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Alegações Finais - MM Combustíveis ANP

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ILUSTRISSÍMO SENHOR DIRETOR DA AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS
DF Nº 500149 
Processo Administrativos ANP nº 48600.000330/2017-19
MM COMBUSTÍVEIS LTDA, já devidamente qualificada no Procedimento Administrativo em epígrafe, vem respeitosamente a presença de Vossa Senhoria, apresentar tempestivamente, ALEGAÇÕES FINAIS, com fulcro no art. 16 do Decreto 2.953/99 e art. 44 da Lei nº 9.784/99, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
1. DOS FATOS E FUNDAMENTOS
O Posto Autuado foi autuado por não funcionar no horário estabelecido pela legislação, incorrendo, segundo a notificação, em infração prevista no artigo 22, inciso XI, da Resolução ANP nº 41/2013, sendo-lhe também solicitado a apresentação dos seguintes documentos: alvará de funcionamento referente ao ano de exercício; certificado de vistoria ou documento equivalente do Corpo de Bombeiros competente; licença de operação ou documento equivalente expedido por órgão ambiental; contrato social e última alteração em seus atos constitutivos e notas fiscais de aquisição de combustíveis no período de 01/10/2016 a 10/11/2016.
 Nestes termos, se faz necessário reiterar que as informações colhidas no Boletim de Fiscalização não condizem com a realidade dos fatos. NÃO procedem as informações prestadas por terceiros, os quais se quer foram identificados, não possuindo nenhuma validade suas declarações, até porque estes não possuem conhecimento do funcionamento e administração do estabelecimento.
Repiso que o que de fato ocorreu é que quando da atuação a empresa autuada estava em processo de encerramento de suas atividades de comercialização de combustíveis, e também passando por diversas manutenções em sua infraestrutura, reparos também na parte elétrica que já vinha dando sinais que havia algum defeito, sinais como queda da chave geral do Posto, como comprovo com notas de compras e seus comprovantes de pagamento, já havia sido comprado o material elétrico para realizar a manutenção necessária, manutenção essa que seria realizada nas datas de 12/11/2016 e 13/11/2016, porem um curto elétrico veio a deixar o Posto sem Energia Elétrica por volta de 4 dias. 
Dessa forma o Atendimento foi interrompido no dia 10/11/2016 e voltou no dia 14/11/2016 por volta das 14:00 horas, conforme se comprava pelas notas de compras de material elétrico, já apresentada, e outro que se fez necessário como por exemplo a troca de 80 metros de cabos, que comprova a manutenção, motivo pelo qual os fiscais do órgão Fiscalizador encontraram o Posto Autuado, naquela ocasião, sem atendimento ao público.
Como dito, no ato da Fiscalização, o Posto Autuado já se encontrava em processo de encerramento de suas atividades que ocorreu no dia 31/03/2017, e no ato do recebimento da Autuação já se encontrava encerrado as atividades comerciais e também em processo de baixa junto a diversos órgãos do Governo como segue em anexo documentação que comprava a baixa.
Outrossim, o Posto já se encontra fechado e liquidado, de maneira que a localização dos documentos solicitados se dificultou, pois todos os Funcionários inclusive o Gerente Administrativo tiveram seus contratos rescindidos, dificultando e muito a obtenção dos documentos solicitados.
Porém junto a Contabilidade e junto a alguns prestadores de serviços e órgãos do Governo, como o Sefaz e a Receita Federal apresentaram-se documentos que comprovam o interesse da Administração em quanto aberto de manter o Posto devidamente em dias com suas obrigações, sendo elas L.O., Alvarás de Funcionamento, e outros que se faz necessário.
Além do mais foi apresentado com a defesa, Protocolos na Sema-MT e Parecer Técnico com Relação de Pendencias e indicações de melhorias a serem realizadas no Posto, infelizmente não acreditando mais na obtenção da referida L.O., e por outros motivos como problemas financeiros, o Posto já se encontrava com suas atividades encerradas, devo acrescentar que a maioria das Pendencias e Indicações feitas pela Sema-MT foram cumpridas mesmo antes dela se pronunciar, como comprovo com notas de despesas de materiais para construção, e também o teste de Estanqueidade e coleta periódica de resíduos, utilizados para a adequação das normas da Sema-MT, notas e comprovantes que foram anexos com a Defesa.
Naquela oportunidade ainda foram apresentados, os seguintes documentos: Constituição do Contrato Social, Primeira Alteração Contratual e Segunda e Ultima Alteração Contratual; Distrato feito após o Encerramento das Atividades; documentos que comprovam a baixa efetiva do CNPJ e INSCRIÇÃO ESTADUAL; Protocolos junto a SEMA-MT solicitando a regularização da L.O; resposta da SEMA que se fez após o Encerramento das atividades; Notas fiscais de Entrada de Combustíveis, com data de compra de 01/10/2016 a 10/11/2016; Comprovantes de pagamento das taxas referente à emissão de Alvará competente a Prefeitura de Rondonópolis; recibo e comprovante de pagamento de emissão de segunda via do alvará; guia e comprovante de pagamento de Alvara Sanitário; Guia e Comprovante de pagamento do Tacin, que se refere a um requisito para emitir o Alvará do Corpo de Bombeiro; notas de reparos nos extintores para nos adequar a vistoria do mesmo e guia de pagamento referente a vistoria do Inmetro na data de 21/11/2016 com seu comprovante anexado.
Assim, não deve prosperar qualquer imposição de eventual penalidade, eis que o Posto Autuado não cometeu nenhuma conduta que constitua ocorrência de infração.
2. DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE NA APLICAÇÃO DE EVENTUAL PENALIDADE
Caso Vossa Senhoria não considere os esclarecimentos acima relatadas, o que não se espera, há de se considerar o princípio da proporcionalidade na aplicação de eventual penalidade, embora não haja razões para tal.
Vale lembrar que, conforme o princípio da proporcionalidade a gravidade da sanção deve ser equivalente à gravidade da infração praticada, sendo assim diante da infração mínima, que sequer causou danos ao consumidor, a multa deve ser imposta com base no mínimo legal, sendo vedado que a Administração Pública aja com excesso ou valendo-se de atos inúteis, desvantajosos, desarrazoados e desproporcionais.
Nesse sentido, necessário se faz mencionar o descrito no art. 25 do Decreto 2.953/99, o qual traz em seu teor o seguinte:
Art. 25. Na fixação do valor da multa a autoridade responsável pelo julgamento levará em conta, fundamentadamente, a gravidade da infração, as consequências dela decorrentes para o abastecimento de combustíveis e para os consumidores, a vantagem indevidamente auferida pelo infrator, os seus antecedentes no exercício da atividade e sua condição econômica. (Grifamos)
De outra parte, o Posto Autuado é uma empresa que sempre buscou estar adequando-se às normas técnicas em seus vários anos de mercado, pois sempre buscou se manter de acordo com as exigências legais determinadas, prezando sempre a satisfação de seus cientes.
Além, do mais se frisa, quanto à necessidade de fundamentação de toda e qualquer decisão a ser tomada no presente caso, por Vossa Senhoria, sob pena de incorrer em nulidade, observado os ditames do art. 17 do já mesmo Decreto.
Posto isso, caso não seja observado tais apontamento, decisão em contrário ferirá o princípio administrativo da proporcionalidade, podendo gerar fortuita reforma, ou até mesmo anulação da decisão.
3. DOS REQUERIMENTOS
Ante o exposto, requer à Vossa Senhoria conheça e receba a presente alegações finais, reiterando-se os termos da defesa apresentada, para que ao final JULGUE IMPROCEDENTE o Processo Administrativo em questão, por não haver conduta ensejadora de sanção administrativa. Ou caso eventualmente entenda pela aplicação de penalidade, que esta seja imposta no valor mínimo legal, conforme fundamentação exposta acima.
Termos em que
Pede deferimento.
Rondonópolis-MT, 06 de julho de 2018.
MM COMBUSTÍVEIS LDTA

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