedecer a seu 
médico, caso queira ficar curado. 
 
Êxodo 16 
b) A provisão do maná (16.1-36) 
 Panelas da carne (3). Seu alimento, no Egito, provavelmente não 
tinha sido tão abundante como diziam, mas o espírito de murmuração 
ampliava a comparação entre o presente e o passado suprimentos, e 
obliterava a memória dos labores da escravidão. 
 A porção para cada dia (4). Melhor: "A porção diária para cada 
dia". Para que eu veja se anda em minha lei ou não (4). Os meios 
sobrenaturais pelos quais era providenciado o alimento, bem como os 
preceitos ligados ao mesmo, serviam de teste para verificar se confiariam 
no poder e obedeceriam à lei de um Deus invisível. 
 Sabereis (6). O Senhor haveria de mostrar que foi Ele (6) e não 
Moisés e Aarão (3) que os tinha tirado do Egito, dando-lhes carne 
naquela tarde, miraculosamente (8; conf. 12-13), e maná pela manhã. 
Portanto, visto que a resposta de suas murmurações viria da parte de 
Deus, o povo ficaria convencido que suas queixas contra Moisés em 
realidade eram feitas contra o Senhor, que era o único responsável pela 
situação em que então se encontravam (7.8). 
 A glória (7). Não é a mesma glória referida no versículo 10, mas 
antes, a revelação de Deus vista na doação do maná: ver Jo 6.32. 
 Na nuvem (10), isto é, a coluna de nuvem, que era o sinal visível 
da presença do Senhor, da qual agora brilhava alguma espécie de luz 
divina. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 39 
 Codornizes (13). Estariam migrando em travessia do mar 
Vermelho em grandes números, naquela época do ano, e, exaustas pelo 
longo vôo, podiam ser facilmente apanhadas quando passavam perto da 
superfície. Nesse caso, o milagre consistiu não tanto da aparição das 
codornizes em tão grande número, mas sim, em sua vinda exatamente no 
tempo predito por Deus. 
 Que é isto? (15). Em heb. man hu. Uma tradução possível. Mas 
melhor seria "É um presente", ou "É man", aplicando o nome, àquela 
substância desconhecida, de algo que já conheciam no Egito. Todas as 
circunstâncias da doação e do uso do maná demonstram que se tratava de 
uma substância sem igual, completamente diferente de qualquer produto 
natural, provida pelo Criador para um propósito especial e numa ocasião 
especial. 
 Medindo-o com o gômer (18). Recolheram o maná segundo 
estimativas gerais, mas, ao medi-lo em casa, descobriam que, por meio 
de um milagre, perfazia exatamente um gômer por pessoa, ou seja, cerca 
de três litros. A natureza miraculosa do maná também é vista no fato 
que, se guardado para o segundo dia; bichava (20), mas isso nunca 
acontecia em dia de sábado (24). Isso servia para ensinar completa 
dependência de Deus, para o suprimento de cada dia, bem como para 
ensinar obediência à Sua lei relativa ao sábado. O sábado já era uma 
instituição, pelo que, quando os dez mandamentos foram transmitidos, o 
sábado não foi proposto como se fosse uma nova lei. 
 Embora escritos por Moisés, os versículos 32-33 se referem a um 
tempo posterior, quando o tabernáculo já tinha sido erigido, e quando o 
vaso de maná foi posto, juntamente com as tábuas da lei (ou testemunho, 
ver 25.22; 31.18) na arca. Moisés escreve sobre a continuação do 
suprimento de maná até os israelitas chegarem às fronteiras de Canaã, 
onde então Moisés faleceu. O maná não cessou senão quando 
atravessaram o Jordão(Js 5.10-12). 
 Um gômer (36). Uma palavra que não é usada fora deste capítulo. 
Esta anotação, por conseguinte, foi escrita ou por Moisés ou por um 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 40 
escriba, a fim de explicar sua significação a uma geração posterior, para 
a qual tal palavra não estava então em uso. 
 
Êxodo 17 
c) A rebelião em Refidim e a batalha com Amaleque (17.1-16) 
 Suas jornadas (1). Ver Nm 33.12-14. 
 Dá-nos água (2). Não esperavam poder receber água, pelo que tais 
palavras foram ditas num espírito de ira e incredulidade. Tentais ao 
Senhor? (2). Melhor ainda: "experimentais ao Senhor?" Em português 
moderno tentar significa "incitar ao mal". A palavra aqui tem o sentido 
de "testar", isto é, provar se realmente Ele faria conforme tinha dito que 
faria (ver versículo 7). Aqui fica subentendida a incredulidade, mas não 
em Gn 22.1. 
 Toma contigo alguns dos anciãos (5). Como representantes do 
povo, para que testemunhassem o milagre divino (6) e transmitissem a 
lição aprendida ao povo. 
 Estarei ali diante de ti (6). "Estarei presente com minha 
onipotência" (Dillmann). A rocha em Horebe (6). Já conhecida por 
Moisés (ver 3.1). 
 Massá... Meribá (7). Esses nomes, que significam "a tentação" e 
"a contenda", tal como muitos outros termos descritivos, pertencem mais 
ao acontecimento que ao lugar onde ocorreu o acontecimento. Portanto, 
se o acontecimento se repetiu, assim pode repetir o nome descritivo. 
Assim, houve mais de uma "contenda", pelo que também Meribá foi 
aplicado a mais de um lugar e ocasião. Ver Nm 20.13 e conf. Nm 14.45; 
21.3; Dt 1.44. 
 Então veio Amaleque (8). Provavelmente como castigo divino 
por causa de suas murmurações. Os amalequitas eram um ramo da raça 
edomita, descendentes de Esaú (Gn 36.12,16), uma tribo nômade que 
vivia principalmente no deserto ao sudoeste da Palestina, e que se 
mostrava especialmente hostil contra Israel. Eles atacaram primeiramente 
os fracos, que iam na retaguarda da multidão (Dt 25.17-18). 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 41 
 Josué (9). Seu nome original era Oséias (salvação), mas foi 
chamado de Jehoshua (Jeová é salvação) por Moisés (Nm 13.16). 
Escolhe-nos homens (9). Soldados selecionados combateriam melhor 
que uma multidão desajeitada. 
 Hur (10). Descendente de Judá por meio de Perez e Hesrom; e avô 
do habilidoso Bezaleel (1Cr 2.19-20). Ele compartilhou da liderança com 
Aarão, quando Moisés subiu ao Sinai (24.14). 
 Quando Moisés levantava a sua mão... (11). Esta passagem não 
ensina necessariamente que os combatentes pudessem ver as mãos de 
Moisés, ou que a bênção de Deus sobre eles variava com a posição física 
de suas mãos; mas, visto que as mãos elevadas eram símbolo do coração 
elevado em oração intercessória, serviram para ensinar o valor da oração 
e da inteira dependência de um homem de Deus exclusivamente. 
 Sustentaram as suas mãos (12). Sustentando seu corpo também 
fortaleciam sua mente e espírito para o exercício da oração. 
 Num livro (14). Talvez devêssemos ler "em o livro". Parece que os 
cinco livros de Moisés já tinham começado a ser preparados. Ver Dt 
17.18 nota e conf. 24.4-7; 34.27. A severa condenação de Amaleque (ver 
Dt 25.19; 1Sm 15.3; 1Cr 4.43) foi um julgamento por se terem recusado 
a reconhecer que o Senhor é que era o Deus que operava maravilhas a 
favor de Israel, e que O tinham provocado mediante seu ataque temerário 
contra a débil retaguarda de Seu povo (Dt 25.18) e por causa das 
abominações que compartilhavam com os cananeus. 
 O Senhor é minha bandeira (15). Em heb., "Jeová-Nissi". 
Provavelmente não é feita referência à "vara de Deus" como se fosse 
uma bandeira na mão de Moisés. O próprio Senhor, na qualidade de seu 
capitão e libertador, era a bandeira deles. 
 Porquanto jurou o Senhor (16). Em heb. "Uma mão está 
levantada sobre o trono de JÁ", isto é, porque Amaleque levantou sua 
mão contra o Senhor, Ele combateria contra ele. 
 
 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 42 
Êxodo 18 
d) A visita de Jetro (18.1-27) 
 Ora Jetro... ouviu (1). Após o incidente registrado em 4.24-26 
precisamos supor que Moisés mandou buscar sua esposa e seus dois 
filhos da companhia de seu sogro, Jetro. Impressionado pelo grande 
livramento que Deus operara por meio de Moisés, Jetro agora veio ao 
seu encontro, no deserto, trazendo consigo a esposa de Moisés e os dois 
filhos deste (2-3). Eliézer provavelmente era o menino a quem Zípora 
circuncidara com a pedra aguda (4.25). Se isso foi assim, o livramento 
referido no versículo 4 provavelmente foi o de 2.15. 
 Ao monte de Deus (5). Horebe, ou Sinai, ficava próximo de 
Refidim, onde Moisés fez sair água da rocha (17.6). Ver 9.2. 
 Inclinou-se (7). Conf. Gn 23.7-12. Era a etiqueta usual, mas o fato 
que Moisés foi quem se inclinou, sem dúvida é um sinal da humildade 
daquele líder de uma nação. 
 O Senhor é maior que todos os deuses (11). Jetro, o midianita, 
embora descendente de Abraão (Gn 25.1-4), ainda não era monoteísta. 
Sua declaração aqui talvez signifique que ele agora reconhecia Jeová 
como o único verdadeiro Deus, ou possivelmente que ele meramente O 
via como o maior dentre os outros deuses. 
 Tomou Jetro... holocausto (12). Seu ofício sacerdotal talvez fosse 
devido à sua posição como chefe de uma tribo. Moisés, Aarão e os 
anciãos se juntaram a Jetro na refeição do sacrifício. 
 Moisés assentou-se para julgar (13). Entre as tribos semitas 
nômades, o líder era também o legislador e o árbitro das disputas. Conf. 
1Sm 7.15-17. Ver Dt 1.16 nota. 
 Por que te assentas só...? (14). Moisés apresentou a Jetro duas 
boas razões por que ele resolvia sozinho todos os casos. Primeira, o povo 
requeria decisão que pudessem confiar ser a resposta do próprio Deus. 
Segunda, além de resolver a disputa imediata, ele podia usar o caso 
como base para transmitir princípios morais, estatutos (ver Dt 4.1 nota), 
bem como leis específicas que diziam respeito a circunstâncias especiais. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 43 
 Totalmente desfalecerás (18). Não apenas aquilo era demais para 
as forças de Moisés, mas o povo ficava insatisfeito por não receberem 
toda a atenção de que necessitavam. 
 Ouve agora... (19). Jetro oferece sua solução para o problema. Em 
primeiro lugar, Moisés devia continuar a agir claramente como 
representante de Deus para com o povo, ensinando-os os princípios 
dados por Deus, pelos quais os muitos casos detalhados poderiam ficar 
decididos, e levando todos os casos especialmente difíceis diretamente a 
Deus (conf. Nm 9.6-8). Porém o trabalho poderia ser aliviado se fossem 
nomeados oficiais legais que ouvissem separadamente as disputas, 
segundo o grau de gravidade dos casos. 
 Homens capazes (21). A qualificação para os sub-juízes é que eles 
deveriam preocupar-se exclusivamente com a aprovação de Deus, e não 
do homem (conf. 1.17), que fossem cândidos em seus veredictos, e que 
não se encurvassem aos subornos. 
 Se... Deus to mandar (23). Jetro submete seu próprio conselho à 
aprovação final da orientação de Deus. Não somente aquele plano 
aliviaria Moisés, mas o povo retornaria satisfeito para suas tendas, 
sempre que tivessem trazido algum caso perante os oficiais locais. 
 Cem... cinqüenta... dez (25). Essa enumeração militar 
correspondia com sua condição nomádica. Conf. Dt 16.18. 
 
V. A ENTREGA DA LEI, NO SINAI - 19.1 – 24.18 
 
Êxodo 19 
a) Preparação para a recepção da lei do concerto (19.1-25) 
 Moisés relembrou a promessa de Êx 3.12 e, sob orientação de 
Deus, levou o povo ao monte (2), no qual ele mesmo subiu (3) na 
expectativa de receber uma revelação especial. 
 Deserto de Sinai (1) é a vasta região defronte do monte. O Sinai 
tem sido identificado como o Jebel Musa. 
Êxodo (Novo Comentário da Bíblia) 44 
 Do monte (3). Provavelmente do meio da coluna de nuvem, que 
então descansava sobre o monte; conf. versículo 9. 
 Sobre asas de águias (4). Ver Dt 32.11-12. Uma frase que 
expressa o terno cuidado de Deus por Seu povo, livrando-o de seus 
inimigos. Vos trouxe

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